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Introdução aos Primeiros Socorros e Avaliação da Vítima

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Ana Carolina Canêdo 
 
- A forma como as pessoas reagem em uma situação de emergência antes da chegada do socorro médico 
(ou serviço avançado) costuma determinar como será a recuperação das vítimas. Em casos extremos, pode 
significar a diferença entre a vida e a morte. 
- Um dos principais fundamentos dos primeiros socorros é a obtenção da assistência médica. 
- O primeiro atendimento tem como objetivo minimizar as possíveis complicações. 
 
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM: 
✓ Identificar a necessidade de socorristas devidamente preparados; 
✓ Identificar os principais objetivos dos socorristas; 
✓ Conhecer as habilidades necessárias a um socorrista; 
✓ Entender os aspectos legais relacionados ao atendimento de emergência. 
✓ Explicar quais fatores constituem negligência; 
✓ Entender como as infecções são transmitidas; 
✓ Identificar doenças infecciosas que são preocupantes em situações de emergência; 
✓ Descrever maneiras de prevenir a disseminação de doenças infecciosas em situações de 
emergência. 
 
INTRODUÇÃO 
- Primeiros Socorros → atendimento temporário (limitado até um certo ponto, que é quando precisa de um 
suporte avançado) e imediato a uma pessoa ferida ou que adoece repentinamente. 
- Também inclui reconhecer condições que põem a vida em risco e tomar as atitudes necessárias para 
manter a vítima viva e na melhor condição possível. 
 
PRINCIPAIS OBJETIVOS: 
✓ Reconhecer situações que coloquem a vida em risco; 
✓ Oferecer (providenciar) assistência médica; 
✓ Aplicar respiração e circulação artificiais quando necessário; 
✓ Controlar sangramentos e hemorragias; 
✓ Tratar outras condições que coloquem a vida em risco; 
✓ Minimizar lesões ou complicações; 
✓ Evitar infecções. 
 
CARACTERÍSTICAS DE UM SOCORRISTA/EMERGENCISTA: 
✓ Ter espírito de liderança, calma e organização mesmo sob pressão; 
✓ Orientar a equipe e os demais, planejar e executar ações; 
✓ Ganhar a confiança das pessoas presentes e fazer o possível no sentido de salvar a vítima; 
✓ Manter espectadores a uma distância segura; 
Ana Carolina Canêdo 
 
✓ Acionar ajuda. 
✓ Cuidar da sua segurança e da segurança de outras pessoas do local. 
PROCEDIMENTOS GERAIS: 
✓ Observe o local do acidente à medida que se aproxima (observar o que aconteceu); 
✓ Cuide da sua segurança e de outras pessoas no local (desviar o tráfego no local do acidente, 
sinalizar que ocorreu o acidente, desligar motores que estiverem funcionando, manter os 
espectadores a uma distância segura); 
✓ Acionar o serviço de emergência (se possível, descrever como estão as vítimas e o local de acidente 
para facilitar o serviço de emergência na hora de enviar ambulâncias); 
✓ Conseguir acesso até a vítima e verificar se há risco de vida imediato; 
✓ Fornecer suporte básico de vida às pessoas de risco e priorizar o atendimento as mais graves. 
 
OBTENDO ASSISTÊNCIA MÉDICA: 
✓ Logo após o acidente (preferencialmente nos primeiros minutos), o SRM (serviço de resgate médico) 
deve ser acionado. 
✓ Ter calma e clareza ao prestar as informações: 
▪ Localização exata da vítima ou a mais precisa possível (endereço completo, número do 
andar a do apartamento, etc). 
▪ Número de telefone que possa ser encontrado; 
▪ Qualquer informação sobre a vítima que possa ajudar na identificação e tratamento 
adequado, e que possa ajudar o atendente a enviar uma equipe e equipamentos 
adequados (exemplo: quantas pessoas envolvidas no acidente? paciente em parada? 
fratura exposta? está tendo hemorragia?); 
✓ Não incorrer no risco de algum membro da equipe tornar-se vítima; 
✓ Não devemos nos envolver em alguma situação que não ofereça segurança. 
- Após presenciar um acidente, deve-se ligar primeiro para SAMU, segundo bombeiros e terceiro polícia 
(depende do lugar). 
 
