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AULA 10-16803990-atos-unilaterais

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DIREITO CIVIL
ATOS ILÍCITOS
Livro Eletrônico
PRESIDENTE: Gabriel Granjeiro
VICE-PRESIDENTE: Rodrigo Teles Calado
COORDENADORA PEDAGÓGICA: Élica Lopes
ASSISTENTES PEDAGÓGICAS: Francineide Fontana, Kamilla Fernandes e Larissa Carvalho
SUPERVISORA DE PRODUÇÃO: Emanuelle Alves Melo
ASSISTENTES DE PRODUÇÃO: Giulia Batelli, Jéssica Sousa, Juliane Fenícia de Castro e Thaylinne Gomes Lima
REVISOR: Equipe Gran Online
DIAGRAMADOR: Antonio Jr.
CAPA: Washington Nunes Chaves
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DICLER FORESTIERI
Ex-Auditor-Fiscal do Estado da Paraíba, Ex-
Auditor-Fiscal de Tributos do Município de São 
Paulo e atual Conselheiro Substituto do TCM-RJ 
(aprovado em 2º lugar). Também foi aprovado 
nos concursos de Auditor-Fiscal do Estado do Rio 
Grande do Sul e Conselheiro Substituto do TCE-
AM. Ministra aulas das disciplinas Direito Civil, 
Direito Penal e Legislação Tributária Municipal.
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Atos Ilícitos
Prof. Dicler Forestieri
SUMÁRIO
Ato Ilícito e Responsabilidade Civil ................................................................5
1. Conceito de Ato Ilícito e de Responsabilidade Civil .......................................5
2. Excludentes de Ilicitude ...........................................................................7
3. Organograma da Responsabilidade Civil .....................................................9
4. Classificações da Responsabilidade Civil ...................................................11
5. A Responsabilidade no Código Civil ..........................................................15
6. Responsabilidade Civil x Responsabilidade Criminal ...................................21
7. Responsabilidade Civil por Dívidas ...........................................................21
8. Responsabilidade Civil na Sucessão .........................................................23
9. Indenização .........................................................................................23
Questões de Concurso ...............................................................................28
Gabarito ..................................................................................................57
Questões Comentadas ...............................................................................58
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ATO ILÍCITO E RESPONSABILIDADE CIVIL
1. Conceito de Ato Ilícito e de Responsabilidade Civil
A responsabilidade civil corresponde à aplicação de medidas que obriguem al-
guém a reparar dano moral ou patrimonial causado a terceiros em razão de ato 
ilícito do próprio imputado, de pessoa por quem ele responde, ou de fato de coisa 
ou animal sob sua guarda, ou, ainda, de simples imposição legal.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obri-
gado a repará-lo.
A prática de um ato ilícito pode se dar através da violação de um direito (art. 
186 do CC) ou através de um abuso de direito (art. 187 do CC). Nas duas hipó-
teses é necessário que o ato praticado provoque um dano a outrem, seja ele patri-
monial ou extrapatrimonial (moral).
CC
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, vio-
lar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede 
manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé 
ou pelos bons costumes.
VIOLAR DIREITO + DANO A OUTREM
ATO ILÍCITO
ABUSAR DE DIREITO + DANO A OUTREM
Dessa forma, podemos listar três requisitos para haver a responsabilidade civil:
1) Conduta: vem a ser o ato humano, comissivo ou omissivo, ilícito ou lícito, 
voluntário e objetivamente imputável, do próprio agente ou de terceiro, ou o fato 
de animal ou coisa inanimada, que cause dano a outrem, gerando o dever de sa-
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tisfazer os direitos do lesado. A conduta é composta da parte objetiva (ação ou 
omissão) e da parte subjetiva (dolo ou culpa), entretanto, nem sempre a parte 
subjetiva (dolo ou culpa) será necessária, como ocorre nos casos de res-
ponsabilidade objetiva.
2) Ocorrência de dano: não haverá dever de reparação quando inexistir pre-
juízo. As classificações mais importantes de dano são:
a) Quanto à extensão do dano: o prejuízo compreende o dano emergente (efe-
tiva diminuição do patrimônio da vítima) e o lucro cessante (quantia que a 
vítima deixou de ganhar).
b) Quanto à natureza do bem violado: o dano, de acordo com o art. 5º, V da 
CF, pode ser material quando se tratar de prejuízo causado a bem patrimo-
nial, moral, quando recair sobre bens extrapatrimoniais, e à imagem, quando 
compromete a aparência da pessoa lesada.
CF/1988
Art. 5º
V – é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por 
dano material, moral ou à imagem;
STJ
STJ 37 – São cumuláveis as indenizações por dano material e dano moral oriundos do 
mesmo fato.
STJ 387 – É possível a acumulação das indenizações de dano estético e moral.
c) Quanto às consequências do dano: o dano pode ser direto, aquele suportado 
pela própria vítima da ação lesiva, ou indireto, também chamado de dano 
reflexo ou por ricochete, quando se revela decorrência de um dano anterior 
sofrido pela própria vítima ou por outrem.
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Imagine a destruição de vidro de uma vitrina por um desordeiro, com um con-
sequente estrago causado pelas chuvas nos artigosexpostos, em razão da falta de 
vidro.
A destruição do vidro é um dano direto, ao passo que o estrago pelas chuvas é 
um dano indireto.
3) Nexo de causalidade: relação entre a conduta do agente e o dano sofrido 
pela vítima. Caso a existência do dano não esteja relacionada com o comportamen-
to do agente, não haverá que se falar em relação de causalidade e, via de conse-
quência, em obrigação de indenizar.
RESPONSABILIDADE
CIVIL
– CONDUTA
– DANO
– NEXO DE CAUSALIDADE
Os três elementos são 
necessários para que alguém seja 
responsabilizado civilmente.
2. Excludentes de Ilicitude
Entretanto, mesmo que o agente pratique um ato que acarrete prejuízo a ou-
trem, ele pode não ser obrigado a indenizar em razão de uma das causas exclu-
dentes de ilicitude. Algumas estão listadas no artigo 188 do CC.
São elas:
1) legítima defesa;
2) exercício regular de direito; e
3) estado de necessidade.
CC
Art. 188. Não constituem atos ilícitos:
I – os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um direito reco-
nhecido;
II – a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de 
remover perigo iminente.
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Parágrafo único. No caso do inciso II, o ato será legítimo somente quando as circunstân-
cias o tornarem absolutamente necessário, não excedendo os limites do indispensável 
para a remoção do perigo.
É possível que, quando a ilicitude seja excluída pelo estado de necessi-
dade, o agente, mesmo assim, continue obrigado a indenizar se a pessoa 
que sofrer o dano não corresponder à pessoa que ocasionou a situação de 
perigo. Porém, nessa hipótese, o agente terá direito a uma ação regressiva 
contra o causador do perigo para reaver o que houver gasto com a indeni-
zação (artigos 188, 929 e 930 do CC).
CC
Art. 929. Se a pessoa lesada, ou o dono da coisa, no caso do inciso II do art. 188, não 
forem culpados do perigo, assistir-lhes-á direito à indenização do prejuízo que sofreram.
Art. 930. No caso do inciso II do art. 188, se o perigo ocorrer por culpa de terceiro, 
contra este terá o autor do dano ação regressiva para haver a importância que tiver 
ressarcido ao lesado.
Parágrafo único. A mesma ação competirá contra aquele em defesa de quem se causou 
o dano (art. 188, inciso I).
Conforme explicações anteriores, se uma pessoa, agindo em estado de neces-
sidade, em razão de uma ação causar dano a outra, não estará caracterizado um 
ato ilícito em decorrência da ilicitude ser excluída pelo estado de necessidade; ou 
seja, estaremos diante de um ato lícito. Entretanto, mesmo assim é possível haver 
indenização ao lesado e ação regressiva contra o causador do perigo.
