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Farmacologia dos Vasoconstritores

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Todos os anestésicos locais injetáveis 
clinicamente eficazes são 
vasodilatadores. O grau de 
vasodilatação varia de significativo 
(procaína) a mínimo (prilocaína, 
mepivacaína) e também pode variar de 
acordo com o local de injeção e a 
resposta individual do paciente 
Após injeção de um anestésico local nos 
tecidos, os vasos sanguíneos 
(principalmente arteríolas e capilares) 
da área dilatam-se, resultando em um 
aumento da perfusão no local e levando 
às seguintes reações: 
1. Aumento da taxa de absorção 
do anestésico local pelo 
sistema cardiovascular, que 
por sua vez o remove do local 
de infiltração (redistribuição) 
2. Maiores níveis plasmáticos do 
anestésico local, com 
consequente aumento do 
risco de toxicidade 
(intoxicação por dose 
excessiva) do anestésico local 
3. Diminuição da profundidade e 
da duração da anestesia 
devido à difusão mais rápida 
da solução anestésica para 
fora do local de injeção 
4. Aumento do sangramento no 
local do tratamento devido ao 
aumento da perfusão 
São fármacos que contraem os vasos 
sanguíneos e, portanto, controlam a 
perfusão tecidual, eles são adicionados 
às soluções anestésicas locais para 
equilibrar as ações vasodilatadoras 
intrínsecas dos anestésicos locais 
>>Os vasoconstritores são adições 
importantes a uma solução anestésica 
local, pelas seguintes razões: 
 Por meio da constrição de vasos 
sanguíneos, os vasoconstritores 
diminuem o fluxo sanguíneo (a 
perfusão) para o local de 
administração do anestésico 
 A absorção do anestésico local 
para o sistema cardiovascular 
torna-se mais lenta, resultando 
em níveis sanguíneos menores 
do anestésico 
 Os níveis sanguíneos do 
anestésico local são reduzidos, 
diminuindo assim o risco de 
toxicidade do anestésico local 
 Maiores quantidades de 
anestésico local penetram no 
nervo, onde permanecem por 
períodos mais longos, 
aumentando (em alguns casos 
de maneira significativa, em 
outros minimamente) a duração 
de ação da maioria dos 
anestésicos locais 
 Os vasoconstritores diminuem o 
sangramento no local da 
administração, portanto, eles 
são úteis quando é previsto 
sangramento elevado (ex. 
durante um procedimento 
cirúrgico) 
Os vasoconstritores comumente 
utilizados em conjunto com os 
anestésicos locais injetáveis são 
quimicamente idênticos ou semelhantes 
aos mediadores do sistema nervoso 
simpático adrenalina e noradrenalina 
As ações dos vasoconstritores 
assemelham-se tanto à resposta dos 
nervos adrenérgicos à estimulação, que 
eles são classificados como agentes 
simpaticomiméticos ou adrenérgicos 
Esses fármacos têm muitas ações 
clínicas além da vasoconstrição, os 
fármacos simpaticomiméticos também 
podem ser classificados de acordo com 
sua estrutura química e seu modo de 
ação 
Estrutura Química 
A classificação dos agentes 
simpaticomiméticos pela estrutura 
química está relacionada à presença ou 
à ausência de um núcleo catecol, os 
fármacos simpaticomiméticos que têm 
radicais hidroxila (OH) na terceira e 
quarta posições do anel aromático são 
denominados catecóis 
 
Se eles contêm um grupo amina (NH2) 
ligado à cadeia lateral alifática, são 
designados como catecolaminas. A 
adrenalina, noradrenalina e dopamina 
são as catecolaminas naturais do 
sistema nervoso simpático. 
Isoproterenol e levonordefrina são 
catecolaminas sintéticas 
>>Os vasoconstritores que não 
possuem grupos OH na terceira e quarta 
posições da molécula aromática não 
são catecóis, mas são aminas, pois 
apresentam um grupo NH2 ligado à 
cadeia lateral alifática 
Catecolaminas: 
 Adrenalina 
 Noradrenalina 
 Levonordefrina 
 Isoproterenol 
 Dopamina 
Não catecolaminas: 
 Anfetamina 
 Metanfetamina 
 Efedrina 
 Mefentermina 
 Hidroxianfetamina 
 Metaraminol 
 Metoxamina 
 Fenilefrina 
Modos de ação 
Três categorias de aminas 
simpaticomiméticas são conhecidas: os 
fármacos de ação direta, que exercem 
sua ação diretamente nos receptores 
adrenérgicos; os fármacos de ação 
indireta, que atuam através da liberação 
de noradrenalina das terminações 
nervosas adrenérgicas; e os fármacos 
de ação mista, com ações direta e 
indireta 
 
Receptores Adrenérgicos: 
Os receptores adrenérgicos são 
encontrados na maioria dos tecidos do 
corpo, Ahlquist reconheceu dois tipos de 
receptores adrenérgicos, denominados 
alfa (a) e beta (b), com base nas ações 
inibitórias ou excitatórias das 
catecolaminas no músculo liso. A 
ativação dos receptores a por um 
agente simpaticomimético comumente 
produz uma resposta que inclui a 
contração do músculo liso dos vasos 
sanguíneos (vasoconstrição). Com base 
nas diferenças em sua função e 
localização, os receptores a tem sido 
divididos em subcategorias. Enquanto 
os receptores a1 são excitatórios pós-
sinápticos, os receptores a2 são 
inibidores pós-sinápticos 
A ativação dos receptores b produz o 
relaxamento do músculo liso 
(vasodilatação e broncodilatação) e a 
estimulação cardíaca (aumento da 
frequência cardíaca e da força de 
contração). Os receptores b são ainda 
divididos em b1 e b2. Os receptores b1 
são encontrados no coração e no 
intestino delgado e são responsáveis 
pela estimulação cardíaca e pela 
lipólise; os receptores b2 são 
encontrados nos brônquios, leitos 
vasculares e no útero, produzindo 
broncodilatação e vasodilatação 
Liberação de Catecolaminas: 
Outros fármacos simpaticomiméticos, 
como a tiramina e a anfe tamina, agem 
indiretamente causando a liberação da 
catecolami na noradrenalina de locais 
de armazenamento nas terminações 
nervosas adrenérgicas, esses agentes 
podem exercer uma ação direta nos 
receptores a e b 
As ações clínicas desse grupo de 
fármacos são, portanto, semelhantes às 
ações da noradrenalina. A 
administração desses medicamentos 
em doses repetidas sucessivamente vai 
se mostrar menos eficaz que aquelas 
administradas anteriormente devido à 
depleção da noradrenalina dos locais de 
armazenamento. Esse fenômeno é 
denominado taquifilaxia e não é 
observado com agentes que atuam 
diretamente nos receptores 
adrenérgicos 
Concentrações dos 
Vasoconstritores 
A concentração dos vasoconstritores é 
comumente referida como uma relação 
(p. ex., 1 para 1.000 [escreve-se 
1:1.000]). Como as doses máximas dos 
vasoconstritores são apresentadas em 
miligramas, ou atualmente mais 
comumente em microgramas (mg) 
 Uma concentração de 1:1.000 
significa que há 1g (1.000 
mg) de soluto (fármaco) contido 
em 1.000 ml de solução. 
