pela Microsoft. Existem, basicamente, quatro versões: • Datacenter. • Standard. 25 SEGURANÇA DE SISTEMAS OPERACIONAIS (WINDOWS / LINUX) • Essentials. • Foundation. Em comum entre essas diversas edições está o fato de todas estarem disponíveis apenas para arquiteturas de Intel de 64 bits (x86-64), não havendo mais suporte para a plataforma de 32 bits. Todas as versões suportam CPUs com vários núcleos. Por que existem tantas versões de um mesmo produto? A diferença está nas capacidades inclusas em cada uma das versões. Versões com mais capacidades são mais caras, enquanto versões mais limitadas são mais baratas. A ideia é que a empresa deve analisar a disponibilidade de recursos financeiros e suas necessidades tecnológicas e tentar buscar uma alternativa que maximize a relação custo-benefício. A edição Datacenter do Windows Server 2012 R2 é especialmente pensada para uso em grandes datacenters (por isso, o seu nome) e em máquinas poderosas, com até 64 processadores físicos (ZACKER, 2015). Essa versão está disponível apenas por meio de licenciamento por volume da Microsoft, situação em que ela é fornecida em conjunto com servidores para OEM, ou original equipment manufacturers (fabricantes originais do equipamento, em português). Programas vendidos para OEM não são vendidos diretamente ao consumidor, mas apenas para empresas que normalmente vendem também o hardware (ZACKER, 2015). Já a edição Standard do Windows Server 2012 R2 apresenta limitações com relação ao número de máquinas virtuais, mas ainda fornece essencialmente os mesmos recursos da versão Datacenter (ZACKER, 2015). Por sua vez, a edição Essentials do Windows Server 2012 R2 não disponibiliza alguns recursos, como o Hyper-V e o Active Directory Federation Services. Ela é limitada para determinado número máximo de usuários e a uma única instância do servidor, física ou virtual (ZACKER, 2015). Finalmente, a edição Foundation é ainda mais limitada. Outra característica importante do Windows Server 2012 R2 são as roles, que poderíamos traduzir como papéis ou funções. Um exemplo de papel que um servidor pode ter é ser o controlador de domínio. Vale notar que as funções podem ser instaladas via Gerenciador de Servidor (Server Manager) ou via PowerShell. Devemos estar atentos à disponibilidade ou não de uma função, dependendo da edição utilizada. Com relação à virtualização, as versões Datacenter e Standard incluem suporte ao Hyper-V, sendo que há restrições com relação ao número máximo de máquinas virtuais permitidas para dada licença (ZACKER, 2015). Existem nomenclaturas específicas associadas a essa situação, conforme exposto a seguir (ZACKER, 2015): 26 Unidade I • A instância do sistema operacional que está funcionando como hospedeiro é chamada de Pose, ou physical operating system environment (ambiente de sistema operacional físico, em português). • A instância que roda nas máquinas virtuais é chamada de Vose, ou virtual operating system environment (ambiente de sistema operacional virtual, em português). Vale destacar que as limitações não são uma questão intrínseca do programa em si, mas uma questão de licenciamento, sendo que há custos envolvidos. Existem 19 papéis ou funções disponíveis na versão Standard do Windows 2012 R2, sendo que sua disponibilidade depende da edição que está sendo utilizada (THOMPSON, 2013). Entre essas funções, podemos destacar as elencadas a seguir. • Acesso remoto. • Diversos serviços ligados ao Active Directory. • Hyper-V. • Serviços de acesso e política de rede. • Serviços de arquivo e armazenamento. • Serviços de implantação do Windows. • Serviços de impressão e documentos. • Servidor DHCP. • Servidor DNS. • Servidor web (IIS). • Windows Server Update Service (WSUS). Saiba mais Para saber mais sobre o Windows Server 2012 R2, leia os capítulos 3 e 4 do livro indicado a seguir: BATTISTI, J.; POPOVICI, E. Windows Server 2012 R2 e Active Directory. São Paulo: Instituto Alpha, 2015. 