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T D 2 O R T O P E D I A C O N T E Ú D O A U T O - E X P L I C A T I V O Nome: Clara Santana Pereira O processo evolutivo pode ser avaliado a partir de uma análise biológica onde um aglomerado de células se modifica constantemente até se transformar em um sistema único e interconectado. Tudo isso, se relaciona ao gradiente de pressão que atua sobre as células. Diante disso, a pressão exercida sobre as células e tecidos, geram estímulos que iram ser utilizados no código genético, ocasionando adaptações que agem no desenvolvimento do sistema desde sua forma inicial até o seu aspecto final, devido as forças de compressão e tração exercida sobre o mesmo. A força de compressão ocorre no sentido longitudinal, ou seja, no sentido de empurrar sendo essa descontínua, já a força de tração é contínua, no sentido de puxar, consequentemente as tensões são opostas, contudo a força de a ≠ b. Tudo isso, está correlacionado ao contexto da integridade tensional, cujo componentes utilizam tração e compressão de forma combinada proporcionando estabilidade e resistência ao sistema como todo. O PROCESSO EVOLUTIVO Ao analisarmos o aspecto embrionário, é possível dizer que as invaginações podem ser um exemplo para descrevermos o contexto de tensão sobre os tecidos, visto que, ocorrem por meio do aumento da força no sentido contrário com o intuito em manter o equilíbrio do embrião, bem como o sistema ósseo e muscular que possuem uma conformação modificada em relação aos outros sistemas, devido as forças que atuam em diferentes regiões, onde através do gradiente de pressão especifico gera-se um estimulo no DNA, ao qual é resistido através da modificação tecidual, onde começa a surgir o tecido muscular contrátil. Contudo, ao fazermos tal analogia podemos dizer que o tecido é único e vai sendo modificado por meio do direcionamento das pressões ou trações exercidas sobre o meso. O tecido fascial é um exemplo da biotensigridade, por ser um tipo de tecido conjuntivo que está interligado e consegue transmitir forças em todo o corpo, desse modo, o sistema se torna mais estável através da tensão continua e compressão local equilibrando-se em meio a um círculo vetorial fechado, onde vários elementos se solidarizam com fim de aumentar a estabilidade estrutural. Tudo isso, pode estar sendo contraditório se pensarmos que o nosso sistema mantem sua estabilidade por meio de uma pressão compressiva, pois, ao avaliarmos o resultado final em um cálculo vetorial, como por exemplo, do pescoço de uma girafa, veríamos que o corpo humano não suportaria cargas tão altas, ou seja, a integridade estrutural seria afetada. A partir desse desfecho, deve-se avaliar o conceito da tensegridade, sendo este, qualquer sistema que obtém sua função, forma e estabilidade mecânica a partir de uma tensão contínua (integridade tensional). O PROCESSO EVOLUTIVO As obras de Snelson escultor e fotógrafo contemporâneo americano, são exemplos da aplicação destas forças, a partir da criação de Domos Geodésicos, podendo ser explicados por meio da angulação dos fios que passam pelos tubos criando uma compressão local e tensão continua dos mesmos, tendendo ao equilíbrio estrutural ,em que, caso um objeto seja pendurado em algum ponto da extremidade da estrutura, esta iria se adaptar a nova deformação se envergando para o mesmo lado e posteriormente ao ser retido o objeto da estrutura retornaria ao ponto inicial, ou seja, a dispersão da distribuição de tensão gera uma dissipação de forças que mantem a estabilidade estrutural. O PROCESSO EVOLUTIVO No corpo humano o conceito de estabilidade estrutural tem relação com o sistema fascial, através da conexão em todo os segmentos corporais, caso ocorra alguma alteração em um ponto especifico, como por exemplo, um amento de rigidez, a estabilidade estará comprometida, pois, a tensão exercida sobre a aplicação da resistência será maior, ocasionando o desequilíbrio tensional.Na física, o movimento consiste na mudança de posição de um corpo ou de um sistema em relação ao tempo, quando medido por um dado observador em um referencial determinado. Na ciência, especificamente na Cinesiologia o movimento é analisado através dos princípios da mecânica, a qual se embasa por meio de dois princípios: cinemática e dinâmica, ambos relacionados ao movimento, entretanto o segundo, considera unicamente as forças que atuam durante o deslocamento do corpo humano. Tais conceitos nos leva a interpretamos o corpo humano sendo este, um complexo de estruturas interligadas por diversos sistemas aos quais direcionam os movimentos necessários nas diversas articulações com o intuito de satisfazer as atividades de vida diária de um indivíduo. O padrão de movimento de um segmento corpóreo é um dos fatores mais importantes a serem avaliados dentro de um contexto biomecânico, por estarem interligados a casos de lesões e possíveis compensações quando realizados de maneira incorreta, ou até mesmo por adaptações posturais, interferindo diretamente no desempenho. O desequilíbrio tensional pode estar associado aos seguintes conceitos que embasam o movimento: a rigidez tecidual, sendo esta uma propriedade mecânica, relacionada a resistência oferecida pelo tecido a sua deformação, como por exemplo, ao imaginarmos uma mola presa em uma das extremidades a um suporte, em um estado de repouso (sem ação de nenhuma força), quando aplicamos uma força F na outra extremidade, a mola tende a deformar (esticar ou comprimir dependendo do sentido da força aplicada, ou seja, a deformação da mola aumenta proporcionalmente a força, ao aplicarmos este conceito no corpo humano, podemos dizer que a razão entre a mudança na tensão do musculo por unidade de mudança no seu comprimento, quando está sendo alongado sem a presença de atividade contrátil, representa a resistência muscular passiva. O segundo conceito é a flexibilidade, podendo ser conceituada como a capacidade do tecido alongar-se (estender) permitindo que a articulação se movimente através de toda amplitude de movimento, podendo ser passivo: quando o movimento de um segmento dentro da amplitude de movimento é livre, sendo produzido inteiramente por uma força externa ( gravidade, aparelho, fisioterapeuta, própria pessoa) sem contração ativa muscular, ou ativo: quando se realiza o movimento de um segmento dentro da ADM livre produzido pela contração ativa dos músculos que cruzam aquela articulação. PADRÕES DE MOVIMENTO As alterações dos padrões de movimento podem estar associadas ao aumento entre a capacidade ou a demanda, sendo o primeiro, relacionado a