 
 
 
 
IMPORTANTE!!! 
- Se você estiver sozinho e a vítima for adulta e não estiver reagindo, acione imediatamente o SRM (chamar 
ajuda e depois iniciar o salvamento). 
- Se a vítima for uma criança ou um bebê e estiver inconsciente, realize o atendimento de salvamento por 
2 minutos antes de acionar o SEM (depois de acionar, continuar o salvamento). 
- Se não houver telefone disponível, deve-se prosseguir com o atendimento de salvamento até que seja 
possível acionar o SRM. 
 
 
BOMBEIROS → 193 
SAMU → 192 
POLÍCIA MILITAR → 190 
 
Ana Carolina Canêdo 
 
ASPECTOS LEGAIS: 
✓ Se a vítima não quiser receber ajuda, o socorrista não deve forçá-la, a não ser que a situação seja 
potencialmente fatal a ela e/ou a outras pessoas, ou caso o paciente não se encontre em juízo 
perfeito (ou seja, não tenha plena consciência de decisão), como em surtos psicóticos, sob efeito 
de álcool ou drogas – mas nesses casos, deve-se notificar e informar que o paciente não quer 
receber ajuda e esperar o SEM chegar. 
✓ Após o socorrista ter iniciado o atendimento voluntariamente, ele não deve interrompê-lo nem deixar 
o local até que seja dispensado por uma pessoa qualificada e responsável que administre o 
atendimento em um nível superior. Caso contrário (se sair do local ou interromper atendimento) será 
considerado abandono do ponto de vista legal e estará sujeito a processos judiciais. 
✓ O socorrista deve respeitar a privacidade da vítima e revelar informações confidenciais – como 
condição médica, lesões, condições físicas – apenas para quem é de interesse (não se deve falar 
para familiares, amigos, conhecidos sobre a vítima, seu nome, o motivo do acidente, o estado do 
indivíduo, etc). Respeitar a privacidade da vítima e revelar informações apenas para pessoas que 
precisem conhecê-las por razões profissionais. 
✓ Caso o socorrista presencie cenas de abuso, estupro, ferimentos causados por armas de fogo, ele 
precisa obedecer às leis locais que exijam a comunicação desses incidentes criminais específicos. 
 
“DEVER AGIR” 
- “Existe a obrigação legal de prestar socorro ou proporcionar atendimento de emergência!”. 
✓ Negligência → não agir ou agir com um descuido que poderia ter sido evitado; 
✓ Imperícia → não saber os procedimentos, mas fazer mesmo assim; 
✓ Imprudência → saber os procedimentos, mas realizá-los de maneira errada. 
- A vítima sofreu danos maiores com as ações ou omissões? 
- O socorrista agiu de maneira incomum ou seguiu os protocolos? 
- Depois que se inicia os procedimentos de primeiros socorros, o socorrista deve prosseguir com eles até que 
tenha feito tudo que lhe era possível. 
- Tipos de consentimento: 
❖ Consentimento Real (ou informado): o paciente deve estar consciente. É necessário explicar os 
cuidados que serão prestados. O consentimento oral é válido. 
❖ Consentimento Implícito: se a vítima estiver inconsciente. A lei assume que ela teria consentido o 
cuidado se estivesse vígil. 
- Indivíduos menores de idade e aqueles considerados mentalmente incapazes de tomar uma decisão bem 
definida (em casos de doença mental ou disfunção global de desenvolvimento, por exemplo) necessita de 
consentimento dos pais, tutor ou cuidador autorizado. Caso esses indivíduos encontrem-se gravemente 
feridos e seus responsáveis não estejam presentes para dar o consentimento, inicia-se o atendimento 
enquanto a equipe tenta localizá-los. 
- Se a vítima ou responsável não der o consentimento e os ferimentos ameaçam a vida, chame a polícia. 
Caso os ferimentos não ameaçarem a vida, tente convencer a vítima ou responsável a aceitar o 
atendimento e explique as consequências da falta de tratamento. Se mesmo assim o atendimento for 
recusado, certifique-se que haja testemunhas que atestem que houve recusa. 
 
