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APOL Objetiva 1 - Regular - ANÁLISE DE TEXTOS LITERÁRIOS - PROSA E POESIA

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Questão 1/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia 
Leia o fragmento de texto: 
 
“A diegese, como sucessão de eventos, comportando um ‘antes’, um ‘agora’ e um depois, é inconcebível fora do fluxo do tempo. O discurso narrativo, que 
institui o universo diegético, existe também, como sequência mais ou menos extensa de enunciados, no plano da temporalidade (aliás, como qualquer texto 
literário). Estes dois tempos, o tempo da diegese [...] e o tempo do discurso narrativo, e as suas inter-relações constituem um dos problemas mais importantes 
do romance [...]”. 
 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: SILVA, Vitor Manuel de Aguiar e. Teoria da Literatura. Coimbra: Livraria Almedina, 1999. p. 745. 
 
Partindo do fragmento textual e dos conteúdos abordados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre o “tempo” na narrativa, aponte 
a alternativa que apresenta corretamente o nome do filósofo cuja tese central é a da reciprocidade entre narratividade e temporalidade: 
Nota: 10.0 
 
A Paul Ricoeur. 
Você acertou! 
Comentário: A alternativa correta é a letra (a), pois: “O filósofo francês Paul Ricoeur dedicou-se à reflexão sobre o tempo na narrativa, 
estendendo-se em alentados três volumes, sob o título Tempo e narrativa, cuja publicação data de 1983-1985, com tradução brasileira 
de 1994-1997. Sua tese central é a da reciprocidade entre narratividade e temporalidade, quer se trate da narrativa histórica, quer se 
trate da narrativa de ficção” (livro-base, p. 164,165). 
 
B Edward Forster. 
 
C Edwin Muir. 
 
D Jean Pouillon. 
 
E Adam Abrahan Mendilow. 
 
Questão 2/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia 
Considere a seguinte citação: 
“Lírica – Grego lyrikós, cantar ao som da lira. Lira (instrumento musical de corda). A conotação do vocábulo ‘lírica’ articula-se estreitamente à sua etimologia: 
no início, designava uma canção que se entoava ao som da lira. [...] O caráter emocional da poesia lírica explicaria o consórcio com a música: esta, porque 
fluida, meramente sonora, não vocativa, não significativa, parece traduzir de modo flagrante os contornos íntimos e difusos do poeta, infensos ao vocabulário 
comum”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em MOISÉS, Massaud. Dicionário de Termos Literários. São Paulo: Editora Cultrix, 1995, p. 305-310. 
Considerando essa definição de lírica apresentada na citação e também a conceituação do termo no livro-base Análise de textos literários: poesia, analise 
as alternativas a seguir e assinale a única correta: 
Nota: 10.0 
 
A Contemporaneamente, o conceito de lírica afastou-se definitivamente da música, tendo em vista a objetividade do sujeito 
moderno. 
 
B A modernidade estabeleceu a associação entre o instrumento musical conhecido como Lira e o caráter emocional do 
exercício poético. 
 
C A Lira é um instrumento musical que, ao longo de milênios, acompanha a prática poética, sendo necessária em todas as 
suas manifestações. 
 
D O termo “lírica” pode ser compreendido como sinônimo de poesia no mundo contemporâneo, no sentido em que mantém a 
associação entre música e poesia. 
Você acertou! 
Segundo o livro-base, “com o passar dos séculos – e com o advento da escrita – a prática de composições líricas afastou-se 
significativamente da música e do acompanhamento por instrumento musical, mas manteve a estrutura de ritmo que diferencia um 
texto lírico de um texto de outra natureza” (livro-base, p. 21). 
 
E O exercício poético contemporâneo mantém as mesmas linhas de realização do mundo clássico, quando o termo “lírica” se 
formou. 
 
 
 
Questão 3/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia 
Examine o trecho de texto: 
 
“ANTI-HERÓI – Designa o protagonista de romance que apresenta características opostas às do herói do teatro clássico ou da poesia épica. Seu aparecimento 
resultou da progressiva desmistificação do herói [...]: com o despontar do romance, no século XVIII, os representantes de todas as classes sociais entraram a 
substituir os seres de eleição, semidivinos, que antes povoavam as tragédias e epopeias”. 
 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: MOISÉS, Massaud. Dicionário de termos literários. São Paulo: Cultrix, 1974. p. 29. 
 