habilidade do sistema em gerar e transmitir e/ou dissipar as forças, e o segundo ao estresse ao indivíduo em determinado período de tempo, tendendo ao desequilíbrio tensional e consequentemente as derivações de compensações durante o movimento. As alterações no padrão relacionadas a flexibilidade são possivelmente visualizadas somente no final da ADM, já as associadas ao desequilíbrio de rigidez tecidual podem durar durante toda ADM, por isso, durante toda a realização dos exercícios é necessário a estabilização do segmento para que o movimento não seja interrompido. PADRÕES DE MOVIMENTOS IMPORTANTES ASEREM AVALIADOS RITMO ESCAPULO UMERAL O ombro é a região de união entre o membro superior, o tronco e o pescoço. A estrutura óssea do ombro consiste na clavícula, escápula, as quais formam o cíngulo do membro superior (cintura escapular) e a parte proximal do úmero. O ombro é formado por três articulações, a esterno clavicular, acromioclavicular e a glenoumeral. Alguns autores ainda consideram outra articulação no complexo do ombro, a articulação costo-escapular, entre as costelas e a escápula, muito importante na biomecânica fisiológica do ombro. O ritmo escápulo-umeral é definido como a sequênciamdas intervenções das articulações glenoumeral e escápulo-umeral no movimento de abdução do ombro numa sequência temporal, mensurando-se a contribuição decada articulação na amplitude do movimento. 120º de movimento na articulação glenoumeral 60º de movimento na articulação escapulo costal. MÚSCULOS DO COMPLEXO DO OMBRO Os principais músculos que movimentam a articulação do ombro são: deltoide, peitoral maior, redondo maior, redondo menor, supra espinhoso, infra espinhoso, subescapular e coracobraquial.A articulação do ombro é a mais móvel de todas as articulações do corpo humano, porém a mais instável. Possui três graus de liberdade, o que permite orientar o membro superior em relação aos três planos do espaço, devido aos três eixos principais: Eixo transverso, eixo anteroposterior e o eixo longitudinal. O eixo transverso permite movimentos de flexão-extensão realizados no plano sagital, o eixo anteroposterior permite os movimentos de abdução e adução realizados no plano frontal, já o eixo longitudinal permite os movimentos de rotação medial e lateral realizados no plano transversal. MOVIMENTOS OSTEOCINEMÁTICOS E ARTROCINEMÁTICO Os movimentos denominados osteocinemáticos são os considerados fisiológicos da diáfise óssea, realizados de acordo com os planos do corpo humano. Eles são: flexão, extensão, abdução, adução, rotação interna e externa. Os movimentos artrocinemáticos são os que ocorrem no interior da articulação e eles descrevem a distensibilidade na cápsula articular permitindo que os movimentos fisiológicos ocorram ao longo da amplitude de movimento sem lesar as estruturas articulares. São eles: Giro, rolamento, deslizamento, coaptação e decoaptação. A estabilidade desta complexa articulação se dá na região anterior por meio dos ligamentos e na região posterior por meio dos grupos musculares. PADRÕES DE MOVIMENTOS IMPORTANTES ASEREM AVALIADOS REDUÇÃO DA ADM ALAMENTO ESCAPULAR TILTI ANTERIOR ABDUÇÃO ESCAPULAR ROTAÇÃO INFERIOR ADUÇÃO ESCAPULAR ELEVAÇÃO ESCAPULAR ALTERAÇÕES DO PADRÃO DE MOVIMENTO RITMO ESCÁPULO UMERAL RITMO LOMBO PÉLVICO CAILLIET (1979 p. 28), diz que: "o ritmo lombo-pélvico é um movimento simultâneo numa razão rítmica de um movimento lombar para uma rotação pélvica, consistindo no movimento global que ocorre quando uma pessoa flexiona o tronco para frente e volta à posição ereta. Movimentos importantes de serem avaliados · Harmonia entre os movimentos da: coluna, quadril, cintura pélvica, durante o movimento da flexão lombar. · Fase de descida: Coluna lombar 50%; Quadril 50% · Músculos que atuam: Paravertebrais, Quadrado Lombar, Glúteos, Ísquios Surais (fas excêntrica) · Fase subida: Movimento começa no quadril e a partir da metade do movimento a coluna começa a estender até chegar na posição inicial. · Músculos que atuam: os mesmos da descida, principalmente, extensores de quadril (glúteos estabilizadores profundos do quadril); cadeia posterior de forma concêntrica. ALTERAÇÕES DO PADRÃO DE MOVIMENTO RITMO LOMBO PÉLVICO ALTERAÇÕES DO RÍTMO LOMBO PÉLVÍCO LIMITAÇÃO DA ADM TOTAL RETIFICAÇÃO DA COLUNA EXCESSO DE ABDUÇÃO ESCAPULAR FLEXÃO PLANTAR DO TORNOZELO FLEXÃO DO JOELHO CONCENTRAÇÃO DO MOVIMENTO EM UMA ARTICULAÇÃO (COLUNA/QUADRIL) · AGACHAMENTO UNIPODAL/BIPODAL BIPODAL Padrão Normal: Angulação mínima medial de rotação de quadril em torno a 5º; alinhamento do quadril, joelho e tornozelo. · 40-60º flexão quadril; · 70-90º flexão de joelho; · 10-30ºdorsiflexão de tornozelo. Descida: A favor da gravidade, músculos que se opõem- isquiosurais e glúteos · Joelho: extensores (quadríceps); ·Tornozelo: flexores plantares (gastrocnêmicos, tibial anterior, sóleo, fibulares) Músculos que não deixam o quadril aduzir, ou o joelho aduzir (músculos que estão na região lateral de quadril (glúteo médio, mínimo, rotadores mediais). Estabilizam a região pélvica da coluna (isométrica): cintura pélvica; musculatura abdominal. LIMITAÇÃO DE ADM CONCENTRAÇÃO DO MOVIMENTO EM APENAS UMA ARTICULAÇÃO ADUÇÃO E ROTAÇÃO INTERNA DE QUADRIL ABDUÇÃO E ROTAÇÃO DE QUADRIL DESLOCAMENTO DA PELVE PARA LATERAL D/E QUEDA DO ARCO PLANTAR ALTERAÇÕES DO ACHAMENTO BIPODAL · AGACHAMENTO UNIPODAL/BIPODAL BIPODAL Extensores de Quadril (através de uma forma excêntrico); Ação do Quadríceps (excêntrica); Flexores plantares (GASTROCNEMIO, SÓLEO); Quadril (mobilizado), glúteos e isquiosurais. UNIPODAL Análise na vista anterior; verificando alterações que possam ocorrer no plano transverso e frontal. Alteração no plano transverso e frontal, faz com que o quadril gire medialmente em torno de 5º. EIAS D/E ficarem alinhadas durante o movimento, fazendo um ângulo de 90º. Ações Musculares: MOVIMENTO DE ADUÇÃO E ROTAÇÃO EXTERNA LIMITAÇÃO DA ADM ABDUÇÃO E ROTAÇÃO EXTERNA QUEDA PELVICA ADUÇÃO DE QUADRIL ALTERAÇÕES DO AGACHAMENTO UNIPODAL FLEXÃO DE OMBRO Durante o movimento de flexão de ombro o grande dorsal é estirado a ponto de tensionar suas extremidades, uma delas é a região pélvica especificamente a fáscia toraco lombar tendendo o giro anterior da pelve (tilti anterior). Os principais músculos que tendem fazer o movimento contrário de (tilti posterior) é a musculatura abdominal. Esperado no teste: tensão próxima ou igual da musculatura abdominal tracionando a pelve no sentido da retroversão à medida que o grande dorsal tensiona a pelve no sentido de antiversão. Alteração: (aumento da curvatura lombar) compensação desequilibro