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Introdução à Meteorologia Agrícola

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA GRADUAÇÃO 
UNEC / EAD DISCIPLINA: METEOROLOGIA AGRÍCOLA 
 
NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página 1 
Professor: Marcos Alves de Magalhães – professormarcosmagalhaes@gmail.com.br 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
METEOROLOGIA AGRÍCOLA 
 
 
 
 
Prof. Dr. Marcos Alves de Magalhães 
Eng. Agrônomo (UFV) 
Especialista em Desenvolvimento e Gestão Ambiental (UESC) 
Mestre em Engenharia Agrícola na área de concentração em Tratamento de Resíduos (UFV) 
Doutor em Engenharia Agrícola na área de concentração em Recursos Hídricos (UFV) 
 
 
 
 
 
 
 
Caratinga / MG 
2020/2 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA GRADUAÇÃO 
UNEC / EAD DISCIPLINA: METEOROLOGIA AGRÍCOLA 
 
NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página 2 
Professor: Marcos Alves de Magalhães – professormarcosmagalhaes@gmail.com.br 
2ª aula – Clima e Tempo 
Meteorologia é uma ciência multidisciplinar e complexa que se ocupa da física do globo 
terrestre no que diz respeito à sua estrutura sólida (litosfera), líquida (hidrosfera) e gasosa (at-
mosfera. A Meteorologia que estuda a atmosfera, visando a previsão do tempo, analisa a sua 
estrutura, composição física e química e os principais fenômenos que nela ocorrem, tais como 
ventos, nuvens, densidade e temperatura do ar, pressão atmosférica. Os meteorologistas estu-
dam fenômenos como as variações da temperatura, a pressão atmosférica, a umidade na atmos-
fera, o estado químico e os movimentos do ar entre outros. 
Os serviços de Meteorologia são coordenados internacionalmente pela Organização Me-
teorológica Mundial (OMM), criada em 1951 pelas Nações Unidas (ONU). O representante do 
Brasil na OMM é o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), pertencente ao Ministério da 
Agricultura, órgão oficial de Meteorologia no Brasil. O INMET coordena as funções adminis-
trativas da Rede Meteorológica Nacional, tendo em vista aplicações nas diferentes atividades 
humanas (INMET, 2020). 
Climatologia´- estudo científico do clima utilizando principalmente técnicas estatísticas 
nas informações climáticas do passado remoto e futuro distante. Ex: Previsão para os próximos 
anos serão de verões secos e quentes para uma determinada área. A diferença entre a climato-
logia e a meteorologia é a escala temporal. 
Agrometeorologia estuda os elementos meteorológicos e os fenômenos adversos que 
impactam as plantas visando uma maior eficiência produtiva. Isso pode ser feito de maneira 
máxima no caso de casas de vegetação ou de maneira mínima para a escolha da época da se-
meadura. 
Elementos meteorológicos são as variáveis que caracterizam a atmosfera num dado 
momento, por exemplo temperatura, umidade relativa do ar e a radiação solar. Os fatores me-
teorológicos são os agentes que causam variações nesses elementos, por exemplo o fenômeno 
de “El Niño” e “La niña” que causam chuvas no sul e no nordeste do Brasil e no caso da nebu-
losidade afeta radiação solar (CPETEC, 2020a). 
O fenômeno El Niño é o aquecimento cíclico da temperatura da água do mar no Oceano 
Pacífico Oriental e na costa ocidental da América do Sul, que pode resultar em mudanças sig-
nificativas dos padrões climáticos. Isto acontece quando as águas mornas equatoriais mudam e 
deslocam as águas mais frias da Corrente de Humbolt, interrompendo o seu processo de ascen-
são. 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA GRADUAÇÃO 
UNEC / EAD DISCIPLINA: METEOROLOGIA AGRÍCOLA 
 
NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página 3 
Professor: Marcos Alves de Magalhães – professormarcosmagalhaes@gmail.com.br 
O fenômeno La Niña é o período de intensificação dos ventos e resfriamento anormal 
da superfície no centro e leste do Pacifico Tropical. O oposto de El Niño. 
O evento El Niño e La Niña tem uma tendência a se alternar a cada três e sete anos. 
Porém, de um evento ao outro, o intervalo pode mudar de 1 a 10 anos. Algumas vezes, os 
eventos El Niño e La Niña tendem a ser intercalados por condições normais. 
Diferença entre clima e tempo meteorológico 
O clima é uma palavra que vem do latim, adaptado da palavra grega “klimatos”, e que 
pode ser entendida como “a inclinação de um ponto da Terra” (Figura 1). 
Figura 1 – Ilustração da inclinação do eixo da terra em relação ao sol 
 