Vejamos o exemplo:
“A”  motorista de um carro que, agindo em estado de necessidade, desvia o 
carro de uma criança e acaba derrubando o muro de uma casa;
“B”  criança de 5 anos que atravessava a rua sozinha;
“C”  responsável pela criança (CAUSADOR DO PERIGO); e
“D”  dono da casa que teve o muro derrubado (LESADO).
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Se o causador do perigo e o lesado forem a mesma pessoa (responsável pela 
criança e dono da casa com o muro quebrado forem a mesma pessoa), então não 
há indenização, pois se configura o estado de necessidade defensivo; porém, se 
forem pessoas diferentes, teremos o estado de necessidade agressivo e caberá 
uma indenização de “A” para “D”, da mesma forma que “A” pode propor uma ação 
regressiva contra “C” para reaver o que pagou a “D”.
A INDENIZAÇÃO NO ESTADO DE NECESSIDADE
ESTADO DE NECESSIDADE DEFENSIVO: não há obrigação de indenizar
RESPONSÁVEL
PELO PERIGO
= PESSOA
LESADA≠
ESTADO DE NECESSIDADE AGRESSIVO: há dever de indenizar o lesado + ação 
regressiva contra o causador do perigo
3. Organograma da Responsabilidade Civil
O organograma a seguir é um retrato de como o Código Civil trata os casos de 
responsabilidade civil delineados em seu texto acrescido de conceitos doutrinários 
comumente cobrados em provas de concursos.
Como de praxe, ao longo deste curso, vamos “dissecar” o respectivo organogra-
ma, e, ao final da aula, você verá como o assunto costuma ser cobrado em provas 
de concursos.
Não se preocupe em decorar esse organograma agora. Após o término da aula, 
volte a visualizá-lo e você perceberá que o seu entendimento ficará muito mais 
facilitado.
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4. Classificações da Responsabilidade Civil
Neste tópico, vamos dissecar o organograma visto acima.
I – Tendo como fundamento a classificação de acordo com o fato gerador, 
a responsabilidade civil pode ser:
a) Responsabilidade contratual: é aquela que está relacionada com a inexecu-
ção de uma obrigação decorrente de um contrato. O contrato faz lei entra 
as partes, dessa forma, suas cláusulas devem ser respeitadas, sob pena de 
responsabilidade daquele que as descumprir. A base legal dessa modalidade 
de responsabilidade se fundamenta nos arts 389 (obrigação positiva) e 390 
(obrigação negativa) do CC.
CC
Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais 
juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e 
honorários de advogado.
Art. 390. Nas obrigações negativas o devedor é havido por inadimplente desde o dia 
em que executou o ato de que se devia abster.
b) Responsabilidade extracontratual ou aquiliana: é aquela que está relacionada 
com a infração a um dever geral imposto por lei (legal).
Como exemplo, se uma pessoa é atropelada por um ônibus deve ser 
ressarcida pelo autor do fato. Temos aqui um caso de responsabilidade 
extracontratual. Porém, se a pessoa está dentro do ônibus viajando para 
algum lugar e ocorrer um acidente na qual ela sofra danos (materiais e/ou 
morais), estaremos diante de uma responsabilidade contratual, pois exis-
te um contrato de transporte.
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II – Tendo como base a classificação quanto ao seu fundamento, a respon-
sabilidade civil pode ser subjetiva ou objetiva.
a) Responsabilidade subjetiva: é aquelabaseada na culpa do agente, que deve 
ser comprovada para gerar a obrigação indenizatória. É a regra no Código 
Civil (art. 186 do CC) A responsabilidade do causador do dano somente se 
configura se ele agiu com dolo ou culpa. Trata-se da teoria clássica, também 
chamada teoria da culpa ou subjetiva, segundo a qual a prova da culpa lato 
sensu (abrangendo o dolo) ou stricto sensu se constitui num pressuposto do 
dano indenizável.
CC
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, 
violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato 
ilícito.
b) Responsabilidade objetiva: é aquela imposta por lei, havendo, entretanto, 
em determinadas situações, a obrigação de reparar o dano independente-
mente de culpa. É quando ocorre a responsabilidade objetiva que se adota 
a teoria do risco, que prescinde (NÃO NECESSITA) de comprovação da culpa 
para a ocorrência do dano indenizável. Basta haver o dano e o nexo de cau-
salidade para justificar a responsabilidade civil do agente. Em alguns casos 
presume-se a culpa (responsabilidade objetiva imprópria), em outros a prova 
da culpa é totalmente prescindível (responsabilidade civil objetiva própria).
Art. 927.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos 
casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor 
do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
dolo
culpa
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Sobre as modalidades de risco, a doutrina ressalta as seguintes:
• Risco proveito ou atividade: está relacionado à máxima “quem colhe os bônus 
deve suportar os ônus”, ou seja, aquela pessoa que tira proveito da atividade 
perigosa também deve suportar os danos dela decorrentes.
• Risco profissional: está relacionado às relações de trabalho, a fim de viabilizar 
a responsabilidade objetiva do empregador pelos danos causados pelo em-
pregado, em decorrência da atividade por este desenvolvida.
• Risco excepcional: se refere às atividades que, por sua natureza, represen-
tam um elevado grau de perigo, tanto para as pessoas que as desempenham 
diretamente, como para os demais membros da coletividade. e
• Risco integral: é o grau mais elevado de responsabilidade objetiva, não atin-
gindo nenhum tipo de exclusão, mesmo na ocorrência de caso fortuito ou 
força maior. Tal modalidade é reservada aos danos decorrentes de atividades 
nucleares.
III – Tendo como referência a classificação quanto ao agente a responsabi-
lidade civil pode ser direta ou indireta:
a) Responsabilidade civil direta: ocorre quando o autor do dano é o responsável 
pelo seu pagamento. Como exemplo, temos o fato de A jogar uma pedra no 
carro de B causando-lhe danos. Na situação apresentada, é o próprio autor 
do dano que deve ressarcir o lesado (B).
b) Responsabilidade civil indireta: também chamada de responsabilidade civil 
complexa ou por fato de outrem (arts. 932 a 934 do CC), ocorre quando uma 
pessoa é civilmente responsável, perante terceiros, por ações e omissões 
perpetradas por outra pessoa. Mais adiante teceremos maiores detalhes.
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Por ocasião da responsabilidade civil subjetiva a culpa, elemento necessário, 
pode ser classificada das seguintes formas:
I – Sob o critério da gravidade, a culpa pode ser grave (quando o agente 
atua com falha grosseira ao dever de cuidado), leve (quando ocorre falta a um de-
ver de cuidado ordinário, comum a qualquer pessoa) ou levíssima (se caracteriza 
por um mero descuido ou ausência de habilidade).
II – Sob o critério do conteúdo da conduta culposa, recorro às palavras do 
renomado doutrinador César Fiúza: “a culpa, dependendo das circunstâncias em 
que ocorra, pode se classificar em culpa in committendo, in omittendo, in vigilando, 
in custodiendo e in eligendo.
In committendo é a culpa que ocorre em virtude de ação, atuação positiva 
(comissão). Como exemplo, podemos citar o ato de avançar sinal luminoso. Já se 
a culpa se der por omissão, por conduta negativa, teremos culpa in omittendo. 
Exemplo seria a enfermeira se esquecer de dar remédio ao paciente.
Será in vigilando a culpa, se houver fruto de falha no dever de vigiar. Tal é a 
culpa dos pais pelos atos dos filhos em sua guarda. O dever, nesse caso, refere-se 
a vigiar pessoas. Se referir-se a vigiar coisas, como animais, por exemplo, a culpa 
será in custodiendo, configurando-se por falha no dever de guardar, custodiar. 
Essa é a culpa do detentor do animal, pelos danos que este venha a provocar.
A culpa in eligendo é aquela que resulta da má escolha. Quando se escolhe 
mal uma pessoa para desempenhar certa tarefa, resultando danos, a responsabi-
lidade é daquele que escolheu mal. É o caso do patrão, que responde pelos danos 
causados por seus empregados em serviço; do procurador que responde pelos atos 
daquele a quem substabelecer.
