Aula 7 - Crime contra a Ordem Econômica (Lei nº 8 176_91)

Prévia do material em texto

27/07/2021 Disciplina Portal
estacio.webaula.com.br/Classroom/index.asp?191C757E76=48432230234ABBF19DC2C87E007D5F6153FF91C553DDA5ED2521A2618A0734D69FBB… 1/10
Investigação – Crimes do
colarinho branco
Aula 7 - Crime contra a Ordem Econômica (Lei
nº 8.176/91)
INTRODUÇÃO
As primeiras Constituições brasileiras (1824 e 1891) foram omissas em relação à tutela da ordem econômica. A
Constituição de 1934 dedicou um Título ao assunto, mas sem mencionar os abusos do poder econômico ou a
tutela da concorrência. A de 1937 tratou da intervenção do Estado no domínio econômico, estabelecendo como e
quando ela deveria ocorrer. A de 1946 prescrevia que “a Lei reprimirá toda e qualquer forma de abuso de poder
27/07/2021 Disciplina Portal
estacio.webaula.com.br/Classroom/index.asp?191C757E76=48432230234ABBF19DC2C87E007D5F6153FF91C553DDA5ED2521A2618A0734D69FBB… 2/10
econômico”.
A Lei 4.137/62 criou o Conselho de Administração de Defesa Econômica (CADE), com competência para aplicar a
lei, investigar e reprimir os abusos do poder econômico.
A Constituição promulgada em 1988 trouxe os princípios que fundamentam a ordem econômica e �nanceira do
País, consagrando as ideias de liberdade de iniciativa, condições de consumo, de emprego e saúde, bem como a
de que o Estado possa intervir sempre que a liberdade de iniciativa não estiver sendo exercida em proveito da
sociedade ou em desconformidade com os anseios sociais.
A Lei nº 8.176/91 tipi�ca condutas relativas às fontes energéticas e sua produção, exploração e comercialização
ilegais, e tão somente estas por ter sido criada dentro do contexto de crise energética decorrente das guerras do
Golfo Pérsico, o que sustenta que seu objeto material são as fontes energéticas.
OBJETIVOS
Esclarecer Ordem Econômica e as principais condutas delituosas no art. 1º da Lei nº 8.176/91.
Examinar o art. 2º da Lei nº 8.176/91.
27/07/2021 Disciplina Portal
estacio.webaula.com.br/Classroom/index.asp?191C757E76=48432230234ABBF19DC2C87E007D5F6153FF91C553DDA5ED2521A2618A0734D69FBB… 3/10
O ABUSO DO PODER ECONÔMICO
O regime constitucional de proteção da livre iniciativa, da liberdade de trabalho e dos direitos do consumidor é
afetado quando determinadas condutas violam o equilíbrio ou as condições de igualdade concorrencial entre os
competidores do mercado.
• Signi�ca ocasionar, produzir ou gerar algo de modo arti�cial para provocar oscilação de preços, acrescido de
especial �m de agir, de causar prejuízo à empresa concorrente ou ao vendedor de matéria-prima.
• Ocorre por meio de mecanismos de oscilação de preços em detrimento de empresa concorrente ou vendedor de
matéria-prima, mediante ajuste ou acordo, ou por outro meio fraudulento.
O crime de abuso do poder econômico poderá ser praticado mediante as seguintes condutas:
Exigir exclusividade de propaganda, transmissão ou difusão de publicidade, em detrimento de concorrência
• Subordinar a venda de bem ou a utilização de serviço à aquisição de outro bem, ou ao uso de determinado
serviço
Sujeitar a venda de bem ou a utilização de serviço à aquisição de quantidade arbitrariamente determinada.
A manipulação de preços em prejuízo do mercado também pode ser espécie de conduta característica de
empresa que objetiva abusar de seu poder econômico. Ocorre por meio da venda de mercadorias abaixo do preço
de custo, com o �m de impedir a concorrência.
O abuso do poder econômico possui vários elementos:
→ A dominação de mercados;
→ A eliminação da concorrência;
→ O aumento arbitrário dos lucros.
Fonte:
A dominação de mercados é caracterizada pela existência de empresas que se unem para impedir que outras
venham atuar na mesma área.
A valorização do trabalho humano é o impulso necessário para a concretização da empresa. A livre iniciativa
remete à ideia de liberdade e de empreendimento.