entre grande dorsal e musculatura abdominal. ROTAÇÃO LATERAL E MEDIAL DE OMBRO ADM: Externa 90º / Interna:70º. Alteração comum do movimento: RL (o excesso de adm, vem junto com uma diminuição de RM de ombros), no fim do movimento de apreensão pelo possível deslocamento da cabeça umeral anteriormente. É comum em pessoas com instabilidade de ombro. RM: (elevação do ombro) protusão escapular durante o movimento, isso mostra uma dificuldade de realizar o movimento, principalmente em sustentar a escapula durante o tensionamento dos músculos rotadores laterais. Concluindo, a protusão escapular acontece pelo desequilíbrio dos músculos rotadores laterais de ombro em relação aos músculos interescapulares e escapulotorácicos, tendo os músculos RL mais rígidos e os músculo escapulatoricos e interescapulares. EXTENSÃO DE JOELHO COM FLEXÃO PRÉVIA DE QUADRIL ADM: 160º Alteração: Extensão de joelho, gera aumento tensionamento dos músculos posteriores de coxa tensionando suas inserções, causando uma retroversão pélvica. O esperado é que o indivíduo consiga chegar na amplitude máxima sem a compensação de retroversão. Assim, conseguimos identificar alterações entre os músculos que realizam retroversão pélvica (posteriores da coxa) em relação a todos os músculos e tecidos que podem gerar antiversão. (ex: abdominais). ADUÇÃO DE QUADRIL ADM: 10º Alterações: Acompanhamento pélvico, ao longo da ADM, durante o movimento de adução= inclinação pélvica para o mesmo lado. Durante a abdução= elevação pélvica para o mesmo lado. O esperado durante o movimento é a pelve ficar parada ou com um pouco de movimento. O desequilíbrio dos músculos abdominais de Quadril em relação aos músculos que deveriam estabilizar em neutro como os músculos: abdominais e posteriores, durante o movimento de adução de quadril objetivo de alongar os abdutores. Durante o movimento de abdução o objetivo é alongar os adutores de quadril, os músculos adutores tracionam a pelve a musculatura abdominal não consegue fazer uma força contrária para a sustentação, a pelve acompanha o movimento, dentro da amplitude normal. Queda pélvica (falta de capacidade da musculatura extensora); Rigidez ou redução de flexibilidade dos músculos flexores de quadril que não permitem a manutenção ou sustentação do quadril em neutro durante a avaliação; Flexão Lombar: Falta da musculatura extensora (paravertebrais); Rotação pélvica contralateral: Falha de controle dos músculos rotacionais do tronco (transverso, abdominais e oblíquos), além dos glúteos homolaterais da perna queestá apoiada. FLEXÃO DE JOELHO NA POSIÇÃO DV Alteração: Antiversão pélvica, tensão com objetivo de alongar o Reto femoral durante o alongamento este gera uma tendência de antiversão, devendo ser contraposta ao movimento de retroversão pélvica pela musculatura abdominal. Caso esse equilíbrio não ocorra, à medida que o Reto Femoral é alongado ele tensiona a pelve e retroversão por estar mais rígido, tendendo ao desequilíbrio entre os músculos abdominais. ROTAÇÃO MEDIAL DO QUADRIL Causa: Excesso de rigidez de ativação dos músculos TFL, Iliopsoas, em relação aos demais flexores de quadril. Ângulo de torção da cabeça femoral: (teste de keiki) paciente em decúbito ventral, o terapeuta deve palpar o trocânter maior do fêmur realizando rotação lateral e medial de quadril, à medida que essa movimentação acontece o trocânter maior irá deslizar sobre os nossos dedos. Conclusão do teste: Trocânter maior mais proeminente (posição neutra da articulação); o- 15º (normal); acima de 15º (antiversão do colo femoral); passando de 0º (iniciando uma rotação lateral de quadril) (antiversão do colo femoral). Retroversão: posicionamento do MMII mais lateralizado, antiversão: posicionamento do MMII medializado PONTE DE QUADRIL DD Flexão de quadril (conseguir manter em neutro) Objetivo: Estabilidade central; MMSS cruzados no tronco. Após o quadril ficar em neutro: solicitar o paciente retirar uma perna, fazendo flexão de quadril unilateral. ALTERAÇÕES PONTE DE QUADRIL Excesso de extensão lombar (EXTESSO DE TENSÃO DOS PARAVERTEBRAIS) Rotação Pélvica homolateral: rigidez passiva aumentada da musculatura anterior do quadril, puxando a pelve com ele. Rotação pélvica contralateral: excesso de tensão dos paravertebrais contralaterais que giram a pelve e a coluna para o lado contralateral. Falha de ativação do glúteo: importante a palpação durante o teste (paravertebrais, glúteos posteriores de coxa). Pouca ADM da abdução de quadril; ·Flexão de quadril durante o movimento de abdução (GLUTEO MEDIO, TFL: Excesso de rigidez ativa do TFL em relação aos outros abdutores de quadril; Elevação pélvica. Completar o movimento; Giro Previvo homolateral (RM dominância do Tensor da fáscia Lata); Excesso de protusão cervical: diminuição do braço de resistência, Flexão de quadril: falta de ativação da musculatura flexora de tronco, dominância dos flexores de quadril. EXTENSÃO DE QUADRIL 15º Objetivo: avaliar a sequência de ativação dos músculos extensores e estabilizadores centrais. Posição Inicial: DV com a testa apoiada nas mãos, palpar a região paravertebral, e região glútea, ísquios. Solicitar ao paciente que retire a coxa da maca. ALTERAÇÕES ABDUÇÃO DE QUADRIL Posicionamento Inicial: DL com a perna de baixo, flexionado para melhorar a base e o suporte, posicionar a pelve e coluna em neutro. Objetivo: Alimento neutro no sentido da flexo- extensão (ABDUÇÃO NO PLANO FRONTAL Alterações: SIT UP DD Braço estendido próximo ao tronco, solicitar ao paciente a realizar uma flexão do tronco uma abdominal até tirar o ângulo inferior da escapula da maca. Observar: articulação de quadril, lombar, torácica e cervical. Quadril em neutro; estabilidade cervical, movimentação concentrada na art. Lombar e torácica. Músculos: reto oblíquos, glúteos, longo do pescoço, devem estar tensionados para que não aja compensações. Alterações: Diante desse contexto podemos concluir que os conceitos biomecânicos relacionados ao movimento do corpo humano são complexos, e de extrema necessidade de compreensão para que possamos aplicar a pratica corretamente. O movimento é um campo interconectado, cujas propriedade físicas e biológicas atuam sobre para manter a integridade do mesmo, caso haja um desequilíbrio entre os tensionamentos musculares, surgiram as possíveis compensações do movimento, se não corrigidas serão adaptadas e complicações futuras como deformidades poderão ocorrer. Por isso, cabe aos profissionais, estarem aptos, quando as principais compensações provenientes de um movimento irregular, para possíveis correções. Tudo isso, pensando prioritariamente na