III – Sob o critério do modo de apreciação, a culpa pode ser in concreto 
(ocorre quando, no caso concreto, se limita ao exame da imprudência ou negligên-
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cia do agente) ou in abstrato (quando se faz uma análise comparativa da conduta 
do agente com a do homem médio ou da pessoa normal).
IV – Com base no critério da natureza do dever violado, a culpa pode ser 
contratual (quando o dever se funda em um contrato – exemplo: se o locatário de 
um imóvel não cumpre com a obrigação constante do contrato de locação) ou extra-
contratual/aquiliana (quando a obrigação de indenizar se origina da violação de 
um preceito geral de direito – exemplo: quando uma pessoa empresta o carro para 
um sobrinho menor de idade e o automóvel vem a colidir com outro automóvel).
5. A Responsabilidade no Código Civil
O universo dos casos de responsabilidade civil é enorme, ultrapassa em muito 
os exemplos do Código Civil, entretanto, o edital do concurso se refere, apenas, aos 
casos lá citados. Vamos aos principais:
1) Responsabilidade dos empresários e empresas por vícios de produ-
tos (art. 931 do CC):
CC
Art. 931. Ressalvados outros casos previstos em lei especial, os empresários individu-
ais e as empresas respondem independentemente de culpa pelos danos causados pelos 
produtos postos em circulação.
Trata-se de responsabilidade civil objetiva que independe de culpa, isto é, as 
empresas e até mesmo os empresários individuais que exercem exploração indus-
trial responderão, na relação de consumo, pelos danos físico-psíquicos provocados 
pelos seus produtos postos em circulação.
2) Responsabilidade do incapaz (art. 928 do CC):
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Art. 928. O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele respon-
sáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes.
Parágrafo único. A indenização prevista neste artigo, que deverá ser equitativa, não terá 
lugar se privar do necessário o incapaz ou as pessoas que dele dependem.
Se uma pessoa incapaz tiver recursos econômicos e lesar outrem, então deverá, 
equitativamente, indenizar os prejuízos que causou, caso o seu responsável não 
tenha a obrigação de arcar com tal ressarcimento ou não tenha meios suficientes 
para tanto.
Trata-se de uma forma de responsabilidade subsidiária e mitigada em que 
primeiramente responderá o representante do incapaz com seus bens e, posterior-
mente, o próprio incapaz.
3) Responsabilidade por fato de terceiros (arts 932 a 934 do CC):
CC
Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil:
I – os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia;
II – o tutor e o curador, pelos pupilos e curatelados, que se acharem nas mesmas con-
dições;
III – o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exer-
cício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele;
IV – os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos onde se albergue por 
dinheiro, mesmo para fins de educação, pelos seus hóspedes, moradores e educandos;
V – os que gratuitamente houverem participado nos produtos do crime, até a concor-
rente quantia.
Art. 933. As pessoas indicadas nos incisos I a V do artigo antecedente, ainda que não 
haja culpa de sua parte, responderão pelos atos praticados pelos terceiros ali referidos.
No que tange à responsabilidade por fato de terceiro, o CC consagrou, através 
do art. 933, a responsabilidade civil objetiva (independe de culpa).
Vide Enunciado 450 da V Jornada de Direito Civil do CJF:
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Enunciado 450
A responsabilidade civil por ato de terceiro funda-se na responsabilidade objetiva ou 
independente de culpa, estando superado o modelo de culpa presumida.
Dessa forma, não é necessária a culpa dos responsáveis (pais, tutores, cura-
dores, empregadores, comitentes e donos de hotéis) para haver responsabilidade 
civil, entretanto, é necessário que a vítima comprove a culpa do incapaz, do em-
pregado, dos hóspedes e educandos. Configurada essa culpa, há uma presunção 
absoluta (juris et de jure), aquela que não admite prova em contrário, de que tais 
pessoas são também responsáveis.
Dessa forma, para a vítima obter indenização, deve provar apenas duas coisas:
1) a relação de subordinação entre o causador do dano e a pessoa mencionada 
no art. 932 do CC; e
2) a culpa do causador do dano.
Os pais apenas serão obrigados a indenizar os atos ilícitos dos filhos menores se 
estes estiverem sob sua autoridade e em sua companhia. Dessa forma, a guarda é 
essencial para fazer surgir a responsabilidade civil dos pais pelos filhos me-
nores que é objetiva. Se, em um caso de separação judicial, o menor permanece 
sob a guarda exclusiva da mãe, só ela responde pela indenização, excluindo-se a 
responsabilidade do pai. No caso de emancipação, sendo esta legal, exclui-se a res-
ponsabilidade dos pais; entretanto, tal responsabilidade subsiste se a emancipação 
for voluntária.
Cabe citarmos o Enunciado 449 da V Jornada de Direito Civil:
Enunciado 449
Considerando que a responsabilidade dos pais pelos atos danosos praticados pelos fi-
lhos menores é objetiva, e não por culpa presumida, ambos os genitores, no exercício 
do poder familiar, são, em regra, solidariamente responsáveis por tais atos, ainda que 
estejam separados, ressalvado o direito de regresso em caso de culpa exclusiva de um 
dos genitores.
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A responsabilidade civil dos tutores e curadores sobre os respectivos tu-
telados e curatelados é idêntica à dos pais, ou seja, é objetiva e também depende 
da relação de guarda e companhia.
A responsabilidade do empregador ou comitente pelos danos causados 
pelos seus empregados, serviçais e prepostos, depende de três requisitos:
1) relação de subordinação, não sendo necessários a remuneração e a habitua-
lidade de prestação de serviços por parte do preposto;
2) culpa do empregado ou comitente; e
3) que o ato danoso tenha sido praticado no exercício do emprego ou por oca-
sião dele.
Estando presentes tais requisitos, presume-se a responsabilidade objetiva do 
patrão (independente de culpa). Este, para se eximir da responsabilidade, deve 
provar que o dano não foi causado pelo seu empregado ou preposto ou que o dano 
não foi causado no exercício do trabalho ou razão dele.
Percebe-se então que, ao selecionar seus auxiliares, compete ao empregador 
ou preposto proceder criteriosamente, com a finalidade de admitir pessoas respon-
sáveis e moralmente bem formadas. Entretanto, a falha em tal procedimento de 
escolha pode levá-lo a responder, objetivamente, por danos causados a terceiros 
no período de seu trabalho. Essa responsabilidade indireta ou secundária do co-
mitente ou empregador independe da comprovação de sua culpa in eligendo e in 
vigilando. Todavia se ressalta a necessidade de que o ato tenha sido praticado de 
forma intencional ou de forma culposa.
A responsabilidade civil dos donos de hotéis, casas de hospedagem e 
educadores também é objetiva. Nos dois primeiros casos o hóspede lesado ape-
nas deverá provar o contrato de hospedagem e o dano dele resultante. No terceiro 
caso (educadores), a responsabilidade civil depende de três requisitos:
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1) que o dano tenha sido causado no momento em que o aluno estava em sua 
vigilância e autoridade, pois, fora desse momento, a escola só pode responder sub-
jetivamente, isto é, mediante demonstração de culpa;
2) que o aluno seja menor, pois o aluno maior não se submete a vigilância; e
3) que o ensino seja remunerado, isto é, com a finalidade lucrativa.
Ressalta-se que, no caso dos donos de hotéis e casas de hospedagem, a respon-
sabilidade pode ser excluída se houver caso fortuito, força maior ou culpa exclusiva 
da vítima ou de terceiro.
Entretanto, é possível que os responsáveis por fato de terceiros consigam rea-
ver o que houverem pago através do exercício do direito de regresso (art. 934 
do CC).
Art. 934. Aquele que ressarcir o dano causado por outrem pode reaver o que houver 
pago daquele por quem pagou, salvo se o causador do dano for descendente seu, abso-
luta ou relativamente incapaz.