Tendo por referência o trecho de texto e os conteúdos abordados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre a caracterização do anti-
herói, examine as sentenças que seguem e marque a alternativa que corretamente aponta um exemplo dessa figura no Romantismo brasileiro: 
Nota: 10.0 
 
A A personagem indígena Peri, em O guarani, de José de Alencar. 
 
B Augusto, o protagonista de A moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo. 
 
C Manecão, cuja noiva é “roubada” por Cirino em Inocência, de Alfredo de Taunay. 
 
D Leôncio, o grande vilão em A escrava Isaura, de Bernardo Guimarães. 
 
E Leonardo, em Memórias de um sargento de milícias, de Manuel Antônio de Almeida. 
Você acertou! 
Comentário: Está correta a alternativa (e), pois: “Carlos Reis e Ana Cristina M. Lopes ensinam que a posição do ‘anti-herói na 
estrutura narrativa é, do ponto de vista funcional, idêntica à que é própria do herói: [...] cumpre um papel de protagonista e polariza em 
torno das suas ações as restantes personagens, os espaços em que se move e o tempo em que vive’ [...]. No mesmo estudo, destaca-se 
ainda o fato de que essa figura é mais frequente na literatura pós-romântica, ainda que a encontremos em obras anteriores, como é o 
caso de Dom Quixote, protagonista da narrativa que está na proto-história do romance moderno. Na literatura brasileira, Leonardo, o 
protagonista de Memórias de um sargento de milícias, de Manuel Antônio de Almeida, de 1853, já é caracterizado como anti-herói 
[...]” (livro-base, p. 83). Nas alternativas (a), (b) e (c), temos três exemplos de heróis românticos. Finalmente, na alternativa (d), 
encontramos um exemplo de antagonista, que é o opositor do herói – e não o anti-herói. 
 
Questão 4/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia 
Leia o fragmento de texto: 
 
“Embora a expressão ‘ponto de vista’ (‘point de vue’) seja de uso comum em francês, mesmo como termo técnico da crítica literária, Jean Pouillon, ao tratar do 
assunto em obra publicada em 1946 – Temps et le Roman –, preferiu usar, nesse sentido, a palavra vision”. 
 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CARVALHO, Alfredo Leme Coelho de. Foco narrativo e fluxo da consciência: questões de teoria literária. São Paulo: Pioneira, 1981. p. 15. 
 
Partindo do fragmento textual e dos conteúdos abordados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre a tipologia proposta por Jean 
Pouillon a respeito do narrador, relacione corretamente os elementos às suas respectivas características: 
 
1. A visão “com” 
2. A visão “por detrás” 
3. A visão “de fora” 
 
( ) Nesse modo de visão, uma personagem é eleita para ocupar o centro da narrativa e identifica-se com o narrador. 
( ) Por meio dessa visão, o que o leitor sabe das personagens do romance é dado pelo personagem central. 
( ) Nesse modo de visão, a apresentação da personagem se dá pelo que se pode observar dela, sua conduta, seus predicados, como ela vive, enfim. 
( ) Nesse modo de visão, a narrativa é caracterizada pela onisciência do narrador, o qual é capaz de penetrar até mesmo na mente das personagens. 
( ) Esse modo de visão corresponde a uma narrativa baseada na observação de fatos externos. É o procedimento dominante nos romances “realistas” do 
século XIX. 
 
