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MANUAL DE REPRESENTAÇÃO TEMÁTICA 2014 1

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Técnico em Biblioteca 
Edinaldo Barbosa 
 
 
 
 
2014 
Representação Temática 
 
 
 
 
 
 
 
Presidenta da República 
Dilma Vana Rousseff 
 
Vice-presidente da República 
Michel Temer 
 
Ministro da Educação 
José Henrique Paim Fernandes 
 
Secretário de Educação Profissional e 
Tecnológica 
Aléssio Trindade de Barros 
 
Diretor de Integração das Redes 
Marcelo Machado Feres 
 
Coordenação Geral de Fortalecimento 
Carlos Artur de Carvalho Arêas 
 
 
 
 
 
Governador do Estado de Pernambuco 
João Soares Lyra Neto 
 
Secretário de Educação 
José Ricardo Wanderley Dantas de Oliveira 
 
Secretário Executivo de Educação Profissional 
Paulo Fernando de Vasconcelos Dutra 
 
Gerente Geral de Educação Profissional 
Luciane Alves Santos Pulça 
 
Coordenador de Educação a Distância 
George Bento Catunda 
 
 
 
 
 
 
 
Coordenação do Curso 
Hugo Carlos Cavalcanti 
 
Coordenação de Design Instrucional 
Diogo Galvão 
 
Revisão de Língua Portuguesa 
Letícia Garcia 
 
Diagramação 
Izabela Cavalcanti 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 3 
1.COMPETÊNCIA 01 | CONHECER FUNDAMENTOS E PROCESSOS DA CLASSIFICAÇÃO, 
ANALISANDO EVOLUÇÃO E A APLICAÇÃO DA CLASSIFICAÇÃO ................................................ 5 
1.1 Histórico ................................................................................................................. 6 
1.2 Classificação ......................................................................................................... 13 
1.3 Tipos de Sistemas de Classificação ....................................................................... 16 
1.4 Como Classificar ................................................................................................... 18 
2.COMPETÊNCIA 02 | CONHECER OS TIPOS DE CLASSIFICAÇÃO BIBLIOGRÁFICA: CDD E CDU
 ................................................................................................................................................ 20 
2.1 Conceitos .............................................................................................................. 20 
2.2 Classificação Decimal de Dewey .......................................................................... 21 
2.2.1 Estrutura ............................................................................................................ 26 
2.2.2. Divisões de Forma ............................................................................................ 26 
2.2.3 Divisão Geográfica ............................................................................................. 27 
2.2.4 Divisão Filológica (Linguística) ........................................................................... 28 
2.2.5 Divisão de Forma Literária ................................................................................ 29 
2.2.6 Tabelas Suplementares da 14ª Edição .............................................................. 29 
2.3 Classificação Decimal Universal ........................................................................... 30 
2.3.1 Estrutura e Notação .......................................................................................... 31 
3.COMPETÊNCIA 03 | ENTENDER OS PRINCÍPIOS E NOTAÇÕES DA CDD E CDU ................... 35 
3.1 Notação ................................................................................................................ 35 
3.1.1 Caracteres ......................................................................................................... 35 
3.1.2 Finalidades......................................................................................................... 37 
3.1.3 Qualidades ......................................................................................................... 37 
3.1.4 Ordem ............................................................................................................... 37 
3.1.5 Expressividade ................................................................................................... 38 
3.1.6 Especificidade .................................................................................................... 38 
3.1.7 Hospitalidade e Flexibilidade ............................................................................ 39 
3.1.8 Facilidade e Brevidade ...................................................................................... 41 
3.2 Classificação Decimal de Dewey .......................................................................... 41 
3.2.1 Princípio de Hierarquia ...................................................................................... 41 
3.3 Classificação Decimal Universal ........................................................................... 42 
Sumário 
 
 
 
 
 
4.COMPETÊNCIA 04 | ORGANIZAR O ACERVO DE ACORDO COM OS TEMAS: 
CATEGORIZAÇÃO DO CONHECIMENTO .................................................................................. 48 
4.1 Classificação Decimal de Dewey .......................................................................... 49 
4.2 Classificação Decimal Universal ........................................................................... 65 
4.3 Tabela de Cutter ................................................................................................... 82 
CONCLUSÃO ........................................................................................................................... 85 
REFERÊNCIAS .......................................................................................................................... 86 
MINICURRÍCULO DO PROFESSOR ........................................................................................... 91 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
Representação Temática 
INTRODUÇÃO 
 
Prezados alunos, a Representação Temática é uma das disciplinas, na área da 
Biblioteconomia, que é fundamental para a organização dos documentos em 
um acervo. Essa organização é função primordial para o bom funcionamento 
de uma unidade informacional. Dela, vão depender os serviços de busca da 
informação e da circulação dos documentos. 
 
Em uma biblioteca, os livros e documentos, em geral, estão organizados 
segundo uma classificação, contendo uma linguagem artificial, ou seja, os 
assuntos neles contidos são representados por códigos ou símbolos, para 
facilitar ao usuário o acesso à informação com mais rapidez e precisão, para 
que isso aconteça será necessário um bom sistema de classificação. Portanto, 
o classificador deverá realizar um trabalho correto e eficaz para a garantia de 
sucesso. Para os profissionais que atuam na biblioteca, o conhecimento desse 
sistema representará a facilidade para uma arrumação rápida e constante. 
 
Apesar de o conhecimento de um sistema de classificação significar, também, 
um conjunto de saberes sobre uma diversidade de assuntos, dentro de um 
universo possível, isso não quer dizer conhecê-los especificamente, mas sim, 
conhecer suas relações e sua subordinação. É isso que veremos. 
 
Neste caderno de estudo será possível acompanharmos os princípios que 
nortearam o processo de classificação. Observaremos, ainda, que através da 
história, esse processo se tornou mais complexo e completo, com a 
contribuição de filósofos e pessoas que dedicaram grande parte de sua vida 
ao amor pelos livros e, na construção de uma nova área do conhecimento, a 
Biblioteconomia e a Ciência da Informação. 
 
 São apresentadas as diferenciações entre os sistemas de classificação e as 
maneiras como as notações são construídas, usando exemplos para melhor 
demonstrá-las. No fim da disciplina, dedicaremos maior espaço para o 
 
 
 4 
Técnico em Biblioteca 
desenvolvimento prático das notações. 
 
Esta disciplina está apresentada em quatro competências: 1. Conhecer 
fundamentose processos da classificação, analisando a evolução e a aplicação 
da classificação; 2. Conhecer os tipos de classificação bibliográfica: CDD e 
CDU; 3. Entender os princípios e notações da CDD e CDU; 4. Organizar o 
acervo de acordo com os temas: categorização do conhecimento. Através 
delas, faremos observações utilizando imagens, quadros e tabelas para 
demonstrar, na prática, como representar um assunto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
Representação Temática 
 Competência 01 
1.COMPETÊNCIA 01 | CONHECER FUNDAMENTOS E PROCESSOS DA 
CLASSIFICAÇÃO, ANALISANDO EVOLUÇÃO E A APLICAÇÃO DA 
CLASSIFICAÇÃO 
 
Quando, pela primeira vez, nos deparamos com uma coleção de livros, em 
uma biblioteca, não entendemos como os livros estão organizados em cada 
lugar. Apenas conseguimos observar números e letras em suas lombadas, mas 
que à primeira vista não significam nada para nós, não é caro (a) aluno (a)? 
Esse conjunto de números e letras faz parte de uma representação artificial 
dos conteúdos dos livros e é exatamente esse processo que vamos conhecer 
os fundamentos e a evolução. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1 – Estante de livros organizados e etiquetados de acordo com uma 
classificação 
Fonte: Verruga na gordura (2012) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2 – Exemplo de etiqueta com notação do sistema de classificação 
Fonte: Wordpress (2012) 
 
 
 6 
Técnico em Biblioteca 
 Competência 01 
O ser humano é, naturalmente, um classificador, executando esse processo de 
maneira inconsciente. “É um processo mental, habitual ao homem, pois 
vivemos automaticamente classificando coisas e ideias, a fim de compreendê-
las e conhecê-las” (PIEDADE, 1977, P. 8). A partir da própria organização social 
em classes, usando critérios de função social, o homem foi se separando e se 
organizando. Com o desenvolvimento da oralidade e da escrita, esse ser 
adquiriu o poder de representar através de sons e símbolos, coisas, ideias e 
sentimentos. 
 
1.1 Histórico 
 
Há registros históricos de pseudo classificações do século VI a. C. na Assíria, 
onde, na Biblioteca de Assurbanipal, quando a informação ainda era gravada 
em tabletes de argila, havia uma divisão bem simples entre aqueles 
destinados às ciências da terra e os das ciências do céu (PIEDADE, 1977). 
 