 Portanto, uma 
concentração de 1:1.000 
contém 1.000 mg em 
1.000 ml, ou seja, 1 mg/ml de 
solução (1.000 mg/ml) 
Os vasoconstritores, quando usados em 
soluções anestésicas odontológicas, 
são muito menos concentrados do que 
a concentração de 1:1.000 
Para produzir essas concentrações 
clinicamente mais seguras, porém 
eficazes, a concentração de 1:1.000 
deve ser diluída 
 Para produzir uma 
concentração de 1:10.000, 
adiciona-se 1 ml da solução a 
1:1.000 a 9 ml de solvente (p. 
ex., água estéril); portanto, 
1:10.000 = 0,1 mg/ml (100 
mg/ml) 
 Para produzir uma 
concentração de 1:100.000, 
1ml da concentração 1:10.000 é 
adicionado a 9 ml de solvente; 
portanto, 1:100.000 = 0,01 
mg/ml (10 mg/ml) 
Braun recomendava o uso de uma 
concentração de adrenalina de 
1:10.000, que podia chegar a 1:100.000 
quando utilizada com cocaína em 
cirurgias nasais (uma área altamente 
vascularizada). Atualmente, parece que 
uma concentração de adrenalina de 
1:200.000 proporciona resultados 
equivalentes, com menos efeitos 
colaterais sistêmicos. A concentração 
de 1:200.000, que contém 5 mg/ml (ou 
0,005 mg/ml), tornou-se amplamente 
utilizada tanto na medicina quanto na 
odontologia, e é atualmente encontrada 
na articaína, prilocaína, lidocaína, 
etidocaína e bupivacaína 
Embora seja o vasoconstritor mais 
usado em anestésicoslocais tanto na 
medicina quanto na odontologia, a 
adrenalina não é um fármaco ideal. Os 
benefícios de se adicionar adrenalina 
(ou qualquer vasoconstritor) a uma 
solução de anestésico local devem ser 
avaliados em relação aos riscos que 
podem estar presentes 
>>Os níveis plasmáticos de adrenalina 
em repouso (39 pg/ml) são dobrados 
após a administração de um tubete de 
lidocaína com adrenalina a 1:100.000 
Em pacientes que apresentam doenças 
cardiovasculares ou da tireoide, os 
efeitos colaterais da absorção da 
adrenalina de vem ser avaliados em 
relação aos efeitos dos níveis 
sanguíneos elevados de anestésico 
local. Considera-se atualmente que os 
efeitos cardiovasculares de doses 
convencionais de adrenalina são pouco 
significativos, mesmo em pacientes com 
doença cardíaca 
Entretanto, mesmo quando se seguem 
as devidas precauções (p. ex., 
aspiração, injeção lenta), pode ser 
absorvida quantidade suficiente de 
adrenalina para causar reações 
simpaticomiméticas como apreensão, 
taquicardia, sudorese e batidas fortes 
no tórax (palpitações): a chamada 
“reação à adrenalina” 
A administração intravascular de 
vasoconstritores, assim como sua 
administração em indivíduos sensíveis 
(hiper-reativos), ou a ocorrência de 
interações medicamentosas não 
previstas podem, entretanto, produzir 
manifestações clínicas significativas. A 
administração intravenosa de 0,015 mg 
de adrenalina com lidocaína resulta em 
um aumento da frequência cardíaca que 
varia de 25 a 70 batimentos por minuto, 
com elevações de 20 a 70 mmHg na 
pressão arterial sistólica 
Outros vasoconstritores usados na 
medicina e na odontologia incluem 
noradrenalina, fenilefrina, 
levonordefrina e felipressina. A 
noradrenalina, que não possui ações 
significativas nos receptores b2, produz 
intensa vasoconstrição periférica, com 
possível elevação dramática da pressão 
arterial, e é associada a um índice de 
efeitos colaterais nove vezes maior do 
que a adrenalina 
O uso de uma mistura de adrenalina e 
noradrenalina deve ser absolutamente 
evitado, a fenilefrina, um agonista 
exclusivamente a-adrenérgico, 
teoricamente apresenta vantagens 
sobre os outros vasoconstritores 
Os efeitos cardiovasculares da 
levonordefrina assemelham-se bastante 
aos da noradrenalina, foi demonstrado 
que a felipressina tem eficácia 
aproximadamente igual à da adrenalina 
na redução do fluxo sanguíneo cutâneo 
**A adrenalina continua sendo o 
vasoconstritor mais eficaz e utilizado na 
medicina e na odontologia 
Farmacologia de Agentes 
Específicos 
As propriedades farmacológicas das 
aminas simpaticomiméticas comumente 
utilizadas como vasoconstritores nos 
anestésicos locais serão revistas. A 
adrenalina é a mais útil delas e 
representa o melhor exemplo de um 
agente que mimetiza a atividade da 
descarga simpática. Suas ações 
clínicas são revistas em detalhes, as 