Agora, selecione a sequência correta: 
Nota: 10.0 
 
A 3 – 2 – 1 – 3 – 2 
 
B 1 – 1 – 3 – 2 – 3 
Você acertou! 
Comentário: A alternativa certa é a letra (b), pois a sequência 1 – 1 – 3 – 2 – 3 está correta: “Na [1] visão ‘com’, uma personagem é 
escolhida como centro da narrativa, recebendoatenção maior, ou pelo menos diferente da atribuída às demais. A preposição com é 
referente à identificação da personagem com o narrador, embora o termo não apareça nessa passagem. A centralidade não decorre de a 
personagem ser vista no centro, mas do fato de todas as demais personagens serem vistas da perspectiva dela e de as ações serem 
percebidas por ela. Daí que o reconhecimento desse tipo de romance não se dá pela maneira como é vista a personagem central, que 
não é vista efetivamente, mas pela maneira como vê as outras. De seu modo de ser depende o que o leitor sabe dos outros” (livro-base, 
p. 118). De acordo com a referida tipologia, a “[2] visão ‘por detrás’ significa visão do psiquismo da personagem. O autor distancia-se 
para vê-la por dentro. Nos termos psicanalíticos que adota, Pouillon marca a diferença entendendo a visão ‘com’ como consciência 
pura e simples, enquanto a visão ‘por detrás’ comporta o conhecimento refletido. ‘O romancista [...] não se encontra em seu personagem, 
mas sim distanciado dele; [...] a finalidade desse distanciamento é a compreensão imediata dos móveis mais íntimos que o fazem agir 
e pensar; [...] ele vê os fios que sustentam o fantoche e desmonta o homem’ [...]. Atento às possibilidades narrativas, o teórico marca 
os riscos e as fragilidades da posição, lembrando que o autor sabe tudo de antemão, mas precisa encontrar uma ordem que garanta a 
eficácia da narrativa e a atenção do leitor [...]” (p. 119,120). Por último, “a [3] visão ‘de fora’ é a apresentação da personagem pelo que 
se pode observar dela, incluindo aspecto físico, meio em que vive e também conduta, na medida em que esta é perceptível nas ações, 
no relacionamento com o mundo que a cerca, cabendo ao leitor concluir sobre seu modo de ser. O procedimento não é exclusivo de um 
estilo de época específico, mas é o dominante nos romances chamados realistas, cuja época áurea situa-se na segunda metade do século 
passado” (p. 121). 
 
C 2 – 2 – 3 – 1 – 1 
 
D 1 – 3 – 3 – 2 – 1 
 
E 2 – 1 – 2 – 1 – 3 
 
Questão 5/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia 
Considere o soneto a seguir: 
“Amor é fogo que arde sem se ver, 
é ferida que dói, e não se sente; 
é um contentamento descontente, 
é dor que desatina sem doer. 
 
É um não querer mais que bem querer; 
é um andar solitário entre a gente; 
é nunca contentar-se de contente; 
é um cuidar que ganha em se perder. 
 
É querer estar preso por vontade; 
é servir a quem vence, o vencedor; 
é ter com quem nos mata, lealdade. 
 
Mas como causar pode seu favor 
nos corações humanos amizade, 
se tão contrário a si é o mesmo Amor?”. 
Após esta avaliação, caso queira ler integralmente a coletânea em que se encontra o poema: CAMÕES, L. V. Obras completas. São Paulo: Nova Aguilar, 1963. v. 2. p. 202. 
Considerando a estrutura do soneto clássico camoniano, a temática apresentada no poema e os conteúdos do livro-base Análise de textos literários: 
poesia, assinale a alternativa correta quanto à figura de linguagem mais recorrente na composição desse poema: 
Nota: 10.0 
 
A Hipérbole, tendo em vista os exageros poéticos da composição. 
 
B Metáfora, uma vez que o sentimento amoroso não é objetivo. 
 
C Eufemismo, uma vez que há sutileza na expressão do sentimento. 
 
D Antítese, tendo em vista as contradições da experiência amorosa. 
Você acertou! 
Letra d, pois todo o soneto é construído pelas oposições que o eu-lírico percebe no sentimento amoroso. “Ao tematizar o sentimento 
amoroso, Camões investe nas antíteses, ou seja, na contradição própria da experiência do amor” (livro-base, p. 31). 
 
E Ironia, uma vez que o eu-lírico ironiza o sentimento amoroso. 
 
Questão 6/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia 
Atente para a citação: 
 
“A importância assumida pelo tempo nas obras modernas mais significativas nem por isso facilita a missão do crítico, pois que a palavra tempo reveste 
significações diferentes consoante os quadros de referência que lhe damos”. 
 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: BOURNEUF, Roland; OUELLET, Réal. O universo do romance. Trad. de José Carlos Seabra Pereira. Coimbra: Almedina, 1976. p. 170. 
 
Em conformidade com a citação e com os conteúdos apresentados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre “os problemas 
temporais da ficção”, o teórico inglês Adam Abraham Mendilow aponta três características do tempo. Analise as assertivas e indique aquela que menciona 
corretamente que características são essas: 
Nota: 10.0 
 
A Passado, presente e futuro. 
 
B Brevidade, distância e velocidade. 
 
C Transitoriedade, sequência e irreversibilidade. 
Você acertou! 
Comentário: A alternativa (c) está certa, pois: Mendilow, “no capítulo intitulado ‘Os problemas temporais da ficção’, um trecho enfeixa 
os ditos problemas: ‘A linguagem, então, é um meio formado de unidades consecutivas que constituem uma forma de expressão linear, 
a qual progride, sujeita às três características do tempo – transitoriedade, sequência e irreversibilidade. Como pode o romancista 
trabalhando em tal meio veicular uma impressão de simultaneidade, de movimento para a frente e para trás, de imobilidade? Como 
pode comunicar imediação, e o senso do fluir da vida, e a duração em todos os seus modos? [...]” (livro-base, p. 170). 
 