No século III a. C. Calimacus (ou Calímaco), chefe da Biblioteca de Alexandria e 
considerado o primeiro bibliotecário, elaborou um catálogo denominado 
Pinakes, onde havia uma divisão da coleção pelo tipo de escritores (PIEDADE, 
1977): 
 
1. Poetas: 
 
 Épicos 
 Cômicos 
 Trágicos 
 Ditirambos 
 
2. Legisladores 
 
3. Filósofos 
 
 Geométricos 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
Representação Temática 
 Competência 01 
 Matemáticos 
 
4. Historiadores 
 
5. Oradores 
 
6. Escritores de Tópicos Diversos 
 
Na era medieval, o processo de ordenação dos livros torna-se mais 
diversificado, ordenando-os por tamanho, ordem alfabética dos autores e em 
ordem cronológica (PIEDADE, 1977). 
 
A classificação, como prática consciente, nasce da necessidade de organizar 
um conjunto de coisas, de acordo com critérios, sejam eles simples como 
cores, tamanhos, formatos ou mais elaborados como o conteúdo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 3 - Aristóteles 
Fonte: Wikipédia (2012) 
 
A primeira tentativa de classificação do conhecimento de que se tem notícia 
foi desenvolvida por Aristóteles, que vigorou por aproximadamente, 2000 
anos (entre 300 a. C. e 1600 d. C.). Essa classificação dividia a ciência em três 
partes: 
 
 Teórica (visando o conhecimento de si – matemática, física e metafísica); 
 Prática (buscando o conhecimento como um guia de conduta, cujo 
 
 
 8 
Técnico em Biblioteca 
 Competência 01 
propósito é a ação – ética, política, economia e retórica); 
 Produtiva (tendo como propósito a criação de um produto – poesia e 
artes). 
 
Aristóteles estabeleceu os princípios que nortearam os sistemas de 
classificação, chamando de categorias ou predicáveis as classes gerais, essas 
seriam dez, classificadas ainda como gêneros supremos ou dez essências, 
sendo elas: 
 
1. Substância (homem, cachorro, pedra, etc.); 
2. Qualidade (azul, virtuoso, etc.); 
3. Quantidade (grande, comprido, dois quilos, etc.); 
4. Relação (mais pesado, escravo, duplo, etc.); 
5. Duração (ontem, 1070, de manhã, etc.); 
6. Lugar (aqui, Brasil, no pátio, etc.); 
7. Ação (correndo, cortando, falando, etc.); 
8. Paixão ou Sofrimento (derrotado, cortado, etc.); 
9. Maneira de ser (saudável, febril, etc.); 
10. Posição (horizontal, sentado, etc.). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 4 – Johannes Gutenberg 
Fonte: imprensasociedade.blogspot.com.br 2012 
 
No século IV, o filósofo grego Porfírio desenvolveu uma classificação do 
conhecimento baseada no princípio da oposição, chamada de classificação 
dicotômica onde, para cada ramo do conhecimento, havia outro de oposição. 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
Representação Temática 
 Competência 01 
Um dos instrumentos conhecidos dessa classificação é a Árvore de Porfírio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 5 – Estrutura da Árvore de Porfírio 
Fonte: http://educacao.uol.com.br/biografias/porfirio.jhtm (2012) 
 
A partir do advento da imprensa, no século XV, quando Gutenberg desenvolve 
uma tecnologia denominada de prensa móvel, ocorre a chamada explosão 
bibliográfica, e a necessidade de organizar todo o conjunto de obras torna-se 
fundamental. 
 
No século XVI, Konrad Von Gesner publica a obra Bibliotheca Universalis, 
considerada por Edward Edwards a primeira classificação bibliográfica. 
Baseando-se no trivium e quadrivium, considerava a filosofia como sendo a 
totalidade do conhecimento, apresentando para ela 21 subdivisões (PIEDADE, 
1977): 
 
FILOSOFIA 
 Ciências preparatórias 
 Necessárias 
 Sermoniais 
 1. Gramática e filologia 
 2. Dialética 
 3. Retórica 
 
 
 10 
Técnico em Biblioteca 
 Competência 01 
 4. Poética 
 Matemática 
 5. Aritmética 
 6. Geometria, Ótica, etc. 
 7. Música 
 8. Astronomia 
 9. Astrologia 
 Ornamentais 
 10. Adivinhação e Mágica 
 11. Geografia 
 12. História 
 13. Artes Mecânicas 
 Substanciais 
 14. Filosofia Natural 
 15. Metafísica 
 16. Moral 
 17. Economia 
 18. Política civil e Militar 
 19. Jurisprudência 
 20. Medicina 
 21. Teologia cristã 
 
No século XIX, surge a Classificação de Melvil Dewey, inspirada na divisão do 
conhecimento humano de William Harris, que se baseava na inversão da 
classificação de Francis Bacon. A classificação de Dewey será vista com mais 
detalhes mais adiante. Veja o quadro comparativo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
Representação Temática 
 Competência 01 
Francis Bacon 
(1605) 
 
Inversão 
 
Harris 
(1870) 
Dewey 
(1876) 
Faculdades 
Mentais 
Classes 
 
 
Classes 
 
Classes 
 
Memória 
 
História 
Natural 
Civil 
Filosofia 
 
Ciências 
Filosofia 
Religião 
Ciências sociais e 
políticas 
Ciências Naturais 
Generalidades 
Religião 
Ciências Sociais 
Imaginação 
 
Poesia 
Narrativa 
Dramática 
Parabólica 
Poesia 
 
Artes 
Belas Artes 
Poesia 
Ficção 
Literatura 
Miscelânea 
Belas Artes 
Literatura 
Razão 
 
Filosofia 
Divina 
Natural 
Humana 
Teologia 
História 
 
História 
Geografia e viagens 
História Civil 
Biografia 
Miscelânea 
História 
Geografia e viagens 
Biografia 
História /Civil 
Figura 6– Quadro comparativo entre classificações 
Fonte: Piedade, 1977, p. 65. 
 
O sistema criado por Dewey foi pioneiro no uso de números decimais para 
classificação dos documentos, utilizando-os para comportar muitas divisões. 
Nele, o conhecimento encontra-se dividido em 10 classes. Cada uma delas 
podendo ser subdivididas diversas vezes. 
 
Classe 000 Obras gerais 
Classe100 Filosofia 
Classe 200 Religião 
Classe 300 Ciências Sociais 
Classe 400 Linguística 
Classe 500 Ciências Puras 
Classe 600 Ciências Aplicadas 
Classe 700 Belas Artes 
Classe 800 Literatura 
 
 
 12 
Técnico em Biblioteca 
 Competência 01 
Classe 900 Geografia. Biografia. História 
 
Charles Ammi Cutter, mostrando-se insatisfeito com o sistema decimal de 
Dewey, desenvolve a chamada Expansive Classification, na qual, os assuntos 
são representados por letras. Ele foi pioneiro no uso de subdivisões comuns 
de forma e geográficas, ou seja, utilizando as letras que significavam formas e 
locais, em outros assuntos. Suas classes: 
 
A Obras Gerais 
B Filosofia 
BR Religião 
C Religiões judaica e Cristã 
D Histórias eclesiásticas 
E Biografia 
F História 
G Geografia e Viagens 
H Ciências Sociais 
I Sociologia 
J Governo e Política 
K Legislação. Direito 
L Ciências em Geral 
M História Natural em Geral. Geologia. Biologia 
N Botânica 
O-P Zoologia. Antropologia 
Q Medicina 
R Artes Úteis 
S Engenharia e Edificação 
T Manufaturas 
U Artes Defensivas e Preservativas 
V Artes Recreativas. Esportes. Teatro. Música 
W Belas Artes 
X Língua 
Y Literatura 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
Representação Temática 
 Competência 01 
YF Ficção 
Z Arte do Livro 
 
Em 1905, é publicado o sistema de Classificação Decimal Universal (CDU), 
considerado o segundo, em maior importância dos sistemas bibliográficos, 
criado por Paul Otlet e Henri de La Fontaine. Baseado na Classificação de 
Dewey (CDD), diferenciando-se por não conter uma classe quatro, essa 
permanece vazia. Ela utiliza em sua notação sinais gráficos. Principais classes: 
 
0 Generalidades 
1 Filosofia 
2 Religião. Teologia 
3 Ciências Sociais 
5 Ciências Puras 
6 Ciências Aplicadas 
7 Belas artes. Divertimentos. Desportos 
8 Linguística e Literatura 
9 Geografia. Biografia. História 
 
Em 1933, Ranganathan publica o seu sistema da classificação, denominado de 
Classificação de Dois Pontos, destacando-se por ser “inteiramente sintético, 
em que os assuntos são apresentados em listas de facetas e, cabe ao 
classificador, construir os números de classificação, segundo uma fórmula 
apresentada no início da classe” (PIEDADE, 1977, p. 68). 
 