ações de outros fármacos são 
comparadas àquelas da adrenalina 
Adrenalina: 
Nome comercial: Adrenalina 
Estrutura Química: A adrenalina como 
sal ácido é altamente solúvel em água, 
a deterioração (por meio da oxidação) é 
acelerada pelo calor e pela presença de 
íons de metais pesados. O bissulfito de 
sódio é comumente adicionado às 
soluções de adrenalina para retardar 
sua deterioração 
O tempo de validade de um tubete 
anestésico contendo vasoconstritor é 
menor (18 meses) que o de um tubete 
que não contenha vasoconstritor (36 
meses) 
 
>>A adrenalina é disponível na forma 
sintética e também é obtida da medula 
suprarrenal de animais (a adrenalina 
constitui aproximadamente 80% das 
secreções medulares da suprarrenal). 
Ela existe nas formas levógira e 
dextrógira; a forma levógira é 
aproximadamente 15 vezes mais 
potente que a dextrogira 
A adrenalina atua diretamente nos 
receptores a- (alfa) e b-adrenérgicos; os 
efeitos b predominam 
Ações sistêmicas: 
Miocárdio: A adrenalina estimula os 
receptores b1 do miocárdio. Há um 
efeito inotrópico (força de contração) 
positivo e um efeito cronotrópico 
(frequência de contração) positivo. O 
débito e a frequência cardíaca 
aumentam 
Células Marca-passo: A adrenalina 
estimula os receptores b1 e aumenta a 
irritabilidade das células marca-passo, 
levando a um aumento da incidência de 
disritmias. As taquicardias ventriculares 
e as contrações ventriculares 
prematuras são comuns 
Artérias Coronárias: A adrenalina 
produz dilatação das artérias 
coronárias, aumentando o fluxo 
sanguíneo arterial coronariano. 
Pressão Arterial: A pressão arterial 
sistólica é aumenta da. A pressão 
diastólica é reduzida quando são 
administradas pequenas doses devido à 
maior sensibilidade à adrenalina dos 
receptores b2 que dos receptores a à 
adrenalina nos vasos que nutrem os 
músculos esqueléticos. A pressão 
diastólica aumenta com doses maiores 
de adrenalina devido à constrição dos 
vasos sanguíneos que nutrem os 
músculos esqueléticos causada pela 
estimulação dos receptores a 
Dinâmica Cardiovascular: A ação 
geral da adrenalina no coração e no 
sistema cardiovascular é a estimulação 
direta: 
• Aumento das pressões 
sistólica e diastólica 
• Aumento do débito
 cardíaco 
 • Aumento do volume
 sistólico 
 • Aumento da frequência
 cardíaca 
• Aumento da força de
 contração 
 • Aumento do consumo
 miocárdico de oxigênio. 
>>Essas ações levam a uma redução 
geral da eficiência cardíaca. As 
respostas cardiovasculares de aumento 
da pressão arterial sistólica e da 
frequência cardíaca desenvolvem-se 
com a administração de um a dois 
tubetes anestésicos com adrenalina a 
1:100.000. A administração de quatro 
tubetes de adrenalina a 1:100.000 
produzirá uma ligeira redução na 
pressão arterial diastólica 
 Vasculatura: A ação primária da 
adrenalina ocorre nas arteríolas 
menores e esfíncteres pré-capilares. Os 
vasos sanguíneos que nutrem pele, 
mucosas e rins contêm basicamente 
receptores a. A adrenalina produz 
constrição nesses vasos. Os vasos que 
nutrem os músculos esqueléticos 
contêm receptores a e b2, com 
predominância dos receptores b2. 
Pequenas doses de adrenalina 
produzem dilatação desses vasos 
resultante das ações b2. Os receptores 
b2 são mais sensíveis à adrenalina do 
que os receptores a. Doses maiores 
produzem vasoconstrição devido à 
estimulação dos receptores a 
Hemostasia: Clinicamente, a 
adrenalina é usada com frequência 
como vasoconstritor para hemostasia 
durante procedimentos cirúrgicos. A 
injeção de adrenalina diretamente no 
local da cirurgia produz concentrações 
teciduais elevadas, estimulação 
predominante dos receptores a e 
hemostasia. Com a diminuição dos 
níveis teciduais de adrenalina ao longo 
do tempo, a sua ação primária sobre os 
vasos sanguíneos é revertida para a 
vasodilatação devido à predominância 
das ações sobre os receptores b2; por 
isso é comum a observação de algum 
sangramento aproximadamente 6 horas 
após o procedimento cirúrgico 
Sistema Respiratório: A adrenalina é 
um potente dilatador (efeito b2) do 
músculo liso dos bronquíolos. É uma 
substância importante para o tratamento 
de episódios asmáticos agudos (ex. 
