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Síndromes Respiratórias

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1 Natasha Ferreira ATM 25 
 
BRÔNQUICAS 
Ocorre por um acometimento brônquico, o qual 
provoca redução do calibre, dilatação e/ou 
hipersecreção brônquica. 
No geral, podem manifestar-se clinicamente por: 
 Dispneia 
 Aperto no peito (constrição do tórax) 
 Dor torácica difusa 
 Sibilância (sons agudos) 
 Tosse 
 Seca ou produtiva, por conta da 
irritação do local e/ou aumento na 
produção de muco 
No exame físico os achados que caracterizam essa 
síndrome são: 
 Sibilos 
 Roncos 
 Estertores grossos 
 Isso porque, se tem redução do calibre 
brônquico decorrente de um edema da mucosa, ↥ 
produção de muco e ↥ tônus broncomotor. 
As causas mais comuns são: 
 Asma 
 DPOC 
 Bronquiectasia 
 Infecções traqueobrônquicas 
 
 
ASMA BRÔNQUICA 
Inflamação brônquica de origem alérgica 
Hiper-reatividade (hiperestimulação) das vias 
respiratórias inferiores (bronquíolos terminais) 
 
 
 
 
 
QUADRO CLÍNICO 
 Dispneia (predominantemente expiratória) 
 Dor torácica difusa e sensação de aperto 
 Tosse seca (pode evoluir para produtiva – 
mucoide e espessa) 
 Taquipneia (alguns casos) 
EXAME FÍSICO 
 Tiragem e musculatura acessória 
(escalenos) 
 FTV normal ou ↧ 
 Percussão normal ou hipersonoridade 
 MV ↧, expiração prolongada e presença de 
sibilos, roncos e/ou estertores grossos. 
Em caso de crise asmática, paciente hiperinsuflado, 
haverá também: 
 Hipersonoridade 
 ↧ frêmito toracovocal e murmúrio vesicular 
(bilateral) 
 
 
Bronco constrição 
Edema da mucosa 
brônquica 
Hipersecreção 
de muco 
 
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BRONQUITE 
Resposta inflamatória anormal à inalação de 
partículas ou gases tóxicos 
Caracterizada por secreção de muco em excesso, na 
árvore brônquica. 
 
AGUDA 
 Febre, cefaleia e mal-estar 
 Desconforto retroesternal 
 Rouquidão 
 Tosse seca → expectoração mucosa 
EXAME FÍSICO 
 Inspeção, palpação e percussão normais 
 Estertores grossos/roncos e sibilos esparsos 
CRÔNICA 
 Tosse produtiva, com expectoração 
mucopurulenta (pequeno volume), a qual 
persiste por meses com períodos de 
melhora e piora. 
EXAME FÍSICO 
 Estertores grossos disseminados em ambos 
os hemitórax. Roncos e sibilos frequentes. 
 
BRONQUIECTASIA 
Dilatação irreversível dos brônquios causada pela 
destruição de componentes da parede brônquica. 
 
QUADRO CLÍNICO 
 Febre e sudorese noturna 
 Emagrecimento e astenia, hipocratismo 
digital 
 Tosse produtiva, com expectoração 
mucopurulenta (em abudância), matinal 
 Hemoptises frequentes 
EXAME FÍSICO 
Doença incipiente o exame físico do tórax e as 
radiografias encontram-se normais. Já, com sua 
evolução, são encontradas anormalidades: 
 ↧ expansibilidade (uni ou bilateral) 
 FTV aumentado (infecções) 
 Submacicez ou macicez à percussão 
 ↧ MV, estertores grossos e/ou roncos e 
sibilos nas áreas de bronquiectasias. 
 
PARENQUIMATOSAS 
As síndromes são basicamente: consolidação, 
atelectasia e hiperaeração. E também congestão 
passiva dos pulmões e escavação. 
 