1.2 Classificação 
 
De acordo com Barbosa (1969), por muito tempo, os livros eram arrumados 
apenas com o sentido de sua preservação, já que não tinham a preocupação 
de serem consultados por um grande número de pessoas. Até então, as 
coleções eram agrupadas por sistemas filosóficos ou práticos. Apenas quando 
surgem as bibliotecas universitárias, no século XIX, é que, de fato, cresce a 
necessidade de uma arrumação sistemática nas estantes pela condição, agora, 
 
 
O advogado Paul 
Otlet e o professor 
e político Henri La 
Fontaine, esses 
belgas, 
aproximados pelo 
interesse 
bibliográfico que 
tinham em comum, 
compreendendo a 
necessidade de 
melhorar a 
organização para 
controlar a 
bibliografia foram 
responsáveis por 
organizar uma 
bibliografia 
universal, intitulada 
Repertoire 
Bibliographique 
Universel. 
(PIEDADE, 1977). 
 
 
 
 14 
Técnico em Biblioteca 
 Competência 01 
do livre acesso aos livros. 
 
Esse rompimento de paradigma fez com que vários filósofos concebessem 
grandes agrupamentos, que sempre variavam de acordo com o conceito de 
cada filósofo. 
 
A definição de classificação é variada, (BARBOSA, 1969, p.13), em lógica, ela é 
“um processo mental pelo qual coisas, seres ou pensamento são reunidos, 
segundo as semelhanças ou diferenças que apresentam”. 
 
Classificar pode ser, ainda, de acordo com (PIEDADE, 1977, P. 8), “dividir em 
grupos ou classes, segundo as diferenças e semelhanças. É dispor os 
conceitos, segundo suas semelhanças e diferenças, em certo número de 
grupos metodicamente distribuídos”. Exemplo: os seres vivos compreendem 
um conjunto de espécimes vegetais e animais; os animais podem ser racionais 
e irracionais; os racionais podem ser homens e mulheres. Quando realizamos 
essa atividade, estamos classificando. Nota-se que partimos sempre de uma 
semelhança para encontrarmos uma diferença. 
 
Se analisarmos um conjunto de 100 livros (livros=semelhança) e separarmos 
pela cor, predominante na capa (cor=diferença) encontraremos algumas 
subdivisões, pois existirão aqueles de cor vermelha, verde, azul, etc. 
 
Outros conceitos de classificação são o de (SAYERS, apud PIEDADE, 1977, p. 8) 
“ato ou a arte de determinar o lugar no qual uma coisa (objeto, ideia, 
documento etc.) deve ser enquadrada, num sistema de classificação”. Já 
Merrill (1958, apud PIEDADE, 1977, p.9) define como “a arte de dar aos livros 
um lugar exato, num sistema de classificação, no qual, os vários ramos do 
saber ou a descrição da vida humana, em seus vários aspectos, estão 
agrupados, conforme suas semelhanças ou suas relações recíprocas”. Tanto 
Sayers como Merrill, definem bem o procedimento que deve ser realizado 
numa biblioteca. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
Representação Temática 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 7 – Shiyali Ramamrita Ranganathan 
Fonte: curtindosoleitura.blogspot.com.br/2010_09_01archive.html 
(2012) 
 
Para completar, Ranganathan (PIEDADE, 1977 p. 9) ressalta que “classificar 
consiste em traduzir o nome dos assuntos dos documentos da linguagem 
natural, para a linguagem artificial, utilizada pelos sistemas de classificação 
bibliográfica”. 
 
Para que, então, classificar? E o que devemos levar em consideração ao fazê-
la? Um bom sistema de classificação deve permitir (BARBOSA, 1969, p. 15): 
 
a) Localizá-los dentro da coleção; 
b) Retirá-los para consulta, com rapidez; 
c) Devolvê-los à coleção, sem dificuldade; 
d) Inserir novos livros aos já existentes, na coleção, sem que percam suas 
ordens lógicas; 
e) Inserir novos livros, de novos assuntos, sem quebrar a sequência do grupo. 
 
Os sistemas de classificação são definidos por (LANGRIDGE, apud PIEDADE, 
1977, p. 9), como “um mapa completo de qualquer área do conhecimento, 
mostrando todos os seus conceitos e suas relações”. Esses sistemas são 
formados por disciplinas e fenômenos, onde as disciplinas podem ser 
fundamentais (Religião, História, Ciências Sociais, etc.) ou subdisciplinas 
como, Economia, Sociologia, Música, entre outras. 
 
Ainda segundo (LANGRIDGE, apud PIEDADE, 1977, p. 9), fenômeno “é tudo 
 
 
 16 
Técnico em Biblioteca 
 Competência 01 
que é percebido pelos sentidos ou pela consciência, tudo que se observa. 
Fenômenos são fatos de natureza moral, social ou física, isto é, coisas, ações, 
ideias, reações, agentes, etc., estudados pelas várias disciplinas”. Exemplo: 
homem, café, mar, erosão, etc. 
 
1.3 Tipos de Sistemas de Classificação 
 
Os sistemas de classificação podem ser repartidos de acordo com a 
característica predominante na sua divisão. Segundo a qualidade escolhida 
para a base de classificação, elas podem ser: “naturais”, quando é aplicada à 
característica natural ou inseparável do objeto classificado e, “artificiais”, 
quando são aplicadas características artificiais ou mutáveis (PIEDADE, 1977). 
 
De acordo com a finalidade a que se destinam, os sistemas de classificação 
podem ser: filosóficos, criados pelos filósofos para definir, esquematizar e 
hierarquizar o conhecimento, sempre visando a uma ordem das ciências ou 
coisas. Ex: Bacon e Comte; bibliográfico, quando destinados à organização de 
documentos nas estantes, em catálogos, bibliografias, etc. Ex: Dewey, Bliss 
(PIEDADE, 1977). 
 
De acordo com o campo do conhecimento, os sistemas podem ser de 
classificações “gerais”, quando ordenam todo o conhecimento humano como, 
por exemplo, Bacon, Dewey, Cutter, Ranganathan; e “especializados” quando 
tratam apenas de umramo do conhecimento, como a classificação das 
plantas de Linné (ou Lineu) e a classificação para bibliotecas médicas de 
Cunningham. 
 
As classificações filosóficas surgem quando os filósofos percebem que há uma 
hierarquia entre causas e princípios e, portanto, uma hierarquia e uma relação 
entre as ciências que os estudam. Assim, eles resolveram esquematizar essas 
hierarquias (PIEDADE, 1977). 
 
Aristóteles teve maior prestígio entre os filósofos, apesar de alguns autores 
 
 
Carl Von Linné – 
Botânico, médico e 
zoólogo sueco, foi o 
pai da moderna 
taxonomia, 
desenvolveu as 
bases para o 
esquema moderno 
de nomenclatura 
binomial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
Representação Temática 
 Competência 01 
destacarem Platão como o primeiro filósofo a realizar uma classificação. 
Depois de Aristóteles, o filósofo inglês Francis Bacon, que viveu entre os 
séculos XVI e XVII, ganha evidência entre os bibliotecários, pela influência em 
várias outras classificações como a de Harris, Dewey, Classificação Decimal 
Universal e a classificação da Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos. 
Bacon dividiu as ciências de acordo com as faculdades humanas: a memória, a 
imaginação, e a razão (PIEDADE, 1977). 
 
Em memória, Bacon faz uma relação com a história dividindo-a entre História 
Natural, História Civil e História Sagrada. A imaginação produziria a poesia, 
dividida em narrativa, dramática e parabólica. A razão criaria a Filosofia, 
dividida em natural, humana e teologia. 
 
No século XIX, Augusto Comte é o principal representante desse tipo de 
sistema. Para ele, as ciências foram divididas em abstratas (fundamentais) e 
concretas (derivadas). Nas abstratas, eram estudadas as leis gerais, 
independente dos seres concretos. Nas concretas, estudavam os seres, 
considerados em sua complexidade concreta (PIEDADE, 1977). Comte parte 
das ciências mais simples, abstratas e independentes, para as mais complexas 
e dependentes, dividindo-as em: 
 
Matemática Química 
Astronomia Biologia 
Física Sociologia 
Moral 
 
As classificações bibliográficas têm por base os assuntos tratados nos 
documentos para, assim, ordená-los em uma coleção. Pela sua complexidade, 
essas classificações exigem (PIEDADE, 1977, p. 59): 
 
1. Uma classe que reúna as obras sobre todos os assuntos, subdividida pela 
forma do documento; 
2. Subdivisões de forma, aplicáveis aos vários assuntos; 
 
 
 18 
Técnico em Biblioteca 
 Competência 01 
3. Uma notação, isto é, um conjunto de símbolos para representar os assuntos 
e permitir a ordenação lógica dos documentos; 
4. Um índice, para facilitar a consulta. 
 