broncoespasmo) 
Sistema Nervoso central: Nas doses 
terapêuticas habituais, a adrenalina não 
é um estimulante potente do sistema 
nervoso central (SNC), suas ações 
estimuladas do SVC tornam-se 
proeminentes quando administradas em 
uma dose excessiva 
Metabolismo: A adrenalina aumenta o 
consumo de oxigênio em todos os 
tecidos. Por meio de uma ação b, ela 
estimula a glicogenólise no fígado e nos 
músculos esqueléticos, elevando os 
níveis sanguíneos de glicose em 
concentrações de adrenalina de 150 a 
200 pg/ml. Essa resposta pode ser 
obtida com o equivalente a quatro 
tubetes de anestésico local contendo 
adrenalina a 1:100.000 
Final da Ação e Eliminação: A ação da 
adrenalina é finalizada primariamente 
pela sua recaptaçãopelos nervos 
adrenérgicos. A adrenalina que escapa 
à recaptação é rapidamente inativada 
no sangue pelas enzimas catecol-O-
metiltransferase (COMT) e monoamina 
oxidase (MAO), as quais estão 
presentes no fígado, apenas pequenas 
quantidades (aproximadamente 1%) da 
adrenalina são excretadas de forma 
inalterada na urina 
Efeitos Colaterais e Superdosagem: 
As manifestações clínicas da 
intoxicação por doses excessivas 
(superdosagem) de adrenalina estão 
relacionadas com a estimulação do SNC 
e incluem aumento do temor e 
ansiedade, tensão, agitação, cefaleia 
pulsátil, tremor, fraqueza, tontura, 
palidez, dificuldade respiratória e 
palpitação. Com níveis crescentes de 
adrenalina no sangue, as arritmias 
cardíacas (especialmente ventriculares) 
tornam-se mais comuns; a fibrilação 
ventricular é uma consequência rara, 
mas possível 
Podem ser observados aumentos 
dramáticos nas pressões sistólica (>300 
mmHg) e diastólica (>200 mmHg), que 
podem causar hemorragia cerebral 
Aplicações Clínicas: 
• Tratamento das reações
 alérgicas agudas 
 • Tratamento de episódios
 asmáticos agudos
 (broncoespasmo) 
 • Tratamento da parada
 cardíaca 
• Como um vasoconstritor,
 para hemostasia 
• Como um vasoconstritor em
 anestésicos locais, para
 diminuir a absorção para o 
sistema cardiovascular 
 • Como um vasoconstritor em
 anestésicos locais, para
 aumentar a profundidade da 
anestesia 
 • Como um vasoconstritor em
 anestésicos locais, para 
aumentar a duração da anestesia 
 • Para produzir midríase 
Disponibilidade em Odontologia: A 
adrenalina é o vasoconstritor mais 
potente e mais amplamente utilizado na 
odontologia 
Está disponível nas seguintes diluições 
e doses: 
 Doses Máximas: Deve ser usada a 
solução menos concentrada que 
produza controle eficaz da dor. A 
lidocaína é disponível com duas 
concentrações de adrenalina — 
1:50.000 e 1:100.000 — nos Estados 
Unidos e Canadá, e com concentrações 
de 1:80.000, 1:200.000 e 1:300.000 em 
outros países. A duração de anestesia 
pulpar e dos tecidos moles eficaz é 
equivalente em todas as formas 
*** O uso da lidocaína com adrenalina 
na concentração de 1:100.000 quando é 
necessário o controle prolongado da 
dor. Quando disponível, lidocaína com 
adrenalina a 1:200.000 ou 1:300.000 é 
preferida para o controle da dor 
Hemostasia: As soluções de 
anestésico local contendo adrenalina 
são utilizadas, através de infiltração no 
local da cirurgia, para prevenir ou 
minimizar a hemorragia durante 
procedimentos cirúrgicos ou outros. A 
concentração de adrenalina de 1:50.000 
é mais eficaz neste aspecto do que 
soluções menos concentradas, de 
1:100.000 ou 1:200.000. As 
concentrações de adrenalina de 
1:50.000 e 1:100.000 são 
consideravelmente mais eficazes em 
restringir a perda sanguínea durante a 
cirurgia do que outros anestésicos locais 
sem adição de vasoconstritores 
Noradrenalina (Levarterenol): 
Nomes comerciais: Levophed, 
Noradrenalin 
>>Levarterenol é o nome oficial da 
noradrenalina. 
Estrutura Química: A noradrenalina 
(como o bitartarato) em tubetes 
anestésicos odontológicos é 
relativamente estável em soluções 
ácidas, deteriorando-se com a 
exposição à luz e ao ar. O tempo de 
validade de um tubete contendo 
bitartarato de noradrenalina é de 18 
meses. O acetona-bissulfito de sódio é 
adicionado ao tubete para retardar a 
deterioração 
Origem: A noradrenalina é disponível 
nas formas sintética e natural. A forma 
natural constitui aproximadamente 20% 
da produção de catecolamina da 
medula adrenal. Em pacientes com 
feocromocitoma, um tumor da medula 
adrenal, a noradrenalina pode constituir 
até 80% da secreção da medula 
adrenal. Ela existe tanto na forma 
levógira quanto na dextrogira 
>>a forma levógira é 40 vezes mais 
potente que a dextrógira. A 
noradrenalina é sintetizada e 
armazenada em terminações nervosas 
adrenérgicas pós-ganglionares. 
Mecanismo de Ação: As ações da 
noradrenalina são quase que 
exclusivamente sobre os receptores a 
(90%). Ela também estimula as ações b 
no coração (10%). A noradrenalina 
apresenta um quarto da potência da 
adrenalina. 