 
 
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CONSOLIDAÇÃO PULMONAR 
Ocupação dos espaços alveolares por células e 
exsudato 
 
Principais causas são: 
 Pneumonias 
 Infarto pulmonar 
 Tuberculose 
 QUADRO CLÍNICO 
 Dispneia e tosse (seca ou produtiva). 
 A expectoração mais comum é a 
hemoptoica (sangue + muco/pus). 
 Nas tuberculoses, hemoptises são 
frequentes. 
 Dor torácica 
 Localizada: acometimento da 
pleura 
 Não localizada: acometimento do 
parênquima 
 Febre alta (pneumonia) 
EXAME FÍSICO 
 ↧ expansibilidade 
 ↥ FTV 
 Submaciez ou maciez à percussão 
 ↧ MV, Crepitantes, pectoriloquia 
OBS: O padrão radiográfico mais frequente, na 
pneumonia, são as opacidades alveolares 
 
 
 
 
 
 
ATELECTASIA 
Desaparecimento de ar dos alvéolos, mas sem que 
o espaço alveolar seja ocupado por células ou 
exsudato. 
→ Obstrução das vias respiratórias ou compressão 
do parênquima pulmonar. 
QUADRO CLÍNICO 
 Dispneia e tosse seca 
 Desconforto 
EXAME FÍSICO 
 Retração dos EIC e tiragem 
 ↧ expansibilidade e FTV 
 Submacicez ou macicez 
 MV ausente e ↧ RV 
 Características que diferem essa síndrome do 
Derrame pleural 
As causas são: neoplasias e corpos estranhos 
É mais comum a ocorrência de oclusão do lúmen 
dos brônquios. 
 Oclusão do brônquio principal – atelectasia 
do pulmão inteiro 
 Oclusão de brônquios lobares/segmentares 
– atelectasia restrita àquela região. 
 
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DPOC 
Doença inflamatória sistêmica crônica das vias 
inferiores e parênquima, caracterizada pela 
obstrução do fluxo respiratório. 
→ Tem progressão lenta e é irreversível 
→ Causada pela inalação de fumaças tóxicas 
→ Hiperplasia do epitélio e hipersecreção 
brônquica (bronquite crônica) 
QUADRO CLÍNICO 
 Tosse crônica matinal (seca ou produtiva) 
 Dispneia com piora aos esforços – oxigênio 
dependente 
 Expiração prolongada 
EXAME FÍSICO 
 Tórax em tonel 
 ↧ expansibilidade ou normal 
 Percussão normal ou hipersonoridade 
 MV (enfisema), ↧ RV, estertores grossos 
(bronquite), roncos e sibilos 
FATORES DE RISCO 
 Tabagismo 
 Baixo nível socioeconômico (fumam mais 
cigarros de pior qualidade) 
 Poluição ambiental 
 Exposição ocupacional (amiainto) 
 Infecções respiratórias de repetição 
 Deficiência de alfa-1 antitripsina (enzima 
protetora do pulmão, combate a elastase 
que faz degradação do pulmão) 
BRONQUITE CRÔNICA 
Espessamento da parede brônquica e ↥ da 
quantidade de muco intraluminal. 
 Blue-Bloaters - cianótico 
 Fascie pletórica 
 Tosse com expectoração 
 Dispneia discreta 
 Hipoxemia e Hipercapnia 
 Roncos e sibilos 
 Capacidade pulmonar total normal 
 Complacência normal 
 Edema e ICC 
ENFISEMA 
Hiperaeração decorrente de alterações anatômicas, 
as quais são retratadas por aumento dos espaços 
aéreos distais ao bronquíolo terminal. 
 Pink-Puffers (rosado) 
 Fascie angustiada 
 Dispneia intensa 
 Tosse seca 
 Uso de pontos de ancoragem (bico) 
 Hipoxemia 
 ↥ Capacidade pulmonar total 
 ↥ Complacência e volume residual 
 
CONGESTÃO PASSIVA DOS PULMÕES 
Acúmulo de líquido no interstício 
 
Causas principais são: 
 Insuficiência ventricular esquerda 
 Estenose mitral 
 Glomerulonefrite 
 
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 Síndrome nefrótica 
 Hipertensão intracraniana 
QUADRO CLÍNICO 
 Dispneia (ao esforço, em decúbito e 
paroxística noturna) 
 Tosse seca 
 Estertores finos (nas bases). Em alguns 
momento há sibilância. 
EXAME FÍSICO 
 Expansibilidade e FTV normais 
 Submacicez nas bases 
 Crepitantes, prolongamento da expiração e 
RV normal 
 
