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A IMPORTÂNCIA DA HIGIENE OCUPACIONAL Como evitar os acidentes e doenças causadas pelo trabalho

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A IMPORTÂNCIA DA HIGIENE OCUPACIONAL: Como evitar os acidentes e doenças causadas pelo trabalho
Ricardo Matheus Cavalcante[footnoteRef:1] [1: Discente da Pós Graduação de Engenharia de Segurança do Trabalho da Faculdade UNIMAIS ‘’Faculdade Educamais’’. E-mail: rmcandradina@gmail.com] 
RESUMO
Este artigo propõe realizar um levantamento bibliográfico de um novo conceito relacionado a higiene do trabalho, a importância de evitar acidentes e doenças causadas pelo mesmo, e que aos poucos está deixando de ser normas de segurança e se tornando leis trabalhistas, pois, encontra-se cada vez mais presente nas empresas e em nosso dia-a-dia. Seu maior objetivo é proteger os trabalhadores dos riscos de acidentes causados por negligência tanto do contratante, quanto do contratado. Porém, existem barreiras a serem superadas, principalmente quando se trata à prevenção.
Palavras-Chave: Higiene do trabalho. Ambiente laboral. Prevenção de acidentes. 
ABSTRACT
This article proposes to carry out a bibliographic survey of a new concept related to occupational hygiene, the importance of preventing accidents and illnesses caused by it, which is gradually ceasing to be safety standards and becoming labor laws, as it is increasingly present in companies and in our daily lives. Its main objective is to protect workers from the risks of accidents caused by negligence of both the contractor and the contractor. However, there are barriers to be overcome, especially when it comes to prevention.
Keywords: Work hygiene. Work environment. Accidents prevention.
Introdução 
A higiene do trabalho apresenta uma constante evolução e atualização, como é possível notar nos anos atuais, fato esse devido principalmente pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), na qual em 1919, estabeleceu condições necessárias para o desenvolvimento da medicina do trabalho.
No brasil é claro, não seria diferente, em 1943, foi criada a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que desde então vem sofrendo alterações de acordo com as novas necessidades trabalhistas. Mesmo assim, o avanço ainda é lento em relação a prevenção dos acidentes e doenças ocupacionais, já que no Brasil o custo é muito alto em sucessão ao número de acidentes. (HATTLEBEN, 2013)
Os acidentes de trabalho resultam em impor regras e normas de segurança, sendo determinadas por lei no decreto-lei 441/91 de 14/11/91 – lei quadro da segurança, higiene e saúde nos locais de trabalho. 
“A realização pessoal e profissional encontra na qualidade de vida do trabalho, particularmente a que é favorecida pelas condições de segurança, higiene e saúde, uma matriz fundamental para o seu desenvolvimento”. (DRE,2021)
O estudo apresentado, tem por objetivo, refletir como melhorar cada vez mais a segurança dos trabalhadores de forma que eles se sintam seguros e mais produtivos no ambiente de trabalho e que fiquem assegurados de que caso ocorra algum desvio ou não cumprimento das leis trabalhistas o contratante será responsabilizado por lei.
Justifica-se então esse artigo pela necessidade de refletir ainda mais sobre segurança, riscos e prevenção de acidentes e doenças causadas pelo trabalho, elevando principalmente a como conduzir métodos de prevenção mais eficazes, dentro desses métodos seria interessante cursos e simulações para ajudar contratados e contratantes a saberem lidar com certas situações dentro de ambientes internos e externos. 
Sendo assim, o problema que conduziu esse artigo foi: Ainda é possível melhorar a segurança dos trabalhadores tendo em vista as etapas do desenvolvimento da Higiene Ocupacional? 
É plausível afirmar que a prevenção é bem mais econômica do que reparar uma sequência de erros.