Ações Sistêmicas Miocárdio: A 
noradrenalina apresenta uma ação 
inotrópica positiva no miocárdio através 
de estimulação b1 
Células Marca-passo: A noradrenalina 
estimula as células marca-passo e 
aumenta sua irritabilidade, levando à 
maior incidência de disritmias cardíacas 
(ação B1) 
Artérias Coronárias: A noradrenalina 
produz aumento no fluxo sanguíneo nas 
artérias coronárias por meio de um 
efeito vasodilatador 
Frequência Cardíaca: A noradrenalina 
produz uma redução na frequência 
cardíaca causada por ação reflexa dos 
baroreceptores carotídeo e aórtico e do 
nervo vago após um aumento 
acentuado das pressões sistólica e 
diastólica. 
Pressão Arterial: Há aumento das 
pressões sistólica e diastólica, 
principalmente da sistólica. Esse efeito 
é produzido por meio de ações a-
estimulantes da noradrenalina, que 
levam a uma vasoconstrição periférica e 
ao concomitante aumento da resistência 
vascular periférica 
Dinâmica Cardiovascular: A ação 
geral da noradrenalina no coração e no 
sistema cardiovascular é a seguinte: 
 • Aumento da pressão
 sistólica 
• Aumento da pressão
 diastólica 
• Diminuição da frequência
 cardíaca 
 • Débito cardíaco inalterado
 ou ligeiramente diminuído 
• Aumento do volume
 sistólico 
 • Aumento da resistência
 periférica total 
Vasculatura: Através da estimulação a, 
a noradrenalina produz constrição dos 
vasos sanguíneos cutâneos. Isso leva a 
um aumento da resistência periférica 
total e aumento das pressões sistólica e 
diastólica. O grau e a duração da 
isquemia observada após a infiltração 
de noradrenalina no palato podem levar 
à necrose dos tecidos moles 
Sistema Respiratório: A noradrenalina 
não relaxa a musculatura lisa brônquica, 
como a adrenalina. Ela ocasiona, 
porém, a constrição a-induzida das 
arteríolas pulmonares, o que reduz um 
pouco a resistência das vias aéreas. A 
noradrenalina não é clinicamente eficaz 
no tratamento do broncoespasmo 
 
Sistema Nervoso Central: Como a 
adrenalina, a noradrenalina não exibe 
ações estimulantes sobre o SNC em 
doses terapêuticas usuais, suas 
propriedades estimulantes sobre o SNC 
são mais proeminentes após 
superdosagem 
Metabolismo: A noradrenalina 
aumenta a taxa metabólica basal. O 
consumo de oxigênio pelos tecidos 
também é aumentado na área da 
injeção. A noradrenalina produz uma 
elevação da glicemia da mesma 
maneira que a adrenalina, porém em 
menor grau. Término da Ação e 
Eliminação 
>>A ação da noradrenalina é finalizada 
através da sua recaptação nos terminais 
nervosos adrenérgicos e de sua 
oxidação pela MAO. A noradrenalina 
exógena é inativada pela COMT 
Efeitos Colaterais e Superdosagem: 
As manifestações clínicas da 
superdosagem de noradrenalina são 
semelhantes, mas menos frequentes e 
menos graves que as da adrenalina. 
>>Elas normalmente envolvem a 
estimulação do SNC. Níveis sanguíneos 
excessivos de noradrenalina produzem 
elevação acentuada das pressões 
sistólica e diastólica, com risco 
aumentado de acidente vascular 
cerebral hemorrágico, cefaleias, 
episódios de angina em pacientes 
suscetíveis e disritmias cardíacas 
>>A injeção extravascular de 
noradrenalina nos tecidos pode produzir 
necrose e descamação devido à intensa 
estimulação a. Na cavidade oral, o local 
mais provável de ocorrer esse 
fenômeno é o palato duro 
>>A noradrenalina deve ser evitada com 
o objetivo de vasoconstrição 
(hemostasia), especialmente no palato 
Aplicações Clínicas: A noradrenalina é 
utilizada como vasoconstritor em 
anestésicos locais e para tratamento da 
hipotensão 
Disponibilidade na Odontologia: Nos 
Estados Unidos, a noradrenalina não é 
mais disponível nas soluções de 
anestésicos locais usados na 
odontologia.No passado, ela era 
incluída com propoxicaína e procaína 
numa concentração de 1:30.000 
Doses Máximas: A noradrenalina deve 
ser administrada apenas para controle 
da dor, não havendo justificativa de seu 
uso para se obter hemostasia 
 
Levonordefrina: 
Nome Comercial: Neo-Cobefrina 
Estrutura Química: A levonordefrina é 
livremente solúvel em soluções ácidas 
diluídas. O bissulfito de sódio é 
adicionado à so lução para retardar sua 
deterioração. O tempo de validade de 
um tubete contendo levonordefrina-
bissulfito de sódio é de 18 meses. 
Origem: A levonordefrina, um 
vasoconstritor sintético, é preparada 
pela resolução da nordefrina em seus 
isômeros opticamente ativos 
Mecanismo de Ação: Ela parece atuar 
por meio de estimulação direta do 
receptor a (75%) com alguma atividade 
b (25%), mas em menor grau do que a 
adrenalina. A levonordefrina tem 15% 
da potência vasopressora da adrenalina 
Ações Sistêmicas: A levonordefrina 
produz menor estimulação cardíaca e 
do SNC que a adrenalina 
 Miocárdio: Mesma ação da adrenalina, 
mas em menor grau 
Células Marca-passo: Mesma ação da 
adrenalina, mas em menor grau. 