A livre iniciativa e a livre concorrência possuem um limite, que é a função social, não devendo ser exercidas
somente visando o lucro empresarial, mas também para a realização da justiça social, plena distribuição de
renda, valorização do trabalho humano, e a assegurar a todos uma existência digna.
SISTEMA PARA A DEFESA DA CONCORRÊNCIA
A Lei nº 12.529/2011 (glossário) foi promulgada dispondo sobre a prevenção e repressão às infrações contra a
ordem econômica, estruturando o Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência (SBDC), composto pelo CADE e
pela Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda.
Objetivos da lei:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/Lei/L12529.htm
27/07/2021 Disciplina Portal
estacio.webaula.com.br/Classroom/index.asp?191C757E76=48432230234ABBF19DC2C87E007D5F6153FF91C553DDA5ED2521A2618A0734D69FBB… 4/10
• Dar proteção ao mercado e seu sistema de livre concorrência e, também, a tutela dos interesses dos
consumidores, que em uma economia de mercado em pleno funcionamento terão melhores preços e produtos e
serviços de melhor qualidade postos à sua disposição.
• Transformar o CADE em autarquia, para prevenir e reprimir as infrações contra a ordem econômica, por meio de
mecanismos próprios de atuação, intervenção e aplicação de sanções administravas.
O CADE desempenha três funções diferentes:
Educativa
Difusão da cultura da concorrência e das regras antitruste, representada pelo estímulo à
produção acadêmica e pesquisas sobre o tema no Brasil. Realiza parcerias com
universidades, institutos de pesquisa, associações e órgãos do governo.
Preventiva
Análise prévia de situações que traduzam a possibilidade de concentração de mercado,
gerando risco para a concorrência. O CADE analisa fusões, incorporações e associações
de qualquer espécie entre agentes econômicos, veri�cando se haverá domínio de
mercado. Embora tais fusões, aquisições e demais negócios jurídicos não sejam crimes, o
CADE poderá impor obrigações, de modo a preservar a livre concorrência.
Repressiva
Repressão aos cartéis e às demais formas congêneres de criação de monopólios, acertos,
acordos, a venda casada, a prática de preços combinados, entre outros, com vista a
dominar o mercado ou disseminar a concorrência.
Prevê o acordo de leniência, que é um acordo de colaboração, no âmbito administrativo,
que visa detectar, investigar e punir infrações, oferecendo como contrapartida a
atenuação ou mesmo o afastamento da punição em razão dos ilícitos apurados. É a
“delação premiada” das empresas, que devem manifestar o interesse em fazer o acordo,
com a obrigação de identi�car os demais envolvidos na infração e ceder informações
(provas) que comprovem o ilícito. Tudo isso devidamente previsto e regulado por lei, em
casos especí�cos.
O acordo de leniência poderá ser celebrado com as pessoas jurídicas responsáveis pela
prática dos atos lesivos à administração pública, nacionais ou estrangeiras, que atentem
contra o patrimônio público nacional ou estrangeiro, contra princípios da administração
pública ou contra os compromissos internacionais assumidos pelo Brasil.
No acordo de leniência, desde que devidamente cumprido, com a efetiva colaboração nas
investigações e no processo administrativo, e desde que dele resulte a identi�cação dos
demais envolvidos na infração e a obtenção de informações e documentos que
27/07/2021 Disciplina Portal
estacio.webaula.com.br/Classroom/index.asp?191C757E76=48432230234ABBF19DC2C87E007D5F6153FF91C553DDA5ED2521A2618A0734D69FBB… 5/10
comprovem a infração noticiada ou sob investigação, o colaborador receberá, no âmbito
administrativo, a extinção da ação punitiva da administração pública ou a redução de um
a dois terços da penalidade aplicável.
A ORDEM ECONÔMICA
De acordo com a CRF/88 (glossário), o Estado tem como objetivo normatizar e regular as atividades econômicas
por meio de �scalização, incentivo e planejamento, juntamente com leis especí�cas que direcionam o sistema
econômico nacional.
A ordem econômica brasileira tem suas bases em dois fundamentos, conforme o art. 170 da CRF/88: a
valorização do trabalho humano e da livre iniciativa, com o objetivo de garantir a todos os indivíduos umaexistência digna, conforme os preceitos da justiça social.