ESCAVAÇÃO/CAVERNA PULMONAR 
Eliminação do parênquima em uma área que sofreu 
necrobiose. 
Principais causas são: 
 Tuberculose 
 Abcessos 
 Neoplasias 
 Micoses 
QUADRO CLÍNICO 
 Tosse seca e vômica (fracionada ou não) 
EXAME FÍSICO 
Somente detectada no exame físico, se a caverna 
estiver próxima a periferia dos pulmões e que tenha 
diâmetro de +/- 4cm. 
 ↧ expansibilidade 
 ↥ FTV 
 Percussão normal ou timpânico 
 Respiração brônquica/broncovesicular, RV ↥ 
ou pectorilóquia 
 
PLEURAIS 
Compreendem a síndrome do derrame pleural, 
pleurítica e pleural respiratória (pneumotórax). 
PLEURITE 
Inflamação dos folhetos pleurais, com a presença 
de atrito pleural 
Pode ocorrer em: 
 Tuberculose 
 Pneumonia 
 Doença reumática e outras colagenoses 
 Viroses 
 Neoplasias da pleura e do pulmão 
AGUDA 
 Dor localizada em um dos hemitórax (como 
dor pleurítica) 
 Tosse 
 Dispneia 
 Febre 
 Ao longo de sua evolução, temos produção de 
líquido (acumula no espaço pleural), causando o 
desaparecimento da dor e do atrito. 
Diante disso, podemos destacar que a síndrome 
pleurítica pode evoluir para a síndrome do derrame 
pleural. 
EXAME FÍSICO 
 ↧ expansibilidade e
FTV 
 Percussão normal ou macicez 
 Atrito pleural 
 
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CRÔNICA 
 Paquipleuris → espessamento dos folhetos 
 Dor pouco acentuada 
 Dispneia aos grandes esforços 
EXAME FÍSICO 
 Retração torácica 
 ↧ expansibilidade e FTV 
 Submacicez ou macicez 
 ↧ RV e MV 
DERRAME PLEURAL 
Acumulo de líquido dentro do espaço pleural 
desencadeando um desequilíbrio entre seus 
mecanismos de formação e reabsorção 
 
→ Pode ser de transudato (somente líquido) ou 
exsudato (líquido e proteína) 
→ o Critério de Light é utilizado para diferenciar os 
dois tipos de derrame 
 
 
 
É observado em: 
 Pleurites e pneumonias 
 Neoplasias 
 Colagenoses 
 Síndrome nefrótica 
 Insuficiência cardíaca 
QUADRO CLÍNICO 
 Dor (sem características de dor pleurítica) 
 Tosse seca 
 Dispneia (Intensidade depende do volume 
de líquido) 
EXAME FÍSICO 
 ↧ expansibilidade e FTV abolido 
 Maciez e ressonância sólida acima do 
derrame (Ressonância de Skoda) 
 MV ausente, egofonia (parte mais alta do 
derrame) 
 
 
 
 
 
 
 
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PNEUMOTÓRAX 
Acúmulo de ar no espaço pleural 
 
Principais causas são: 
 Lesão traumática 
 Ruptura de bolha subpleural 
 Tuberculose e pneumococianose 
 Neoplasias 
QUADRO CLÍNICO 
 Dor no hemitórax comprometido, súbita e 
em pontada 
 Tosse seca 
 Dispneia intensa e súbita 
EXAME FÍSICO 
 Tórax normal ou com abaulamento dos EIC 
 ↧ expansibilidade e FTV 
 Hipersonoridade ou timpanismo 
 ↧ RV e MV 
 Se houver derrame pleural associado, configura-
se hidropneumotórax. 
 
PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO 
Acúmulo de ar no espaço pleural sob pressão, 
comprimindo os pulmões e diminuindo o retorno 
venoso para o coração. 
→ Mecanismo valvular e unidirecional 
→ “O pulmão murcha” 
→ A pressão aumentada pode gerar o 
deslocamento do coração e grandes vasos para o 
outro lado do peito – queda na pressão sanguínea! 
Risco de vida! 
→ Impede retorno venoso – CHOQUE 
CIRCULATÓRIO 
→ Desvio mediastino para o lado contralateral → 
pinçamento das veias cavas → obstrução do 
retorno venoso → diminuição do débito cardíaco → 
dispneia e hipoxemia → choque circulatório 
→ A solução é a colocação de dreno

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