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Tecido cartilaginoso - resumo

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Beatriz Nicoli – Medicina Ufes 106
Tecido cartilaginoso 
· Conceito 
· Forma especializada de tecido conjuntivo de consistência rígida
· Função: suporte de tecidos moles, reveste superfícies articulares (absorção de choques e facilita o deslizamento dos ossos nessas articulações)
· É essencial para a formação e o crescimento dos ossos longos, tanto na vida intrauterina quanto após o nascimento 
· Presença de condrócitos, abundância de material extracelular, a matriz
· As cavidades da sua matriz, que são ocupadas pelos condrócitos, são chamadas lacunas (uma lacuna pode ter um ou mais condrócitos)
· A sua função depende da estrutura da sua matriz 
· É um tecido avascular nutrição vem do pericôndrio que o envolve
· Vasos sanguíneos podem atravessar a cartilagem, para nutrir outros tecidos
· Também não possui vasos linfáticos e é inervado
· Podem ser de três tipos
· Cartilagem hialina: mais comum; sua matriz possui delicadas fibrilas constituídas principalmente por colágeno do tipo II
· Cartilagem elástica: contém poucas fibrilas de colágeno tipo II e abundantes fibras elásticas
· Cartilagem fibrosa: matriz constituída por fibras de colágeno tipo I
· As cartilagens (exceto as articulares e a cartilagem fibrosa) são envolvidas por uma bainha conjuntiva que recebe o nome de pericôndrio, o qual continua gradualmente com a cartilagem por uma face e com o conjuntivo adjacente pela outra. O pericôndrio contém nervos, vasos sanguíneos e linfáticos.
· Cartilagem hialina
· Tipo mais frequente encontrado no corpo humano, logo é o mais estudado 
· Em tecidos frescos ela é branco-azulada e translucida
· É o primeiro esqueleto do embrião se transforma em osso
· Presente na lâmina epifisial responsável pelo crescimento endocondral (crescimento vertical)
· Adulto: presente principalmente nas paredes das fossas nasais, traqueia e brônquios, na extremidade ventral das costelas e recobrindo as superfícies articulares dos ossos longos (cartilagens sinoviais)
· Matriz 
· 40% do seu peso seco = fibras de colágeno tipo II associados a ácido hialurônico, proteoglicanos muito hidratados e glicoproteínas 
· Condronectina: glicoproteína estrutural; possui sítio de ligação com os condrócitos, fibrilas colágenas tipo II e glicosaminoglicanos; participa da associação do arcabouço macromolecular da matriz com os condrócitos
· Zonas estreitas: região ao redor dos condrócitos, que são ricas em proteoglicanos e pobres em colágenos. Essas zonas mostram basofilia, metacromasia e reação PAS mais intensas do que o resto da matriz, sendo inapropriadamente chamadas de cápsulas, porque inicialmente se acreditava que constituíssem uma parede envolvendo as células. A basofilia da matriz da cartilagem se deve à existência dos glicosaminoglicanos que contêm radicais sulfato.
· Pericôndrio 
· Camada de tecido conjuntivo – predominantemente denso – que envolve a maioria das cartilagens hialinas (menos as cartilagens articulares)
· Fonte de novos condrócitos para o crescimento
· Responsável pela nutrição, oxigenação, oxigenação e eliminação dos refugos metabólicos da cartilagem nessa região que se tem os vasos sanguíneos e linfáticos, que são inexistentes na cartilagem
· O pericôndrio é formado por tecido conjuntivo muito rico em fibras de colágeno tipo 1 na parte mais superficial, porém gradativamente mais rico em células à medida que se aproxima da cartilagem.
· Suas células são semelhantes aos fibroblastos, porem as situadas mais profundamente podem se multiplicar por mitoses e dar origem a condrócitos, caracterizando-se dessa forma, funcionalmente, como condroblastos
· Condrócitos
· Periferia: condrócitos com forma alongada, com o eixo maior paralelo à superfície
· Interior: são arredondados e aparecem em grupos de até oito células – grupos isógenos – pois essas células são originadas de um único condroblasto 
· A superfície dos condrócitos parece regular ao microscópio óptico, porém o eletrônico mostra reentrâncias e saliências maiores e mais frequentes nos condrócitos jovens. Essa disposição aumenta a superfície dos condrócitos, facilitando as trocas com o meio extracelular, o que é importante para a nutrição dessas células, tão afastadas da corrente sanguínea.