melhora da função do movimento, e do indivíduo, reduzindo o risco de lesões, e deformidades. AVALIAÇÃO POSTURAL Definição de postura: É um composto das posições das diferentes articulações do corpo num dado momento. Postura correta é a posição na qual um mínimo de estresse é aplicado em cada articulação (MAGEE, 2002). A postura correta consiste no alinhamento do corpo com eficiências fisiológica e biomecânicas máximas, o que minimiza os estresses e as sobrecargas sofridas ao sistema de apoio pelos efeitos da gravidade (PALMER & APLER, 2000). POSTURA PADRÃO O alinhamento esquelético ideal envolve uma quantidade mínima de esforço e sobrecarga, e conduz à eficiência máxima do corpo. Linha de gravidade: intersecção dos planos médios sagital e frontal do corpo. Fio de prumo: linha vertical-padrão para medir desvios. Envolve a identificação e a localização dos segmentos corpóreos relativos a linha de ·Deve determinar se um segmento corporal ou articulação desvia-se de um alinhamento postural ideal. Método Clássico: análise visual AVALIAÇÃO POSTURAL gravidade; Alinhamento postural Articulação do tornozelo: A linha de gravidade cai levemente anterior ao maléolo lateral e anterior ao eixo da articulação do tornozelo. Pés: os calcanhares estão separados cerca de 7,5 cm e a parte posterior de cada pé está abduzida cerca de 8 a 10 graus da linha mediana. Articulação do joelho: está em extensão e a linha da gravidade passa anterior à linha média do joelho e posterior à patela. Posição neutra da pelve: as EIAS ficam no mesmo plano horizontal, existe uma curvatura anterior normal na coluna lombar. Articulação do quadril: o quadril está em posição neutra a linha gravitacional passa através do trocânter maior eposterior ao eixo da articulação do quadril. Coluna vertebral: a linha de gravidade passa através da linha média do tronco, passa posterior ao eixo de rotação das vértebras cervicais e lombares, anterior às vértebras torácicas e através do corpo da quinta vértebra lombar. Articulação do ombro e cintura escapular: a linha de referência ideal lateral passa a meio da articulação as escápulas ficam planas contra a coluna torácica. Cabeça: a linha de gravidade da cabeça passa através do meato auditivo externo, posterior à sutura coronal e através do processo odontóide. Grau 1- estiramento ligamentar; Grau 2-lesão ligamentar parcial; Grau 3-lesão ligamentar total. Grau I: Presença de edema leve, perda funcional sutil e sem alterações na amplitude de movimento articular. Há pouca lesão ligamentar. Grau II: Entorse moderada. Geralmente a dor, edema, e a perda funcional são moderados, havendo perda de amplitude articular fisiológica. Grau III: Entorse severa. PATOLOGIAS RELACIONADAS ENTORSES A entorse de tornozelo é uma das lesões musculoesqueléticas frequentemente encontradas na população ativa, que geralmente envolve lesão dos ligamentoslaterais. Com maior incidência em mulheres jovens, podendo também está associada ao tipo de terreno, e ao esporte praticado. Relacionado a fatores intrínsecos como: limitação da ADM de dorsiflexão prévia, controle motor menor diminuído, episódios prévios, IMC e estatura, bem como fatores extrínsecos como o tipo do esporte, posicionamento, tipo do piso e do calçado. A estabilidade lateral do tornozelo é dada pelo mecanismo contensor dos ligamentos talo-fibular anterior, posterior e talo-calcâneo, associada ao terço distal da fíbula. O mecanismo de lesão habitual é a inversão do pé com flexão plantar do tornozelo, supinação, numa intensidade além do normal, que acontece geralmente ao pisar em terreno irregular ou degrau. Este movimento anômalo proporciona uma lesão que se inicia no ligamento talo-fibular anterior e pode progredir para uma lesão do ligamento calcâneo-fibular, com o aumento da energia do trauma. A lesão do ligamento talo fibular posterior é rara, ocorrendoapenas na luxação franca do tornozelo. A classificação de entorse de tornozelo é baseada no exame clínico da área afetada e divide a lesão em três tipos: PATOLOGIAS RELACIONADAS Presença de edema severo, dor, equimose, perda da função articular. Podem ser observadas amplitudes de movimentos muito limitada no tornozelo. O quadro clínico encontrado é de dor, com edema localizado na face anterolateral do tornozelo, equimose mais evidente após 48 horas e dificuldade para deambular. Quanto mais grave a lesão, mais evidentes ficam os sinais. A associação destes sintomas com o teste da gaveta anterior positivo permite caracterizar uma lesão grau 3 em 96% dos casos. O diagnóstico de entorse do tornozelo é baseado na história clínica, realização de testes específicos e exames complementares. Teste da Gaveta Anterior e Posterior Posição do paciente: sentado ou deitado com os pés para fora da maca. Descrição do teste: no teste da gaveta anterior para testar a integralidade do ligamento talo fibular anterior e a porção anterolateral da cápsula articular, o terapeuta, segura firmemente com uma mão a tíbia e com a outra mão exerce uma tração anterior no nível de calcâneo e observa o grau de deslocamento. Para a realização do teste da gaveta posterior para testar a integralidade do ligamento talo fibular posterior e porção posterior da cápsula articular, o mesmo procedimento deverá ser efetuado, mas agora a mão empurra o tálus no sentido posterior, mantendo com a outra mão a estabilidade da tíbia. Sinais e sintomas: No momento do teste é importante que o tornozelo não esteja muito edemaciado a fim de não comprometer o diagnóstico da instabilidade. Se positivo, o paciente sentirá leve dor e desconforto durante os testes de estresse anterior e posterior. O terapeuta sempre deverá comparar o grau de deslocamento com o membro oposto. TESTES ESPECÍFICOS PARA INSTABILIDADE Teste de Thompson Posição do paciente: Decúbito ventral com o joelho flexionado a 90º. Descrição do teste: O terapeuta deverá comprimir a panturrilha do paciente aproximando os ventres musculares do gastrocnêmico a fim de tracionar ou não o pé do paciente por meio do tendão do calcâneo. Em caso de ruptura do tendão calcâneo não haverá a flexão plantar, portanto o teste será positivo para ruptura completa do tendão do calcâneo. Sinais e sintomas: No momento do teste o paciente não sentirá dor. O terapeuta deverá visualizar ou não a flexão plantar para verificar se houve ruptura total ou parcial do tendão do calcâneo Teste de Pillings ou Teste da Compressão Lateral da Perna Posição do paciente: Sentado com o membro a ser testado para fora da maca. Descrição do teste: O terapeuta comprime fortemente o terço médio da fíbula contra o osso da tíbia. Como a