Frequência Cardíaca: Mesma ação da 
adrenalina, mas em menor grau. 
Vasculatura: Mesma ação da 
adrenalina, mas em menor grau. 
Sistema Respiratório: Produz alguma 
broncodilatação, mas em grau muito 
menor do que a adrenalina. Sistema 
Nervoso Central: Mesma ação da 
adrenalina, mas em menor grau. 
Metabolismo: Mesma ação da 
adrenalina, mas em menor grau. 
Término da Ação e Eliminação: A 
levonordefrina é eliminada através de 
ações da COMT e da MAO 
Efeitos Colaterais e Superdosagem: 
São os mesmos da adrenalina, porém 
em menor extensão. Em doses 
elevadas, os efeitos colaterais 
adicionais incluem hipertensão, 
taquicardia ventricular e episódios de 
angina em pacientes com insuficiência 
coronariana 
Aplicações Clínicas: A levonordefrina 
é utilizada como vasoconstritor em 
anestésicos locais. Disponibilidade em 
Odontologia. Ela pode ser obtida com a 
mepivacaína em uma concentração de 
1:20.000 
Doses Máximas: A levonordefrina é 
considerada como tendo um sexto 
(15%) da eficácia vasopressora da 
adrenalina; portanto, ela é utilizada em 
maior concentração (1:20.000) 
>>Na concentração disponível, a 
levonordefrina apresenta os mesmos 
efeitos que a adrenalina nas 
concentrações de 1:50.000 ou 
1:100.000 sobre a atividade clínica dos 
anestésicos locais 
Cloridrato de Fenilefrina: 
 Nome Comercial: Neo-Sinefrina. 
Estrutura Química: A fenilefrina é 
bastante solúvel em água. É o 
vasoconstritor mais estável e mais fraco 
empregado na odontologia 
Origem: A fenilefrina é uma amina 
simpaticomimética sintética. 
Mecanismo de Ação: Há estimulação 
direta do receptor a (95%). Embora o 
efeito seja menor que o da adrenalina, 
sua duração é maior. A fenilefrina 
exerce pouca ou nenhuma atividade b 
no coração. Apenas pequena parte de 
sua atividade resulta de sua habilidade 
de liberar noradrenalina. A fenilefrina 
possui apenas 5% da potência da 
adrenalina 
Ações Sistêmicas: 
 Miocárdio: Apresenta pouco efeito 
cronotrópico ou inotrópico sobre o 
coração 
Células Marca-passo: Há pouco efeito. 
Artérias Coronárias. Aumento do fluxo 
sanguíneo causado por dilatação. 
Pressão Arterial: A ação a produz 
aumento nas pressões sistólica e 
diastólica 
Frequência Cardíaca: A bradicardia é 
produzida por ações reflexas dos 
barorreceptores carotídeo-aórticos e do 
nervo vago. Raramente são observadas 
disritmias cardíacas, mesmo após 
grandes doses de fenilefrina 
Dinâmica Cardiovascular: Em geral, 
as ações cardiovasculares da fenilefrina 
são as seguintes: 
 • Aumento das pressões
 sistólica e diastólica. 
• Bradicardia reflexa 
 • Ligeira redução do débito 
cardíaco (resultante do 
aumento da pressão arterial e da 
bradicardia) 
 • Vasoconstrição potente 
(contração da maioria dos 
leitos vasculares, aumento 
significativo da resistência periférica), 
mas sem congestão venosa acentuada 
 • Raramente associada à 
produção de disritmias 
cardíacas 
Sistema Respiratório: Os brônquios 
são dilatados, mas em menor grau do 
que com o uso da adrenalina. A 
fenilefrina não é eficaz no tratamento do 
broncoespasmo 
 Sistema Nervoso Central: Há um 
efeito mínimo sobre a atividade do SNC. 
Metabolismo: Observa-se algum 
aumento na taxa metabólica. Outras 
ações (ex. glicogenólise) são 
semelhantes àquelas produzidas pela 
adrenalina 
Término da Ação e Eliminação: A 
fenilefrina sofre hidroxilação em 
adrenalina, seguida de oxidação em 
metanefrina, e depois é eliminada da 
mesma maneira que a adrenalina 
Efeitos Colaterias e Superdosagem: 
Os efeitos da fenilefrina sobre o SNC, 
são mínimos, foram observadas cefaleia 
e disritmias ventriculares após 
superdosagem 
A taquifilaxia é observada com o uso 
prolongado 
 Aplicações Clínicas: A fenilefrina é 
utilizada como vasoconstritor em 
anestésicos locais, para o tratamento da 
hipotensão, como descongestionante 
nasal e em soluções oftálmicas para 
produzir midríase 
Disponibilidade em Odontologia: A 
fenilefrina era utilizada com a procaína a 
4% em uma concentração a 1:2.500 
(não é mais disponível em tubetes 
anestésicos odontológicos) 
Doses Máximas: Considera-se que a 
fenilefrina seja 20 vezes menos potente 
que a adrenalina, daí seu uso em uma 
concen tração de 1:2.500 (equivalente a 
uma concentração de 1:50.000 de 
adrenalina) 
>> É um excelente vasoconstritor, com 
poucos efeitos colaterais significativos 
Paciente saudável normal: 4 mg por 
consulta; 10 ml de uma solução a 
1:2.500 
Paciente com insuficiência 
cardiovascular clinicamente 
significativa (ASA 3 ou 4): 1,6 mg por 
consulta, equivalente a 4 ml de uma 
solução a 1:2.500 
Felipressina: 
 Nome Comercial: Octapressin 
Origem: A felipressina é um análogo 
sintético do hormônio antidiurético 
vasopressina 
Ela é uma amina não 
simpaticomimética, classificada como 
um vasoconstritor 
Mecanismo de Ação: A felipressina 
age como estimulante direto da 
musculatura lisa vascular. Suas ações 
parecem ser mais acentuadas na 
microcirculação venosa do que na 
arteriolar 
Ações Sistêmicas: 
Miocárdio: Não há efeito diretos. 