 
Ana Carolina Canêdo 
 
DOENÇAS INFECCIOSAS: 
- São aquelas doenças que podem passar de uma pessoa para outra ou ser transmitidas por animais ou do 
meio ambiente para uma pessoa. 
- Todos os fluidos corporais devem ser considerados potencialmente infecciosos (saliva, sangue, secreções 
vaginais, sêmen, líquido amniótico...). 
 
REDOBRAR OS CUIDADOS SEMPRE QUE: 
✓ Lesões ouerupções na pele; 
✓ Ferimentos abertos; 
✓ Diarreia; 
✓ Vômitos; 
✓ Tosse ou espirros; 
✓ Ferimentos que drenam secreções; 
✓ Sudorese intensa; 
✓ Dor de cabeça com torcicolo – indicativo de meningite; 
✓ Aspecto ictérico (pele, olhos e mucosas) – indicativo de hepatite. 
✓ Quaisquer sinais que indiquem doenças infecciosas. 
 
SE ATENTAR PARA A SUA PROTEÇÃO: 
✓ Manter calendário vacinal sempre atualizado; 
✓ Uso correto de EPI’s (luvas, máscaras, aventais ou capotes); 
✓ Evitar tocar boca, nariz, olhos ou itens pessoais depois de 
atender o paciente e antes de lavar as mãos (mesmo tendo 
usado luvas); 
✓ Caso o socorrista possua algum ferimento é importante 
cobri-lo bem antes do atendimento; 
✓ Relatar todos os incidentes de exposição a fluidos corporais 
e procurar atendimento imediato. 
 
PATÓGENOS PARTICULARMENTE IMPORTANTES: 
- Hepatite B: infecção viral do fígado que causa uma inflamação, podendo levar a danos permanentes no 
órgão e até mesmo câncer hepático. Os sintomas assemelham-se ao da gripe, mas muitas vítimas são 
assintomáticas (podem transmitir da mesma forma). Existe vacina. 
- Hepatite C: infecção viral do fígado, mas por um vírus diferente da hepatite B, podendo levar à danos 
permanentes no órgão ou câncer hepático. Pode ter sintomas ou não, transmitindo das duas formas. Não 
há vacina ou tratamento eficazes. 
Ana Carolina Canêdo 
 
- HIV: vírus que suprime o sistema imunológico e interfere na capacidade do corpo de se defender contra 
outras doenças. Disseminado pelo contato com o sangue infectado ou hemoderivados, agulhas, urina, fezes 
contaminadas ou contato sexual. 
- Herpes: infecção viral da pele e das mucosas disseminada pelo contato com as lesões ativas (herpes 
genital também é disseminada assim). 
- Tuberculose: infecção pulmonar grave disseminada pelo ar ou por contato direto com secreções orais ou 
nasais (pessoa tossindo, cuspindo ou falando podem transmitir). 
- Meningites: infecção das meninges disseminada por água, alimentos ou ar infectados ou por contato 
direto. 
 
SEGURANÇA DO LOCAL: 
- Garantir a segurança da vítima, sua própria e das pessoas que estiverem no local. Para isso, avalie o local 
a uma distância segura. Não se envolver em situações que não ofereçam segurança, a não ser que tenha 
sido adequadamente treinado e possua equipamentos de proteção. 
 
FOGO: 
✓ Contate o corpo de bombeiros imediatamente, independente da proporção inicial do incêndio 
(pois mesmo o menor incêndio pode fugir do controle); 
✓ Jamais se aproxime de edifícios ou veículos em chamas; 
✓ Permaneça a uma distância segura do fogo e evite contato com fumaça ou vapores (também 
podem causar queimaduras). 
ESTRUTURAS INSTÁVEIS: 
✓ Materiais que podem prender ou lesionar (ferragens, pisos e tetos, paredes desmoronadas, 
escombros); 
✓ Gases tóxicos, ameaça de explosão ou incêndios; 
✓ Instabilidade em edifícios, vala, poços, minas, etc. 
 
