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Semiologia de Equinos APARELHO RESPIRATÓRIO EQUINO Anamnese conjunto de questionamentos sistemáticos feitos ao proprietário que tem como objetivo aumentar a quantidade de dados para chegar o mais rápido possível no diagnóstico idade - pois há enfermidades típicas de cavalos mais jovens e de cavalos mais maduros raça - há relação principalmente com o tipo de atividade que ele realiza e com o manejo que recebe natureza e duração dos sinais - como se apresentam e há quanto tempo ambiente e manejo - ex: animal de baia ou piquete, contato entre cavalos de diferentes idades viagens - geram estresse que comprometem mais ou menos o sistema imunológico do paciente calendário vacinal medicação - se já houve manipulação de algum medicamento, pois pode por exemplo ter sido feito de maneira errada - se for feito perguntar o que foi feito, quanto foi feito, quanto tempo foi feito Exame Físico Geral inspeção audiovisual da respiração - apenas observando e tentando ouvir - observar o horário em que está sendo feita a avaliação, principalmente por conta do calor do ambiente no horário. Quanto mais quente estiver mais o cavalo vai respirar intensamente - o local é importante por diversas coisas, uma dela é o barulho presente no local, sendo sempre preferência um local mais quieto - ver se o local é comum para o paciente, se não for, deixar ele se ambientar para depois fazer o exame, pois pode estar ansioso e isso afeta o resultado - distância do animal, pode acabar deixando o cavalo ansioso, fazer uma aproximação correta para que isso não ocorra - frequência (é o número de vezes que se repete em um determinado período de tempo, na respiratória em 1 min), ritmo (normal=inspiração, expiração e pausa), profundidade (profunda, respiração lenta) e tipo (costoabdominal, bifásica, isso está diretamente relacionado a inspiração e expiração ativa). Freq. respiratória média do cavalo= 8 a 16 mov por min - teoria do pistão pendular - cabeça erguida, vísceras abdominais deslocam caudalmente - cabeça abaixada, membros pisando no solo, vísceras se deslocam cranialmente - no galope sempre que os membros estiverem no ar e a cabeça erguendo estará inspirando - no galope sempre que os membros estiverem tocando o chão e a cabeça abaixando estará expirando - quando animal apresenta dispneia, ronco ou ambos, há uma dificuldade de identificar se ele está inspirando ou expirando e então ele é colocado para galopar, se ele faz barulho quando está no galope sem os membros no chão e com a cabeça erguida, ele apresenta um ronco ou dispneia inspiratória, se for apresentada quando a cabeça é abaixada, será um ronco ou dispneia expiratória Exame Físico do TRS (trato respiratório superior) narinas (porta de entrada trato respiratório) e cavidade nasal (porção que liga narina até a nasofaringe) - mucosas - cor, umidade, se existe ou não erosões, se existe ou não massas - movimentação - se existe simetria ou assimetria entre a narina direita e esquerda - corrimento nasal - se existe ou não - formas de aparecimento - é uni ou bilateral, pois se vir da traquéia ou dos pulmões se não houver alguma patologia como estenose, sairá bilateralmente, se for unilateral a chance de estar restrita à cavidade nasal é muito grande - contínuos ou intermitentes, ex: só fica suja quando está na baia, ou após exercício. intermitentes geralmente com condições esporádicas como as citadas, podendo ser por fator alérgico - escassos ou abundantes - característica: - serosos, claros - serossanguinolentos, claro mas um pouco avermelhado - mucóides, nao tem sangue, mas não é transparente, aparência mais esbranquiçado - Mucopurulentos, está mais amarelo com pus, o pus são células de defesa degeneradas, sempre está associado a processos inflamatórios severos. *diapedese é a capacidade de sair do vaso e fazer a função fora dele, algumas vezes volta, quando nao volta se degenera - fétidos - hemorrágicos - possui alimentos, importante pois se existe a presença ele pode estar fazendo falsa via ou ele pode estar apresentando um fístula dentária - espessura do septo - se houve ou não aumento na espessura, pois sss espessamento gera uma estenose na cav nasal e consequentemente uma dificuldade de respirar - simetria e massas - pólipo (se há ou não), carcinoma de células escamosas, papilomas - fraturas - se existe ou não - seios paranasais - frontal (azul) - maxilar (laranja e carne) - rostral (carne) - caudal (laranja) - primeira coisa a ser feita é a percussão que pode ser feita digital, onde é avaliada a sensibilidade e o som (é pra ser oco) região cervical cranial - glândula salivar (parótida), importante pois parotidites ou cialólitos sao calculos nos ductos salivares que podem gerar uma tumefação da glândula salivar parótida e isso pode ser erroneamente interpretado como uma alteração na bolsa gutural que está nesse mesmo local - bolsa gutural - laringe, por meio da palpação, apresenta sensibilidade se possuir laringite - linfonodos submandibulares, apalpar também para verificar fístulas, tamanho, sensibilidade - traqueia, palpa os anéis traqueais, se não há área de descontinuidade que possa sugerir fratura de traqueia, aumenta a pressão pra ver a sensibilidade dolorosa, depois faz o teste de esfregar a traqueia, se houver qualquer quadro inflamatório na traqueia vai gerar tosse Endoscopia muito utilizada e importante cavidades nasais, conchas - onde está a seta é o fundo, onde já começa a se perceber o etmóide - etmóide, entrou onde estava apontado com a seta - apontando mais para baixo recesso faringeano pela seta e área mais escura - linhas brancas entradas das duas bolsas guturais - e ao fundo a laringe, vendo a epiglote, e as aritenóides - epiglote com borda serrilhada, vascularização característica, avaliação da mucosa Exame Físico do TRI (trato respiratório inferior) palpação do tórax - costelas fraturadas - ferimentos - enfisema subcutâneo - dor torácica - expressão facial ansiosa, pois vai ter que respirar e dói - relutar em movimentar-se ou deitar (pressão no tórax) - apontar para um membro anterior (desloca para frente, tirando a pressão da escápula e do cotovelo) - cotovelos abduzidos - respiração superficial (não vai aprofundar a respiração para não distender o tórax e não gerar dor) - tosse suprimida e suave auscultação pulmonar - realização - ambiente apropriado (calmo,sem correntes de vento para que nenhum barulho externo atrapalhe na identificação e interpretação) - estetoscópio - técnica, é difícil auscultar pulmão de cavalo - colocar um saco para o animal respirar, e ele respira ali dentro, a concentração de CO2 aumenta e ele fica ofegante, facilitando a ausculta, pode auscultar durante - tapar a narina do cavalo, ausculta depois que solta - colocar para trotar, ficar ofegante para auscultar auscultação pulmonar - objetivo - entender a natureza do som - localização, saber de onde vem a alteração da ausculta - evolução do quadro percussão do tórax - realização - ambiente = ausculta - espaços intercostais (sim) X costelas (não) - animais obesos é mais difícil, pois é difícil diferenciar costela e espaço intercostal percussão do tórax - técnicas - manual - posicionamento dos dedos - com instrumentos - plexor e plexímetro áreas de auscultação e percussão - borda caudal do tríceps é o limite cranial - longuíssimo dorsal é o limite - não apresenta nem caudal e nem ventral específico - a linha dos pontos é o limite ventrocaudal, identifica a última costela, a intercessão entre ela e o longuíssimo, depois a 16° espaço intercostal na altura da tuberosidade do coxal, 14° espaço intercostal se alinha com a linha da tuberosidade isquiática, articulação do ombro até o 11° espaço intercostal, tuberosidade do olécrano na altura do 5° espaço intercostal Exames Complementares topográficos, local da lesão - raio-x - ultrassom - endoscopia etiológicos,causa da lesão - swab nasal, identifica o agente - lavado transtraqueal - os três coletam - lavado via endoscópio - fluido do TR, avaliando o padrão de celularidade - lavado broncoalveolar - pode também fazer a avaliação microbiológica - biópsia pulmonar - lavado transtraqueal = injeta líquido e puxa líquido, por conta da concavidade o líquido fica - lavado via endoscopia SEMIOLOGIA DO TRATO GASTRO-ENTÉRICO possui uma importância significativa na espécie, vinculado com a quantidade de enfermidades com foco nesse trato, principalmente pela cólica, abdome agudo equino que é um dos maiores causadores de óbito A origem causadores dos problemas - passamos a usar o animal não só para passeio, já tomou um caráter muito mais profissional do que recreativo - modificamos os atos naturais dos equinos: - viver na cocheira ao invés de viver no pasto. No pasto auxilia no desgaste do casco e há uma movimentação muito maior, animais de baia ficam mais presos e precisam de um casqueador - mudança no manejo alimentar como quando o alimento é fornecido e não quando quer. Ele foi feito fisiologicamente para comer de uma maneira constante, com essa pausa realizada na alimentação feita com manejo do homem, o pH do trato é alterado significativamente. - alteração no tipo de alimento fornecido, na natureza come capim o dia todo, o homem complementou a alimentação com o concentrado, e essa alimentação está ligada com o trabalho e o aumento da demanda energética - a demanda energética em sua vida no campo ou de passeio era suprida apenas com capim, já no aumento do trabalho gera uma maior demanda, que não é suprida apenas com capim - falta de convivência em grupo. Vivia em bandos e agora fica sozinho em baia. Viver em bando é uma forma de defesa - essas mudanças geraram predisposições - é importante ter uma postura preventiva Anatomia - ponto fundamental, indispensável e obrigatório Alimentação avaliar - tipo - concentrada (grãos) e volumosa (capim e feno) - a diferença entre eles é a quantidade e o tipo de nutriente - cavalo atleta a proteína é importante, porém o mais importante é o concentrado energético distribuído por porção - no volumoso o principal componente é a fibra, muito importante para a motilidade - concentrado é mais focado em energia - qualidade - em concentrado é fundamental - no volumoso também, levando em consideração o tipo de gramínea e o percentual de água do volumoso. De preferência in natura, podendo ser substituído pelo feno - o teor de água do feno verde é maior - havendo no amarelo uma maior chance de ocorrer processos obstrutivos intestinais, por conta de uma fibra de pior qualidade e um menor teor de água - o cavalo tem que comer entre 1,5 a 4% do seu peso vivo de volumoso por dia, dependendo da quantidade de água do produto, quanto mais água, menor é a matéria seca - deixar o período em que não está trabalhando para comer - Outro volumoso é a alfafa, ela apresenta uma quantidade proteica muito maior do que uma gramínea simples. Vantagem de alfafa e feno é que as fibras são mais longas, no palet as fibras são mais curtas. A vantagem da alfafa peletizada é ter a certeza da quantidade de nutrientes que está sendo ofertado para os animais - concentrado, aveia(pode ser substituto ou complemento)e ração farelada - a ração farelada tem que ter cuidado, pois um dos fatores primordiais da digestão é a mastigação, pois gera estímulos necessários para a preparação para a chegada do alimento. Na ração farelada, ela não precisa ser mastigada, então há uma grande possibilidade de esse alimento chegar e o estômago não estar preparado para receber, e por isso a incidência de processos de fermentação no estômago é maior quando é farelado - aparência não é qualidade - levar em consideração a quantidade dos nutrientes - prestar atenção nos insumos utilizados para a produção da ração - quantidade - frequência Avaliação
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