D Fugacidade, transcendência e perpetuidade. 
 
E Perenidade, pausa e efemeridade. 
 
Questão 7/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia 
Atente para a citação: 
 
“Consciente da natureza intrincada e fluida destes problemas – o erro de Nomi Tamir decorre, em última instância, da sua análise estritamente linguística de 
um fenômeno dependente de um sistema semiótico de segundo grau –, Genette considera que a persona do narrador não deve ser caracterizada e definida 
em função de formas gramaticais, mas em função do seu estatuto narrativo”. 
 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: SILVA, Vitor Manuel de Aguiar e. Teoria da Literatura. Coimbra: Livraria Almedina, 1999. p. 761. 
 
Em conformidade com a citação e com os conteúdos tratados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre a classificação do narrador 
segundo Gérard Genette, relacione corretamente os elementos às suas respectivas características: 
 
1. Heterodiegético 
2. Homodiegético 
3. Autodiegégico 
 
( ) É um narrador estranho à história que narra. 
( ) É ao mesmo tempo narrador e protagonista da história narrada. 
( ) É o narrador que narra sua própria experiência sem ocupar o centro da narrativa. 
( ) É um narrador que se vale predominantemente da 3ª pessoa para contar a história. 
 
Agora, selecione a alternativa que apresenta a sequência correta: 
Nota: 10.0 
 
A 2 – 1 – 3 – 2 
 
B 3 – 3 – 2 – 1 
 
C 1 – 2 – 3 – 2 
 
D 1 – 3 – 2 – 1 
Você acertou! 
Comentário: A alternativa (d) está certa, tendo em vista que a sequência 1 – 3 – 2 – 1 está correta: “A herança deixada pelos ventos 
estruturalistas, especialmente quanto à especialização do vocabulário, é bem aproveitada pela narratologia. [...] falta comentar uma 
distinção rentável para a análise literária, estabelecida pelo teórico francês Gérard Genette [...]. Trata-se da distinção entre 
narrador heterodiegético, homodiegético e autodiegético. Lembre-se que diegese é a história narrada. O [1] narrador heterodiegético 
‘relata uma história à qual é estranho, uma vez que não integra nem integrou, como personagem, o universo diegético em questão’, ou 
seja, não participa do enredo [...]. Este é o tipo de narrador mais corrente na tradição ocidental. Exprime-se predominantemente em 
terceira pessoa, ainda que a primeira pessoa possa aparecer na narrativa uma ou outra vez. [2] Homodiegético é o narrador que narra 
sua própria experiência, ou seja, é também personagem, mas personagem secundário. [3] Se aparecer na narrativa como protagonista, 
o narradorserá autodiegégico” (livro-base, p. 145,146). 
 
E 3 – 2 – 1 – 3 
 
Questão 8/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia 
Considere a citação: 
 
“[...] os teorizadores do novo romance acentuam a complementaridade tempo/espaço, resolvida no interior da narrativa a partir do ato da leitura, 
independentemente desse exterior assim neutralizado – neutralização que de certo modo traduz a negação de uma racionalidade reclamada sobretudo pela 
literatura realista”. 
 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: REIS, Carlos; LOPES, Ana Cristina M. Dicionário de narratologia. Coimbra: Livraria Almedina, 1990. p. 134. 
 
Tendo em conta a citação e os conteúdos do livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre o conceito de “cronotopo” artístico-literário, 
sabe-se que ele se refere à interligação das relações temporais e espaciais. Sendo assim, verifique as seguintes opções e marque a alternativa que aponta 
corretamente o teórico que formulou tal conceito: 
Nota: 10.0 
 
A Gaston Bachelard, em A poética do espaço. 
 
B Mikhail Bakhtin, no texto “Formas de tempo e de cronotopo no romance”, reunido em Questões de literatura e de 
estética: a teoria do romance. 
Você acertou! 
Comentário: A alternativa (b) está correta, pois: “Mikhail Bakhtin, no texto ‘Formas de tempo e de cronotopo no romance’, produzido 
em 1937-1938 e publicado como um capítulo do volume Questões de literatura e de estética: a teoria do romance, [...] propõe 
chamar cronotopo ‘à interligação fundamental das relações temporais e espaciais, artisticamente assimiladas na literatura [...]; nele é 
importante a expressão da indissolubilidade de espaço e de tempo (tempo como a quarta dimensão do espaço)’ [...]” (livro-base, p. 
193). 
 