Células 
Marca-passo: A felipressina é não 
disritmogênica, ao contrário das aminas 
simpaticomiméticas (ex., adrenalina, 
noradrenalina) 
Artérias Coronárias: Quando 
administrada em altas doses (maiores 
do que as terapêuticas), pode reduzir o 
fluxo sanguíneo através das artérias 
coronárias 
Vasculatura: Em altas doses (maiores 
do que as terapêuticas), a constrição 
dos vasos sanguíneos cutâneos 
induzida pela felipressina pode produzir 
palidez facial 
Sistema Nervoso Central: A 
felipressina não apresenta efeito na 
transmissão nervosa adrenérgica, 
portanto, pode ser administrada com 
segurança a pacientes com 
hipertireoidismo e àqueles que recebem 
inibidores da MAO ou antidepressivos 
tricíclicos 
Útero: Apresenta ações antidiuréticas e 
ocitócicas, as últimas contraindicando 
seu uso a pacientes grávidas 
Efeitos Colaterais e Superdosagem: 
Estudos clínicos e laboratoriais com 
felipressina em animais e humanos 
demonstraram uma ampla margem de 
segurança 
>>O fármaco é bem tolerado pelos 
tecidos nos quais é depositado, com 
desenvolvimento de pequena irritação. 
A incidência de reações sistêmicas à 
felipressina é mínima 
 Aplicações Clínicas: A felipressina é 
utilizada como vasoconstritor em 
anestésicos locais para diminuir sua 
absorção e aumentar a duração de sua 
ação 
 Disponibilidade em Odontologia: A 
felipressina é empregada em uma 
concentração de 0,03 UI/ml (unidades 
internacionais) com prilocaína a 3% no 
Japão, na Alemanha e em outros 
países. Não é disponível como 
vasoconstritor em anes tésicos locais na 
América do Norte. 
Doses Máximas: Soluções contendo 
felipressina não são recomendadasquando é necessária hemostasia, 
devido ao seu efeito predominante na 
circulação venosa em relação à arterial. 
Para pacientes com insuficiência 
cardiovascular clinicamente significativa 
(ASA 3 ou 4), a dose máxima 
recomendada é 0,27 UI; 9 ml de 0,03 
UI/ml 
Seleção de um Vasoconstritor 
Na América do Norte, são disponíveis 
dois vasoconstritores em soluções de 
anestésicos locais: adrenalina e 
levonordefrina 
 Na seleção de um vasoconstritor 
apropriado para o uso com anestésico 
local, vários fatores devem ser 
considerados: a duração do 
procedimento dentário, a necessidade 
de hemostasia durante e após o 
procedimento, a necessidade de 
controle pós-operatório da dor e a 
condição médica do paciente 
Duração do procedimento 
Odontológico: 
A adição de qualquer agente vasoativo 
a um anestésico local prolonga a 
duração (e a profundidade) da anestesia 
pulpar e dos tecidos moles da maioria 
dos anestésicos locais 
A adição de um vasoconstritor à 
prilocaína, por outro lado, não aumenta 
de forma significativa a duração do 
controle da dor clinicamente eficaz. 
Após uma injeção de bloqueio nervoso, 
a prilocaína a 4% proporciona a 
anestesia pulpar com duração de 
aproximadamente 40 a 60 minutos. 
(Injeção infiltrativa com prilocaína a 4% 
fornece aproximadamente 10 a 15 
minutos de anestesia pulpar.) A adição 
de adrenalina na concentração de 
1:200.000 à prilocaína aumenta 
ligeiramente esse tempo (para 
aproximadamente 60 a 90 minutos) 
 
Necessidade de Hemostasia: 
A adrenalina é eficaz em prevenir ou 
minimizar a perda de sangue durante 
procedimentos cirúrgicos. Entretanto, a 
adrenalina tam bém produz um efeito 
vasodilatador rebote à medida que o 
nível tecidual da adrenalina diminui. Isso 
leva a possível sangramento pós-
operatório, com potencial de interferir na 
consolidação da ferida 
>>A adrenalina, que possui tanto ações 
a como b, produz vasoconstrição 
através dos efeitos a. Utilizada numa 
concentração de 1:50.000, e até mesmo 
a 1:100.000 (mas em menor extensão), 
a adrenalina produz um claro efeito b de 
rebote uma vez cessada a 
vasoconstrição a-induzida 
 Isso leva a um aumento da perda de 
sangue pós-operatória, que, se 
significativa (geralmente em odontologia 
não o é), pode comprometer a condição 
cardiovascular do paciente 
>>A fenilefrina, um vasoconstritor 
praticamente a-estimulante puro de 
longa duração, não produz efeito b 
rebote porque suas ações b são 
mínimas. Portanto, como não é um 
vasoconstritor tão potente quanto a 
adrenalina, a hemostasia durante o 
procedimento não é tão eficaz; contudo, 
devido à longa duração de ação da 
fenilefrina comparada com a da 
adrenalina, o período pós-operatório 
segue com menos sangramento. A 
perda total de sangue é geralmente 
menor quando se utiliza a fenilefrina. A 
fenilefrina não está incluída nos tubetes 
de anestésicos locais odontológicos 
>>A noradrenalina é um potente a-
estimulador e vasoconstritor, que tem 
produzido casos documentados de 
necrose e descamação tecidual 
>>A felipressina contrai mais a 
circulação venosa do que a arteriolar e, 
portanto, é de mínimo valor para 
hemostasia 
** Os vasoconstritores utilizados 
para atingir hemostasia devem ser 