O Brasil é um país que adota a economia de mercado, regulando e controlando a atividade econômica, intervindo
no caso de excessos, o que caracteriza o papel do Estado na regulação e no planejamento econômico. A livre
concorrência é um princípio presente no artigo 170 da CRF/88:
Art. 170. “A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por �m
assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: IV
- livre concorrência;”
Pelo princípio da livre concorrência, forma justa pressupõe igualdade de condições. Se a concorrência é desleal,
injusta, em condições desiguais, ou seja, se determinados agentes possuem mais vantagens que outros, essa
concorrência deixa de ser livre, passando a se apresentar viciada.
A livre concorrência é instrumento que visa bene�ciar o cidadão, que são os consumidores �nais dos produtos e
que experimentam as melhorias decorrentes das circunstâncias concorrenciais. Além de conferir benefícios aos
consumidores, a disputa entre as empresas, ocasionada pelo ambiente concorrencial, proporciona incremento
positivo à economia brasileira e maior estrutura para a concorrência também no mercado externo.
A Constituição assegura o livre exercício de qualquer atividade econômica, salvo nos casos previstos
expressamente em Lei. Desse modo, ressalvadas as hipóteses legais previstas, o Estado não deve intervir na
atividade econômica.
A exploração de recursos naturais, sua aquisição, venda e revenda de monopólios da União consiste em atentado
à soberania nacional. A ordem econômica depende da proteção da soberania nacional.
CONCEITOS DE ATIVIDADES DE ABUSOS DE PODER ECONÔMICOS
CARTEL
É uma associação entre empresas do mesmo ramo de
produção, com objetivo de dominar o mercado e disciplinar a
concorrência. As partes entram em acordo sobre o preço,
que é uniformizado geralmente em nível alto. Os cartéis
prejudicam a economia por impedir o acesso do consumidor
à livre concorrência.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm
27/07/2021 Disciplina Portal
estacio.webaula.com.br/Classroom/index.asp?191C757E76=48432230234ABBF19DC2C87E007D5F6153FF91C553DDA5ED2521A2618A0734D69FBB… 6/10
TRUSTE
É a reunião de empresas que perdem seu poder individual e
o submetem ao controle de um conselho de trustes.
Surge uma nova empresa com poder maior de influência
sobre o mercado.
Geralmente tais organizações formam monopólios.
MONOPÓLIO
É a situação em que um setor do mercado com múltiplos
compradores é controlado por um único vendedor de
mercadoria ou serviço, tendo capacidade de afetar o preço
pelo domínio da oferta. Nesse cenário, os preços tendem a
se fixar no nível mais alto para aumentar
a margem de lucro.
OLIGOPÓLIO
É a prática de mercado em que a oferta de um produto ou
serviço, que tem vários compradores, é controlada por
pequeno grupo de vendedores. Nesse caso, as empresas
tornam-se interdependentes e guiam suas políticas de
produção de acordo com a política das demais empresas
por saberem que, em setores de pouca concorrência, a
alteração de preço ou qualidade de um afeta diretamente os
demais.
HOLDING
Forma de organização de empresas que surge depois de os
trustes serem postos na ilegalidade. É o agrupamento de
grandes sociedades anônimas. Sociedade anônima é uma
designação dada às empresas que abrem seu capital e
emitem ações que são negociadas em bolsa de
valores. Nesse caso, a maioria das ações de cada uma
delas é controlada por uma única empresa, a holding. A
ação das holdings no mercado é semelhante a dos trustes.
27/07/2021 Disciplina Portal
estacio.webaula.com.br/Classroom/index.asp?191C757E76=48432230234ABBF19DC2C87E007D5F6153FF91C553DDA5ED2521A2618A0734D69FBB… 7/10
DUMPING
É a prática comercial que consiste em vender um produto ou
serviço por um preço irreal para eliminar a concorrência e
conquistar a clientela. Proibida por lei, pode ser aplicada
tanto no mercado interno quanto no externo. No mercado
interno, o dumping concretiza-se quando um produto ou
serviço é vendido abaixo do seu preço de custo,
contrariando em tese um dos princípios fundamentais do
capitalismo, que é a busca do lucro. A única forma de obter
lucro é cobrar preço acima do custo de produção.
CRIMES CONTRA A ORDEM ECONÔMICA
Há duas formas de concorrência que o Direito busca evitar e reprimir, a �m de prestigiar a livre concorrência: a
desleal e a perpetrada com abuso de poder.
