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ESCOLA SUPERIOR DA AMAZÔNIA CURSO DE BACHARELADO EM FARMÁCIA O USO DE ANTI-INFLAMATÓRIO NÃO ESTEROIDAL (AINE) NO BRASIL E SEUS EFEITOS ADVERSOS: uma Revisão da Literatura IVAN DA SILVA XAVIER REGIANE GIRARD DOS SANTOS ARAÚJO VIVIANE SALES DE CARVALHO BELÉM 2020 Orientadora: Profª. MSc. Rafel Quadros INTRODUÇÃO ❑ Anti-inflamatórios não esteroidais podem ser indicados, para controle da dor, febre e inflamação ❑ Uso irracional desses medicamentos e a Classe de medicamentos mais prescrita no mundo e facilidade; ❑ Reações Adversas e Interações Medicamentosa ❑ Importância do farmacêutico. PROBLEMA ❑ Como a produção científica brasileira vem evidenciando o uso dos AINEs e seus efeitos adversos? OBJETIVOS OBJETIVO GERAL ❑ Levantar bibliografia sobre o uso de AINEs no Brasil e seus efeitos adversos decorrentes do uso indiscriminado. OBJETIVOS ESPECÍFICOS ❑ Revisar a literatura acerca do uso indiscriminado dos AINEs no controle da dor aguda; ❑ Identificar a importância da Atenção Farmacêutica em relação ao uso dos AINEs; ❑ Correlacionar o uso indiscriminado dos AINEs com os efeitos adversos clássicos decorrentes do uso de AINEs. BREVE HISTÓRICO DO USO DOS AINES ❑ Mildon (2012); ❑ Monteiro et al. (2008); REFERENCIAL TEÓRICO Mildon (2012); Silva; Pereira (2016) e Boscariol et al. (2019) REFERENCIAL TEÓRICO BREVE HISTÓRICO DO USO DOS AINES Quadro 1 – Evolução histórica do uso dos Aines segundo Monteiro et al. (2008). 1899 Aspirina (AAS) 1964 Indometacina 1969 Ibuprofeno 1971 Descoberta do mecanismo de ação do AAS 1974 Diclofenaco Década de 90 COX1 e COX2 1999 e 2000 Surgimento (EUA e Brasil) dos AINES seletivos para COX2 2004 Retirada do mercado rofecoxib (COX2 seletivo) Fonte: Monteiro et al. (2008), Schallemberger; Pletsch (2014) e SILVA et al. (2014) REFERENCIAL TEÓRICO Mecanismo de ação e reações adversas dos AINES Figura 2 – Mecanismos de Ação dos AINEs Fonte: Casal Fármaco, 2021 Carvalho; Carvalho; Portela (2018) e Rankel et al. (2016) REFERENCIAL TEÓRICO Contra indicação e interação medicamentosa Quadro 3 – Mecanismo de ação, os AINEs Efeitos gastrointestinais Os efeitos adversos mais frequentes dos AINEs ocorrem ao nível do sistema gastrointestinal. Os AINEs inibem a COX 1 presente na mucosa gastrointestinal, resultando numa série de efeitos adversos com diversas gravidades, desde a dor abdominal, diarreia e dispepsia até úlceras, hemorragias gastrointestinais e perfuração. O risco de complicações é maior em pessoas com antecedentes pessoais de úlceras pépticas, hemorragias gastrointestinais, dispepsia ou intolerância; e condições como a idade avançada e o sexo masculino. Estas pessoas devem evitar o consumo de AINEs. Efeitos cardiovasculares A inibição seletiva da COX 2 faz com que haja maior risco de trombose e aumento da pressão arterial, podendo levar a um evento cárdio ou cerebrovascular, como o enfarte ou o AVC. Por isso, os AINEs devem ser utilizados apenas por pessoas com baixo risco cardiovascular, em doses baixas e no menor período de tempo possível para o alívio dos sintomas. Efeitos renais Nos doentes com insuficiência renal crónica, insuficiência cardíaca congestiva ou cirrose, os AINEs podem agravar os sintomas e levar ao desenvolvimento de disfunção renal