Percebe-se, porém, que tal direito não assiste aos pais tutores e curadores, pois 
a sua responsabilidadeemana de atos praticados por pessoas incapazes (filho me-
nor, pupilo ou maior interditado).
Para encerrar o comentário dos incisos do art. 932 do CC, temos a responsa-
bilidade civil dos beneficiários em produtos de crime. É desnecessário dizer 
que tal responsabilidade é objetiva, exigindo-se a obrigação de devolver a coisa à 
vítima com base no enriquecimento injusto, mesmo que tenha recebido o produto 
do crime de forma gratuita e inocente.
4) Responsabilidade por fato de animal (art. 936 do CC):
Art. 936. O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado, se não 
provar culpa da vítima ou força maior.
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O art. 936 do CC prevê que o dono do animal ou o seu detentor será responsá-
vel objetivamente pelos danos causados por ele, a não ser que prove o seguinte:
1) que guardava e vigiava o animal com o cuidado necessário; ou
2) que o animal foi provocado; ou
3) que houve imprudência do ofendido; ou
4) que o fato resultou de caso fortuito ou força maior.
Recentemente, foi elaborado o Enunciado 451 da V Jornada de Direito Civil do 
CJF tratando do assunto:
Enunciado 451: A responsabilidade civil do dono ou detentor de animal é objetiva, ad-
mitindo-se a excludente do fato exclusivo de terceiro.
5) Responsabilidade pelo fato de coisa inanimada (arts. 937 e 938 do CC).
Art. 937. O dono de edifício ou construção responde pelos danos que resultarem de sua 
ruína, se esta provier de falta de reparos, cuja necessidade fosse manifesta.
Art. 938. Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente das 
coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido.
A teoria da guarda atribui ao dono da coisa a responsabilidade de reparar o dano 
causado a terceiro. Dessa forma, nas duas situações elencadas acima, a responsa-
bilidade é objetiva.
Como exemplo de situação amparada pelo art. 937 do CC, temos a marquise de 
um edifício que desaba sobre uma pessoa. Nesse caso, a responsabilidade civil do 
dono do prédio é objetiva, cabendo, entretanto, ação regressiva contra o culpado.
Para o art. 938 do CC, cabe como exemplo o vaso de planta que, em decorrente 
de forte ventania, cai da janela onde estava colocado. Tal responsabilidade também 
será objetiva e deverá recair sobre o habitante do prédio, mesmo que o proprietário 
seja outro (exemplo: aluguel).
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6. Responsabilidade Civil x Responsabilidade Criminal
Aquele que pratica um ato ilícito pode sofrer até 3 processos (na esfera admi-
nistrativa, na esfera civil e na esfera penal). A regra é que as decisões tomadas em 
um processo não vinculam os outros. Porém, esta não é uma regra absoluta. Como 
quase tudo no Direito, esta regra possui exceções (art. 935 do CC):
Art. 935. A responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo ques-
tionar mais sobre a existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando estas 
questões se acharem decididas no juízo criminal.
Embora a regra seja a independência das esferas, não se pode mais questionar 
no juízo cível algumas questões, quando elas já se encontrarem decididas no juízo 
criminal. São elas:
• a existência do fato, isto é, a ocorrência do crime e suas consequências (en-
globa-se aqui eventual excludente de criminalidade, como veremos);
• ou de quem seja o seu autor, ou seja, a autoria do delito.
Sentença criminal baseada em negativa de autoria ou sobre inexistência do crime 
repercute nas esferas cível e administrativa.
7. Responsabilidade Civil por Dívidas
No art. 939 do CC, o legislador tratou da responsabilidade civil daquele que de-
mandar por dívida não vencida.
Art. 939. O credor que demandar o devedor antes de vencida a dívida, fora dos casos 
em que a lei o permita, ficará obrigado a esperar o tempo que faltava para o vencimen-
to, a descontar os juros correspondentes, embora estipulados, e a pagar as custas em 
dobro.
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Sobre a responsabilidade do demandante por débito já solvido ou por quantia 
indevida, vejamos o art. 940 do CC:
Art. 940. Aquele que demandar por dívida já paga, no todo ou em parte, sem ressal-
var as quantias recebidas ou pedir mais do que for devido, ficará obrigado a pagar ao 
devedor, no primeiro caso, o dobro do que houver cobrado e, no segundo, o equivalente 
do que dele exigir, salvo se houver prescrição.
Temos no dispositivo legal acima duas situações:
1) cobrança de dívida já paga: neste caso aquele que efetuar a cobrança ju-
dicialmente, mediante prova de má-fé, de dívida que já foi paga ficará obrigado 
a pagar o dobro do que foi cobrado;
2) cobrança de quantia indevida: neste caso, o credor deverá pagar ao 
devedor uma quantia equivalente à exigida indevidamente.
Art. 941. As penas previstas nos arts. 939 e 940 não se aplicarão quando o autor de-
sistir da ação antes de contestada a lide, salvo ao réu o direito de haver indenização por 
algum prejuízo que prove ter sofrido.
Como regra, se o autor desistir da ação por ocasião da cobrança antecipada, 
cobrança de dívida já paga e da cobrança de quantia indevida, caracteriza-se um 
reconhecimento de seu erro e, com isso, não serão cabíveis as indenizações dos 
dois artigos anteriores.
Art. 942. Os bens do responsável pela ofensa ou violação do direito de outrem ficam 
sujeitos à reparação do dano causado; e, se a ofensa tiver mais de um autor, todos res-
ponderão solidariamente pela reparação.
Parágrafo único. São solidariamente responsáveis com os autores os coautores e as 
pessoas designadas no art. 932.
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O art. 942 do CC dispõe que os bens do patrimônio do responsável pelo dano 
ficarão sujeitos à reparação do ato ilícito praticado. Caso a ofensa tenha mais de 
um autor, haverá solidariedade na obrigação de indenizar.
8. Responsabilidade Civil na Sucessão
Art. 943. O direito de exigir reparação e a obrigação de prestá-la transmitem-se com 
a herança.
Ressalta-se também que a obrigação de exigir a reparação civil e de prestá-la 
transmite-se através da sucessão causa mortis, mas é uma transmissão limitada, 
quanto à responsabilidade do sucessor, aos limites da herança.
9. Indenização
Já estudamos a origem da responsabilidade civil que é o ato ilícito. Estudamos 
também as espécies de responsabilidade civil (subjetiva e objetiva). Porém, está 
faltando tratarmos da consequência gerada pelo ato danoso a outrem que é a inde-
nização. Vejamoso gráfico esquemático a seguir:
ATO ILÍCITO  RESPONSABILIDADE CIVIL  INDENIZAÇÃO
Os arts. 944 a 954 do CC tratam da indenização. Vamos a eles:
Art. 944. A indenização mede-se pela extensão do dano.
Parágrafo único. Se houver excessiva desproporção entre a gravidade da culpa e o dano, 
poderá o juiz reduzir, equitativamente, a indenização.
A indenização deve ser proporcional ao dano provocado. Dessa forma, compa-
rando dois acidentes com automóveis, imagine um primeiro, no qual ocorreu ape-
nas um arranhão na pintura e um segundo, em que houve perda total do carro. No 
primeiro acidente, a indenização deverá ser menor que a indenização do segundo.
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Art. 945. Se a vítima tiver concorrido culposamente para o evento danoso, a sua inde-
nização será fixada tendo-se em conta a gravidade de sua culpa em confronto com a do 
autor do dano.
O art. 945 do CC trata da concorrência de culpas do agente causador do dano 
e da vítima. Dessa forma, se a vítima não age com a cautela necessária para atra-
vessar a rua em local apropriado, vindo a ser atropelada, será justificável a redução 
proporcional do valor indenizatório em razão da culpa concorrente.
Art. 946. Se a obrigação for indeterminada, e não houver na lei ou no contrato dispo-
sição fixando a indenização devida pelo inadimplente, apurar-se-á o valor das perdas e 
danos na forma que a lei processual determinar.