1.4 Como Classificar 
 
Para iniciar o processo de classificação de um livro, o classificador deverá 
estar atento a tudo que possa fornecer subsídios para conhecer o seu assunto. 
Lentino (1971) nos dá treze possibilidades, que podem oferecer essas 
informações, são elas: 
 
1. Título – não é critério determinante, pois alguns títulos podem enganar. O 
livro “Raízes do Brasil”, de Sérgio Buarque de Holanda, poderia levar ao 
classificador a determinar sua localização na área de Botânica, mas o 
conteúdo faz referência à Sociologia. 
2. Subtítulo – alguns deles são explicativos e podem definir algo que o título 
não diz. 
3. Nota de Série – muitas vezes, ela é fundamental para a classificação. 
4. Prefácio – quando o livro é dotado de um prefácio, e este, for escrito pelo 
próprio autor, será mais fácil elucidar o assunto em questão. 
5. Introdução – muitas vezes são longas e o classificador, na ânsia de 
terminar, despreza-a. Isso não deve acontecer. 
6. Título do encadernador – por exemplo, uma coletânea de folhetos de Rui 
Barbosa foi encadernada. A nova capa ganhou o título de Jurídica, levando ao 
classificador a inseri-lo na área de Direito. Dentre outras coisas, ele também 
era jurista. 
7. Tabelas de Conteúdo – é uma lista dos cabeçalhos do assunto contido no 
livro, e vem no seu início. 
8. Índice – Quando os itens anteriores não são suficientes, o índice pode ser 
de grande ajuda para o classificador. 
9. Bibliografia – são localizadas no fim dos capítulos, do livro ou em rodapés. 
10. Tópicos Marginais – informações extras contidas em livros antigos. 
11. Nome do Autor e sua atividade – quando título e outras pistas não são o 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
Representação Temática 
 Competência 01 
bastante para se traçar o assunto do livro, a atividade do autor ou a sua 
origem podem ajudar. 
12. Orelhas do Livro – é comum elas trazerem pistas do assunto do livro. 
13. Fontes externas – quando se esgotarem todas as possibilidades, o 
classificador poderá se valer de livros de referências, que podem dar pistas 
para a classificação. 
 
Depois de examinar o livro e determinar o assunto, deve-se localizá-lo no 
índice. Sendo esse assunto novo, é necessário, então, procurar a divisão e 
subdivisão para estabelecer uma ordem na coleção. Ao final, é escolhido o 
número de chamada, tendo o cuidado para não repetir com outro título. Feito 
isso, só restará a construção dos assuntos secundários e a inserção no 
catálogo. 
 
Além disso, a decisão de como classificar um livro deve, ainda, obedecer a 
algumas regras, as principais são (LENTINO, 1971): 
 
1. O livro deve ser classificado pelo seu primeiro assunto e, depois, pela 
forma, exceto em literatura, quando [a] forma tem preferência. Ex: Filosofia 
de Arte classifica-se em Arte, e História da Filosofia em Filosofia. O livro “Os 
Lusíadas” fala da história de Portugal, mas sua classificação deve ser Literatura 
(poesia), pois a forma é predominante. 
2. Colocar o livro onde for mais útil ao leitor. 
3. Quando o livro tratar de dois ou mais assuntos, colocá-lo onde for mais 
útil, avaliado pela característica da biblioteca. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplo: um livro 
de higiene escolar, 
numa biblioteca de 
educação, irá para 
educação, 
enquanto que 
numa biblioteca 
médica ou de 
higiene, irá para 
higiene, fazendo-se, 
em ambas, 
referências para o 
outro assunto. 
(LENTINO, 1971) 
 
 
 
 20 
Técnico em Biblioteca 
 Competência 02 
2.COMPETÊNCIA 02 | CONHECER OS TIPOS DE CLASSIFICAÇÃO 
BIBLIOGRÁFICA: CDD E CDU 
 
Nesta competência, faremos um estudo mais aprofundado dos dois tipos de 
classificações bibliográficas mais utilizadas no mundo, suas diferenças e 
especificidades. 
 
2.1 Conceitos 
 
Vamos estudar um pouco mais sobre as classificações CDU e CDD, caro (a) 
aluno (a)? 
 
De acordo com o modo de apresentação dos assuntos e a estrutura da 
classificação, essas classificações podem ser: enumerativas, analítico-
sintéticas ou semi-enumerativas. 
 
As classificações enumerativas buscam indicar todos os assuntos e todos os 
ajustes possíveis entre eles e oferecer os símbolos que os representam, 
prontos para serem empregados. 
 
As classificações analítico-sintéticas oferecem listas dos assuntos, 
acompanhadas de símbolos, e permitem ao classificador a possibilidade de 
combinar os símbolos para representar os assuntos compostos. Por isso, são 
chamadas também de classificações em facetas ou classificações facetadas. 
 
As classificações semi-enumerativas são aquelas que recorrem, em parte, à 
fusão (combinação de símbolos) para a constituição dos símbolos, destinados 
a representar os assuntos compostos, mas, outras vezes, oferecem símbolos 
prontos para esses assuntos (PIEDADE, 1977). 
 
Ranganathan diverge um pouco da distinção acima, apresentando cinco tipos 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
Representação Temática 
 Competência 02 
de sistemas de classificações bibliográficas: 1. Sistemas enumerativos; 2. 
Sistemas quase enumeratitvos; 3. Sistemas quase facetados; 4. Sistemas 
rigidamente facetados e 5. Sistemas livremente facetados ou analítico-
sintéticos. 
 
Os sistemas enumerativos incidemnuma única tabela, que enumera todos os 
assuntos passados, presentes e futuros. Ex: Sistema da Library of Congress e 
de Rider. 
 
Os sistemas quase enumerativos são compostos de longas tabelas 
enumerativas para a maioria dos assuntos, seguidas de algumas tabelas de 
subdivisões comuns. Ex: CDD e a Classificação de Brown*. 
 
Os sistemas rigidamente facetados são formados de tabelas, contendo 
assuntos básicos, tabelas de subdivisões comuns, tabelas auxiliares especiais e 
resoluções rígidas sobre a sequência em que devem ser arranjados os vários 
conceitos (PIEDADE, 1977). 
 
Dentre as classificações bibliográficas, duas receberão destaques, daqui em 
diante, por serem mais usadas na maioria das bibliotecas nacional e 
internacionalmente. São elas: A Classificação Decimal de Dewey (CDD) e 
Classificação Decimal Universal (CDU). Certo, caro (a) aluno (a)? 
 
2.2 Classificação Decimal de Dewey 
 
Melvil Dewey (1851-1931) nasceu nos estados Unidos e concebeu a ideia de 
construir um esquema de classificação bibliográfica quando ainda era 
estudante e auxiliar de biblioteca. 
 
 
 
 
 
 
 22 
Técnico em Biblioteca 
 Competência 02 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 8 – Melvil Dewey 
Fonte: www.firstmethodistrm.org/templates/System/details.asp? id= 
23112&PID=759498 (2012) 
 
A primeira edição é lançada em 1876, anonimamente. Nela, havia apenas 42 
páginas, sendo 12 de introdução, 12 de tabelas e 18 para o índice, com 
tiragem de mil exemplares e 10 classes, 100 divisões, 1000 seções (LENTINO, 
1971). 
 
As edições subsequentes foram se aprimorando e dando ao sistema mais 
volume e maiores possibilidades. A 12ª teve 1243 páginas, 40.000 subseções, 
por exemplo, e a 13ª edição 1457 páginas. A 14ª trouxe 1927 páginas, sendo 
800 de índice com 43.000 verbetes e, como novidade, as tabelas 
suplementares. A 15ª foi a primeira a ser revisada e, apenas na 16ª edição, ela 
acompanha o nome de Dewey. 
 
Em 1945, aparece a primeira edição resumida ou abreviada. Em 1967, sua 9ª 
edição é lançada e destinada a pequenas bibliotecas públicas e escolares 
(LENTINO, 1971). 
 
Sua aceitação foi ampla e rápida. Dentre outras qualidades, que permitiram 
essa aceitação, estão: 
 
 A simplicidade de sua notação; 
 Seu caráter decimal, permitindo larga ampliação e fácil entendimento; 
 Sua linguagem universal, os números. 
 
http://www.firstmethodistrm.org/templates/System/details.asp
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
Representação Temática 
 Competência 02 
Sua notação tem como característica, além da simplicidade, a flexibilidade de 
ser mnemônica e ainda usar apenas algarismos arábicos na decimal, 
facilitando a inserção de novos números, sempre que necessário. 
 
Seu sistema foi baseado (HERDMAN, 1934 apud LENTINO, 1971, p. 60), 
 
no sistema de Harris o seguinte raciocínio: o homem, 
sendo animal racional, faz uso dessa faculdade, donde a 
filosofia; eleva seu pensamento a Deus, daí a religião; 
vive em sociedade, donde a sociologia; comunica-se 
com seus vizinhos, filologia; adquire conhecimento dos 
fatos, dos problemas da vida, da matéria e da força, 
ciências puras e aplicadas; com eles ganha meios de 
descanso e recreação, Belas artes e literatura; faz 
registros e viaja, História e Geografia; reunindo todos 
esses assuntos e os encabeçando vêm as Obras gerais. 
 
Comportando 10 divisões gerais chamadas de classes, ela sempre é 
representada por três algarismos e, posteriormente, um ponto decimal 
servindo para a classificação detalhada. 
 
