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Aula de Química Farmacêutica

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Aula de Química Farmacêutica do dia 12/08
Do ponto de vista farmacodinâmico: quando um fármaco apresenta na sua estrutura um grupamento ou átomo extremamente importante para que ele possa reconhecer o seu alvo, este é chamado de farmacóforo. E a região farmacóforo-alvo irá fazer interações ou ligações (preferencialmente) químicas, lembrando que é um processo de entalpia e entropia. 
A afinidade que a molécula tem com o alvo é relacionada ou proporcional à resposta farmacológica. Há dois parâmetros relacionados, sendo eles a potência e a afinidade: pode haver afinidade, mas não ser tão potente porque não dispara esse gatilho com tanta eficácia como outro fármaco, que pode não ter afinidade, mas uma potência muito alta porque age naquele gatilho especifico para desencadear a resposta.
Relação entre eletronegatividade e polarização: como visto anteriormente, para uma molécula ser hidrossolúvel, precisa apresentar características polares. Então, o primeiro princípio a ser estudado será a capacidade de solubilidade, porém, para que o fármaco consiga chegar ao seu local de ação, é necessário ter perfil (dependente da estrutura) que favoreça este efeito. O maior gargalo para desenvolvimento de novos fármacos está na farmacocinética, pois o organismo irá impedir que uma substância tida como estranha, adentre-o. 
A primeira barreira é de equilíbrio lipofílico hidrofílico: se a molécula for muito hidrofílica ou lipofílica, não conseguirá atravessar a barreira. Depois há os processos de distribuição, em que há alguns parâmetros a serem avaliados, como proteínas carreadoras que irão fazer a distribuição, o volume de distribuição em diferentes compartimentos, o volume sanguíneo principalmente nos órgãos de maior aporte sanguíneo e em seguida a distribuição para órgãos de menor aporte sanguíneo. E há outro parâmetro fundamental, o metabolismo: moléculas lipofílicas são melhores alvos para as enzimas de metabolização, porque o processo de metabolização consiste em transformar uma molécula lipofílica em uma molécula hidrofílica, então para que haja gasto de energia, a enzima irá procurar substratos lipofílicos.
Processo de excreção: a molécula deve ser hidrofílica o suficiente para ser eliminada pela urina, quando isso não ocorre, há o processo de secreção tubular. Como visto nos estudos de fisiologia, o processo de formação de urina consiste em três etapas: filtração glomerular, secreção tubular e reabsorção tubular, então alguns fármacos podem ser reabsorvidos durante o processo de reabsorção tubular, que ocorre quando o fármaco já iria ser eliminado, mas volta para as arteríolas e cai na corrente sanguínea. Alguns fármacos têm essa capacidade, outros não conseguem ser filtrados, passando direto mas sofrem secreção tubular, então isso depende muito da característica estrutural dos fármacos. Todos parâmetros que serão avaliados a partir de então são características da molécula. 
Para que esses fármacos sejam absorvidos, é necessário que atravessem as barreiras biológicas, e para isso eles devem se solubilizar, e através da corrente sanguínea haver a distribuição para diversos compartimentos do sistema biológico. O primeiro parâmetro para o processo de absorção do fármaco é a solubilidade. No caso das soluções, por exemplo, a forma farmacêutica é liquida. Então não há solubilidade, uma vez que já são solúveis, por este motivo, o efeito farmacológico é mais rápido e absorção é facilitada. Nas suspensões, temos partículas suspensas em veículo liquido, então essas partículas precisam serem solubilizadas para serem absorvidas. As outras formas sólidas administradas por via oral, como drágeas, pós, comprimidos, entre outros, passam pelo processo de dissolução. 
Por que a maioria dos fármacos não é comercializada em forma líquida? Há duas características importantes, sendo a primeira a segurança: uma vez que o paciente entra em contato com o fármaco que já está na forma de liquido, a absorção é mais rápida. Em casos de resposta alérgica ou reação adversa grave, a dificuldade de reverter esses efeitos é maior. Outra característica é o perfil de estabilidade química do composto ou princípio ativo, pois princípios ativos em estado solido são mais estáveis. 
Como as formas sólidas passam pela etapa de dissolução, o princípio ativo será solvatado, disperso e liberado da sua forma farmacêutica, para ser absorvido. E essas partículas, chamadas cristais, que podem ser cristais, amorfos ou pseudoamorfos. A maneira como eles se formam influencia na velocidade de solvatação. Ou seja, o tipo de cristal ou a forma da partícula irá influenciar na velocidade de dissolução. 
Fármaco genérico-> Biodisponibilidade: a concentração do fármaco, em velocidade de tempo, que estará na corrente sanguínea. Bioequivalência: a concentração do fármaco que estará no local da biofase para exercer o efeito farmacológico. Esses parâmetros devem ser iguais aos do fármaco de referência. 
A característica do estado sólido do cristal influencia na primeira etapa da farmacocinética, que é a absorção. Porque essas moléculas precisam apresentar uma forma de cristal que sejam idênticas. O que caracteriza uma molécula no estado solido?
+ energia 
+ tempo
A molécula de água deve quebrar essas interações (se houver quebra da ligação, a molécula passa a ser outra, não há quebra de ligação, apenas separação) entre as moléculas para haver a solvatação. 
Cada parte está solvatada por uma molécula de agua, usando tempo x de solvatação, podendo então serem absorvidas. Há a barreira de absorção, a membrana biológica, e cada parte poderia, agora, atravessar essa barreira, numa velocidade y de dissolução que estaria relacionada à forma de cristal. Se essas moléculas, ao invés de interagirem dessa forma, estivessem interagindo da seguinte forma:
Menos pontos de interação = velocidade de dissolução maior = absorção mais rápida. Mudando a concentração em termos de tempo, ou seja, afetaria o tempo gasto para chegar a concentração máxima. Enquanto o primeiro levaria, por exemplo 1 hora de 35 minutos, o segundo levaria cerca de 20 minutos. A importância de diferentes velocidades de absorção pode afetar ainda a janela terapêutica. No primeiro caso, há a dificuldade de se alcançar a janela terapêutica, já no segundo caso, a mesma pode inclusive ser ultrapassada. A forma do cristal influencia na velocidade de absorção, que pode levar a diferentes possibilidades de resposta farmacológica. Por este motivo, o hábito cristalino deve ser padronizado.

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