Líquida é a obrigação certa quanto a sua existência é determinada quanto a seu 
objeto, de modo que, se tiver valor indeterminado, deverá ser apurada na confor-
midade da lei processual (arts. 603 a 611 do CPC), que fixa as formas de liquidação 
da sentença ou da convenção entre as partes.
Art. 947. Se o devedor não puder cumprir a prestação na espécie ajustada, substituir-se-á 
pelo seu valor, em moeda corrente.
Como regra, a obrigação de reparar o dano provocado deve ocorrer através de 
uma reconstituição natural. Ou seja, se um objeto foi destruído, outro igual deve 
ser entregue. Entretanto, não podendo ser entregue um igual, a obrigação de in-
denizar é extinta através do pagamento de um valor em moeda corrente igual ao 
do objeto destruído.
Art. 948. No caso de homicídio, a indenização consiste, sem excluir outras reparações:
I – no pagamento das despesas com o tratamento da vítima, seu funeral e o luto da 
família;
II – na prestação de alimentos às pessoas a quem o morto os devia, levando-se em 
conta a duração provável da vida da vítima.
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A morte de um membro da família pode acarretar dano moral a outro membro 
dessa mesma família em decorrência da dor sentimental pela morte do ente que-
rido, bem como ao cônjuge que sofre a perda de seu consorte, ou ao convivente 
cujo companheiro é morto, ou ao pai ou mãe que sofre a perda do filho. Se a morte 
ocorre pela prática de um ato ilícito, então caberá a aplicação dos princípios da res-
ponsabilidade civil por dano moral, com o estabelecimento da devida indenização.
A indenização por dano moral no caso do homicídio não exclui os danos mate-
riais citados nos incisos I e II.
Art. 949. No caso de lesão ou outra ofensa à saúde, o ofensor indenizará o ofendido 
das despesas do tratamento e dos lucros cessantes até ao fim da convalescença, além 
de algum outro prejuízo que o ofendido prove haver sofrido.
O art. 949 do CC tem em vista a reparação dos danos materiais (despesas de 
tratamento e lucros cessantes) e dos danos morais resultantes de ofensa à integri-
dade física, que é direito da personalidade, pelo qual se tutela a incolumidade do 
corpo e da mente.
Art. 950. Se da ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido não possa exercer o seu 
ofício ou profissão, ou se lhe diminua a capacidade de trabalho, a indenização, além das 
despesas do tratamento e lucros cessantes até ao fim da convalescença, incluirá pensão 
correspondente à importância do trabalho para que se inabilitou, ou da depreciação que 
ele sofreu.
Parágrafo único. O prejudicado, se preferir, poderá exigir que a indenização seja arbi-
trada e paga de uma só vez.
Este dispositivo trata de ofensa à integridade física que acarreta defeito que 
impossibilite ou diminua a capacidade de trabalho da vítima, estabelecendo inde-
nização pelos danos materiais: despesas de tratamento, lucros cessantes até o fim 
da convalescença e pensão correspondente à importância do trabalho para que se 
inabilitou ou da depreciação sofrida.
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Art. 951. O disposto nos arts. 948, 949 e 950 aplica-se ainda no caso de indenização 
devida por aquele que, no exercício de atividade profissional, por negligência, impru-
dência ou imperícia, causar a morte do paciente, agravar-lhe o mal, causar-lhe lesão, 
ou inabilitá-lo para o trabalho.
O art. 951 do CC consagra a responsabilidade civil subjetiva de médico, cirur-
gião, farmacêutico, parteira e dentista por erro profissional. As pessoas que atuam 
profissionalmente na área da saúde assumem obrigações, via de regra, de meio. 
Desse modo, a responsabilidade é subjetiva, porque, se a obrigação é de meio e 
não de resultado, deve a vítima ou lesado provar que o profissional não se utilizou 
de todos os meios a seu alcance para obter o direito à indenização.
Art. 952. Havendo usurpação ou esbulho do alheio, além da restituição da coisa, a inde-
nização consistirá em pagar o valor das suas deteriorações e o devido a título de lucros 
cessantes; faltando a coisa, dever-se-á reembolsar o seu equivalente ao prejudicado.
Parágrafo único. Para se restituir o equivalente, quando não exista a própria coisa, 
estimar-se-á ela pelo seu preço ordinário e pelo de afeição, contanto que este não se 
avantaje àquele.
Se o lesante usurpar, apoderando-se ilegal, violenta ou fraudulentamente de 
coisa, ou esbulhar o alheio, tomando ilicitamente a posse do titular do bem, privan-
do-o de seu exercício, a indenização consistirá na devolução do bem (in natura), 
acrescida de pagamento de perdas e danos.
Art. 953. A indenização por injúria, difamação ou calúnia consistirá na reparação do 
dano que delas resulte ao ofendido.
Parágrafo único. Se o ofendido não puder provar prejuízo material, caberá ao juiz fixar, 
equitativamente, o valor da indenização, na conformidade das circunstâncias do caso.
Este dispositivo estabelece a reparação dos danos por violação à honra que é 
um direito da personalidade composto de dois aspectos: objetivo ou externo (rela-
cionado com a consideração social) e subjetivo ou interno (relacionado com a auto-
estima). Nestes dois aspectos, está contido o caráter múltiplo da honra: individual, 
civil, política, profissional, científica, artística etc.
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Art. 954. A indenização por ofensa à liberdade pessoal consistirá no pagamento das 
perdas e danos que sobrevierem ao ofendido, e se este não puder provar prejuízo, tem 
aplicação o disposto no parágrafo único do artigo antecedente.
Parágrafo único. Consideram-se ofensivos da liberdade pessoal:
I – o cárcere privado;
II – a prisão por queixa ou denúncia falsa e de má-fé;
III – a prisão ilegal.
Finalizando o nosso estudo teórico, temos o art. 954 do CC que trata da 
reparação do dano por ofensa à liberdade pessoal.
Caro(a) aluno(a), terminamos a base teórica por aqui!!!
Espero que tenha gostado e vamos às questões.
Dicler.
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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1 (FEPESE/ISS-FLORIANÓPOLIS-SC/AUDITOR-FISCAL/2014) Assinale 
alternativa correta de acordo com o Código Civil Brasileiro.
a) O ato ilícito é por natureza doloso.
b) O dano moral puro não é considerado ato ilícito.
c) Apenas a legítima defesa é considerada causa excludente da prática do ato ilícito.
d) Todo ato lesivo que violar direito e causar dano a outrem é considerado ato ilícito.
e) O exercício de um direito com excesso manifesto aos limites impostos pela bo-
a-fé caracteriza o ato ilícito.
Questão 2 (FCC/SEFAZ-PE/JULGADOR ADMINISTRATIVO/2015) O titular de um 
direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim 
econômico ou social
a) comete ato ilícito, consubstanciado em abuso do direito, sujeitando-se à respon-
sabilidade civil.
b) não comete ato ilícito, mas, apenas, viola regra moral, sem consequências ju-
rídicas.
c) não comete ato ilícito, mas se sujeita à responsabilidade civil de natureza obje-
tiva.
d) comete ato ilícito, sujeitando-se a sanções administrativas, mas não à respon-
sabilidade civil.
e) comete abuso do direito, que a lei não reputa ato ilícito para fins indenizatórios.
Questão 3 (FCC/TJ-AL/JUIZ SUBSTITUTO/2015) A responsabilidade civil decor-
rente do abuso do direito
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a) determina indenização material, independentemente de comprovação de preju-
ízo.
b) não acarreta consequência pecuniária, se não houver dano moral.
c) rege-se pelo critério subjetivo, só sendo indispensável o dano.
d) rege-se pelo critério subjetivo, sendo indispensável o dano apenas quando con-
figurado dolo.
e) independe de comprovação de culpa.