ACIDENTES COM VEÍCULOS MOTORIZADOS: 
✓ Ao chegar ao local do acidente nunca bloqueie com seu carro o acesso de ambulâncias; 
✓ Tente sinalizar para desviar o fluxo de veículos para o mais longe possível; 
✓ Atente para vazamentos de combustíveis, materiais inflamáveis, lesivos ou perigosos. 
 
RISCOS COM ELETRICIDADE: 
✓ Em acidentes, tente visualizar se há fios elétricos soltos no local e sempre considere que podem estar 
ativos. 
✓ Contate imediatamente a companhia energética e corpo de bombeiros. 
✓ Nunca mova os fios por conta própria. 
✓ Espere que a fonte de alimentação seja desligada para se aproximar. 
✓ Nunca toque em veículo, poça d’água ou objeto em contato com fios elétricos. 
▪ Se a vítima estiver dentro de um carro que esteja em contato com fios de energia, peça-a 
que permaneça dentro do veículo até a chegada do resgate, mesmo que ela esteja 
gravemente ferida. 
✓ Mantenha as pessoas a uma distância 2x a extensão dos fios (pois os fios podem se movimentar em 
forma de chicote e eletrocutar alguém). 
Ana Carolina Canêdo 
 
ÁGUA: 
✓ Nunca entre na água (ou gelo) para resgatar alguém (a menos que tenha recebido treinamento 
específico para isso). Enquanto aguarda o resgate: 
▪ Se a vítima estiver próxima o suficiente para alcançá-lo, estenda a mão, uma vara, um galho 
e puxe-o para terra firme. 
▪ Se não puder alcançar a vítima, amarre um objeto flutuante na ponta de uma corda e 
arremesse-o à vítima (caixa de isopor, garrafa de PET ou de leite, brinquedos infláveis, etc). 
 
HOSTILIDADE E VIOLÊNCIA : 
✓ Permaneça a uma distância segura de uma vítima hostil. 
✓ Identifique-se e explique calmamente o que deseja fazer para ajudar. 
✓ Se possível peça ajuda para familiares ou amigos da vítima para tentar neutralizar a situação. 
✓ Se permanecer hostil, recue e busque ajuda. 
✓ Nunca se aproxime de uma vítima de violência (mesmo que apresente ferimentos potencialmente 
fatais) até que tenha certeza que o agressor já deixou o local. 
✓ Nunca se aproxime de uma pessoa armada que esteja ameaçando suicídio. Nesses casos, é 
importante chamar imediatamente a polícia. 
✓ Não toque em nada nem destrua qualquer evidência enquanto espera. 
 
AVALIAÇÃO DA VÍTIMA 
- Antes de tratar riscos respiratórios, circulatórios e das vias aéreas que representam risco à vida, é necessário 
identificar estes riscos por meio de uma correta, precisa e minuciosa avaliação. 
- Algumas lesões são óbvias, facilmente visíveis e podem ser orientados por um paciente vígil. Outras estão 
ocultas, e pacientes inconscientes tornam a avaliação completa de suma importância. 
 
ROTINA DE AVALIAÇÃO DA VÍTIMA: 
1. Avalie o local; 
2. Estabeleça comunicação e controle; 
3. Conduza a investigação primária; 
4. Realize o exame neurológico (breve); 
5. Determine a queixa principal; 
6. Avalie os sinais vitais; 
7. Veja se a vítima é portadora de algum tipo de identificação médica; 
8. Coletar uma história (simples); 
9. Conduza à investigação secundária. 
 