fíbula é mais elástica ocorrerá o seu arqueamento em função da pressão exercida no seu ponto médio o que acabará por afastar a articulação da sindesmose tibiofibular distal forçando os seus ligamentos. Nesse teste será interessante o terapeuta comprimir a fíbula utilizando-se das duas mãos entrecruzando os seus dedos por trás da panturrilha. Sinais e sintomas: Dor aguda durante o teste na região anterolateral do tornozelo. INTERVENÇÃO FISIOTERAPEUTICA TORNOZELO E PÉ Proteção A carga ótima (exercício, descarga de peso) I gelo Compressão Elevação Compressão seletiva (botas de compressão); Suporte (bandagem), ajuda na estabilidade Laser de baixa intensidade (redução de dor, edema e reparo tecidual); usar fora da região de edema. Reverter melhorar (dorsiflexão reduzida: mobilizações); Massagem/drenagem (diminuição do edema): fase aguda/subaguda· Liberação miofascial (não trabalhar em cima do edema) Mobilização articular (diminuição de dor e edema) principalmente nas regiões: fíbula, tornozelo, retropé, mediopé (reposicionamento das estruturas); Nas primeiras horas, no estágio agudo é indicado aplicação do Protocolo Police, sendo este, uma atualização do protocolo PRICE que é mais antigo e constituído em proteção, repouso, gelo, compressão e elevação. A diferença entre os dois é a retirada do repouso e a inclusão de carga otimizada. As principais indicações a curto prazo para intervenções seriam: Treino e avaliação elaborada (controle de movimento adequado) Hot test: sude hop test; side hop test; crossouve hop test; squore hop test; Especificada máx. Dos exercícios funcionais Treino funcional, específico a tarefa do dia-a dia Desenvolver os testes mais específicos da tarefa Testes funcionais (hop test); Questionários de funcionalidade (pontos de corte); Progressão sobre as dificuldades (equiparar); Auto relato do paciente em relação a dor e função; Somatório das variáveis. PROGRESSÃO DO TREINAMENTO A progressão dependerá do desempenho de cada paciente, sendo este avaliado de forma individual. TREINAMENTO NEUROMUSCULAR: desenvolve controle motor e aprendizagem (propriocepção) TREINO ESPECÍFICOS DE FORÇA, ADM (equilíbrio de funções) FASE FINAL: INTERMEDIARIA Progressão sobre as disfunções ALTA: Dependerá do somatório de todos as intervenções aplicadas, bem como o desempenho do paciente sem restrição funcional. INTERVENÇÃO FISIOTERAPEUTICA TORNOZELO E PÉ FASCIOPATIA PLANTAR A fascite plantar também denominada como síndrome dolorosa subcutânea ou esporão de calcâneo teve a sua história inicialmente descrita em 1812. Trata-se de uma disfunção ortopédica comum entre indivíduos de 40 a 70 anos de idade, afetando principalmente o sexo masculino. A causa exata dessa síndrome é desconhecida. Entretanto, vários fatores podem estar envolvidos, como a inflamação da fáscia plantar provocada por evento traumático que envolva forças de tração ou cisalhamento, avulsão da fáscia plantar, fratura de estresse do calcâneo, neuropatia compressiva dos nervos plantares, esporão plantar do calcâneo e atrofia senil do coxim gorduroso plantar. Além disso, os fatores de riscos para a patologia mais citados na literatura são a diminuição da amplitude de movimento de dorsiflexão do tornozelo e alto índice de massa corpórea. Um dos mecanismos causadores da síndrome dolorosa subcutânea são as repetidas forças de tração aplicadas na face plantar do pé a cada passo que realizamos durante a marcha. Essas forças de tração quando aplicadas de forma sucessiva com intensidade elevada pode levar ao desencadeamento de uma degeneração progressiva na origem da fáscia plantar, junto à porção medial da tuberosidade do calcâneo. Esses micros traumas repetitivos na origem da fáscia plantar correlacionam-se com o desenvolvimento de periostite por tração e micro rupturas da própria fáscia que podem acarretar inflamação e dor crônica. O processo inflamatório pode ocorrer especificamente na origem da fáscia plantar e no tubérculo medial do calcâneo ou pode envolver outras estruturas, como o nervo medial do calcâneo, o nervo do músculo abdutor do quinto dedo e ou nervo tibial posterior. O exame físico do pé revela sensação dolorosa ao longo da tuberosidade medial do calcâneo. A dor pode ter como origem a porção central da fáscia plantar ou pode ser mais profunda e representar uma inflamação do nervo abdutor do quinto dedo. A fáscia plantar deve ser palpada para se determinar a área onde a dor se localiza e a possível presença de nodulações. TRATAMENTO CONSERVADOR ANTIINFLAMÁTORIOS Na grande maioria dos pacientes o tratamento conservador, sem cirurgia, é suficiente para permitir o alívio dos sintomas. O tratamento conservador deve ser direcionado para reduzir o processo inflamatório e inicialmente pode ser recomendado um curto período de repouso acompanhado de medicamentos anti-inflamatórios não hormonais (AINH). ALONGAMENTO DA FÁSCIA PLANTAR E DO MÚSCULO TRÍCEPS SURAL Há evidencias moderadas para um programa domiciliar com exercícios para alongamento da fáscia plantar. O protocolo tradicional envolve exercícios para alongamento e contração excêntricado tendão de Aquiles, feitos simultaneamente a exercícios para alongar a fáscia plantar. PALMILHAS As palmilhas tem como principais objetivos corrigir alterações biomecânicas do pé que causam estresse excessivo à fáscia. Sendo assim, palmilhas pré-fabricadas ou confeccionadas sob medida, com desenho capaz de acomodar e dar suporte ao arco longitudinal medial, além de acolchoar a região do calcanhar para reduzir a pressão do apoio, podem ser úteis como forma complementar de tratamento, desde que associadas ao programa de exercícios domiciliares para alongamento da fáscia plantar. Tais palmilhas devem ser confeccionadas com material macio (destacam-se silicone, micro espuma, feltro, plastazote ou similares). ÓRTESE NOTURNA A fisioterapia através de recursos que promovem analgesia como ultrassom e iontoforese é recomendada para o alívio do quadro álgico. Porém aqueles indivíduos que não se beneficiam destas técnicas recomenda-se a órtese noturna, visto que, mantém a fáscia plantar alongada durante todo o período de repouso noturno, uma vez que o tornozelo é posicionado em dorsiflexão enquanto o paciente dorme. TRATAMENTO CONSERVADOR TERAPIA MANUAL A terapia manual é amplamente utilizada nos centros de reabilitação e há evidências de melhora na dor e ganho de ADM em diversas condições musculoesqueléticas, como a fascite plantar, por meio de mobilização no nervo tibial, alongamento passivo do músculo tibial posterior e fortalecimentos. INTERVENÇÃO DAS FACIOPATIAS PLANTARES Alongamento de tríceps