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AGRAVO INTERNO

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EXCELENTÍSSIMO SR. DR. DESEMBARGADOR RELATOR DA CÂMARA DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
DO RS 
 
Agravante: DARCY RIBEIRO 
Agravado: ROBERTO CAMPOS 
Processo nº: xxx. 
 
ROBERTO CAMPOS, já qualificado, por seu advogado devidamente 
constituído, nos autos da Ação de Indenização por descumprimento 
contratual, que lhe move DANCY RIBEIRO, também já qualificado, 
inconformado com a r. decisão de fls. yy, vem, respeitosamente, à presença 
de V. Exa., com fundamento no art. 1.021 do CPC, interpor tempestivamente 
o presente 
AGRAVO INTERNO 
pelos motivos expostos: 
 
 
I – BREVE SÍNTESE DOS FATOS: 
A autora ingressou em juízo pleiteando a condenação do réu ao pagamento de quantia em 
virtude de descumprimento contratual. 
Diante do indeferimento da dilação probatória, a autora ingressou com Agravo de Instrumento. 
O recurso não foi conhecido, na forma monocrática, com base no art. 932 do CPC, ao 
fundamento de que o agravante não teria realizado a juntada da réplica apresentada pelo réu. 
 
II – DAS RAZÕES DO INCONFORMISMO: 
É obstante salientar que no caso em apreço a peça não juntada não seria essencial para o 
julgador conhecer a controvérsia. 
Conforme art. 1.017, inciso I, do CPC: 
 
Art. 1.017. “A petição de agravo de instrumento será 
instruída: 
I - Obrigatoriamente, com cópias da petição inicial, 
da contestação, da petição que ensejou a decisão 
agravada, da própria decisão agravada, da certidão 
da respectiva intimação ou outro documento oficial 
que comprove a tempestividade e das procurações 
outorgadas aos advogados do agravante e do 
agravado”. 
 
Dentre as medidas previstas, o art. 932, §único, do CPC aponta a necessidade de intimação da 
parte para correção de vício formal, reportando-se aos vícios formais e sanáveis eventualmente 
detectados, comandando ao Relator que, antes de declarar a inadmissibilidade recursal, intime a 
parte recorrente para sanar o vício apurado. 
Diz o dispositivo legal, in litteris: 
 
“Art. 932. Parágrafo único. Antes de considerar 
inadmissível o recurso, o relator concederá o prazo 
de 5 (cinco) dias ao recorrente para que seja 
sanado vício ou complementada a documentação 
exigível”. 
 
Dessarte, data maxima venia, a decisão agravada, proferida e publicada já sob a égide do 
Novo Código de Processo Civil, mostrou-se equivocada e precipitada ao inadmitir o Agravo em 
REsp de plano. 
Uma vez que, segundo o Ilmo. Relator, careceu o recurso de “documento idôneo” para 
demonstrar a ocorrência de feriado local (que levou ao adiamento do início do transcurso do 
prazo recursal), não poderia o d. Magistrado inadmitir o recurso sem antes cumprir a regra 
pragmática de concessão de prazo para que o recorrente juntasse aos autos os documentos 
hábeis a comprovar o feriado local, no encalço do art. 932, Parágrafo único, no CPC/15. 
Assim, renovando as vênias quanto à discordância com os termos do r. decisum ora agravado 
e do entendimento jurisprudencial perante este Eg. Superior Tribunal de Justiça, formado sob a 
égide do CPC/73, o agravante entende ser inteiramente necessária a revisão do posicionamento 
da Corte Superior, tendo em vista a expressa norma trazida no artigo 932, parágrafo único, do 
Código de Processo Civil ora vigente, a fim de abrir vista à parte recorrente para sanar vício formal 
ou ausência de documento que enseje inadmissão do recurso. 
 
III – DO PEDIDO: 
Diante de todo o exposto, requer: 
a) Seja reconsiderada a presente decisão, conforme previsão do art. 1.021, §2º, do CPC, de 
modo a que se dê seguimento ao presente recurso; 
b) Caso assim não entenda, que se processe a presente peça como AGRAVO INTERNO, ao qual 
seja dado provimento, para que se conheça e se proceda ao julgamento do mérito do 
AGRAVO DE INSTRUMENTO originalmente interposto por este agravante; 
c) Se negado o provimento, ao AGRAVO INTERNO, que esse E. Tribunal se manifeste, no 
acórdão, expressamente a cerca da matéria recorrida, desde já prequestionada. 
 
Nestes termos, pede deferimento. 
 
Porto Alegre.

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