AVALIAÇÃO DO LOCAL: 
- O mais importante durante a preparação para realizar primeiros socorros é garantir sua segurança pessoal. 
Em seguida, garanta a segurança da vítima e das pessoas presentes no local. 
- Quando se avalia a segurança pessoal do local, deve-se também procurar por pistas quanto ao estado 
da vítima; à quantidade das vítimas; a quais recursos serão necessários – solicitar ajuda e repassar os detalhes 
(número de vítimas, estado delas, quais recursos serão necessários, etc). 
- O local também pode oferecer pistas quanto ao estado da vítima. 
Ana Carolina Canêdo 
 
- Número de vítimas, estado delas, quais recursos serão necessários e etc. 
- Assim: 
1. Avalie o local da ocorrência quanto à presença de situações de risco. (nunca exponha sua 
segurança); 
2. Realize o isolamento de substâncias corporais – EPIs (construa barreiras que isolem – luvas; máscara; 
jaleco e, caso não haja, usar saquinhos de plástico, toalha); 
3. Defina se a vítima está ferida ou doente - e a gravidade do (s) caso (s) → pode ser uma emergência 
clínica ou traumática; 
4. Defina o número de vítimas; 
5. Determine os recursos necessários e solicite ajuda! 
- Identificar situações de risco do local (fios de alta tensão, combustível ou líquidos inflamados, pessoa 
armada...). 
- Afastar do local até que os riscos sejam neutralizados pelos profissionais responsáveis. Ao ir se aproximando, 
tentar identificar o “mecanismo do trauma”. 
- SINALIZAR O LOCAL: triângulo de sinalização, pisca-alerta, faróis, cones, galhos de árvores, etc → impedir 
que a equipe se torna vítima também. 
- Utilizar BARREIRAS DE PROTEÇÃO contra doenças contagiosas. 
- Ao examinar e manipular a vítima, o socorrista deverá tomar as precauções para evitar a sua 
contaminação por agentes infecciosos, sangue, secreções ou produtos químicos. 
- O uso de EPI, tais como luvas descartáveis, óculos de proteção, máscaras e aventais, é essencial para a 
segurança do profissional. 
- Portanto, proteger-se de qualquercontaminação e minimizar os riscos de exposição fazendo uso das 
precauções universais é uma obrigação da pessoa que presta o socorro. Lembrar ainda que a lavagem de 
mãos deve ser feita antes e após cada atendimento. 
- RELACIONAR TESTEMUNHAS para sua própria proteção pessoal, profissional e legal enquanto prestador de 
socorro → pode ser alguém da equipe ou um civil ao redor da ocorrência. 
 
ESTABELECENDO COMUNICAÇÃO E CONTROLE: 
- Pessoas feridas diferem em relação a como reagir nos momentos de trauma. Geralmente encontram-se 
amedrontadas, zangadas, em choque... 
- Para estabelecer comunicação com elas, utilize a REGRA DOS 3 C’s: 
✓ Competência → aptidão para realizar todos os procedimentos; 
✓ Confiança → através da competência, demonstrar segurança e propriedade no que está fazendo 
e passar isso para a vítima; 
✓ Compaixão → ter empatia, sensibilizar-se com a dor do outro, conquistando a confiança da vítima. 
- Procurar pistas no local que indiquem o que ocorreu, como: comprimidos, posição da vítima, alimentos, 
fluidos corporais, marcas de derrapagem e odores diferentes. 
- Após se aproximar da vítima e ver que ela está consciente e verifique se ela responde ao que o socorrista 
pergunta: 
❖ “Meu nome é ......, sou treinado/capacitado para atender situações como a sua (situações de 
emergência). Gostaria de ajudá-lo (a). Tudo bem?” 
Ana Carolina Canêdo 
 
- Com esse contato você obtém o consentimento dela e também já se apresenta para as testemunhas do 
local. 
- Informar tudo que será feito antes de ser feito! 
- Mesmo que o paciente esteja inconsciente, é preciso se apresentar para aquela (s) pessoa (s) que será a 
testemunha. 
✓ Manter contato visual - de preferência no campo do paciente. 
✓ Usar voz calma, pausada e com clareza, tanto para a vítima quanto para civis ao redor. 
✓ Dar ordens com tranquilidade – direcionar tarefas. 
✓ Movimentar-se de forma suave e ficar em uma posição onde a vítima possa te ver sem ter que mover 
o pescoço (se possível). 
✓ Se houver várias vítimas, determinar a ordem de prioridade (sistema de triagem) – como acadêmicos 
de OS, deve-se atender pacientes que tenham maiores chances de sobrevida. 
 