Fonte: Google, 2000 
 
O clima constitui o estado médio e o comportamento estatístico das variáveis de tempo 
(temperatura, chuva, vento, etc.) sobre um período, suficientemente, longo de uma localidade. 
O clima é a condição mais estável do tempo de um determinado local. 
A Organização Mundial de Meteorologia (OMM) definiu que para caracterizar o clima 
de uma região é necessário no mínimo 30 anos de dados dos elementos meteorológicos nessa 
região. Esse período de 30 anos é chamado de normal meteorológico. No Brasil a última normal 
meteorológica que se encerrou foi de 1961 a 1990, a próxima é de 1991 até 2020 (METEORÓ-
POLE, 2014). 
A normal climatológica corresponde aos valores médios calculados para um período 
relativamente longo e uniforme (tendência duradoura), no mínimo três décadas consecutivas” 
e padrões climatológicos normais como “médias de dados climatológicos calculadas para perí-
odos consecutivos de 30 anos. 
https://meteoropole.com.br/
https://meteoropole.com.br/
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA GRADUAÇÃO 
UNEC / EAD DISCIPLINA: METEOROLOGIA AGRÍCOLA 
 
NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página 4 
Professor: Marcos Alves de Magalhães – professormarcosmagalhaes@gmail.com.br 
O tempo corresponde ao estado instantâneo das condições atmosféricas e fenômenos 
meteorológicos que afetam a biosfera e a superfície terrestre numa dada porção de tempo (pe-
ríodo curto) e em determinado lugar. Temperatura, chuva, vento, umidade, nevoeiro, nebulosi-
dade, etc., formam o conjunto de parâmetros do tempo (CPETEC, 2020b). 
O tempo (Figura 2) é a condição que se têm e o clima (Figura 3) é a condição média, 
corresponde a condição esperada. 
Figuras 2 e 3 – Ilustram, respectivamente, o tempo meteorológico do Brasil (num deter-
minado momento) e o clima 
Tempo clima 
 
Fonte: Google, 2000 
 
 tempo tempo 
“ o clima está quente hoje” “O clima está de chuva” 
 
Tanto as informações de tempo quanto a de clima são fundamentais na agricultura. O 
clima vai influenciar no planejamento agrícola, ou seja, se uma planta é viável numa determi-
nada região, qual a melhor data para a semeadura. 
O tempo vai impactar na tomada de decisões das práticas agrícolas, por exemplo se o 
dia é viável para a colheita, pulverização, manejo de irrigação da lavoura. As várias atividades 
humanas frequentemente recorrem as informações de previsão do tempo, que é a aplicação da 
ciência e tecnologia para fazer uma descrição detalhada de ocorrências futuras esperadas na 
atmosfera num certo local. A previsão do tempo inclui o uso de modelos objetivos baseados 
em certos parâmetros atmosféricos, e a habilidade e experiência de um meteorologista. 
Além da previsão do tempo, há a determinação da tendência das flutuações climáticas, 
em geral referida simplesmente como tendência climática. Nesse caso, a tendência procura es-
tabelecer as condições das flutuações climáticas do próximo ano ou da próxima estação – se a 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA GRADUAÇÃO 
UNEC / EAD DISCIPLINA: METEOROLOGIA AGRÍCOLA 
 
NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página 5 
Professor: Marcos Alves de Magalhães – professormarcosmagalhaes@gmail.com.br 
temperatura, umidade do solo ou precipitação estará acima, abaixo ou próxima do valor espe-
rado. Assim, a previsão do tempo édefinida para diferentes escalas temporais e espaciais. 
Fenômenos meteorológicos - tempestades, ventanias, rajadas, pancada de chuva e gra-
nizo, inundações, estiagens, condições críticas de temperaturas extremas (ondas de calor), em 
geral associadas a baixos valores de umidade relativa do ar e os eventos críticos de poluição do 
ar, associados às concentrações de poluentes atmosféricos acima de valores aceitáveis à saúde 
humana, animal e vegetal (CPETEC, 2000b). 
Mudança, Variabilidade e Anomalia climática - Dentro de uma normal climatoló-
gica é natural que os dados de um elemento metrológico sofram variações para mais ou para 
menos em relação à média de um período a cada ano, conforme ilustra o Gráfico 1. 
Gráfico 1 - Ilustra as chuvas anuais por um período de tempo em um determinado local 
 
 
A partir dos dados do gráfico é possível traçar a média para o período, permitindo ob-
servar que para cada ano o total de chuva teve um desvio em relação à média. Esses desvios 
são chamados de anomalias climáticas. A evolução dessas anomalias, dentro de um período 
normal, é chamada de variabilidade climática. 
Já mudança climática é uma alteração significativa nessa média ou na variabilidade cli-
mática de um período normal para o período normal seguinte. 
A seguir, a Figura 4 ilustra as variações diárias das temperaturas de um dado lugar, 
durante o ano e, a Figura 5 a sobreposição de 30 gráficos que correspondem, respectivamente, 
as variações diárias das temperaturas durante o período de 30 anos, em que pode se perceber 
que os verões são mais quentes e os invernos são mais frios. 
 