O autor (MESSIAS, 2019 pg.13) acredita que:
A higiene Ocupacional tem a finalidade de reconhecer, avaliar e controlar os fatores de riscos ambientais de trabalho, levando-se em conta o meio ambiente e os recursos naturais. Com a alteração da NR-09 em 1994 exigindo a implementação do PPRA, a Higiene Ocupacional tomou impulso nos programas de prevenção das empresas. A NR-9 é uma norma de Higiene Ocupacional e determina que o PPRA (Programa de Prevenção dos Riscos Ambientais) deve incluir a antecipação, reconhecimento, avaliação e controle dos riscos ambientais. A nosso ver, houve avanço nesse campo, embora a defasagem temporal das normas de MTE, em especial a NR-15, impeça maior evolução.
 
Pois bem, a prevenção ainda é o melhor “remédio” e o uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e Equipamentos de proteção coletivo (EPC), ajudam muito nesse momento; falando agora de maquinas, dentro da prevenção é necessário fazer uma manutenção adequada dos equipamentos, ter uma boa frequência de uso e além disso é necessário ter uma condição de uso indicativa.
Todos esses materiais e equipamentos devem estar de acordo com as normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), mais a final, o que é e o que a ANVISA faz?
De acordo com o site (GOV.BR, 2021) diz que: 
Criada pela Lei nº 9.782, de 26 de janeiro 1999, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é uma autarquia sob regime especial, que tem sede e foro no Distrito Federal, e está presente em todo o território nacional por meio das coordenações de portos, aeroportos, fronteiras e recintos alfandegados.
Tem por finalidade institucional promover a proteção da saúde da população, por intermédio do controle sanitário da produção e consumo de produtos e serviços submetidos à vigilância sanitária, inclusive dos ambientes, dos processos, dos insumos e das tecnologias a eles relacionados, bem como o controle de portos, aeroportos, fronteiras e recintos alfandegados.
Portanto, sabemos então que a Organização Internacional do Trabalho (OIT) vem melhorando cada vez mais a higiene ocupacional, pois ela vem aperfeiçoando as condições necessárias para o desenvolvimento da medicina do trabalho e que no Brasil desde 1943 temos a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) que juntamente com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), vem buscando estabelecer normas e regras para a segurança dos trabalhadores.
Metodologia
Foi realizado um levantamento bibliográfico com base na literatura para que seja possível compreender as etapas da higiene ocupacional e como aplica-las de forma eficaz, tendo em vista como diminuir o índice de acidentes. Fazendo uma revisão bibliografica para descobrir os riscos ocupacionais e ambientais.
Analisando diversas bibliografias sobre definições e conceitos de higiene do trabalho, foi possível identificar que de tudo o que foi estudado até o momento, podemos dizer que ao logo dos anos as leis tem sido mais rigorosas as empresas e aos trabalhadores.
O que é higiene ocupacional
A higiene ocupacional nada mais é do que uma ciência que tem como principal finalidade fazer a antecipação, reconhecimento e ter controle aos riscos ocupacionais nos ambientes de trabalho. Além disso, ela está dividida em algumas etapas, que segundo as autoras (MONICA BELTRAMI e SILVANA STUMM, 2013) são:
Reconhecimento: nesta primeira etapa, realizamos o reconhecimento dos agentes ambientais que afetam a saúde dos trabalhadores. É importante observar que se um agente tóxico não for reconhecido, ele não será avaliado e nem controlado. Desta forma, para que esta etapa seja bem sucedida, devemos ter conhecimento profundo do processo produtivo, ou seja, dos produtos envolvidos no processo, dos métodos de trabalho, do fluxo do processo, do arranjo físico das instalações, do número de trabalhadores expostos, dentre outros fatores relevantes. 
 Avaliação: nesta etapa, realizamos uma avaliação quantitativa e/ou qualitativa dos agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos postos de trabalho. É nesta fase que devemos detectar os contaminantes, fazer a coleta das amostras (quando cabível), realizar medições e análises das intensidades e das concentrações dos agentes, realizar cálculos e interpretações dos dados levantados no campo, comparando os resultados com os limites de exposição estabelecidos pelas normas vigentes.Controle: com base nos dados obtidos nas etapas anteriores, devemos propor e adotar medidas que visem à eliminação ou minimização do risco presente no ambiente.