sural+ mobilização: (redução previa de dorsiflexão) e prevenção de encurtamentos. MOBILIZAÇÃO: melhora na dor e função. FORTALECIMENTO: intrínsecos do pé (foot core); estabilização central · Heavy slow resistance program (isotônico) fortalecendo dorsiflexores (treino de força lento para gerar um estimulo para fáscia se recompor). TENDINITE CALCANEA Injeção de corticosteroides Efeitos positivos a curto prazo Trofia por ondas curtas de choque Baixa qualidade metodológic Exercícios terapêutico Evidencias: Excêntricos +isotônicos (Heavy slow resistance program) +alongamento +laser +liberação miofascial, foco no tornozelo, pé e quadril: garante a estabilidade de tronco e MI. Mais comum entre homens de 30 a 35 anos, não insercional, mais prevalente 66%, 2-6 cm maior da inserção, dor após repouso. TRATAMENTO CONSERVADOR EPICONDILOPATIAS (LATERAL) Foi primeiramente relatada por Runge em 1873, no entanto, a associação com o termo “cotovelo do tenista” ocorreu apenas em 1883. Apesar da descrição clássica relacionada à prática esportiva, a afecção do cotovelo é mais comum em não atletas, principalmente na quarta e quinta década de vida, com acometimento semelhante em ambos os sexos e com mais frequência no braço dominante. Mesma incidência nos homens e mulheres, acomete pessoas entre 35 a 50 anos mais frequentes nos indivíduos não atletas a condição é inicialmente causada por inflamação secundária a uma lesão traumática direta, ou a repetidos excessos funcionais dos músculos extensores do carpo, que são inseridos no epicôndilo lateral do úmero, sendo mais frequente o acometimento do tendão extensor radial curto do carpo (ERCC). EPICONDILOPATIAS (LATERAL) Este tendão contribui para a estabilização do punho quando o cotovelo se encontra em extensão. A hiper solicitação do ERCC resulta em roturas microscópicas na inserção tendinosa no epicôndilo, causando dor na face lateral do cotovelo. Casos gravesBcom esforço excessivo e repetido também podem afetar o músculo supinador e osBmúsculos extensores do cotovelo. Podendo estar associada a incapacidade deBgerar ou absorver as forças as quais atuam em um determinado tipo de movimento, consequentemente gerando uma sobrecarga local; entretanto o equilíbrio entre a capacidade x demanda de tronco, antebraço e punho, cintura escapular deve ser analisados, podendo estar relacionado aos fatores intrínsecos prévios, devido as conexões miofasciais. Os fatores extrínsecos geralmente estão relacionados ao tipo de esporte, bem como movimentos que demandam muito daquele seguimento articular especifico. EPICONDILITE MEDIAL Epicondilite medial é semelhante à lateral, geralmente causada por atividade que coloque força valga no cotovelo ou que envolva flexionar forçadamente os músculos do antebraço vôlar, como ocorre durante um lançamento no jogo de golfe. Ocorre na origem dos tendões flexores do punho, na face do epicôndilo medial. SINAIS E SINTOMAS Os sintomas, na epicondilite lateral, inclui dor na face lateral, que pode estender-se por todoantebraço, agravada pela extensão do punho contra resistência, muitas vezes acompanhada de diminuição da força de preensão, com uma evolução gradual e crônica. Relato de Incapacidade (queixa principal) HMA (excesso de movimento, compensações de punho levando a estresse dos músculos extensores Inspeção/ Palpação local Movimento ativo e passivo Flexibilidade e força Especificidade da exposição Testes Especiais AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICO Exames de imagem podem ser solicitados com intuito de excluir outras patologias, no entanto, o diagnóstico é habitualmente clínico, obtido por anamnese e exame físico incluindo teste provocativo: • Epicondilite lateral O teste clínico específico tem o objetivo de reproduzir a dor experimentada pelo paciente. TESTE DE COZEN O teste de Cozen é realizado com o cotovelo em 90º de flexão e com o antebraço em pronação. Solicita-se ao paciente que realize a extensão ativa do punho contra a resistência imposta pelo examinador. O teste será positivo quando o paciente referir dor no epicôndilo lateral, origem da musculatura extensora do punho e dedos. TESTE MILL (ALTERNATIVO) É realizado com o punho em flexão e o cotovelo seguindo para extensão. O examinador, então, forçará o punho em hiperflexão e o paciente é orientado a resistir ao movimento. Em caso positivo, o paciente refere dor no epicôndilo lateral. Exercícios Terapêutico: principalmente mobilizações (MULLINGAN , MAUTLAND) Mulling: Trabalha mobilização e ao mesmo tempo ele gera uma compressão perpendicular na região (redistribuição de tensão na região). Laser: ganho de força de preensão e diminuição de dor Taping ou Tensor: Redistribuição de tensão; ação de mudança de sensação da ação sobre as terminações nervosas livres. Tratamento Neuromuscular Desenvolver o controle motor e aprendizag Desenvolver incapacidades específicas. Trabalhar exercícios de Forca, ADM, Equilíbrio Desenvolver o ensinamento do controle neuropsicomotor. EPICONDILITE MEDIAL Teste do golfista Realizado com o paciente em flexão de cotovelo, antebraço supinado e extensão de punho. Vagarosamente o cotovelo é estendido pelo examinador, se o paciente referir dor em origem medial é sugestivo de epicondilite. INTERVENÇÃO CONVENCIONAL Objetivos da Fisioterapia CIRÚRGICO O tratamento cirúrgico está geralmente indicado, após um período de 6-12 meses de tratamento conservador e/ou evidência de calcificação extra articular. Tinel Flexão de cotovelo Terapia Manual (especifico local) Mobilização Neural NEUROPATIAS N. ULNAR: Ocorre pela compressão/tensão exagerada na articulação na região ulnar, por alteração na região dos flexores (desvio ulnar) movimento de punho e cotovelo excessivos por atividade ou instabilidade. Causa: Radiculopatia Ulnar: sensibilidade do 5º dedo e pela metade medial do 4º dedo, bem como músculos do antebraço e mão. TESTES ESPECIAIS TRATAMENTO RADICULOPATIA RADIAL Caracterizado pela disfunção compressão/tensão relacionada aos extensão desvio radial. Movimento de punho e cotovelo excessivo por instabilidade. Comprometendo a sensibilidade ao lado radial do antebraço, dorso do punho, mão, polegar, dedo indicador e médio até as articulações interfalangianas distais. Extensores de Punho TRATAMENTO Enfatizar a mobilização de manipulação local Pronador Redondo TESTES ESPECIAIS NERVO MEDIANO (SINDROMEDO PRONADOR REDONDO) Caracterizada pelo excesso de supinação (MOVIMENTO PRONAÇÃO), ocasionada pela disfunção com compressão, geralmente associada a movimentos excessivos por atividade ou instabilidade, tendo como principal sintoma dor na região