· São células secretoras de colágeno – principalmente o do tipo II –, proteoglicanos e glicoproteínas, como a Condronectina
· Essas células vivem sob baixas tensões de oxigênio, obtendo suas energias de forma anaeróbica – formação de ácido lático como produto;
· Os nutrientes transportados pelo sangue atravessam o pericôndrio, penetram a matriz da cartilagem e alcançam os condrócitos mais profundos
· Possuem espessura limitada
· Histogênese
· Essas cartilagens surgem do mesênquima 
· A diferenciação das cartilagens ocorre do centro para a periferia, de modo que as células mais centrais já apresentam as características de condrócitos, enquanto as mais periféricas ainda são condroblastos típicos. 
· O mesênquima superficial forma o pericôndrio.
· Crescimento 
· Crescimento intersticial: ocorre a partir da divisão mitótica dos condrócitos preexistentes
· Crescimento aposicional: se faz a partir das células do pericôndrio 
· Nos dois casos, os novos condrócitos formados logo produzem fibrilas colágenas, proteoglicanos e glicoproteínas, de modo que o crescimento real é muito maior do que o produzido pelo aumento do número de células.
· Cartilagem elástica
· Encontrada no pavilhão auditivo, no conduto auditivo externo, na tuba auditiva, na epiglote e na cartilagem cuneiforme da laringe
· Semelhante a cartilagem hialina, porém também tem uma abundante rede de fibras elásticas, contínuas com as do pericôndrio
· A elastina confere a esse tipo de cartilagem uma cor amarelada, quando examinada a fresco.
· Como a cartilagem hialina, a elástica apresenta pericôndrio e cresce principalmente por aposição. A cartilagem elástica é menos sujeita a processos degenerativos do que a hialina
· Cartilagem fibrosa
· Tecido que possui características intermediárias entre o conjuntivo denso e a cartilagem hialina
· É encontrada nos discos intervertebrais, nos pontos em que alguns tendões e ligamentos se inserem nos ossos, e na sínfise pubiana
· Sua matriz apresenta grande quantidade de colágeno do tipo I
· A matriz da fibrocartilagem é acidófila, por conter grande quantidade de fibras colágenas. 
· A substância fundamental (ácido hialurônico, proteoglicanos e glicoproteínas) é escassa e limitada à proximidade das lacunas que contêm os condrócitos, região em que forma cápsulas basófilas, metacromáticas e PAS-positivas. 
· Na cartilagem fibrosa, as numerosas fibras colágenas (tipo I) constituem feixes que seguem uma orientação aparentemente irregular entre os condrócitos ou um arranjo paralelo ao longo dos condrócitos em fileiras. 
· Na fibrocartilagem não existe pericôndrio.
· Discos intervertebrais
· Localizados entre os corpos das vértebras e unido a elas por ligamentos 
· Disco intervertebral = anel fibroso + núcleo pulposo (parte central oriunda da notocorda do embrião)
· Anel fibroso: Porção periférica possui tecido conjuntivo denso, porém em sua maior extensão é constituído por fibrocartilagem, cujos feixes colágenos formam camadas concêntricas.
· Na parte central do anel fibroso existe um tecido formado por células arredondadas, dispersas em um líquido viscoso rico em ácido hialurônico e contendo pequena quantidade de colágeno tipo II. Esse tecido constitui o núcleo pulposo.
· Os discos intervertebrais funcionam como coxins lubrificados que previnem o desgaste do osso das vértebras durante os movimentos da coluna espinal 
· O núcleo pulposo, rico em ácido hialurônico, é muito hidratado e absorve as pressões como se fosse uma almofada, protegendo as vértebras contra impactos.

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