Sendo assim, na primeira etapa de reconhecimento é indispensável ter um conhecimento profundo do processo e dos produtos envolvidos para garantir a segurança do local de trabalho, já na questão de avaliação precisamos realizar e identificar os fatores de riscos e quando cabível, coletar amostras para ver se está de acordo com as normas vigentes, já na terceira etapa após todos os dados coletados e avaliados podem ser submetidos melhorias que vão diminuir ou eliminar futuros e possíveis acidentes.
Ainda falando de riscos, a higiene ocupacional juntamente com o ministério do trabalho visa também proteger os trabalhadores de riscos físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e mecânicos e de acordo com cada agente de risco foram estabelecidas cores como sinais de alerta, para que se possa saber com mais clareza que tipo de risco está acontecendo no local.
Segundo o site (ANALYTICS BRASIL,2018) os agentes de risco e suas cores são:
Riscos químicos – cor vermelha
Pode-se definir riscos químicos como todo produto, mistura, composto ou substância que, nas formas de fumo, névoa, poeira, neblina, vapor ou gás, possa penetrar no organismo do trabalhador pela via respiratória ou pela ingestão. Um exemplo de risco químico é a sílica cristalina, que, quando exposta ao funcionário em longo prazo, pode resultar na doença respiratória Silicose.
Riscos físicos – cor verde
Os riscos físicos são caracterizados por toda forma de energia que afeta o funcionário fisicamente, podendo ocasionar em doenças ocupacionais. Podemos citar como exemplos de riscos físicos: ruídos, vibrações, pressões, temperaturas elevadas, radiações e etc.
Riscos biológicos – cor marrom
Os riscos biológicos são aqueles provenientes de microorganismos que podem penetrar no organismo do trabalhador pela via respiratória, em contato com a pele ou por ingestão. Os riscos biológicos incluem bactérias, protozoários, parasitas, vírus, etc.
Riscos ergonômicos – cor amarela
Os riscos ergonômicos compreendem esforços físicos intensos, levantamento de peso manual em excesso, postura inadequada, ritmos de trabalho muito intensos e ininterruptos, altas repetições, etc. Em longo prazo, estes riscos podem causar graves problemas ao trabalhador, como perda de movimento e de sensibilidade.
Riscos de acidentes – cor azul
Estes riscos incluem ambientes ou situações que causem riscos de acidentes no ambiente de trabalho, como equipamentos e maquinário sem proteção e certificação, ferramentas inadequadas para o uso, iluminação errônea, ligações elétricas em desacordo, etc.
Abaixo temos uma tabela mais detalhada para a maior compreensão:
	
2. Diferença da Higiene Ocupacional para a Segurança do Trabalho
	É normal que algumas pessoas acabam confundindo a higiene ocupacional com a segurança do trabalho, já que ambas possuem a finalidade de proteger os trabalhadores de acidentes, mas na verdade são coisas destintas apesar de uma complementar a outra, para se ter um pouco mais de clareza entre uma e outra aqui vão alguns fatores que vão te ajudar a distingui-las.
Para (Paulo Roberto e Rildo Pereira Barbosa, 2018) segurança do trabalho tem: 
“Seu principal objetivo é a prevenção de acidentes, doenças ocupacionais e outras formas de agravos à saúde do profissional. Ela atinge sua finalidade quando consegue proporcionar a ambos, empregado e empregador, um ambiente de trabalho saudável e seguro […]”.
Já a Higiene Ocupacional como já falamos acima tem como principal finalidade proteger os trabalhadores dos agentes de risco que são os riscos físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e mecânicos, fazendo analises e controle de possíveis riscos ocupacionais. Sendo assim as duas funções podem andar lado a lado, porém tendo suas diferenças na forma de execução.
3. Agentes físicos (gupo 1 – cor verde)
Neste tópico vamos observar com mais detalhes o que são os riscos físicos, lembrando que o sinal de alerta dos riscos físicos é a cor verde.
Quando se fala de riscos físicos estamos nos referindo a tudo o que pode abalar e desestabilizar nosso corpo, atrapalhando nosso desempenho e isso pode ser: frequência de ruídos, calor, frio, vibrações, pressões anormais, umidade e diversos outros fatores.