C Michel Butor, no ensaio “O espaço no romance”, que integra o livro Repertório. 
 
D Antonio Dimas, em Espaço e romance. 
 
E Luis Alberto Brandão, em Teorias do espaço literário. 
 
Questão 9/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia 
Leia o fragmento poético a seguir: 
“As estrelas em seus halos 
Brilham com brilhos sinistros... 
[...] 
Cítolas, cítaras, sistros, 
Soam suaves, sonolentos, 
Sonolentos e suaves, 
Em suaves, 
Suaves, lentos, lamentos 
De acentos 
Graves, 
Suaves... 
[...]”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CASTRO, Eugênio de. Um sonho. In: MOISÉS, Massaud. A Literatura Portuguesa através dos textos. São Paulo: Cultrix, 1997. p. 345. 
Considerando a leitura dos versos citados e os conteúdos do livro-base Análise de textos literários: poesia, é possível perceber a repetição de um 
determinado som em todos os versos destacados. Essa repetição contribui para a consolidação do ritmo do poema. Assinale a figura de sonoridade 
responsável pela criação desse efeito rítmico no poema: 
Nota: 10.0 
 
A Assonância, a repetição de uma mesma vogal para a consolidação de um determinado ritmo. 
 
B Aliteração, a repetição de consoantes com o mesmo som para a consolidação de um determinado som. 
Você acertou! 
Letra b, pois, no fragmento citado, o som representado pelo fonema /s/ se repete mais de uma vez em todos os versos, como por 
exemplo: “Cítolas, cítaras, sistros”. “Aliteração é o processo de repetir a mesma consoante ao longo de um verso, de uma estrofe ou 
do poema todo” (livro-base, p. 116). Há outros exemplos de aliteração no livro-base (p. 116-120). 
 
C Onomatopeia, um som não articulado pela linguagem é figurado verbalmente para reforçar o ritmo. 
 
D Sinestesia, combinação de efeitos sensoriais no poema para a consolidação do ritmo. 
 
E Refrão, repetição do mesmo verso em todas as estrofes do poema para facilitar a memorização. 
 
Questão 10/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia 
Leia o seguinte excerto de um poema: 
“Elegia 1938 
Trabalhas sem alegria para um mundo caduco, ? 
onde as formas e as ações não encerram nenhum exemplo.? 
Praticas laboriosamente os gestos universais,? 
sentes calor e frio, falta de dinheiro, fome e desejo sexual.? 
Heróis enchem os parques da cidade em que te arrastas,? 
e preconizam a virtude, a renúncia, o sangue-frio, a concepção [...]”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ANDRADE, Carlos Drummond de. Sentimento do Mundo. São Paulo: Cia. das Letras, 2012/1940, p. 22. 
O poema em destaque se configura como uma elegia, o que é destacado já no título a ele atribuído, “Elegia 1938”. Considerando essa informação e os 
conteúdos do livro-base Análise de textos literários: poesia sobre modalidades poéticas, assinale a alternativa que corresponde à caracterização correta 
desse tipo de composição quanto ao seu conteúdo: 
Nota: 10.0 
 
A Composição que se inicia com um “mote” – ou motivo/tema – que será desenvolvido ao longo do poema por meio de 
“voltas”/estrofes. 
 
B Composição poética curta, que busca expressar um sentimento de forma engenhosa ou original, com destaque para o 
sentido satírico ou festivo. 
 
C Texto poético de teor melancólico e triste, com conotação de lamento, que, em alguns casos, configura-se como uma 
composição fúnebre. 
Você acertou! 
“Elegia é um tipo de composição pensada e produzida para circunstâncias de luto ou de caráter fúnebre, com teor melancólico e triste” 
(livro-base, p. 23). O tema da Elegia em destaque é melancólico e triste, associa-se à falta de sentido do mundo ao redor e à impotência 
do sujeito diante das tragédias individuais e coletivas. 
 
D Composição destinada ao canto e baseada na repetição. A mesma ideia ou frase é repetida no final de cada estrofe, 
formando o que chamamos de refrão. 
 
E Texto poético que expressa galanteio ou confissão de amor. Em sua forma clássica, apresenta-se em uma estrofe só, 
composta por seis ou dez versos.

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