depositados localmente na área 
cirúrgica (área de sangramento) para 
serem eficazes 
>>Apenas pequenos volumes de 
soluções anestésicas locais com 
vasoconstritor são necessários para 
atingir hemostasia 
Condição Médica do Paciente: 
Há poucas contraindicações conhecidas 
à administração de vasoconstritores nas 
concentrações em que são encontrados 
nos anestésicos locais odontológicos 
Para todos os pacientes, e para alguns 
em particular, os benefícios e os riscos 
da inclusão do vasopressor na solução 
anestésica local devem ser avaliados 
em relação aos benefícios e riscos da 
utilização de uma solução anestésica 
“pura” 
Em geral, esses grupos são: 
• Pacientes com doença 
cardiovascular mais significativa (ASA 3 
e 4) 
 • Pacientes com certas 
doenças não cardiovasculares 
(ex., disfunção da tireoide, diabetes, 
alergia a sulfito) 
 • Pacientes que fazem uso 
de inibidores da MAO, 
antidepressivos tricíclicos e 
fenotiazínicos 
**Em cada uma dessas situações, é 
necessário determinar a gravidade da 
desordem subjacente para definir se 
um vasoconstritor pode ser incluído 
com segurança ou deve ser excluído 
da solução de anestésico local 
>>Pacientes que em repouso (de no 
mínimo 5 minutos) apresentam pressão 
arterial sistólica maior que 200 mmHg 
ou diastólica acima de 115 mmHg não 
devem ser submetidos a tratamentos 
odontológicos eletivos até que se corrija 
o problema da pressão arterial elevada. 
Os pacientes com doença 
cardiovascular grave (risco ASA 3 ou 4) 
podem apresentar grande risco para 
uma terapia odontológica eletiva; por 
exemplo, um paciente que sofreu um 
infarto agudo do miocárdio nos 6 últimos 
meses com danos miocárdicos 
significativos, um paciente que tenha 
apresentando episódios de angina em 
repouso diariamente ou cujos sinais e 
sintomas estão cada vez mais severos 
(pré-infarto ou angina instável), ou um 
paciente cujas arritmias cardíacas são 
refratárias à terapia com medica mentos 
antiarrítmicos 
A adrenalina e outros vasoconstritores 
podem ser administrados, dentro de 
limites, a pacientes com doença 
cardiovascular leve a moderada (ASA 2 
ou 3) 
>>Por ter uma ação estimulante 
cardiovascular mínima e não ser 
disritmogênica, a adrenalina é o agente 
recomendado para pacientes com risco 
cardiovascular ASA 3 ou 4 
OBS: é contraindicada para 
pacientes que apresentam evidência 
clínica de hipertireoidismo 
Doses mínimas de adrenalina são 
recomendadas como um vasoconstritor 
durante a anestesia geral quando um 
paciente (em qualquer categoria ASA) 
recebe um anestésico halogenado 
(halotano, isoflurano, sevoflurano ou 
enflurano) 
Esses anestésicos (gerais) inalatórios 
sensibilizam o miocárdio de tal forma 
que a administração de adrenalina é 
frequentemente associada à incidência 
de disritmias ventriculares (contração 
ventricular prematura ou fibrilação 
ventricular) 
>>A adrenalina é recomendada nessas 
situações, entretanto, devido às suas 
possíveis ações ocitócicas, ela não é 
recomendada para pacientes gestantes 
Os pacientes em uso de antidepressivos 
tricíclicos apresentam risco aumentado 
de desenvolvimento de disritmias com a 
administração de adrenalina 
Recomenda-se que a dose de 
adrenalina seja mínima, caso ela seja 
administrada a estes pacientes 
 A administração de levonordefrina ou 
noradrenalina é absolutamente 
contraindi cada a pacientes que fazem 
uso de antidepressivos tricíclicos 
Obs: Doses altas de vasoconstritor 
podem induzir respostas graves 
(exageradas) 
As soluções de anestésicos locais 
contendo vasoconstritor também 
contêm um antioxidante (para retardar a 
oxidação do vasoconstritor) 
O bissulfito de sódio é o antioxidante 
mais frequentemente utilizado nos 
tubetes anestésicos odontológicos. Ele 
prolonga o tempo de validade da 
solução anestésica com vasoconstritor 
para aproximadamente 18 meses 
**Bissulfito de sódio torna o anestésico 
local consideravelmente mais ácido do 
que a mesma solução sem um 
vasoconstritor 
>>As soluções ácidas de anestésicos 
locais contêm maior proporção de 
moléculas catiônicas carregadas (RNH 
+) do que de moléculas básicas não 
carregadas (RN) 
 Por isso, a difusão da solução 
anestésica local para o axoplasma é 
mais lenta, resultando em um retardo 
(leve) do início da anestesia quando são 
injetados anestésicos locais contendo 
bissulfito de sódio (e vasoconstritores) 
**Os vasoconstritores são adições 
importantes às soluções de 
anestésicos locais 
** Numerosos estudos têm 
demonstrado de maneira conclusiva 
que a adrenalina, quando adicionada a 
um anestésico local de curta a média 
duração, diminuia velocidade de 
absorção, reduz o nível sanguíneo 
sistêmico, retarda o nível sanguíneo 
máximo, prolonga a duração da 
anestesia, intensifica a “profundidade” 
da anestesia e reduz a incidência de 
reações sistêmicas

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