27 SEGURANÇA DE SISTEMAS OPERACIONAIS (WINDOWS / LINUX) 2.2 Requisitos mínimos de instalação Todo programa tem requisitos mínimos de instalação, que correspondem às características absolutamente mínimas que uma máquina deve apresentar para ser capaz de executar um software com o mínimo de performance e de qualidade. Na prática, esses requisitos tendem a ser muito baixos, e máquinas reais deveriam exceder bastante essa configuração. Além disso, o uso do programa também vai impor restrições mínimas ao hardware do servidor, sob pena de termos um desempenho inaceitável. Lembrete Vale lembrar que os requisitos mínimos são “verdadeiramente” mínimos: atendê-los é condição necessária para que o sistema seja inicializado. No entanto, nessa condição, certamente haverá problemas de lentidão e de resposta. Para o Windows Server 2012 R2, são listados os requisitos mínimos a seguir (ZACKER, 2015). • Um processador compatível com a plataforma Intel, com clock mínimo de 1,4 GHz (núcleo único) ou de 1,3 GHz para processadores com mais de um núcleo, de 64 bits. • A memória RAM mínima de 2 GB. Vale notar que, na prática, esse é um valor muito baixo (qualquer servidor real deve ter muito mais do que isso). • Um disco com, no mínimo, 160 GB, sendo a partição de sistema de 60 GB. • Monitor com resolução de 1024x768. Vale notar que, na prática, esse é um valor muito baixo (qualquer monitor comum da atualidade costuma ter resoluções maiores do que a citada). • Teclado e mouse. • Acesso à internet. Em resumo, os servidores, em geral, tendem a superar essas configurações. A documentação oficial da Microsoft recomenda um microprocessador de 3,1 GHz (ou mais rápido) e com 16 GB de memória RAM. Um aspecto interessante que devemos ter em mente é que há também valores máximos de configuração: por exemplo, o número máximo de processadores suportado é de 640, e o valor máximo de memória RAM é de 4 TB. 28 Unidade I Saiba mais Para saber mais sobre os requisitos mínimos relativos às diversas versões do Windows Server Essentials, acesse: MICROSOFT. Requisitos do Sistema para o Windows Server Essentials. 2013. Disponível em: https://docs.microsoft.com/pt-br/windows-server- essentials/get-started/system-requirements. Acesso em: 31 ago. 2020. 2.3 Tipos de instalação do Microsoft Windows Server 2012 R2 Quando trabalhamos com o projeto e a instalação de servidores, temos que equilibrar dois aspectos importantes. Por um lado, queremos o máximo de flexibilidade e funcionalidades possíveis, especialmente devido à conveniência. Por outro, quanto mais produtos e serviços estiverem sendo executados em um servidor, mais recursos computacionais (espaço e processamento) são consumidos. Adicionalmente, isso aumenta a necessidade de manutenção (com mais atualizações) e até mesmo a segurança. Para dar opções ao projetista, o Microsoft Windows Server 2012 R2 oferece três tipos de instalação: • a instalação com interface gráfica completa; • a instalação Server Core; • a instalação com interface mínima. Podemos dizer que a instalação com interface gráfica completa corresponde a uma instalação “tradicional”, na qual temos à disposição todas as funcionalidades do Windows Server 2012 R2. É a mais flexível, mas também é a maior. Na instalação com interface mínima, uma série de funcionalidades e de aplicações gráficas são removidas, mas ainda temos algumas ferramentas importantes para a administração do servidor, como a Server Manager, o MMC, o Device Manager e o Windows PowerShell (ZACKER, 2015). A instalação Server Core é a mais enxuta possível, tendo apenas o prompt de comando como interface de utilização. A grande vantagem é que, por não haver a maioria das aplicações gráficas, reduzimos o tamanho da instalação e o impacto que essas aplicações teriam no desempenho da máquina. Essa é a opção padrão de instalação, pois a Microsoft quer estimular a administração remota dos servidores utilizando ferramentas específicas ou o Windows PowerShell