000 Obras gerais 
100 Filosofia 
200 Religião 
300 Ciências Sociais 
400 Linguística 
500 Ciências Puras 
600 Ciências Aplicadas 
700 Belas Artes 
800 Literatura 
900 Geografia. Biografia. História 
 
 
 
 
 
 24 
Técnico em Biblioteca 
 Competência 02 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 9 – CDD 23ª edição 
Fonte: anacastrope.blogspot.com.br/2011/07/cdd-23-edicao.html (2012) 
 
Nessa classificação o zero irá indicar um ponto de vista geral do assunto, 
podendo esse ser apresentado em até três quadros sumários (1º, 2º e 3º). Um 
algarismo inserido, à direita do número, forma um novo grupo, sem mudar, 
com isso, a classificação já constituída. 
 
Exemplo: 
 
 600 – Ciências Aplicadas (1º sumário) 
 
Divisões das classes ( 2º sumário) 
 
 610 – Medicina 
 620 – Engenharia 
 630 – Agricultura 
 640 – Economia Doméstica 
 650 – Comércio e Comunicações 
 660 – Indústrias Químicas 
 670 – Indústrias Manufatureiras 
 680 – Ofícios e Profissões 
 690 – Construção 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
Representação Temática 
 Competência 02 
Seções das divisões (3º sumário) 
 
 610 – Medicina 
 611 – Anatomia 
 612 – Fisiologia 
 613 – Higiene 
 614 – Saúde Pública 
 615 – Farmacologia 
 616 – Patologia 
 617 – Cirurgia 
 618 – Ginecologia 
 619 – Veterinária 
 
As seções se subdividem em subseções, posterior ao ponto. 
 
Exemplo: 
 
 616.8 – Patologia do sistema nervoso. 
 
Se tomarmos por base a 14ª edição e expandirmos a classe 600 teremos: 
 
 600 – Ciências aplicadas 
 620 – Engenharia 
 621 – Mecânica 
 621.3 – Eletrotécnica 
 621.38 – Comunicações elétricas 
 621.382 – Telégrafo 
 621.384 – Telégrafo sem fio 
 621.3841 – Rádio 
 
 
 
 
 
 26 
Técnico em Biblioteca 
 Competência 02 
2.2.1 Estrutura 
 
1) Índice 
 
O Sistema da CDD é formado por um índice geral muito bem elaborado, com 
todas as minúcias, para garantir o bom funcionamento do sistema, já que o 
classificador não conhece o lugar lógico de um assunto, dentro do esquema 
geral. O sistema costuma ser bastante extenso. Nele, estão incluídos os 
tópicos presentes nas tabelas, juntamente com seus sinônimos 
correspondentes. Diferente de um índice comum, ele não direciona o 
classificador a uma página, mas sim ao número correspondente. Outra 
característica marcante é a de ser relativo, uma vez que remete para 
diferentes lugares, de acordo com o sentido em que for tomado. 
 
Na CDD a procura do assunto pode ser realizada de duas maneiras: 
 
1. Indutivamente – quando é consultado primeiramente. 
2. Dedutivamente - Através das tabelas completas, indo do geral para o 
particular. 
 
2.2.2. Divisões de Forma 
 
“Uma das grandes vantagens da CDD reside nas divisões de forma que são 
constantes para todas as classes e, por isso mesmo, mnemônica: têm sua base 
na classe 000” (LENTINO, 1971). São assim denominadas, porque subdividem 
o assunto conforme a forma em que foi exposto. São estas as divisões de 
forma: 
 
01 – Filosofia – Teoria – Metodologia 
02 – Compêndios – Manuais 
03 – Dicionários – Enciclopédias 
04 – Ensaios – Palestras – Dissertações 
05 – Periódicos 
 
 
A segunda maneira 
é a mais 
recomendada, 
embora seja mais 
trabalhosa, 
encontrando o 
assunto relacionado 
com seus afins. 
(LENTINO, 1970) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
Representação Temática 
 Competência 02 
06 – Sociedades 
07 – Estudo e Ensino 
08 – Poligrafia – Coleções – Miscelâneas 
09 – História e Tratamento Local 
 
Exemplo: 
 
109 – 1 = Filosofia + 09 = divisão de forma histórica 
 
Podendo ainda ser usado quando se deve tomar em consideração o local, 
mesmo que seja mais descritivo que histórico. 
 
Exemplo: 
 
320.981 – 32 = Política + 09 = forma história + 81 = Brasil 
 
092 – Biografia 
 
2.2.3 Divisão Geográfica 
 
Algumas vezes, os assuntos podem ser divididos geograficamente, exceto nas 
classes 400 e 800, onde domina a divisão de língua. Na classe 400 há algumas 
exceções, que veremos nas próximas competências (LENTINO, 1971). Esta 
tabela é fixa: 
 
4 – Europa 
5 – Ásia 
6 – África 
7 – América do Norte 
8 – América doSul 
9 – Oceania 
 
Quando se trata de países desses continentes o número é acrescido, 
 
 
 28 
Técnico em Biblioteca 
 Competência 02 
formando assim o número do país. Ex: Brasil (81). 
 
2.2.4 Divisão Filológica (Linguística) 
 
a) Essa divisão é aplicável às classes 400 e 800, sendo: 
 
2 – Inglês 
3 – Alemão 
4 – Francês 
5 – Italiano 
6 – Espanhol 
69 – Português 
7 – Latim 
8 – Grego 
9 – Outras línguas 
 
Exemplos: 
 
420 – Língua Inglesa 
440 – Língua Francesa 
469 – Língua Portuguesa 
 
820 – Literatura Inglesa 
840 – Literatura Francesa 
869 – Literatura Portuguesa 
 
b) Divisão gramatical 
 
Aplicada à classe 400, é assim constituída: 
 
1 – Ortografia (17ª Códigos escritos e falados) 
2 – Etimologia 
3 – Lexiologia – Dicionários 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
Representação Temática 
 Competência 02 
4 – Sinônimos, Homônimos, Antônimos. 
5 – Gramática (na 17ª Sistemas estruturais) 
6 – Prosódia 
7 – Dialetos, “slang”, gíria 
8 – Textos para o ensino da língua 
9 – Outras línguas pertencentes a cada grupo 
 
2.2.5 Divisão de Forma Literária 
 
Aplicada à classe 800, exceto à grega e à latina: 
 
1 – Poesia 
2 – Teatro 
3 – Romance 
4 – Ensaio 
5 – Oratória 
6 – Epistolografia. Cartas 
7 – Sátira e humor 
8 – Miscelânea 
09 – História 
 
Exemplo: 
 
823 – Romance Inglês 
862 – Teatro Espanhol 
 
2.2.6 Tabelas Suplementares da 14ª Edição 
 
São cinco as chamadas tabelas suplementares. 
 
Tabela 1. Assuntos, cujos números podem ser subdivididos geograficamente. 
Tabela 2. Expansão das divisões de forma. 
Tabela 3. Para língua e literatura. 
 
 
 30 
Técnico em Biblioteca 
 Competência 02 
Tabela 4. Extensão para a divisão filológica. 
Tabela 5. Botânica taxonômica 
 
2.3 Classificação Decimal Universal 
 
Os belgas Paul Otlet e Henri La Fontaine, de tanta importância para a 
Biblioteconomia e para o controle bibliográfico universal, são responsáveis 
pela criação da CDU. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 10 – Paul Otlet 
Fonte:www.dailymail.co.uk/sciencetech/article-2156249/Paul-Otlets-
idea-televised-book-foretold-internet-1934.html (2012) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 11 – Henri La Fontaine 
Fonte: commons.wikimedia.org/wiki/file:Henri_La_Fonteaine.jpg 
(2012) 
 
Em 1905, foi publicada a primeira edição da CDU, ainda com o nome de 
Manuel Du Répertoire Bibliographique Universal. Depois de um exame 
profundo de todos os sistemas existentes até aquele momento, o Instituto 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
Representação Temática 
 Competência 02 
Internacional de Bibliografia resolveu escolher se basear na CDD, devido a sua 
característica de notação decimal e possibilidade de subdivisões ilimitadas. 
Sua primeira edição nasce com um total de 33.000 subdivisões e 40.000 
entradas no índice (PIEDADE, 1977). 
 
A CDU é produzida em cinco tipos de edição, são elas: edições desenvolvidas; 
edições médias; edições abreviadas; edições condensadas; edições especiais. 
Vamos saber um pouco mais sobre cada uma delas? 
 
As edições desenvolvidas são as mais completas da 1ª até 10ª edições se 
constituíram por diversas classes e tabelas. Outra característica dessa edição é 
a sua publicação em várias línguas, inclusive em português. 
 
As edições médias começaram a ser publicadas na década de 1960, sob a 
responsabilidade de Karl Fill e Martins Schuchmann, contendo cerca de 25% 
da edição desenvolvida. O IBICT foi responsável pela publicação, em língua 
portuguesa, na década de 1970 (PIEDADE, 1977). 
 
As edições abreviadas tiveram início em 1927 e suas publicações foram feitas 
em quase todas as línguas. 
 
As edições condensadas são as mais resumidas, contendo apenas 2,5% de 
uma edição completa. 
 