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA: 
- Consiste numa análise de todas as condições que impliquem risco iminente de morte, tais como 
permeabilidade das vias aéreas (bloqueio de vias aéreas), respiração eficaz (anormal ou gasping), 
estabilidade circulatória (paciente sem pulso, com parada cardíaca), controle de grandes sangramentos e 
estabilização da coluna cervical. 
- Essa etapa inicial da avaliação deverá ser completada em 60 segundos, no máximo. 
- Imediatamente chamar ou solicitar alguém que chame o serviço de atendimento móvel, se disponível no 
local trazer o DEA (Desfibrilador Externo Automático), usar para fazer uma descarga elétrica para o paciente 
voltar ao ritmo normal→ normalmente lugares de aglomeração como shoppings e teatros, além do pronto 
socorro, corpo de bombeiros e SAMU possuem o DEA. 
- Durante a avaliação, o socorrista identifica e corrige prontamente todos os problemas que ameaçam a 
vida. 
- Se a vítima estiver consciente pergunte o que aconteceu, onde dói, lesões mais prováveis. O que a resposta 
dela indica? 
✓ Via aérea → se o paciente conseguir responder, é um sinal que as vias aéreas estão desobstruídas 
(pérvias → há trocas gasosas); 
✓ Neurológico; 
✓ Possíveis lesões. 
- No suporte avançado da vítima clínica, a sequência ABC foi 
alterada para CAB (no ACLS – Suporte Avançado de Vida em 
Cardiologia), o socorrista iniciará com as compressões caso a vítima 
não apresente pulso em suporte cardiológico. 
✓ C – compressão; 
✓ A – permeabilidade das vias aéreas – avaliação da 
respiração; 
✓ B – ventilação/respiração. 
- A maior parte dos pacientes que sofrem PCR (cerca de 40%) inicialmente apresentou Fibrilação Venticular 
– FV ou Taquicardia Ventricular – TV sem pulso. Esses são os dois ritmos desfibriláveis. 
- Diante disto as medidas imediatas são compressões e desfibrilação precoce. Com alteração da 
sequência, as manobras de compressões serão iniciadas sem atraso e a ventilação virá em seguida. 
Ana Carolina Canêdo 
 
- No suporte ao trauma permanece a sequência ABCDE (ATLS – Suporte de Vida Avançado no Trauma). 
✓ A – via aérea e estabilização da coluna vertebral: verificar se as vias aéreas estão pérvias ou se 
existem sinais de obstrução – se suspeitar de trauma da coluna e/ou obstrução das vias aéreas, os 
profissionais de saúde devem realizar a anteriorização da mandíbula. Se houver qualquer suspeita 
de uma possível lesão vertebral, fazer a estabilização manual alinhada da coluna vertebral, 
posicionado a cabeça e o pescoço da vítima em alinhamento neutro. Além disso, deve ser realizado 
a anteriorização da mandíbula. 
✓ B – respiração – ofertar oxigênio: para definir se a respiração é adequada, deve-se garantir que o 
ritmo e a profundidade da respiração estejam adequados. 
▪ Ritmo: não deve estar muito lento nem muito rápido. 
▪ Profundidade: a respiração da vítima deve ser profunda o suficiente para levar o ar para 
todas as partes dos pulmões. 
▪ Verificar se as aéreas estão pérvias ou se existem sinais de obstrução 
✓ C – circulação – compressão cardíaca e controle de hemorragias: verificar pulso (preferencialmente 
o carotídeo – não se deve demorar mais do que 10 segundos). Na ausência de pulso, iniciar de 
imediato com 30 compressões torácicas, em uma frequência de no mínimo 100 vezes por minuto, 
com profundidade de 5cm. 
✓ D – neurológico – avaliação; 
✓ E – exposição – despir o paciente para inspecionar e buscar lesões e controlar hipotermia (feito no 
hospital). 
- Vias aéreas e estabilização da coluna cervical (em vítimas de trauma, profissionais de saúde que 
suspeitarem de trauma realizar anteriorização da mandíbula). 
- Verificar se as vias aéreas estão pérvias ou se existem sinais de obstrução. 
- Circulação – O pulso está presente? Não se deve demorar mais do que 10seg – checar pulso carotídeo ou 
femoral. Na ausência de pulso, iniciar massagem cardíaca. 
 