Para isso, existem medidores e tabelas com limites de tolerância que juntamente com os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e Equipamentos de Proteção Coletivas (EPC) devem ser utilizados. Observe a tabela a baixo:
Na próxima tabela vamos ver a tolerância que nosso corpo tem em relação ao calor:
Limites de tolerância ao calor
Fonte: Sstonline, 2019
Na tabela seguinte, podemos ver a tolerância em relação ao frio:
Tabela de tolerância ao frio
Para acompanhar mais normas e regulamentos trabalhistas basta consultar a guia trabalhista NR-15
3.1. Agentes Químicos (grupo 2 – cor vermelha)
Neste tópico vamos ver um pouco mais detalhado o que se diz sobre agentes químicos. Os agentes químicos são tudo aquilo que pode penetrar no nosso corpo e que paira sobre o ar, esse contato pode ser pelas vias respiratórias já que inalamos diversos tipos de microrganismos infectados no ar.
 Na higiene ocupacional, poeiras, fumos, névoas, neblinas e fibras não mencionados no parágrafo anterior, são conhecidos como aerodispersoides. Como o próprio nome diz, ficam em suspensão no ar (BREVIGLIERO, POSSEBON, SPINELLI, 2012).
Ainda seguindo essa ideia os autores concluem:
Contaminam não só os ambientes de trabalho, mas também causam desconforto e diminuem a qualidade do trabalho. Pior ainda, provocam alterações na saúde do indivíduo, levando a doenças profissionais como incapacitação e morte (BREVIGLIERO, POSSEBON, SPINELLI, 2012).
De acordo com esses estudos ainda se comprova que devido a essas exposições os trabalhadores podem vir até a óbito por falência de oxigênio, explosões e por inflamações que podem pairar com misturas de outros agentes químicos como gases, vapores e aerodispensores.
3.2. Agentes Biológicos (grupo 3 – cor marrom)
Agora vamos entender um pouco mais como os agentes biológicos funcionam, já sabemos que são considerados agentes biológicos tudo aquilo que possa contaminar o ambiente e prejudicar a saúde humana, eles podem entrar no nosso sistema através de microrganismos que podem vir de:
“[... vírus, as bactérias, os protozoários, os fungos, os parasitas e alguns derivados de animais e vegetais que causam alergia (por exemplo: pólen e pós de madeira). Em geral, estes microrganismos estão presentes em hospitais, estabelecimentos de serviços de saúde em geral, cemitérios, matadouros, laboratórios de análises e pesquisas, frigoríficos, indústrias – como a farmacêutica e alimentícia, empresas de coleta e reciclagem de lixo, estações de tratamento de esgotos, incineradores, dentre outros]” (BREVIGLIERO, POSSEBON, SPINELLI, 2012)
A melhor forma de não passar essas contaminações aos trabalhadores é evitando-a, mas como fazer isso?
Mantendo tudo limpo e higienizado, é muito importante as maquinas e afins serem esterilizadas, de preferência diariamente, ter roupas limpas e apropriadas para cada ambiente de trabalho. Algumas empresas já aderiram alguns métodos de prevenção, em algumas empresas os funcionários tomam banho antes de entrar no setor de trabalho e colocam roupas, sapatos e EPI´s de segurança e ao sair eles retiram essas vestimentas e deixam em um local no qual alguém irá recolher e fazer a limpeza adequada, geralmente as grandes industrias alimentícias fazem esse procedimento.
3.3. Agentes Ergonômicos (grupo 4 – cor amarela)
	Agentes ergonômicos são todas as condições que possam prejudicar o físico e o psicológico do trabalhador por movimentos repetitivos, carga excessiva de peso, materiais inadequados, dentre outros.
De acordo com o site (BEECORP, 2020) os agentes ergonômicos são caracterizados:
Os agentes ergonômicos variam de acordo com o ramo de atuação de uma empresa, além da função exercida por cada profissional. Quemestá em uma linha de produção, por exemplo, se expõe a riscos diferentes dos profissionais que atuam no setor administrativo, de transporte ou de limpeza.