do terço médio proximal anterior do antebraço seguindo o trajeto do nervo mediano. TESTES ESPECIAIS · · SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO É definida como uma neuropatia derivada da compressão do nervo mediano contra o ligamento transverso, em consequência do espessamento do ligamento anular do carpo. Em virtude do estreitamento do compartimento do túnel do carpo, há um aumento de resistência a livre movimentação dos flexores dos dedos que por ali trafegam, podendo manifestar dor, parestesia, hiposensibilidade e sensação de fraqueza muscular no trajeto da distribuição sensorial do nervo mediano ao nível do punho, que por sua vez, ocupa a face palmar dos três dedos radiais e a metade radial do dedo anelar. A STC foi primeiramente descrita por Paget, mas foram os trabalhos de Phalen publicados em 1950, que estabeleceram os seus princípios. e do Túnel do Carpo. Etiologia Ocorre frequentemente em trabalhadores suscetíveis a tarefas de esforço repetitivo, pode ocorrer em traumas agudos e na presença de alterações anatômicas, porém em sua grande maioria a origem é considerada idiopática, mais presente em mulheres entre 40 e 60 anos. ·Fisiopatologia Pode combinar fenômenos de tensão e compressão nervosa em sua fisiopatologia, as quais, de maneira linear podem criar alterações na microcirculação sanguínea intraneural, lesões no nível da bainha de mielina e axonal, além de modificações no tecido conjuntivo de suporte. Dois locais de compressão do nervo mediano são encontrados: o proximal, decorrente da flexão do punho em virtude da alteração na espessura, na rigidez da fáscia antebraquial e na porção proximal do retináculo dos flexores; e o distal, no nível da porção mais estreita, próximo do hamato. Uma classificação anatômica e clinica foi proposta por Lundborg: Estágio precoce: Caracterizado por sintomatologia intermitente, inicial e exclusivamente noturna. Que pode inclusive, na STC idiopática, ser consequência do posicionamento do punho em flexão, aumentando a pressão intratúnel. Estágio intermediário: Sintomatologia diurna e noturna, com alterações persistentes da microcirculação, edema epineural e intrafascicular, o que provoca um aumento de pressão dos fluidos endoneurais. • · ·Radiculopatia (avaliar ombro e cervical) ·Síndrome do Desfiladeiro torácico Dor miofascial Tendinopatia do punho Artrite Reumatoide e Osteoporose Repouso parcial (órteses) Adaptações Ergonômicas (período aguado) Mobilização neural (ULTT1) e do carpo Modalidades laser, ultrassom, tens) Reforço muscular (resistência, força ou potência) Pós cirúrgico: imobilização 7 dias; 3 semanas laser e eletroestimulação ·Diagnostico Diferencial Diagnóstico Exames de imagens (radiografia, ecografia, ressonância magnética nuclear), podem ser importantes na determinação da etiologia. O exame de condução nervosa pode ser complementar, principalmente a eletroneuromiografia a qual permite estudar a condução nervosa sensitiva e motora do nervo mediano. No entanto, não há padrão ouro para o diagnóstico, e geralmente pode ser realizado por avaliação clínica e teste provocativo. Quadro Clínico Dor em mão e punho, parestesia e alterações de sensibilidade ao longo do nervo mediano. (face palmar do polegar, indicador e região radial do dedo anelar). Paciente pode relatar acroparestesia (queimação, formigamento e falta de sensibilidade), que alivia ao movimento, e ao longo do tempo dificuldade na apreensão de objetos resultantes de atrofia e fraqueza. Tratamento · EvidenciasTrabalhar ponto de gatilho Fonoforese Ondas de choque continua Corrente elétrica interferencial Limitada Exercício de mobilização tendínea e neural Mobilização articular de carpo e UlTTs Ondas de choque melhor que placebo Injeção local de corticoide: com objetivo de reduzir o volume tenossinovial, efeito direto sobre o nervo mediano. Risco de lesão permanente no nervo. Modificação da frequência e intensidade das atividades: Diminuição do excesso de atividades manuais permite alívio, mesmo que temporário. Órtese de imobilização noturna: A pressão no túnel do carpo aumenta com a extensão e a flexão do punho. A posição neutra do punho mantida com a tala deve diminuir a pressão intracanalicular. A duração do tratamento é de três semanas a três meses. Laser terapia: Entre os mecanismos terapêuticos sugeridos para esse recurso indicam o aumento da produção de ATP, incremento do consumo de oxigênio celular, elevação nos níveis de serotonina e endorfinas, e efeitos anti-inflamatórios. INTERVENÇÕES: Tratamento conservador TENS: Pode produzir analgesia por meio de estimulação de elétrica, estimulando a liberação de opiatos pelo SNC ou o mecanismo da teoria das comportas. Termoterapia por adição de calor aplicada de forma moderada: O ultrassom pulsátil pode ser indicado na fase aguda, com resultados satisfatórios na diminuição do quadro álgico, da parestesia e da dor noturna. Cinesioterapia: O alongamento da musculatura pode repercutir em diminuição do processo inflamatório pois aumenta o fluxo sanguíneo local, reduz a tensão e a compressão das estruturas com efeito sobre a dor e a parestesia. Além de manter o arco do movimento, evitando aderências. Na fase crônica, além do alongamento os exercícios ativos e resistidos também são indicados, a fim de incentivar a manutenção e o ganho de força e também resistência, proporcionando equilíbrio fisiológico entre as musculaturas e reduzindo as limitações funcionais. · Dor puntiforme no processo estilóide do rádio Dor nos movimentos de extensão e abdução do polegar Edema na região acometida Dor na realização de atividades que requeiram torção Dificuldade de preensão no movimento de pinça Pode ocorrer pequena tumoração observada no lado radial SÍNDROME DE DEQUERVAIN A tenossinovite do primeiro compartimento extensor do punho, também reconhecida como Tenossinovite de Quervain, foi descrita em uma série de casos pelo suíço Fritz De Quervain em 1895. É definida como uma inflamação dos tendões e das bainhas sinoviais do abdutor longo e extensor curto do polegar, provocando dor na realização dos movimentos de extensão e abdução. A inflamação espessa a bainha tendinosa, acarretando em compressão do tendão em seu canal de passagem, bem como constrição do seu deslizamento, devido a um traumatismo agudo à fricção repetitiva contra o retináculo extensor, onde são fixados. O acúmulo de mucopolissacarídeos na bainha dos tendões indica processo degenerativo em curso, sendo este o principal marcador histológico da patologia. Etiologia Pode ser causada por qualquer afecção que altere anatomicamente o primeiro compartimento dorsal, ou