Questão 4 (FCC/ICMS-PI/ANALISTA DO TESOURO/2015) Raul, dirigindo em alta 
velocidade, abalroou o veículo de Daniel, que ajuizou ação de indenização. A res-
ponsabilização de Raul se dará mediante comprovação de
a) dano apenas, na modalidade objetiva.
b) dano, nexo de causalidade e culpa, na modalidade subjetiva.
c) dano e nexo de causalidade, na modalidade objetiva.
d) dano e nexo de causalidade, na modalidade subjetiva.
e) dano, nexo de causalidade e culpa, na modalidade objetiva.
Questão 5 (FCC/TJ-AP/ANALISTA JUDICIÁRIO/2014) Caio, menor impúbere, sob 
autoridade e companhia de Roberto, foi atingido por um veículo desgovernado en-
quanto andava de bicicleta. Com o impacto, foi lançado sobre um ponto de ônibus, 
atingindo Maria, que sofreu lesões corporais. Caio sobreviveu ao acidente. Em ra-
zão dos danos que experimentou, Maria ajuizou ação contra Roberto, que no caso 
concreto
a) possui responsabilidade objetiva, porque Caio estava sob sua autoridade e com-
panhia.
b) não possui responsabilidade, pois Caio não praticou o ato causador de dano.
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c) possui responsabilidade subjetiva, havendo presunção de culpa de Roberto por-
que Caio estava sob sua autoridade e companhia.
d) somente possuirá responsabilidade se os bens de Caio forem insuficientes para 
compensar Maria.
e) possui responsabilidade subjetiva, cabendo a Maria provar culpa de Roberto pela 
falha na vigilância de Caio.
Questão 6 (FUNDATEC/ICMS-RS/AUDITOR-FISCAL/2014) Analise as seguintes 
assertivas sobre as causas de exclusão de ilicitude no Direito Civil:
I – A legítima defesa de terceiro não atua como causa de exclusão de ilicitude.
II – O exercício da legítima defesa putativa não atua como causa de exclusão de 
ilicitude.
III – A deterioração ou destruição de coisa alheia, ou a lesão à pessoa, a fim de 
remover perigo iminente, exclui a ilicitude, mas por si só não afasta o dever 
de indenizar.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) Apenas II e III.
Questão 7 (FCC/TJ-CE/JUIZ/2014) Praticado um ato jurídico de objeto lícito, mas 
cujo exercício, levado a efeito sem a devida regularidade, acarreta um resultado 
que se considera ilícito (FRANÇA, R. Limongi. Instituições de Direito Civil. 4. ed., 
Saraiva, 1991, p. 891), pode-se afirmar que o agente
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a) cometeu ato ilícito que só pode determinar indenização por dano moral.
b) incorreu em abuso do direito.
c) praticou ato ilícito, mas que não pode implicar qual quer sanção jurídica.
d) realizou negócio nulo.
e) realizou negócio anulável.
Questão 8 (FCC/DPE-PB/DEFENSOR PÚBLICO/2014) Sônia é proprietária de uma 
pousada. Marina, sua, vizinha, cria codornas. Segundo Sônia, o forte cheiro das co-
dornas atrapalharia seu negócio. Por tal razão, com a intenção de afugentar as co-
dornas, mas também imaginando que poderia entreter seus clientes, passou, com 
autorização do órgão ambiental, a criar corujas, as quais acabaram por dizimar as 
codornas. Sônia cometeu ato
a) ilícito, pois agiu com dolo direto de matar as codornas, podendo Marina, em ra-
zão de tal fato, postular indenização.
b) lícito, pois não é obrigada a tolerar atividade danosa a seus negócios.
c) lícito, pois a criação das corujas foi autorizada pelo órgão ambiental, podendo 
Marina, entretanto, em razão dos prejuízos que experimentou, postular indenização.
d) ilícito, pois excedeu abusivamente os limites impostos pela boa-fé objetiva e 
pela finalidade social do negócio, podendo Marina, em razão de tal fato, postular 
indenização.
e) imoral, porém lícito, uma vez que fundado em exercício regular do direito.
Questão 9 (FGV/ISS-CUIABÁ/AUDITOR-FISCAL/2014) João, devidamente habili-
tado para dirigir, conduzia veículo de sua propriedadecom cautela e diligência, 
quando foi surpreendido por ônibus em alta velocidade na contramão. Em rápida 
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manobra, João conseguiu evitar uma colisão frontal, desviando seu automóvel para 
cima da calçada, onde atropelou Lucas, causando-lhe graves lesões físicas.
Sobre os fatos descritos, assinale a afirmativa correta.
a) João, por ter agido em estado de necessidade, não será obrigado a indenizar o 
dano causado a Lucas, cuja indenização será devida pela empresa de ônibus.
b) João, por não ter agido no estrito cumprimento de dever legal, será obrigado a 
indenizar o dano causado a Lucas.
c) João, embora agindo em estado de necessidade, será obrigado a indenizar o 
dano causado a Lucas, mas terá ação de regresso contra a empresa de ônibus.
d) João, por ter agido em decorrência de fato de terceiro, não será obrigado a 
indenizar o dano causado a Lucas, cuja indenização será devida pela empresa de 
ônibus.
e) João, ao desviar deliberadamente o carro, será obrigado a indenizar o dano cau-
sado, e não terá ação de regresso contra a empresa de ônibus.
Questão 10 (FCC/TCE-PI/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/2014) Luiz Henrique 
mantém cerca de 200 cães em sua residência, situada em área urbana da cidade 
de Teresina. O fato tem gerado reclamação dos vizinhos, que se queixam do forte 
cheiro e do barulho gerado pelos animais. Luiz Henrique pratica ato
a) ilícito, pois ninguém é obrigado a conviver com animais, autorizando-se o sacri-
fício dos cães, em prol do bem comum.
b) lícito, porque amparado nos poderes decorrentes do direito de propriedade.
c) lícito, tendo em vista sua relevância do ponto de vista ambiental.
d) ilícito, em razão do zoneamento da área, porém não passível de responsabi-
lização, mesmo que provado dano aos vizinhos, dada a relevância ambiental da 
prática.
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e) ilícito, na medida em que excede os limites impostos pelo fim social da proprie-
dade, e passível de responsabilização civil, caso provado dano aos vizinhos.
Questão 11 (FCC/TCM-GO/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/2015) No direito 
brasileiro, a responsabilidade civil é
a) sempre subjetiva, com a necessidade de comprovação de imprudência, negli-
gência ou imperícia, além do nexo causal e dano.
b) objetiva, em regra, na modalidade de risco atividade, configurando-se indepen-
dentemente de culpa.
c) subjetiva, em regra, implicando a necessidade de prova da ação ou omissão vo-
luntária, nexo causal, culpa e dano.
d) é sempre objetiva, na modalidade de risco criado ou risco atividade, sem neces-
sidade de demonstração de imprudência, negligência ou imperícia.
e) tanto subjetiva como objetiva, nesse último caso enquadrando-se a responsabi-
lidade do profissional liberal e dos fornecedores de produtos e serviços.
Questão 12 (FCC/TCE-CE/PROCURADOR DE CONTAS/2015) Haverá obrigação de 
reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou 
quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua 
natureza, risco para os direitos de outrem.
Esse enunciado aplica-se à responsabilidade
a) objetiva, na modalidade de risco atividade, que admite as excludentes de res-
ponsabilidade da culpa exclusiva da vítima e do caso fortuito ou força maior.
b) objetiva, na modalidade de risco criado, que não admite excludentes de respon-
sabilidade, a não ser a culpa exclusiva da vítima.
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c) subjetiva, na modalidade de culpa presumida pela atividade, com excludentes 
de culpa exclusiva da vítima e caso fortuito ou força maior.
d) objetiva, na modalidade de risco integral e, portanto, sem excludentes de res-
ponsabilidade possíveis.
e) objetiva, na modalidade de risco administrativo, que admite somente o caso 
fortuito ou força maior como excludente de responsabilidade.