As edições especiais existem em poucas classes e foram criadas para suprir a 
necessidade de especialistas, em algumas áreas do conhecimento. Ex: 
Educação, Cartografia. 
 
2.3.1 Estrutura e Notação 
 
Apesar de serem parecidas em sua concepção, a CDD e a CDU diferem na sua 
notação, pois a segunda é dotada, além dos números de sinais gráficos, de 
letras ou palavras. 
 
 
 32 
Técnico em Biblioteca 
 Competência 02 
Exemplo: 
 
382{633.73}.5 Comércio externo – Café – Importação 
025.45CDU Classificação Decimal Universal 
92Schiller, F. Biografia de Friedrich Schiller 
 
Suas nove classes gerais são representadas por apenas um algarismo e, na sua 
estrutura, não encontramos a classe 4, deixada livre para um possível 
preenchimento futuro. 
 
0 Generalidades 
1 Filosofia 
2 Religião. Teologia 
3 Ciências Sociais 
5 Ciências Puras 
6 Ciências Aplicadas 
7 Belas artes. Divertimentos. Desportos 
8 Linguística e Literatura 
9 Geografia. Biografia. História 
 
A classe 4 existiu até 1964 e comportava o assunto Linguística, que foi 
transferida para a classe 8 junto com Literatura. 
 
Para cada classe, há 10 subdivisões que expressam essa área do 
conhecimento, onde a primeira subdivisão é resguardada aos temas gerais e 
as outras nove a assuntos específicos. 
 
Exemplo: 
 
5 Ciências Puras 
50 Princípios Gerais 
51 Matemática 
52 Astronomia. Geodésia 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
Representação Temática 
 Competência 02 
53 Física 
54 Química. Cristalografia. Mineralogia 
55 Geologia e Ciências afins. Meteorologia 
56 Paleontologia 
57 Ciências Biológicas 
58 Botânica 
59 Zoologia 
 
Essas 10 divisões são sujeitas a outras 10 subdivisões, sendo nove específicas 
e uma geral. 
Exemplo: 
 
51 Matemática 
510 Princípios Gerais 
511 Aritmética. Teoria dos números 
512 Álgebra 
513 Geometria 
514 Trigonometria. Poligonometria 
515 Geometria Descritiva 
516 Geometria Analítica. Coordenadas 
517 Análise Matemática 
518 Processos Gráficos de Cálculo. Jogos Matemáticos 
519 Análise Combinatória. Cálculo das Probabilidades 
 
Daí por diante, podem ser realizadas combinações indefinidas conforme a 
precisão. Outra peculiaridade desse sistema é que a cada três algarismos são 
inseridos pontos. 
 
Exemplo: 
 
6 Ciências Aplicadas 
62 Engenharia 
621 Engenharia Mecânica 
 
 
 34 
Técnico em Biblioteca 
 Competência 02 
621.3 Engenharia Elétrica 
621.39 Telecomunicações 
621.394 Telegrafia 
621.394.7 Instalações e Redes Telegráficas 
621.394.73 Linhas Telegráficas 
 
A CDU é dotada ainda de tabelas analíticas especiais e de tabelas auxiliares 
comuns, utilizadas sempre para especificar um determinado assunto, contido 
na tabela principal. 
 
Exemplo: 
 
Tabela Principal Tabela Analítica Especial 
 
22 Bíblia 01 Introdução 
221 Antigo testamento .011 Cânon 
222 Livros históricos .012 Inspiração 
222.1 Pentateuco .02 Análise e sinopse 
222.11 Genesis .03 Concordâncias 
223.9 Cântico dos Cânticos .05 Tradução 
 
Aplicando uma tabela a outra: 
 
22.03 Concordância da Bíblia 
222.1.05 Tradução do Pentateuco 
 
Podemos ter até aqui um entendimento geral de como as classificações CDD e 
CDU estão organizadas, suas diferenças e especificidades, que vão ajudá-lo a 
compreender melhor a próxima competência, que tratará, com mais 
propriedade, das notações de ambos os sistemas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
Representação Temática 
 Competência 03 
3.COMPETÊNCIA 03 | ENTENDER OS PRINCÍPIOS E NOTAÇÕES DA 
CDD E CDU 
 
3.1 Notação 
 
Nesta competência, vamos aprender um pouco sobre notações, começando 
pelo seu conceito. 
 
Notação é um código utilizado como método para indicar uma ordem dentro 
de um sistema de classificação, ou ainda um conjunto de símbolos destinados 
a representar os termos da classificação,traduzindo, assim, em linguagem 
codificada, o assunto dos documentos, e indicando sua localização nas 
estantes, nos catálogos e nas tabelas de classificação (PIEDADE, 1977). 
 
3.1.1 Caracteres 
 
Uma notação é constituída de caracteres que podem ser números (decimais 
ou aritméticos), letras (maiúsculas e minúsculas) e sinais gráficos (parênteses, 
ponto, vírgula, etc.). 
 
Com relação aos caracteres empregados, a notação poderá ser: 
 
1. Pura – quando apresenta caracteres de um só tipo (números ou letras); 
 
Exemplo: 
 
CDD – emprega apenas algarismos arábicos, apesar de termos o ponto, ele é 
usado unicamente para facilitar a leitura do número. 
 
726.7710222 – Desenhos arquitetônicos de abadias beneditinas. 
 
 
 
 
 
 36 
Técnico em Biblioteca 
 Competência 03 
2. Mista – quando emprega caracteres de mais de uma qualidade. 
 
Exemplo: 
 
CDU – emprega algarismos decimais, sinais gráficos, letras e palavras. 
336.2(816.12Campinas) “1970”(042.3) – Conferência sobre impostos do 
município de Campinas, em 1970. 
 
Assim, também, podemos distinguir as classificações entre aquelas que usam 
apenas números, de numéricas, as com apenas letras, de alfabéticas e as que 
empregam ambos os caracteres de alfanuméricas. 
 
Além de localizar os assuntos em uma coleção, a notação oferece, ainda, um 
meio para remeter do índice às tabelas de classificação ou das fichas do 
catálogo aos documentos. Vamos ver como isso funciona, na prática: 
 
Então caro aluno, quando alguém que solicita um documento sobre “partidos 
políticos do Brasil no século XX”, podemos saber que “Partidos políticos” é 
tema de “Política” que está incluída entre as “Ciências Sociais”, que os 
“Partidos Políticos” estão subdivididos por país e, depois, por período, mas 
pode não saber, exatamente, onde está este assunto na coleção; porém, se 
tivermos um símbolo que indique que o devido assunto fica em 329.8106 ou 
em 329(81)”19”, podemos ir diretamente onde ele se encontra (PIEDADE, 
1977). 
 
As notações apresentam, também, um símbolo que, combinado com outros, 
indica os assuntos considerados complexos ou compostos. A esta combinação 
é dado o nome de síntese. A maioria das classificações é dotada de notação 
de síntese. 
 
Exemplo: 
 
O símbolo 329.81 na CDD é uma síntese entre 329 = Partidos Políticos + 81 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
Representação Temática 
 Competência 03 
notação referente à área do Brasil. 
 
3.1.2 Finalidades 
 
Podemos dizer, então, que as finalidades de uma notação são: 
 
1. Traduzir em símbolos o assunto dos documentos; 
2. Localizar o assunto na coleção; 
3. Indicar, pelo índice ou pelas fichas do catálogo, onde se encontra 
determinado o assunto; 
4. Permitir a síntese; 
5. Mostrar a hierarquia ou a estrutura da classificação. 
 
3.1.3 Qualidades 
 
Entre as qualidades que uma notação deve possuir estão: 
 
1. Indicar a ordem dos assuntos de modo claro e automático, a fim de permitir 
a localização da informação procurada; 
2. Permitir revelar integralmente o assunto do documento; 
3. Ser hospitaleira, isto é, permitir o número de subdivisões necessárias a cada 
assunto; 
4. Ser flexível ou expansiva, isto é, permitir a inclusão de novos assuntos nas 
posições mais convenientes; 
5. Ser fácil de lembrar, falar e escrever; 
6. Ser breve e simples; 
7. Revelar a estrutura da classificação, a sua hierarquia, isto é, mostrar as 
classes relacionadas e as classes subordinadas; 
8. Ser mnemônica. 
 
3.1.4 Ordem 
 
Tanto as notações puras como as mistas devem seguir uma ordem dentro do 
 
 
Mnemônico: 
conjunto de 
técnicas utilizadas 
para auxiliar o 
processo de 
memorização. 
Consistem na 
elaboração de 
suportes como 
esquemas, gráficos, 
símbolos, palavras 
ou frases 
relacionadas como 
o assunto que se 
pretende 
memorizar. 
 
 
 
 38 
Técnico em Biblioteca 
 Competência 03 
sistema. Quando são usados apenas números e letras, a sua compreensão é 
mais fácil, ao contrário daquelas onde são usados números, letras e sinais 
gráficos. Vale ressaltar que as notações com uso de sinais gráficos, como a 
CDU, devem ter estabelecidas as regras para proceder em relação à ordem, já 
que esses não são naturais como os números e as letras. 
 
