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A hipófise tem origem ectodérmica, a partir do divertículo hipofisário (bolsa de Rathke), uma protuberância do teto ectodérmico do estomodeu, e do divertículo neurohipofisário, uma reentrância do neuroectoderma do diencéfalo. Dessa forma, a hipófise é composta por dois tipos diferentes de tecido: a adeno-hipófise, parte glandular derivada do ectoderma oral, e a neuoro-hipófise, parte nervosa derivada do neuroectoderma. Na 3ª semana, o divertículo hipofisário projeta-se do teto do estomodeu e cresce dorsalmente em direção ao assoalho do diencéfalo. Na 5ª semana, o divertículo hipofisário alonga-se em um crescimento inferior ventral do diencéfalo e entra em contato com o infundíbulo, derivado do divertículo neurohipofisário. O divertículo hipofisário perde sua conexão com o estomodeu e se diferencia para formar a adeno-hipófise (lobo anterior), a partir de células da superfície anterior. Um pequeno grupo de células na superfície posterior forma a parte intermediária. A porção distal do infundíbulo se diferencia para formar a neuro-hipófise. Heloá Kapor HKB Embriologia do S. Endócrino O córtex e a medula das glândulas suprarrenais apresentam origens diferentes, sendo o córtex originado do mesênquima e a medula das células da crista neural. Desenvolvimento da Hipófise Desenvolvimento da Suprarrenal Células do epitélio celômico proliferam e penetram o mesênquima subjacente formando o córtex fetal. Durante o desenvolvimento do córtex, as células da crista neural migram para a região medular e se diferenciam em células cromafins. Uma segunda onda de células que delaminam, migram e formam um córtex definitivo mais fino, circundante ao córtex fetal. No 2º mês pós-natal, grande parte do córtex fetal regride rapidamente e as células corticais definitivas restantes se organizam nas camadas da zona glomerular, zona fasciculada e zona reticular. Heloá Kapor HKBDesenvolvimento da tireoide No 2º trimestre, a camada cortical fetal cresce e secreta diidroepiandrosterona (DHEA), um hormônio convertido pela placenta para o estradiol, que é essencial para a manutenção da gravidez. Os produtos provenientes do córtex suprarrenal fetal influenciam a maturação dos pulmões, do fígado e do trato digestório e podem regular o parto. A tireoide é a primeira glândula endócrina a se desenvolver, a partir de um espessamento endodérmico mediano no assoalho da faringe primitiva. A tireoide se inicia como uma proliferação endodérmica no assoalho da faringe primitiva, na extremidade do forame cego da língua em desenvolvimento e migra até sua localização final, anterior e inferior à laringe. Sendo que a até a 5ª semana permanece conectada ao forame cego pelo ducto tireoglosso e só atinge sua localização definitiva na 7ª semana. Os corpos ultimofaríngeos, derivados da região ventral do 4º par de bolsas faríngeas, se funde com a tireóide, e suas células se dispersam dentro desta, dando origem as células parafoliculares ou C – que produzem o hormônio calcitonina. Na 7ª semana, o ducto tireoglosso se degenera e um lobo piramidal, estende-se superiormente em 50% das pessoas. Heloá Kapor HKB Desenvolvimento da paratireoide e timo Na 5ª semana, o epitélio da região dorsal da 3ª bolsa faríngea se diferencia na glândula paratireoide inferior, enquanto a região ventral forma o timo. Ambos perdem sua conexão com a parede faríngea, e o timo migra então no sentido caudal e medial, “puxando”, a glândula paratireoide inferior com ele que se posiciona na superfície dorsal da glândula tireoide. O epitélio da região dorsal da 4ª bolsa faríngea forma a glândula paratireoide superior. Quando a glândula paratireoide perde contato com a parede da faringe, ela se liga à superfície dorsal da tireoide que migra caudalmente e se torna a glândula paratireoide superior. Migração da paratireoide As glândulas paratireoides migram inferiormente para tornarem-se incrustadas na parede posterior da glândula tireoide. Os dois pares de glândulas paratireoides trocam de posição à medida que migram: as paratireoides derivadas do 3º par de bolsas faríngeas tornam-se as paratireoides inferiores, enquanto as paratireoides derivadas do 4º par de bolsas faríngeas tornam-se as paratireoides superiores. Heloá Kapor HKB Referência bibliográfica *SADLER, T.W. Embriologia Médica: Langman, 14ª Ed. Guanabara Koogan. *MOORE, K.L; PERSAUD, T.V.N; TROCHIA, M,G. Embriologia clínica, 11ª Ed. Guanabara Koogan. *SCHOENWOLF et al. Embriologia humana: Larsen, 5ª Ed. Elsevier. MOORE, K.L; PERSAUD, T.V.N; TROCHIA, M,G. Embriolaogia básica, 9ª Ed. Elsevier.
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