edema e espessamento dos tendões e bainhas. Os esforços repetidos que requerem abdução radial do polegar e extensão simultânea e desvio radial do punho, sobreuso das mãos e punhos em atividades laborais ou recreativas, acúmulo de microtraumas desencadeados por esforço repetitivo, podem precipitar a doença. Frequentemente está associada a trauma crônico secundário e sobrecarga das atividades diárias. Também pode ser causada pela artrite reumatóide, trauma agudo, gravidez e durante o período pós-parto. É uma das doenças osteomusculares relacionadas ao trabalho (DORT) mais frequentes da região do punho. Prevalecendo em adultos com faixa etária entre 30 e 50 anos, do sexo feminino, e por essa razão questiona-se a possível relação com variações anatômicas e fatores genéticos ligados ao sexo, visto que a patologia já era observada mesmo antes da inserção da mulher no mercado de trabalho braçal. Sinais e sintomas Fisioterapia Iniciada o mais precoce possível. A abordagem será de acordoa evolução e o estágio da patologia. O plano de tratamento geralmente utilizado em pacientes com a tenossinovite de Quervain é a tala para apoio e posicionamento imediatos das articulações do polegar e punho, evitando a flexão do polegar e o desvio ulnar, mais exercícios terapêuticos para a manutenção da amplitude de movimento, e abordagem para alivio da dor. Na fase aguda, cujo objetivo é a redução do quadro inflamatório da dor e manutenção da amplitude de movimento, recomenda-se a aplicação de crioterapia, alongamentos suaves, imobilização do polegar e punho com auxílio de tala, e afastamento das atividades desencadeantes, pelo período de seis a oito semanas. Na fase subaguda, indica-se a aplicação de calor; ultrassom pulsátil não térmico pode ser utilizado para os efeitos de cicatrização das lesões dos tendões e regeneração tecidual; fonoforese e exercícios de movimentação ativa e passiva e mobilização das articulações no limite da dor. Nesta fase, os exercícios de fortalecimento estão indicados na ausência de dor e edema, visando o condicionamento muscular, as atividades funcionais são incorporadas ao plano de tratamento, em preparação para o retorno às atividades diárias normais de acordo com o perfil de cada paciente. Tenossinovite Estenosante Mais conhecida como dedo em gatilho, é uma condição patológica caracterizada por inflamação e dor no trajeto dos tendões flexores dos dedos, associada à limitação ou bloqueio ocasional do movimento dos dedos em flexão, que manifestam um ressalto semelhante ao disparo de um gatilho ao realizar extensão, causado mais comumente por um espessamento da bainha flexora e consequente nódulo no tendão, que dificulta o mecanismo de deslizamento na polia anular A1, devido a desproporcionalidade entre os diâmetros dos tendões e o sistema de polias. Etiologia Embora possam ser desencadeados por um único episódio de trauma, geralmente, a tenossinovite estenosante é de origem idiopática. Indivíduos envolvidos em atividades manuais de esforço ou preensão repetitiva com uso de instrumentos como tesoura de jardinagem e muletas, por exemplo, são mais suscetíveis ao seu desenvolvimento. Alguns autores discutem uma possível correlação entre o uso excessivo da mão, patologias compressivas e o ressalto do dedo. Nos adultos, ocorre com mais frequência em portadores de atrite reumatoide, gota, hipotireoidismo, de distúrbios do armazenamento mucopolissacarídeos e pacientes diabéticos, como consequência de alterações do metabolismo do tecido conjuntivo. São mais frequentes no primeiro e no quarto quirodáctilo da mão dominante de mulheres, e com idades entre 50 e 59 anos. Fisiopatologia Sobre a placa volar da articulação metacarpo falangeana encontra-se a polia A1. Durante o movimento, os tendões flexores dos dedos envoltos em bainhas sinoviais deslizam suavemente pelo sistema de polias. Quando ocorre uma inflamação, o aumento do volume, devido à presença de edema, dificulta a passagem do tendão mais espesso nos túneis osteofibrosos. A diferença de tamanho entre a primeira polia anular A1 e a bainha que acomodam os flexores, geram atrito na entrada do túnel, provocando dor, perpetuação da inflamação, restrição do deslizamento dos tendões e da movimentação. O atrito é responsável também pelo aparecimento do nódulo tendinoso, que ao forçar sua penetração e passagem pelo sistema de polia, causam o ressalto durante o movimento e o travamento do dedo. A sintomatologia é mais acentuada pela manhã, devido ao aumento do edema durante a inatividade manual à noite Estalo ou ressalto doloroso ou não, na extensão ativa dos dedos; Desconforto local; Edema; Dor na região do trajeto do tendão flexor, inicialmente predominante na polia A1; Limitação da extensão ativa; Nódulo palpável na região do dedo acometido, proximal a polia A1; Posteriormente bloqueio do movimento em flexão; Incapacidade na preensão de objetos; Diagnóstico Em geral, é clínico. Segundo Green (1997), pode ser classificado de acordo com a sua sintomatologia em: Grau I: (Pré-gatilho): Somente dor local Grau II: (Ativo): Presença de gatilho, mas realiza extensão ativa do dedo Grau III: (Passivo) : IIIA: A extensão requer um movimento passivo do dedo IIIB: Incapacidade de flexionar o dedo ativamente Grau IV: (Contratura): Paciente apresenta flexão fixa em contratura Quadro clínico Tratamento Varia de acordo com o estágio, intensidade e alterações anatômicas e sintomáticas. Sintomatologia intermitente (Pré-gatilho) Repouso de atividades que requeiram preensão manual Ortese extensora utilizada durante a noite por algumas semanas (pode promover alivio temporário e até definitivo de casos leves) Exercícios leves e suaves, mantendo a mobilidade e promovendo a reabsorção do edema Termoterapia por adição de calor (utilizando bolsa térmica), pode aliviar a sintomatologia Massagem para alivio dos sintomas e redução do edema Casos mais graves Anti-Inflamatórios não esteroides: Diminuição dos sinais inflamatórios e melhora no deslizamento dos tendões Esteroides: Corticosteroides sistêmicos como betametasona, alívio intenso de dor e inflamação Esteroides injetados localmente: Podem produzir alívio temporário ou definitivo Liberação percutânea: Com agulha hipodérmica e anestesia local, realiza-se a secção da polia A1. Realizado em consultório, entretanto é um procedimento cego, capaz de causar lesões iatrogênicas. Liberação cirúrgica: Casos crônicos que não responderam ao tratamento conservador, realizado em centro cirúrgico sob anestesia adequada. Dissecção e secção longitudinal da polia A1.
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