Independentemente dessas variações, os agentes afetam significativamente a saúde e a qualidade de vida do profissional. Daí a importância de serem devidamente identificados para que se possa adotar as medidas corretas, minimizando seus riscos e impactos. Veja a seguir quais são os principais agentes ergonômicos.
Ainda de acordo com o site (BEECOP, 2020) o trabalhador sofre diversos riscos a saúde quando ele trabalha pegando um excesso de peso (principalmente superiores a 25kg), prejudicando sua coluna e suas articulações, colocando sua saúde em risco e ficando propício a ter um cansaço excessivo; essas situações além de causar dores musculares também podem causar hernias e outros problemas a saúde além de prejudicar sua saúde mental devido ao stress em função ao esforço e cansaço.
Outros fatores de agentes ergonômicos são: posturas incorretas, posições incômodas, repetitividade ou monotonia, ritmo excessivo, trabalho em turnos e noturnos e jornadas de trabalho extensa.
De acordo com o site (SEGURANÇA DO TRABALHO):
Os riscos ergonômicos podem gerar distúrbios psicológicos e fisiológicos e provocar sérios danos à saúde do trabalhador porque produzem alterações no organismo e estado emocional, comprometendo sua produtividade, saúde e segurança, tais como: cansaço físico, dores musculares, hipertensão arterial, alteração do sono, diabetes, doenças nervosas, taquicardia, doenças do aparelho digestivo (gastrite e úlcera), tensão, ansiedade, problemas de coluna, etc.
Sendo assim, é de extrema importância que contratados e contratantes tenham instruções de como evitar os agentes ergonômicos para o bem de ambas as partes e procurar corrigir quando perceber qualquer irregularidade.
3.4. Acidentes (grupo 5 - cor azul)
Nesse grupo temos situações que podem colocar o trabalhador em risco, esses são considerados acidentes (mecânicos) e dentro deles podem haver situações que colocam o trabalhador em estado vulnerável. Alguns desses riscos são: maquinas e equipamentos sem proteção/ sinalização, com probabilidade de explosão e incêndios, armazenamento e arranjo físico inadequados e diversos outros fatores.
Segundo o site (SEGPAN, GOVERNO DE GOIÁS, P.9):
São arranjos físicos inadequados ou deficientes, máquinas e equipamentos, ferramentas defeituosas, inadequadas ou inexistentes, eletricidade, sinalização, perigo de incêndio ou explosão, transporte de materiais, edificações, armazenamento inadequado, etc. Essas deficiências podem abranger um ou mais dos seguintes aspectos: arranjo físico; edificações; sinalizações; instalações elétricas; máquinas e equipamentos sem proteção; equipamento de proteção contra incêndio; ferramentas defeituosas ou inadequadas; EPI inadequado; armazenamento e transporte de materiais; iluminação deficiente.
E logo abaixo veremos o que cada um pode lesionar na saúde dos trabalhadores:
• Riscos à saúde
 Arranjo físico: quando inadequado ou deficiente, pode causar acidentes e desgaste físico excessivo nos servidores.
 Máquinas sem proteção: podem provocar acidentes graves. 
Instalações elétricas deficientes: trazem riscos de curto circuito, choque elétrico, incêndio, queimaduras, acidentes fatais. 
Matéria prima sem especificação e inadequada: acidentes, doenças profissionais, queda da qualidade de produção. 
Ferramentas defeituosas ou inadequadas: acidentes, com repercussão principalmente nos membros superiores. 
Falta de EPI ou EPI inadequado ao risco: acidentes, doenças profissionais. 
Transporte de materiais, peças, equipamentos sem as devidas precauções: acidentes. 
Edificações com defeitos de construção a exemplo de piso com desníveis, escadas com ausência de saídas de emergência, mezaninos sem proteção, passagens sem a altura necessária: quedas, acidentes.
Falta de sinalização das saídas de emergência, da localização de escadas e rotas de fuga, alarmes, de incêndios: falha no atendimento as emergências, acidentes.