DESLEAL PERPETRADA COM ABUSO DE PODER
É apurada nas
esferas civil e penal
e envolve apenas
interesses
particulares dos
empresários
concorrentes.
É reprimida nas esferas civil, penal e administrativo
(por meio do CADE), pois compromete as estruturas
do livre mercado, atingindo um universo muito maior
de interesses juridicamente relevantes, configurando
os denominados crimes contra a ordem econômica.
A Lei nº 8.176/91 (glossário) de�ne os crimes contra a ordem econômica e cria o Sistema de Estoque de
Combustíveis (glossário).
O bem protegido pelos crimes contra a ordem econômica é a manutenção de um mercado competitivo para que
os preços dos bens e serviços permaneçam próximos ao ponto de equilíbrio entre a oferta e a demanda. Em
mercados cujas práticas não sofrem nenhuma espécie de controle, os preços se afastam desse equilíbrio,
ocasionando uma transferência indevida de riqueza do consumidor ao fornecedor.
A correta administração do petróleo e dos seus derivados deve ser operada para que haja a manutenção dos
recursos naturais e sua durabilidade. A prática de crimes contra a ordem econômica não só produz, mas também
incentiva a fraude �scal, onerando o consumidor �nal e o Estado.
A comercialização irregular do petróleo e seus derivados é crime, porque excede os limites da função social da
empresa. O petróleo, por ser um recurso escasso, deve ser bem administrado.
A má�a dos combustíveis atua da seguinte forma: o distribuidor de combustíveis frauda a bomba de
abastecimento veicular, roubando alguns mililitros de gasolina do consumidor, fazendo-o pagar um preço por um
bem que não consumia. Com isso, o revendedor deixa de recolher tributos ao Estado, e também frauda a ordem
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8176.htm
27/07/2021 Disciplina Portal
estacio.webaula.com.br/Classroom/index.asp?191C757E76=48432230234ABBF19DC2C87E007D5F6153FF91C553DDA5ED2521A2618A0734D69FBB… 8/10
econômica e �nanceira da União, que é quem disciplina e controla o Sistema Nacional de Estoque de
Combustíveis, o qual visa assegurar a normalidade do abastecimento nacional de petróleo, de seus combustíveis
derivados, de álcool destinado para �ns carburantes e de outros combustíveis líquidos carburantes.
Art. 1º da Lei nº 8.176/91
Pune os crimes de aquisição, distribuição e revenda de derivados de petróleo, gás natural, álcool etílico, hidratado
carburante e demais combustíveis líquidos em desacordo com as normas estabelecidas em lei. O referido
dispositivo busca coibir o crime de comércio ilegal de combustível.
Embora a adulteração de combustíveis tenha como efeitos mais visíveis a lesão à ordem tributária (diminuição
dos tributos) e à lesão ao patrimônio do particular (danos nos motores dos veículos), considera-se também
bastante afetada a ordem econômica, uma vez que que a gestão dos recursos energéticos é uma atividade
imprescindível para o desenvolvimento econômico do país.
Art. 2º da Lei nº 8.176/91
Criminaliza somente as condutas de usurpação de fontes energéticas e não de recursos minerais. Tal dispositivo,
tem como objetivo proteger as fontes energéticas. As condutas de usurpação de bens da União descritas no art.
2º não podem ser outra coisa senão de matérias-primas energéticas. Criminaliza a conduta de exploração e
comercialização de bens da União, sem autorização.
Art. 2° - “Constitui crime contra o patrimônio, na modalidade de usurpação, produzir bens ou explorar matéria-
prima pertencentes à União, sem autorização legal ou em desacordocom as obrigações impostas pelo título
autorizativo.
§1° Incorre na mesma pena aquele que, sem autorização legal, adquirir, transportar, industrializar, tiver consigo,
consumir ou comercializar produtos ou matéria-prima, obtidos na forma prevista no caput deste artigo.”
Saiba mais
, Usurpação é o ato ou efeito de apossar-se violentamente, adquirir com fraude, alcançar sem direito, obter por artifício. O
crime de usurpação previsto no Código Penal, sob o título de crimes contra o patrimônio, arts. 161 e 162, não abrange a
usurpação de bens minerais, esse sim, tratado na lei estudada nesta aula.
ATIVIDADE
Leia a notícia e contextualize de acordo com o estudado na aula.
Extração de argila sem autorização é crime contra a ordem econômica (glossário).