3.1.5 Expressividade 
 
De acordo com essa característica, ela pode ser hierárquica ou estrutural e, 
ainda, ordinária ou não hierárquica ou não estrutural. 
 
Exemplo: 
 
Hierárquica mostrando a sequencia das divisões. 
 
5 Ciências Puras 
51 Matemática 
511 Aritmética 
511.2 Teoria dos números 
 
Ordinária: não há uma sequência das divisões. 
 
C Ciências Puras 
 
E Matemática 
 
F Aritmética 
 
3.1.6 Especificidade 
 
A notação deve permitir a especificidade desejada para a classificação, 
possibilitando a formação de símbolos para representar os conceitos mais 
simples, assim como os mais complexos, ficando a decisão de acordo com a 
 
 
 
 
 
 
 
 
39 
Representação Temática 
 Competência 03 
característica da unidade informacional. 
 
3.1.7 Hospitalidade e Flexibilidade 
 
A hospitalidade da notação pode ser compreendida de duas formas: 
 
1. Hospitalidade em Cadeia – quanto à subdivisão é do mais geral para o mais 
específico. Exemplo: 
 
5 Ciências Puras 
51 Matemática 
511 Aritmética 
511.2 Teoria dos números 
 
2. Hospitalidade em Fileira – quando permite a representação dos vários 
assuntos correlatos, resultantes da subdivisão de um assunto mais geral ou de 
várias espécies de um mesmo gênero. Exemplo: 
 
 
 
 
 
A notação decimal é bem hospitaleira em cadeia, mas pouco em fileira, pois 
só conta com nove subdivisões. Para alargar a hospitalidade em fileira, 
quando a notação é decimal, Ranganathan propôs o “principio da oitava”, isto 
é, a utilização, na divisão, dos algarismos de 1 a 8 e a transformação do 9 em 
91 até 98 e do 99 em 991 e assim sucessivamente (PIEDADE, 1977). 
 
Utilizando o princípio da oitava na divisão da Filologia em relação à língua 
teríamos: 
 
4 Filologia 
 
 
 
 40 
Técnico em Biblioteca 
 Competência 03 
41 Língua portuguesa 491 Língua finlandesa 
42 Língua francesa 492 Língua rética 
43 Língua alemã 493 Língua norueguesa 
44 Língua espanhola 494 Língua irlandesa 
45 Língua romena 495 Língua flamenga 
46 Língua polaca 496 Língua africaander 
47 Língua búlgara 497 Língua provençal 
48 Língua armênia 498 Língua sânscrita 
 4991 Língua tupi 
 
Outra saída para aumentar a hospitalidade em fileira é subdividir um número 
pela centena e não pela dezena, como é comum. 
 
Exemplo: na CDU o assunto 329 é subdividido da seguinte forma: 
 
329.11 
329.12 
329.13 
329.14 
........... 
329. 21 
329.22 
329.23 
329.14 
Etc. 
 
Em relação à flexibilidade de uma notação para inclusão de novos assuntos, 
pode exigir a inclusão no início, no fim ou no meio de uma sequência. No caso 
dos dois primeiros, é feita uma extrapolação e no terceiro uma interpolação. 
Normalmente é realizada de duas formas: 
 
1. Deixando-se símbolos vagos, que apresentam o problema de não ser 
possível antecipar os locais onde haverá inserção de um novo conhecimento 
 
 
 
 
 
 
 
 
41 
Representação Temática 
 Competência 03 
ou assunto. 
2. Utilizando caracteres de novo tipo, letras ou números decimais. Podem 
ocorrer problemas ligados à diminuição da expressividade da notação, pois háa possibilidade de alteração da estrutura da classificação. 
 
3.1.8 Facilidade e Brevidade 
 
Quanto mais curta for uma notação, mais fácil será de lembrar e memorizar, 
não importando se ela é pura ou mista, mas é claro que entre uma pura e uma 
mista do mesmo tamanho, a pura acaba tornando-se mais fácil. 
 
3.2 Classificação Decimal de Dewey 
 
De acordo com Ranganathan a CDD é um sistema quase-enumerativo, pois 
utiliza uma tabela principal extensa e tabelas auxiliares comuns. Baseada no 
sistema de Harris, sua classificação é considerada simples, flexível e 
mnemônica. 
 
3.2.1 Princípio de Hierarquia 
 
A hierarquia na CDD é expressa mediante a notação e a estrutura. Através da 
amplitude de uma notação, os números a qualquer nível estão subordinados a 
uma classe cuja notação é um dígito mais curta; se coordenam com uma 
classe cuja notação tem o mesmo número de dígitos; e se relacionam com 
uma classe hierarquicamente menor, cujos números são uma ou várias dígitos 
mais amplos. 
 
Exemplo: 
 
600 Tecnologia 
630 Agricultura 
636 Criação de animais domésticos 
636.7 Cachorros 
 
 
 42 
Técnico em Biblioteca 
 Competência 03 
636.8 Gatos 
 
Cachorros e gatos são mais específicos (ou subordinados a) que criação de 
animais domésticos e são igualmente específicos (ou coordenados) um com o 
outro; criação de animais domésticos é menos específico (ou 
hierarquicamente maior) que cachorros e gatos. 
 
Caro aluno, até agora podemos observar os aspectos acerca da CDD agora 
vamos perceber as particularidades de outra classificação bibliográfica. 
 
3.3 Classificação Decimal Universal 
 
A CDU tem na sua notação a inclusão de sinais gráficos variados para 
representar melhor as facetas de determinados assuntos dos documentos. 
Vamos ver como eles funcionam? 
 
Os primeiros são os chamados sinais de ligação ou associação: 
 
+ mais 
/ barra oblíqua 
: dois pontos 
 
O sinal de adição é empregado quando um documento trata de dois ou mais 
conceitos representados nas tabelas por símbolos que não são consecutivos 
ou seguidos. 
 
Exemplo: 
 
51+53 Matemática e Física 
172+176 Moral social e Moral sexual 
32+34+93 Política, Direito e História 
 
O emprego desse sinal não é muito recomendado. É preferível construir várias 
 
 
 
 
 
 
 
 
43 
Representação Temática 
 Competência 03 
entradas no catálogo. 
 
A barra oblíqua será utilizada quando um documento trata de dois ou mais 
conceitos representados nas tabelas por símbolos consecutivos. 
 
Exemplo: 
 
1/2 Filosofia e Religião 
51/54 Matemática, Astronomia, Física e Química. 
328/329 Parlamentos e Partidos políticos 
 
Pode-se utilizar a barra oblíqua para suprimir os números idênticos da 
segunda parte, anteriores ao ponto. 
 
Exemplo: 
 
312.1/.2 Estatística de Nascimento e de Óbitos 
323.31/.33 Aristocracia, Burguesia e Proletariado 
 
Os dois pontos são utilizados quando um documento trata do relacionamento 
entre dois ou mais conceitos. 
 
Exemplo: 
 
51:52 Aplicação da Matemática na Astronomia 
840:869.0 Influência da Literatura Francesa na Literatura Portuguesa 
 
É possível haver mais de um tipo de sinal em um único número de 
classificação. 
 
Exemplo: 
 
56/57+59 Paleontologia, Antropologia e Zoologia 
 
 
 44 
Técnico em Biblioteca 
 Competência 03 
31:338:633.73/.74 Estatística da produção de café e cacau 
338:634.51+634.53 Produção de nozes e castanhas 
 
Outros sinais existentes na notação da CDU são: colchetes, dois pontos duplos 
e apóstrofo. Eles são usados para ligar símbolos tirados das tabelas principais. 
 
Os colchetes podem ser aplicados com três finalidades (PIEDADE, 1977): 
 
1. Para alterar a ordem de citação dos conceitos encontrada nas tabelas, 
intercalando um símbolo no meio de outros. 
 
Exemplos: 
 
382.5:633.73 Comércio Externo – Importação – Café 
382.6:633.73 Comércio Externo – Exportação – Café 
 
Vejam como podem ficar: 
 
382[633.73].5 Comércio Externo – Café – Importação 
382[633.73].6 Comércio Externo – Café – Exportação 
 
2. Como símbolo sub-agrupador para tornar mais claro o tipo de 
relacionamento existente entre vários conceitos ligados pelos símbolos + ou: 
 
Exemplo: 
 
373.5+378:355.27 
 
Pode estar representando “As relações entre a Educação Secundária e a 
Universitária com o Recrutamento militar” ou “A Educação Secundária e as 
Relações entre a Educação Universitária e o Recrutamento Militar”. Para obter 
uma maior clareza, podemos representar assim: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
45 
Representação Temática 
 Competência 03 
[373.5+378]:355.27 e 373.5+[378:355.27] respectivamente. 
 
3. Pode-se ainda utilizar colchetes em lugar dos dois pontos, quando se trata 
de tópico subordinado, não havendo necessidade de ser feita entrada para o 
segundo símbolo. 
 