 Armazenamento e manipulação inadequados de inflamáveis e gases, curto circuito, sobrecargas de redes elétricas: incêndios, explosões. 
Armazenamento e transporte de materiais: a obstrução de áreas traz riscos de acidentes, de quedas, de incêndio, de explosão etc. 
Equipamento de proteção contra incêndios: quando deficiente ou insuficiente, traz efetivos riscos de incêndios. 
Sinalização deficiente: falta de uma política de prevenção de acidentes, não identificação de equipamentos que oferecem risco, não delimitação de áreas, informações de segurança insuficientes etc. comprometem a saúde ocupacional dos servidores.
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A realização deste artigo teve como principal objetivo contribuir para a compreensão do que é a higiene ocupacional e como ela atua no ambiente de trabalho, assim ficando cada vez mais claro para futuros profissionais da área e todos aqueles que tiverem interesse em saber como atuar quando houver qualquer tipo de risco para ele e para os trabalhadores. 
Aqui também está presente várias referências de outros profissionais e um pouco do que os órgãos de saúde falam a respeito do tema apresentado de forma cientifica com base na literatura, devido a isso, esse artigo teve como principal proposta fornecer maior conhecimento desta profissão; foram apresentados inicialmente os conceitos e grupos de risco, na segunda parte destacaram-se algumas características e algumas discussões detalhadas sobre como evitar os acidentes ocupacionais. Por fim, foram apresentados os métodos de prevenção contra acidentes ocupacionais. Para isso, foram realizados levantamentos bibliográficos com o objetivo de encontrar definições que justifiquem com o que foi proposto inicialmente. 
REFERÊNCIAS
ANALYTICS BRASIL. (Agentes De Risco: O Que São?). Disponível em: <https://www.analyticsbrasil.com.br/blog/agentes-de-risco-o-que-sao/> Acesso em: 23/072021.
BARBOSA, Rildo Pereira e BALSANO, Paulo Roberto. (Segurança do Trabalho: Guia Prático e Didático). 2ª Ed. Editora: Érica, 2018.
BEECORP BEM ESTAR COPORATVO. Quais os agentes ergonômicos mais comuns nas empresas?, 2020. Disponível em: <https://beecorp.com.br/agentes-ergonomicos/> Acesso em: 26/07/2021.
BELTRAMI, Monica e Stumm, SILVANA. Higiene no Trabalho. Curitiba, Editora: Instituto Federal do Paraná, 2013.
BREVIGLIERO, E; POSSEBON, J; SPINELLI, R. Higiene Ocupacional: Agentes biológicos, químicos e físicos. 6ª Edição: reimpressão. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2012.
CARLOS, ANTÔNIO. SEGURANÇA DO TRABALHO ACZ (O Que São Riscos Ergonômicos? Conheça e Saiba Como Evitá-Los). Disponível em: <https://segurancadotrabalhoacz.com.br/riscos-ergonomicos/>. Acesso em: 26/07/2021.
DECRETO-LEI N° 441/91.DRE (Diário Da República Eletrônico). Disponível em: <https://dre.pt/pesquisa/-/search/316728/details/maximized> Acesso em: 16/07/2021.
GOV.BR (Agência Nacional De Vigilância Sanitária). Disponível em: <https://www.gov.br/pt-br/orgaos/agencia-nacional-de-vigilancia-sanitaria>. Acesso em 20/07/2021.
HATTLEBEN, Amanda da Silva Barbosa. Higiene do Trabalho II. Indaial, 2013.
HÖKERBERG Y H. M. et al. O processo de construção de mapas de risco em um hospital. Revista Ciência e Saúde Coletiva. Rio de Janeiro. v.11, n. 2, 2006.
SEGPLAM. GOVERNO DE GOIÁS. Manual de Elaboração Mapa de Riscos. Disponível em: <http://www.sgc.goias.gov.br/upload/arquivos/2012-11/manual-de-elaboracao-de-mapa-risco.pdf>. Acesso em: 26/07/2021.

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