aguda. Efeitos no sangue A COX 1 sintetiza o tromboxano A2 que apresenta um efeito pró-trombótico. Por sua vez, a COX 2 sintetiza a prostaciclina que apresenta um efeito anti-trombótico. Os efeitos hematológicos ocorrem pelo desequilíbrio imposto pela seletividade de um fármaco para determinada enzima. Como exemplo, os seletivos da COX 1 podem provocar hemorragias gastrointestinais, e os inibidores seletivos da COX 2 eventos trombóticos como o AVC. Efeitos sobre o fígado Os efeitos sobre o fígado são raros, contudo pode ocorrer aumento ligeiro transitório das enzimas hepáticas em 15% dos doentes que tomam AINEs. As pessoas com doença hepática crónica deverão ter especial cuidados na toma dos AINEs e sempre sob controlo médico, pelo risco de agravamento da doença. Fonte: Elaborado pelos autores, 2021 Arruda (2014) REFERENCIAL TEÓRICO Contra indicação e interação medicamentosa Figura 3 – Estrutura química do ibuprofeno. Fonte: Sena et al (2006) Schallemberger; Pletsch (2014); Figueiredo; Alves (2015); Lucas et al. (2019) REFERENCIAL TEÓRICO Efeitos colaterais ❑ Aparelho gastrointestinal; ❑ Gastrite; ❑ Ulceras gástricas; ❑ Disfunção plaquetária; ❑ Hemorragia e comprometimento renal. REFERENCIAL TEÓRICO Papel do farmacêutico na orientação dos AINES ❑ Carvalho; Carvalho; Portela (2018), ❑ Balestrin (2019) ❑ Paz e Ralph (2020) ❑ Arrais et al (2016), ❑ Karyna; Almeida; Jorge (2016). METODOLOGIA Tipos de estudo ➢ Será empreendida uma Revisão Integrativa da Literatura, que utilizará como fonte de coleta de dados a bibliografia; Local da pesquisa. ➢ Será utilizada as bases de dados indexadas do Public Medlines (Pubmed), Scientific Electronic Library Online (SciELO), Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Google Scholar, publicadas no período de 2015 a 2019. METODOLOGIA CRITÉRIO DE INCLUSÃO / CRITÉRIO DE EXCLUSÃO ❑ Uso de medicamentos; ❑ Anti-Inflamatórios não Esteroides, ❑ Fármacos Anti- Inflamatórios não Esteroides, ❑ Fármacos Semelhantes à Aspirina e Substâncias Similares à Aspirina . ❑ Arquivos Duplicados; ❑ Estarem fora da delimitação temporal; ❑ Não ser localizado em texto completo. RESULTADOS Figura 6 – Fluxograma da escolha dos artigos para a Revisão da Literatura Fonte: Elaborado pelos autores, 2021. RESULTADOS Gráfico 1 – Número de artigos elegíveis para Revisão da Literatura por ano Fonte: Elaborado pelos autores, 2021, DISCUSSÃO Uso indiscriminado dos ANIES ❑ Silva et al. (2019a); ❑ Silva et al. (2019b); ❑ Lima et al. (2020); ❑ Paz; Ralph (2020); DISCUSSÃO Reações adversas sobre o uso dos AINES ❑ Vieira; França (2015), ❑ Mioti; Castro (2017), ❑ Silva et al. (2020), ❑ Silva et al. (2019a) ❑ Cunha et al. (2019) DISCUSSÃO O papel do farmacêutico em relação ao uso dos AINES ❑ Lima et al. (2016); ❑ Vieira; França (2015); ❑ Paz; Ralph (2020); ❑ Mioti; Castro (2017); ❑ Lima et al. (2020); ❑ Sales; Lacerda (2017). CONCLUSÃO ❑ Eficácia e segurança dos AINEs no controle da dor aguda; ❑ AINEs é vendida livremente em drogarias sem receita; ❑ ❑ os idosos procurem fazer seu uso indiscriminadamente; ❑ atuação do farmacêutico, foi possível observar que no processo de atenção farmacêutica é necessário para prevenir danos causados pelo uso irracional dos AINEs; ❑ o profissional farmacêutico seja bem treinado para atender a população idosa. REFERÊNCIAS ALMEIDA, Paula Couto; SILVA, Denise Aparecida. ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS MAIS DISPENSADOS EM UMA FARMÁCIA DE MANIPULAÇÃO DO MUNICÍPIO DE ITAPERUNA-RIO DE JANEIRO, BRASIL. Acta Biomedica Brasiliensia, v. 4, n. 1, p. 24-35, 2013. ARRUDA, L. Karla. Classificando reações de hipersensibilidade a anti-inflamatórios não-esteroidais (AINEs) na prática clínica: uma tarefa em sete passos. Arquivos de Asma, Alergia e Imunologia, v. 2, n. 3, p. 83-86, 2014. BALESTRIN, Thaize. ANTINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDES (AINEs): A ORIENTAÇÃO DO PROFISSIONAL FARMACÊUTICO NO USO DESSES MEDICAMENTOS. FACIDER-Revista Científica, v. 13, n. 13, 2019. BANDEIRA, Vanessa Adelina Casali; DAL PAI, Camila Tais; DE OLIVEIRA, Karla Renata. Uso de anti- inflamatórios não esteroides por idosos atendidos em uma Unidade de Estratégia de Saúde da Família do município de Ijuí (RS). Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano, v. 10, n. 2, 2013. BECHAALANI, Priscila et al. Perfil dos pacientes com urticáriae angioedema por anti-inflamatórios não esteroidais do Serviço de Alergia e Imunologia do Hospital do Servidor Público do Estado de São Paulo. Arquivos de Asma, Alergia e Imunologia, v. 1, n. 2, p. 201-205, 2017. BOSCARIOL, Rodrigo et al. Conhecimentos dos Pacientes da Clínica Escola de Fisioterapia Sobre o Uso de Anti-Inflamatórios Não Esteroidais (AINE). Ensaios e Ciência, v. 23, n. 3, p. 175-179, 2019. CARVALHO, Clodevan Silva; CARVALHO, Alana Soares; PORTELA, Fernanda Santos. Uso Indiscriminado e Irracional de Antinflamatórios não Esteroidais (Aines) por Pacientes Idosos em uma Rede de Farmácias do Sudoeste da Bahia. Id on Line Revista de Psicologia, v. 12, n. 40, p. 1051-1064, 2018. REFERÊNCIAS CUNHA, Fernanda Sales et al. Tolerância ao paracetamol em crianças com hipersensibilidade não seletiva aos anti-inflamatórios não esteroidais. Arquivos de Asma, Alergia e Imunologia, v. 3, n. 2, p. 163-167, 2019. FIGUEIREDO, Washington Luís Melo; ALVES, Túlio César Azevedo. Uso dos anti-inflamatórios não esteroides no controle da dor aguda. Revista Neurociências, v. 23, n. 3, p. 463-467, 2015. KARYNA, Hellayne Karyna Oliveira Sousa Duarte; ALMEIDA, Francyellen Almeida da Silva; JORGE, Ronney Jorge de Souza Raimundo. Estudo sobre automedicação no uso de anti-inflamatórios não Esteroídes na cidade de Valparaíso de Goiás. Revista Saúde e Desenvolvimento, v. 9, n. 5, p. 142-153, 2016. KO, L. Y. K. A evolução do mercado de Anti-inflamatórios não esteroidais (AINES) e o papel do Farmacêutico frente à automedicação. 2018. Trabalho de Conclusão de Curso de Farmácia-Bioquímica – Faculdade de Ciências farmacêuticas – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2018. LIMA, Alana Silva; DE OLIVEIRA ALVIM, Haline Gerica. Revisão sobre Antiinflamatórios Não-Esteroidais: Ácido Acetilsalicílico. Revista de Iniciação Científica e Extensão, v. 1, n. Esp, p. 169-174, 2018. LIMA, Tiago Aparecido Maschio et al. Análise de potenciais interações medicamentosas e reações adversas a anti-inflamatórios não esteroides em idosos. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, v. 19, n. 3, p. 533-544, 2016. MUITO OBRIGADO!
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