EXERCÍCIOS
Questão 1: FAPEC 2006 - João da Silva, proprietário de uma rede de postos de gasolina, pretende suprimir o
pagamento de tributos e, para tanto, deixa de lançar operações comerciais de venda de derivados de petróleo que
realizou em livro �scal obrigatório. O Delegado Cláudio recebe a notitia criminis dessa conduta de João, e
instaura o competente inquérito policial para cabal apuração dos fatos. A conduta de João resta provada,
inclusive com perícias �scais e contábeis, não havendo dúvida da atividade criminosa de João. O Delegado
Cláudio deverá indiciar João pela prática de crime:
a) Previsto no art. 1º da Lei 8137/90, que constitui crime contra a ordem tributária.
b) Previsto no art. 2º da Lei 8176/1991, que de�ne crime contra o patrimônio, na modalidade de usurpação, produzir bens
ou explorar matérias primas pertencentes à União.
http://www.cjf.jus.br/cjf/outras-noticias/2013/julho/extracao-de-argila-sem-autorizacao-e-crime-contra-a-ordem-economica
27/07/2021 Disciplina Portal
estacio.webaula.com.br/Classroom/index.asp?191C757E76=48432230234ABBF19DC2C87E007D5F6153FF91C553DDA5ED2521A2618A0734D69FBB… 9/10
c) Previsto no art. 1º da Lei 8176/1991, que de�ne crime contra a ordem econômica e cria o Sistema de Estoque de
Combustíveis.
d) Previsto no art. 7º da Lei 8137/90, que constitui crime contra as relações de consumo.
e) Previsto no art. 4º da Lei 8137/90, que constitui crime contra a ordem econômica.
Justi�cativa
Questão 2: FEPESE – 2010 - Em relação aos crimes contra a ordem tributária (Lei 8137/90) é correto a�rmar:
a) A ação penal em relação aos crimes que tipi�ca é pública incondicionada.
b) "A supressão ou redução de tributo" contemplado no art. 1º da lei compreende impostos, taxas, contribuições de
melhoria e contribuições sociais, não se referindo às mesmas condutas praticadas em relação aos empréstimos
compulsórios.
c) Entre as condutas tipi�cadas pela lei como crimes contra a ordem tributária e equiparados (art. 2º), há crimes nas
modalidades culposa e dolosa.
d) As condutas de utilizar ou divulgar programas de processamento de dados que permitam ao sujeito passivo da
obrigação tributária possuir informação contábil diversa daquela que é, por lei, fornecida à Fazenda Pública, não
constituem crime contra a ordem tributária.
e) Nos crimes previstos na Lei 8.137/90, cometidos em quadrilha ou coautoria, o coautor ou partícipe que, por meio de
con�ssão espontânea, revelar à autoridade policial ou judicial toda a trama delituosa terá a sua pena reduzida pela
metade.
Justi�cativa
27/07/2021 Disciplina Portal
estacio.webaula.com.br/Classroom/index.asp?191C757E76=48432230234ABBF19DC2C87E007D5F6153FF91C553DDA5ED2521A2618A0734D69FBB… 10/10
Glossário
COMBUSTÍVEIS
O gás natural é um hidrocarboneto gasoso constituído de metano, etano, butano e propano, existente em zona petrolífera,
podendo ser liquefeito e comercializado. O gás natural sai da crosta terrestre através de orifícios naturais ou de poços
perfurados; usado como combustível, quer por conversão em outro combustível líquido, ou como matéria-prima de negro-
carvão, nitropara�na e muitos outros produtos.
O álcool etílico hidratado carburante é uma mistura hidroalcoólica, em que o principal componente é o álcool etílico ou
etanol, cujo teor alcoólico mínimo é de 99,3° INPM (anidro) ou 92,6° INPM (hidratado), combustível de veículo de passeio.
Uma das fraudes comuns é a pessoa adquirir álcool anidro (tributação mais baixa) e sua adulteração (com acréscimo de
água, ou seja, o chamado “álcool molhado”) para simular álcool hidratado. Do mesmo modo, há fraude com a gasolina.
O gás liquefeito de petróleo corresponde a um gás comprimido consistente em hidrocarboneto leve, in�amável, como
propano e butano, obtido especialmente como subproduto na re�nação do petróleo ou na fabricação ou fabricação de
gasolina natural; utilizado como combustível industrial ou doméstico e como matéria-prima para síntese química. É
também designado como gás engarrafado.