SUPORTE BÁSICO DE VIDA: 
AVALIAR A RESPONSIVIDADE DA VÍTIMA (CHAMAR O PACIENTE) E EXPANSIBILIDADE TORÁCICA: 
- Se não responsivo e sem movimentos respiratórios, checar pulso central: 
✓ Se pulso ausente, iniciar Protocolo de PCR – parada cardiorrespiratória – realizar a ressuscitação 
cardiopulmonar (RCP); 
✓ Se pulso presente, abrir VA com manobras manuais 
(hiperextensão da cabeça e elevação do queixo) e iniciar 
suporte ventilatório – significa parada respiratória. 
✓ Se não responsivo com movimentos respiratórios: garantir a 
permeabilidade de via aérea e considerar suporte 
ventilatório – paciente inconsciente. Se responsivo, prosseguir 
avaliação. 
Suspeitar de um possível trauma da colina vertebral se a vítima: 
✓ Apresentar ferimentos na cabeça ou no pescoço; 
✓ Estiver envolvida em qualquer tipo de acidente; 
✓ Sofrer queda maior do que a própria altura; 
✓ Queixar-se de dor no pescoço ou nas costas; 
✓ Queixar-se de formigamento, dormência ou de alguma sensação incomum nos membros. 
Ana Carolina Canêdo 
 
AVALIAR PERMEABILIDADE DE VIA AÉREA (VA): 
- Se o paciente falar, a via aérea está pérvia; se o paciente estiver inconsciente, deve-se abrir as vias para 
checar. 
- Corrigir situações de risco com: hiperextensão da cabeça e elevação do queixo, cânula orofaríngea, 
aspiração e retirada de próteses, se necessário. 
AVALIAR VENTILAÇÃO: 
- Se não responsivo e sem movimentos respiratórios, checar pulso central: 
✓ padrão ventilatório; 
✓ simetria torácica; 
✓ frequência respiratória; 
✓ considerar a administração de O2. 
AVALIAR ESTADO CIRCULATÓRIO: 
- Presença de hemorragias externas de natureza não traumática – controle do sangramento; 
- Pulsos periféricos ou centrais: frequência, ritmo, amplitude, simetria; 
- Tempo de enchimento capilar → caso esteja aumentado, significa que o organismo está priorizando órgãosvitais (pulmões, coração e cérebro); 
- Pele: coloração e temperatura; 
- Na presença de sangramento ativo, considerar compressão direta, se possível. 
 
AVALIAR ESTADO NEUROLÓGICO: 
- Responsividade; 
- Reflexo pupilar (verificar se a pupila é fotorreativa e simétrica) – indica atividade cerebral; 
- ESCALA DE COMA DE GLASGOW → criada no ATLS a fim de classificar o TCE (traumatismo crânio 
encefálico) de acordo com as respostas do paciente e sua pontuação. Utiliza como parâmetro a abertura 
ocular, a resposta verbal e a resposta motora. 
Ana Carolina Canêdo 
 