 
 
 
 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA GRADUAÇÃO 
UNEC / EAD DISCIPLINA: METEOROLOGIA AGRÍCOLA 
 
NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página 6 
Professor: Marcos Alves de Magalhães – professormarcosmagalhaes@gmail.com.br 
Figuras 4 e 5 - Variações diárias das temperaturas de um dado lugar, durante o ano 
 
 
Ao analisarmos as temperaturas médias e o índice de chuvas de diferentes localidades 
da Terra, percebemos que em algumas regiões predominam altas temperaturas, determinados 
climas quentes, enquanto em outras áreas, ao contrário, predominam temperaturas mais baixas, 
determinando climas mais frios (Figura 6). 
Figura 6 – Climas de diferentes localidades no globo terrestre 
 
Fonte: Google, 2020 
 
Exercício de fixação da aula – responda as questões a seguir: 
1. Diferencie clima e tempo meteorológico 
2. Porque para caracterizar o clima de uma região é necessário no mínimo 30 anos de dados 
dos elementos meteorológicos? 
3. O que significa normal meteorológico? 
4. Qual a diferença entre anomalias climáticas para variabilidade climática? 
5. Pesquise em livros ou sites meteorológicos alguns conceitos fundamentais que indiquem as 
divisões da Meteorologia. Enumere, também, qual a importância dessa Ciência na nossa so-
ciedade. 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA GRADUAÇÃO 
UNEC / EAD DISCIPLINA: METEOROLOGIA AGRÍCOLA 
 
NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página 7 
Professor: Marcos Alves de Magalhães – professormarcosmagalhaes@gmail.com.br 
Referência Bibliográfica 
CPTEC. Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos. INPE - Instituto Nacional de Pes-
quisas Espaciais. Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Princípios de Meteorologia e 
Meio Ambiente. Brasília, 2000a. Disponível em: <https://www.cptec.inpe.br/glossario.shtml> 
Acesso em: 15 mai. 2020. 
 
CPTEC. Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos. INPE - Instituto Nacional de Pes-
quisas Espaciais. Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Glossário Meteorológico. 
Brasília, 2020b. Disponível em: <https://www.cptec.inpe.br/glossario.shtml#39> Acesso em: 
12. Jun. 2020. 
 
INMET. Instituto Nacional de Meteorologia. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abasteci-
mento (MAPA). Portal do INMET. Brasília, 2020. Disponível em: <https://portal.in-
met.gov.br/> Acesso em 18 ago. 2020. 
 
METEORÓPOLE. Uma meteorologista além da Meteorologia. Vórtice Polar? O que é isso? 
07/01/2014. Disponível em: <https://meteoropole.com.br/2014/01/vortice-polar-o-que-e-
isso/> Acesso em: 15 mai. 2020. 
 
Bibliografia Complementar 
 
EMBRAPA. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Atlas do meio ambiente do Bra-
sil. Brasília: Terra Viva, 1994. 
 
FORSDYKE, A.G. Previsão do tempo e clima. São Paulo: Melhoramentos, 1975. 
 
IBECC/FUNBEC/USP. Instituto Brasileiro de Educação, Ciência e Cultura/ Fundação Brasi-
leira de Ensino de Ciências/ Universidade de São Paulo. O tempo e o clima. São Paulo: Edart, 
1980. 
 
MILLER, A.A. Climatologia. Barcelona: Omega, 1982. 
 
TAUK-TORNISIELO, S.M. Análise ambiental: uma visão multidisciplinar. São Paulo: 
UNESP/FAPESP, 1991. 
 
TAUK-TORNISIELO, S.M. et al. (org.). Análise ambiental: estratégias e ações. São Paulo: 
T.A. Queiroz, 1995. 
 
TUBELIS, A.; NASCIMENTO, F.J. Meteorologia Descritiva. São Paulo: Nobel, 1984. 
 
TUCCI, C.E.M. (org.). Hidrologia: ciência e aplicação. Porto Alegre: UFRS/USP/ABRH, 
1993. 
https://www.cptec.inpe.br/glossario.shtml#39
https://portal.inmet.gov.br/
https://portal.inmet.gov.br/
https://meteoropole.com.br/
https://meteoropole.com.br/2014/01/vortice-polar-o-que-e-isso/
https://meteoropole.com.br/2014/01/vortice-polar-o-que-e-isso/

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