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Acne vulgar

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ACNE VULGAR
Introdução
Distúrbio inflamatório crônico dos folículos pilossebáceos, com formação de comedões, pápulas, cistos, nódulos e pústulas que resultam, algumas vezes, em cicatrizes. Localiza-se principalmente no rosto, no peito e no dorso.
Os principais achados são hipersecreção sebácea, que torna a pele oleosa; hiperqueratose do ducto pilossebáceo, hipertrofia das glândulas sebáceas, perifoliculite e fibrose. Bactérias (Propionibacterium acnes) estão presentes no conduto pilossebáceo.
Surge na puberdade, em quase todos os jovens, de ambos os sexos. Torna-se menos ativa ou desaparece na idade adulta. Nas mulheres pode persistir até a 4a década.
Fatores de risco
•Hereditariedade
•Oleosidade na pele
•Fricção ou oclusão da superfície cutânea (“acne mecânica”)
•Clima quente e úmido
•Tensão emocional
•Modificações hormonais do ciclo menstrual
•Uso de cosméticos oleosos, incluindo cremes de limpeza e umectantes da pele
•Uso de corticoides sistêmicos e outros medicamentos (fenitoína, lítio, iodetos, brometos, dissulfiram, azatioprina, ciclosporina, inibidores do fator de crescimento epidérmico, vitaminas B2, B6 e B12)
•Contato com alcatrão, óleos e graxa, e atividades laborais (“acne ocupacional”)
•Exposição à radiação ionizante.
Manifestações clínicas
•Comedões fechados e abertos
•Pápulas, nódulos, pústulas e microabscessos
•Cicatrizes e manchas residuais
•Lesões localizadas na face, nos membros, nos ombros e nas porções superior e anteroposterior do tórax.
Formas clínicas
•Acne grau I (comedônica; Figura 46.1)
•Acne grau II (papulopustulosa)
•Acne grau III (nódulo abscedante)
•Acne grau IV (conglobata)
•Acne grau V (fulminante).
Figura 46.1 Acne: vulgar (A), comedônica (B) e conglobata (C).
Diagnóstico diferencial
•Acne rosácea
•Exposição ocupacional a alcatrão, óleos e graxa
•Foliculite
•Dermatite perioral por corticoide fluorado.
Exames complementares
Não são necessários, exceto na forma fulminante.
Comprovação diagnóstica
•Dados clínicos.
Tratamento
•Extração do comedão (só deve ser feita por profissional de saúde habilitado)
•Limpeza da pele com sabonete de enxofre, 1 ou 2 vezes/dia, para reduzir a oleosidade (lavagens muito frequentes irritam a pele e aumentam a produção de secreção)
•Bloqueadores solares sem óleo (em peles claras e sensíveis)
•Tratamento do estresse
•Nenhuma dieta especial cura a acne, mas pode auxiliar no tratamento de alguns pacientes.
 Tratamento medicamentoso
•Peróxido de benzoíla, a 5%, aplicado na pele seca, ao deitar; ou ácido retinoico 0,01 a 0,05%, creme, gel ou solução, aplicado na pele seca ao deitar; ou adapaleno 0,1%, creme ou gel, à noite; ou isotretinoína 0,05%, creme ou gel, à noite; ou ácido azelaico 15% (gel), 20% (creme), 1 vez/dia; ou eritromicina, gel ou solução a 2 ou 4%; ou clindamicina 1%, gel, 2 vezes/dia; ou azitromicina 500 mg, VO, 3 dias (descansar 7 dias). Repetir mais 2 vezes ou tetraciclina, VO, 250 mg, 6/6 h, durante 10 dias; a seguir, reduzir a dose para 2 vezes/dia durante 3 meses, ou isotretinoína, VO, 1,0 mg/kg/dia, durante 20 a 24 semanas (fármacos teratogênico e hepatotóxico, com acompanhamento clínico e laboratorial) (cura em 80% dos casos; apesar das limitações, é o melhor tratamento da acne)
•Triancinolona intralesional nas grandes lesões císticas; ou contraceptivos orais em casos selecionados.
Evolução e prognóstico
•Melhora gradual com o passar do tempo
•Cicatrizes são frequentes, sendo que as faciais podem representar importante problema estético.
Atenção 
•A acne pode ter importante impacto psicossocial
•Não existe cura rápida para a acne (qualquer tratamento leva, no mínimo, 4 semanas para obter resultado)
•Evitar automanipulação das lesões
•As manifestações clínicas da acne fulminante incluem febre, artralgias, além de dados laboratoriais (leucocitose, hemossedimentação acelerada, proteinúria)
•Em mulheres com sinais de hiperandrogenismo investigar a possibilidade de ovários policísticos.
FONTE: Clínica médica na Prática diária. Porto.

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