Abertura ocular: 
✓ Melhor resposta: abertura ocular espontânea (4). 
✓ Pior resposta: não ocorrer a abertura dos olhos nem com estímulos (1). 
✓ Se não abrir os olhos espontaneamente, estimular chamando. Se não abrir mesmo assim, estimular 
com pressão. 
Resposta verbal: 
✓ Melhor resposta: conversa orientada (5). 
✓ Pior resposta: não verbalizar nenhuma resposta (1). 
Resposta motora: 
✓ Melhor resposta: obedecer a comandos (6). 
✓ Pior resposta: nenhuma resposta (1). 
✓ Localização do estímulo = fazer o estímulo e o paciente saber localizar verbalizando ou colocando 
a mão (5). 
✓ Flexão anormal (decorticação) = paciente encontra-se todo fletido (4). 
✓ Extensão anormal (descerebração) = paciente encontra-se todo estendido (2). 
Reatividade pupilar (subtrai pontos): 
✓ Estímulo de luz: 
▪ Se as duas pupilas reagirem: não tirar ponto. 
▪ Uma pupila tiver reatividade: -1 ponto. 
▪ Não tiver reflexo pupilar em nenhuma das pupilas: -2 pontos 
 
→ Interpretação: 
✓ 3 = Coma profundo (85% de probabilidade de morte) 
✓ 6-4 = Coma profundo; 
✓ 10-7 = Coma intermediário; 
✓ 14-11 = Coma superficial; 
✓ 15 = Normalidade. 
→ Classificação do Trauma Cranioencefálico (ATLS): 
✓ 3-8 = Grave (necessidade de intubação imediata); 
✓ 9-12 = Moderado; 
✓ 13-15 = Leve. 
- OBS: paciente embriagado ou com alterações por uso de entorpecentes/drogas = escrever os critérios que 
o paciente apresentava (não pontuar na escala de Glasgow). 
- OBS: paciente com déficit neurológico (devido a uma sequela, por exemplo), procurar saber se houve 
piora com o quadro que ela já apresentava antes, se há problemas no padrão respiratório. 
 
QUEIXA PRINCIPAL E SINAIS VITAIS: 
- Analisada somente após a avaliação primária da vítima. 
- Determinar a queixa principal. 
- Sinais (o que você vê) e sintomas (o que o paciente relata). 
- Sinais vitais. 
Ana Carolina Canêdo 
 
INVESTIGAÇÃO SECUNDÁRIA: 
- Buscar o máximo de informações possíveis relacionadas ao paciente e ao ambiente. 
 - SAMPLA: coletar informações com paciente (quando consciente), familiares ou terceiros: 
• Nome e idade; 
• Queixa principal; 
✓ S: verificação dos sinais vitais e a queixa, sinais e sintomas: 
▪ respiração (frequência, ritmo e amplitude); 
▪ pulso (frequência, ritmo e amplitude); 
▪ pressão arterial; 
▪ pele (temperatura, cor, turgor e umidade). 
✓ A: história de alergias; 
✓ M: medicamentos em uso e/ou tratamentos em curso; 
✓ P: passado médico – problemas de saúde ou doença prévia; 
✓ L: lembra da última ingestão de líquidos ou alimentos; 
✓ A: ambiente do evento. 
- Realizar a avaliação complementar: 
✓ Instalar oximetria de pulso, se disponível; 
✓ Mensurar a glicemia capilar, se disponível; 
- Realizar o exame físico da cabeça aos pés: 
✓ Cabeça e face: 
▪ Inspecionar e palpar o couro cabeludo, orelhas, ossos da face, olhos, pupilas (verificar 
diâmetro, reação à luz e simetria pupilar) nariz, boca; e observar alterações na coloração e 
temperatura da pele. 
✓ Pescoço: 
▪ Avaliar região anterior e posterior; 
▪ Avaliar, em especial, se há distensão das veias jugulares (turgência de jugulares – pode ser 
tamponamento cardíaco). 
✓ Tórax: 
▪ Musculatura acessória, tiragem intercostal fúrcula, movimentos assimétricos. 
✓ Abdome: 
▪ Observar abdome distendido. 
▪ VCM (visceromegalia), M (massas palpáveis), RH (ruídos hidroaéreos). 
✓ Membros superiores: 
▪ Pulsos distais e perfusão dos membros; 
▪ Força motora a (o socorrista pede para o paciente apertar seus dedos ou levantar os braços). 
✓ Membros inferiores: 
▪ Pulsos distais e perfusão dos membros. 
▪ Avaliar a força motora.

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