Questão 13 (FCC/DPE-PB/DEFENSOR PÚBLICO/2014) Durante partida de futebol, 
Filipe envolveu-se em uma briga e passou, abruptamente, a desferir pontapés em 
todos a seu redor, atingindo inclusive o árbitro, Mário, que tentava separar a con-
tenda. Muito ferido, Mário ajuizou ação de indenização contra Filipe. Por sua vez, 
este fez prova de que não teve a intenção de acertar Mário. O pedido deverá ser 
julgado
a) procedente, pois Filipe agiu com culpa, devendo ser responsabilizado subjetiva-
mente.
b) improcedente, pois Filipe provou não existir um dos elementos para a respon-
sabilização civil.
c) procedente, pois Filipe agiu com culpa, devendo ser responsabilizado objetiva-
mente.
d) procedente, pois Filipe agiu em abuso do direito, devendo ser responsabilizado 
objetivamente.
e) procedente, pois Filipe agiu em abuso do direito, devendo ser responsabilizado 
subjetivamente.
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Questão 14 (FGV/ISS-CUIABA/AUDITOR-FISCAL/2014) Sobre a responsabilidade 
civil disciplinada no Código Civil de 2002, assinale V para a afirmativa verdadeira e 
F para a falsa.
( )� Os empresários individuais e as empresas são responsáveis, independente-
mente de culpa, pelos danos que, em qualquer circunstância, causarem a 
terceiro, no exercício de suas atividades empresariais.
( )� O incapaz responderá integralmente pelos danos que causar se as pessoas 
por ele responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de 
meios suficientes.
( )� Ainda que não haja culpa de sua parte, os pais responderão pelos atos prati-
cados pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua com-
panhia.
As afirmativas são, respectivamente,
a) V, F e V.
b) F, V e F.
c) F, F e V.
d) V, V e F.
e) F, V e V.
Questão 15 (FCC/TJ-PI/JUIZ SUBSTITUTO/2015) O incapaz
a) responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não 
tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes.
b) não responde com seus bens pelos prejuízos que causar, em nenhuma hipótese, 
se a incapacidade for absoluta.
c) não responde com seus bens pelos prejuízos que causar, devendo suportá-los 
somente seus responsáveis.
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d) apenas responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis 
não tiverem obrigação de fazê-lo.
e) apenas responde com seus bens pelos prejuízos que causar, se a incapacidade 
cessar, ficando até esse momento suspenso o prazo prescricional.
Questão 16 (FGV/MPE-RJ/ANALISTA PROCESSUAL/2016) Gisele, quinze anos de 
idade, modelo e atriz de sucesso, com ótima condição econômica, após se aborre-
cer com o vizinho de seu pai, pegou um paralelepípedo e quebrou o vidro do para-
-brisa dianteiro de um veículo AUDI ano 2016, que se encontrava estacionado em 
frente a sua residência. Considerando que Gisele reside com seu pai, que é sepa-
rado judicialmente de sua mãe, e que nenhum dos dois genitores dispõe de meios 
para ressarcir os danos causados, é correto afirmar que:
a) Gisele deverá ser responsabilizada civilmente pelos danos causados;
b) a responsabilidade civil será exclusivamente do pai de Gisele;
c) a responsabilidade civil será exclusivamente da mãe de Gisele;
d) a responsabilidade civil será dos pais de Gisele;
e) não há responsabilidade civil, já que Gisele é menor de idade, sendo civilmente 
incapaz.
Questão 17 (FCC/TCM-RJ/PROCURADOR DE CONTAS/2015) Joãozinho, de quinze 
anos de idade, pega o carro de seu pai, Ambrósio, sem seu conhecimento, e atro-
pela a vizinha, Dona Candinha, causando-lhe danos materiais e estéticos no valor 
total de R$ 100.000,00. Seu pai não tem patrimônio e é aposentado, ganhando 
um salário mínimo por mês, mas Joãozinho tem depositados R$ 500.000,00, que 
recebera por testamento deixado por seu avô Custódio. Nessas condições, Dona 
Candinha
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a) poderá pleitear indenização direta de Joãozinho, que é solidariamente respon-
sável porque agiu sem o consentimento de seu pai e possui patrimônio suficiente.
b) só poderá responsabilizar Ambrósio pelo ocorrido, por não ter vigiado Joãozinho 
adequadamente, obrigação decorrente do poder familiar, nada podendo contra o 
menor, absolutamente incapaz.
c) poderá pleitear indenização de Joãozinho, após provar-se que Ambrósio não tem 
patrimônio pessoal suficiente, devendo a indenização ser fixada equitativamente e 
cuidar que não prive do necessário Joãozinho ou quem dele dependa.
d) poderá pleitear indenização de Joãozinho, após a prova de que Ambrósio não 
possui patrimônio suficiente, fixando-se essa indenização sem qualquer limite ou 
restrição patrimonial no tocante a Joãozinho ou seu núcleo familiar, salvo se houver 
bem de família.
e) deverá aguardar a maioridade de Joãozinho, quando então poderá propor ação 
indenizatória contra ele e contra Ambrósio, solidariamente; antes disso, só poderá 
ajuizar a demanda indenizatória contra Ambrósio.
Questão 18 (FGV/ISS-CUIABÁ/AUDITOR-FISCAL/2016) Ronaldo freou seu veículo 
pouco antes da faixa de pedestres, em respeito ao sinal de trânsito vermelho. Rafa-
ela, que vinha logo atrás de Ronaldo, também parou, guardando razoável distância 
entre os carros. Entretanto, Tatiana, que trafegava na mesma faixa de rolamento, 
mais atrás, distraiu-se ao redigir mensagem no celular enquanto conduzia seu ve-
ículo, vindo a colidir com o veículo de Rafaela, o qual, em seguida, atingiu o carro 
de Ronaldo.
Diante disso, à luz das normas que disciplinam a responsabilidade civil, assinale a 
afirmativa correta.
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a) Cada um arcará com seu próprio prejuízo, visto que a responsabilidade pelos 
danos causados deve ser repartida entre todos os envolvidos.
b) Tatiana deverá indenizar os prejuízos causados ao veículo de Rafaela, e esta 
deverá indenizar os prejuízos causados ao veículo de Ronaldo.
c) Tatiana deverá indenizar os prejuízos causados aos veículos de Ronaldo e Rafaela.
d) Tatiana e Rafaela têm o dever de indenizar Ronaldo, na medida de sua culpa.
e) Tatiana e Rafaela têm o dever de indenizar Ronaldo, sendo que o dano será re-
parado de maneira equitativa e não integralmente.
Questão 19 (FCC/TRE-SP/ANALISTA JUDICIÁRIO/2012) Platão, prefeito da cidade 
“Magnífica”, está sendo demandado judicialmente pela empresa de publicidade X 
em R$ 50.000,00 pelos serviços prestados durante a campanha eleitoral. Ocorre 
que Platão já efetuou o pagamento da quantia mencionada na data aprazada pelas 
partes. De acordo com o Código Civil brasileiro, salvo se houver prescrição, a em-
presa de publicidade X, em razão da demanda de dívida já paga, ficará obrigada a 
pagar a Platão
a) R$ 25.000,00.
b) R$ 50.000,00.
c) R$ 75.000,00.
d) R$ 100.000,00.
e) R$ 125.000,00.
Questão 20 (FCC/MPE-PB/ANALISTA MINISTERIAL/2015) João recebeu a impor-
tância de R$ 20.000,00 de sua amiga Joana, a título de doação, valor este que era 
parte de quantia maior que a mesma havia subtraído do cofre da residência em que 
trabalhava como doméstica. Nesse caso, João
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a) está obrigado à reparação civil, até o limite do que recebeu.
b) não está obrigado a devolver o que recebeu, porque foi objeto de doação.
c) está obrigado à reparação civil da totalidade da quantia subtraída por Joana.
d) está obrigado a reparar a metade do prejuízo causado por Joana
e) só está obrigado à reparação civil se sabia da origem ilícita do valor que recebeu.
Questão 21 (FCC/TRT 23ª REGIÃO/AJOJ/2016) Marcelo praticou crime de roubo 
contra um supermercado, subtraindo R$ 10.000,00, dos quais doou R$ 2.000,00 a 
seu irmão José. Descoberta a autoria do crime, bem como a ocorrência da doação, 
o supermercado ajuizou ação de indenização contra Marcelo e contra José, visando 
à reparação do dano. José
a) responderá apenas se comprovada culpa, até a quantia de R$ 2.000,00.
b) responderá, de maneira objetiva, até a quantia de R$ 2.000,00.
c) responderá, de maneira objetiva, até a quantia de R$ 10.000,00.
d) não responderá por nenhuma quantia, ainda que proveniente de ilícito.
e) responderá, apenas se comprovada culpa, até a quantia de R$ 10.000,00.
Questão 22 (FCC/TRT 23ª REGIÃO/AJAJ/2016) João e Rodrigo entraram em luta 
corporal depois de uma discussão no trânsito. Sem que Rodrigo pudesse se defen-
der, João deferiu-lhe socos e pontapés, causando lesões corporais. Muito machuca-
do, Rodrigo representou pela persecução criminal e ajuizou ação de indenização. A 
responsabilidade civil
a) independe da criminal, podendo ser rediscutida no juízo civil qualquer questão 
já decidida no juízo criminal.
b) independe da criminal, mas, se João for absolvido, na ação penal, por falta de 
provas, Rodrigo não poderá pleitear indenização na esfera civil.
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c) depende da criminal, devendo o juiz extinguir a ação de indenização, sem reso-
lução de mérito, se ainda não tiver havido trânsito em julgado da decisão proferida 
na ação penal.
d) depende da criminal, devendo sempre o juiz suspender a ação de indenização 
até o julgamento definitivo da ação penal.
e) independe da criminal, mas, se a existência do fato for decidida, em definitivo, 
no juízo criminal, não poderá ser discutida novamente no juízo civil.
Questão 23 (FCC/TRT 9ª REGIÃO/AJAJ/2015) Em ação criminal, decidiu-se, por 
decisão transitada em julgado, que L desferiu um tapa em B. De acordo com o Có-
digo Civil, no juízo cível, em ação na qual se busca a responsabilização civil de L,
a) poderá ser questionada a existência do fato e seu autor, independentemente da 
existência de provas novas, pois a responsabilidade civil independe da criminal.
b) poderá ser questionada a existência do fato e seu autor, se houver provas novas.
c) poderá ser questionada a existência do fato, porém não seu autor, se houver 
provas novas.
d) não poderá ser questionada a existência de nenhum dos elementos para a res-
ponsabilização civil.
e) não poderá ser questionada a existência do fato nem seu autor.
Questão 24 (CESPE/TCE-PR/AUDITOR SUBSTITUTO DE CONSELHEIRO/2016) As-
sinale a opção correta relativa à responsabilidade civil.
a) A indenização é mensurada pela extensão do dano, de modo que aquele que 
sofrer dano deverá ser indenizado pela integralidade do prejuízo, não se admitindo 
qualquer redução.
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b) Admitida a responsabilidade civil do incapaz que tiver causado prejuízos a ter-
ceiros, a indenização deverá ser fixada de forma equitativa.
c) Não tendo culpa em relação ao fato ocorrido, o pai não é responsável pela re-
paração civil dos danos causados por filhos menores de idade que estejam sob sua 
guarda.
d) A responsabilidade civil será objetiva sempre que a lei não dispuser ser ela sub-
jetiva.
e) Sempre que o empregado, no exercício de suas funções, causar prejuízos a ter-
ceiros, o empregador será responsável pela reparação civil.
Questão 25 (FCC/TCE-GO/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/2014) Os danos 
causados culposamente a terceiros por um menor absolutamente incapaz foram 
ressarcidos por seu pai, João; por um menor relativamente incapaz foram ressar-
cidos por seu pai, José; por outro menor relativamente incapaz foram ressarcidos 
por seu avô, Petrus; por um maior capaz foram ressarcidos pelo seu empregador, 
Lucius; por um menor relativamente incapaz, foram, ressarcidos por sua irmã, 
Anne. Poderão reaver o que foi pago daquele por quem pagou:
a) Petrus e Anne.
b) João e José.
c) Lucius e José.
d) Lucius e Anne.
e) Petrus, José e Anne.
Questão 26 (FCC/TRT 9ª REGIÃO/AJAJ/2015) N reside no décimo andar de um 
edifício, em apartamento do qual caiu um vaso de flor que acabou por acertar Z, 
que sofreu danos. N será responsabilizado de maneira
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a) subjetiva, independentemente de demonstração do elemento culpa.
b) objetiva, independentemente de demonstração do elemento culpa.
c) subjetiva, desde que demonstrado que agiu com culpa.
d) objetiva, desde que demonstrado que agiu com culpa.
e) subjetiva, desde que demonstrado que agiu com dolo, direto ou eventual.
Questão 27 (FCC/TCE-CE/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/2015) João é dono 
de um cão feroz que atacou Maicon quando este passava em frente de sua residên-
cia. João responderá de maneira
a) objetiva pelos danos causados pelo animal, salvo se provar culpa exclusiva da 
vítima ou força maior.
b) subjetiva pelos danos causados pelo animal, não se admitindo causa excludente 
de responsabilização.
c) objetiva pelos danos causados pelo animal, não se admitindo causa excludente 
de responsabilização.
d) subjetiva pelos danos causados pelo animal, salvo se provar força maior.
e) subjetiva pelos danos causados pelo animal, salvo se provar que não agiu com 
dolo ou culpa.
Questão 28 (FCC/TRT 11ª REGIÃO/EXECUÇÃO DE MANDADOS/2012) De acordo 
com o Código Civil brasileiro, no caso de homicídio, a indenização consiste, sem 
excluir outras reparações, no pagamento
a) das despesas com o tratamento da vítima, seu funeral e o luto da família, bem 
como na prestação de alimentos às pessoas a quem o morto os devia, levando-se 
em conta a duração provável da vida da vítima.
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b) apenas das despesas com o tratamento da vítima, bem como na prestação de 
alimentos às pessoas a quem o morto os devia, levando-se em conta a duração 
provável da vida da vítima.
c) das despesas com seu funeral e o luto da família, bem como na prestação de 
alimentos às pessoas a quem o morto os devia, pelo período máximo de dois anos.
d) das despesas com seu funeral e o luto da família, bem como na prestação de 
alimentos às pessoas a quem o morto os devia, pelo período máximo de cinco anos.
e) das despesas com o tratamento da vítima, seu funeral e o luto da família, bem 
como na prestação de alimentos às pessoas a quem o morto os devia pelo período 
máximo de dez anos.
Questão 29 (CESPE/TCE-PR/AUDITOR SUBSTITUTO DE CONSELHEIRO/2016) As-
sinale a opção correta relativa à responsabilidade civil.
a) A indenização é mensurada pela extensão do dano, de modo que aquele que 
sofrer dano deverá ser indenizado pela integralidade do prejuízo, não se admitindo 
qualquer redução.
b) Admitida a responsabilidade civil do incapaz que tiver causado prejuízos a ter-
ceiros, a indenização deverá ser fixada de forma equitativa.
c) Não tendo culpa em relação ao fato ocorrido, o pai não é responsável pela re-
paração civil dos danos causados por filhos menores de idade que estejam sob sua 
guarda.
d) responsabilidade civil será objetiva sempre que a lei não dispuser ser ela sub-
jetiva.
e) Sempre que o empregado, no exercício de suas funções, causar prejuízos a ter-
ceiros, o empregador será responsável pela reparação civil.
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Questão 30 (IBFC/TJ-PE/AJAJ/2017) A responsabilidade civil é matéria importante 
na disciplina do direito privado brasileiro. Acerca da temática, assinale a alternativa 
correta:
a) Os donos de hotéis são responsáveis pela reparação

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