Exemplo: 
 
38[633.73] em lugar de 38:633.73 
 
Dois pontos duplos podem ser usados como sinal de fixação da ordem, com a 
mesma finalidade da terceira forma dos colchetes, indicando a não 
necessidade de inverter o símbolo para outra entrada. 
 
Exemplo: 
 
38::633.73 
 
O apóstrofo passou a ser utilizado em 1964, como sinal de concentração ou 
fusão de ideias. Ele é exclusivo dos símbolos 329, 546, 547, 666.113.667.6, 
669 e 678. Ele permite a supressão dos caracteres comuns a dois símbolos 
que não são consecutivos. 
 
Exemplo: 
 
329.11’21 Partido Político com Tendências Conservadoras e Monarquistas 
(símbolos 329.11 e 329.21). 
 
546.561’131 Cloreto de Cobre (símbolos 546.561 e 546.131) 
 
Outro sinal bastante visto na CDU são os parênteses usados sempre para 
indicação de lugar presente na Tabela Auxiliar de Lugar ou de Âmbito 
Geográfico. 
 
 
 46 
Técnico em Biblioteca 
 Competência 03 
(81) Brasil 
(22) Montanhas 
(37) Roma Antiga 
(4) Europa 
(817) Região Centro-oeste do Brasil 
 
Para estados ou municípios que não possuem número próprio, ele pode vir 
acrescido do nome no número que o contém. 
 
Exemplo: 
 
(816.12Campinas) 
 
Em outras tabelas auxiliares, podemos encontrar outros sinais. 
 
O sinal de igualdade entre parênteses consta na Tabela Auxiliar de Raça para 
designar raça e nacionalidade. Esses símbolos são formados pelos símbolos da 
língua desse determinado povo, suprimindo-se o 80 inicial. 
 
Exemplo: 
 
809.6 Língua Africana 
(=96) Raça Negra 
809.24 Língua Hebraica 
(=924) Israelitas 
 
O de nacionalidade é formado pelo símbolo geográfico ao (=1.). 
Exemplo: 
 
(=1.81) Brasileiros 
(=1.352) Assírios 
 
Caros alunos, as notações podem dar uma falsa ideia de que é muito difícil de 
 
 
 
 
 
 
 
 
47 
Representação Temática 
 Competência 03 
construí-la, apesar de a CDU ser complicada para memorizar, pela grande 
utilização de sinais gráficos, ela dá um pouco mais de liberdade para realizar a 
sua construção. Lembrando, mais uma vez, de que o intuito aqui não é tornar 
você, cursista, um “expert” em classificação, mas sim dar noção de como o 
conhecimento da classificação pode auxiliar nos serviços de uma biblioteca. 
Na próxima competência, veremos, na prática, como elas funcionam. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 48 
Técnico em Biblioteca 
 Competência 04 
4.COMPETÊNCIA 04 | ORGANIZAR O ACERVO DE ACORDO COM OS 
TEMAS: CATEGORIZAÇÃO DO CONHECIMENTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 12 – Segundo Sumário da CDD 
Fonte: CDD 20ª edição em espanhol 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
49 
Representação Temática 
 Competência 04 
Nesta competência, vamos trabalhar de forma mais prática a organização de 
um acervo. Tentaremos, aqui, usar exemplos utilizando a CDD e a CDU. Em 
relação à primeira, estaremos disponibilizando os três sumários e, na 
segunda, usaremos a base existente na Internet. Jávimos, nas competências 
anteriores, que cada livro deverá ser classificado pelo seu assunto e que 
podemos consultar desde o título, ficha catalográfica e outras pistas para o 
identificarmos e que a especificação do número de classificação será de 
acordo com a característica da biblioteca. Vale ressaltar que o método correto 
é utilizar o índice para classificar um assunto, mas pela sua grande extensão, 
não será possível usá-lo aqui. Para cada classe geral, estaremos usando, pelo 
menos, um exemplo. 
 
4.1 Classificação Decimal de Dewey 
 
Classe 000 Generalidades 
 
Exemplo 1: 
 
Começaremos com o assunto Biblioteconomia. Ele é considerado um assunto 
geral, por isso, disposto nessa classe. Observando o segundo sumário da CDD, 
encontramos o número “020 para Biblioteconomia”. Se o assunto em questão 
for mais específico, como por exemplo, Biblioteca de Serviço Social, usaremos 
o terceiro sumário da Classe 000 e encontraremos o número “026 para 
Bibliotecas específicas”. Se a biblioteca exigir um número mais específico, será 
utilizado então, “026.36”, o número 36 acrescentado é o número 
correspondente ao assunto, Serviço Social, observado no segundo sumário da 
classe 300, suprimindo o zero do final da notação. 
 
 
 
 
 
 
 
 50 
Técnico em Biblioteca 
 Competência 04 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 13 – Terceiro Sumário da CDD – Classe 000 
Fonte: CDD 20ª edição em espanhol 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
51 
Representação Temática 
 Competência 04 
Classe 100 Filosofia e Psicologia 
 
Exemplo 2: 
 
O assunto em questão é “Filosofia Aristotélica”, consultando o segundo 
sumário, podemos observar que temos três possibilidades de classificar esse 
assunto. Qual a melhor forma, então? Podemos observar que o número “100 
é para o tratamento geral da filosofia”, não é objetivo. Veremos que o 
número “140 de Escolas Filosóficas Específicas”, não é uma opção, pois, esse 
assunto, não é uma Escola Filosófica Específica. Vamos encontrar, então, em 
“180 Filosofia antiga, medieval, oriental”, no terceiro sumário, teremos como 
opção o número “185 de Filosofia Aristotélica”. 
 
Exemplo 3: 
 
Assunto “História da Filosofia”. Agora sim, trata-se de assunto geral da 
filosofia. Já sabemos que estará na classe 100. Consultando o terceiro sumário 
desta classe, veremos o número “109” para “Tratamento histórico da 
filosofia”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 52 
Técnico em Biblioteca 
 Competência 04 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 14 – Terceiro Sumário da CDD – Classe 100 
Fonte: CDD 20ª edição em espanhol 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
53 
Representação Temática 
 Competência 04 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 15 – Terceiro Sumário da CDD – Classe 200 
Fonte: CDD 20ª edição em espanhol 
 
 
 
 
 
 
 
 54 
Técnico em Biblioteca 
 Competência 04 
Classe 200 Religião 
 
Exemplo 4: 
 
O assunto aqui é “A Bíblia”. Dentro desta classe, já no segundo sumário, é 
possível observar um número “220”, específico para o assunto. Mas se o 
documento tratar sobre o “Novo Testamento” será usado, assim, o número 
“225” contido no terceiro sumário da classe. 
 
Classe 300 Ciências Sociais 
 
Esta Classe chama a atenção, por uma maior quantidade de áreas de 
conhecimento. 
 
Exemplo 5: 
 
O assunto “Recenseamento Brasileiro”. Olhando o segundo sumário podemos 
observar que o número “310” compreende o assunto “Estatísticas em geral”. 
Partindo para o terceiro sumário, encontramos “318”, estatísticas referentes à 
“América do Sul”. Para especificar que ela é sobre o Brasil, acrescentamos “1”, 
formando “381.1”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
55 
Representação Temática 
 Competência 04 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 16 – Terceiro Sumário da CDD – Classe 300 
Fonte: CDD 20ª edição em espanhol 
 
 
 
 
 
 
 
 56 
Técnico em Biblioteca 
 Competência 04 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 17 – Terceiro Sumário da CDD – Classe 400 
Fonte: CDD 20ª edição em espanhol 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
57 
Representação Temática 
 Competência 04 
Classe 400 Filologia / Linguística 
 
É uma das classes onde é preciso bastante atenção no momento da 
classificação, pois além das línguas, é preciso olhar e aplicar, algumas vezes, a 
divisão gramatical. 
 
Exemplo 6: 
 
Para o assunto “Gramática”, no geral, identificaremos no segundo sumário o 
número “410” para “Linguística” e, no terceiro sumário, “415” para gramática. 
Para cada língua especifica, deverá ser aplicado o número de divisão 
gramatical como veremos. 
 
Exemplo 7: 
 
“Gramática Inglesa” 425 
42 número correspondente à língua inglesa e 5 à divisão gramatical. 
 
“Gramática de Português” 469.5 
469 número correspondente à língua portuguesa e 5 à divisão gramatical. 
 
Lembrando de que o ponto nas notações dos exemplos 5 e 7 são usados, 
apenas, para separar os três primeiros algarismos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 58 
Técnico em Biblioteca 
 Competência 04 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 18 – Terceiro Sumário da CDD – Classe 500 
Fonte: CDD 20ª edição em espanhol 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
59 
Representação Temática 
 Competência 04 
Classe 500 Ciências Naturais, Matemáticas ou Puras 
 
Exemplo 8: 
 
No assunto “Plantas”, no geral, quando visto no segundo sumário, pode ser 
encontrado o número “580” para “Ciências Botânicas”. Consultando o terceiro 
sumário, o número “581” é suficiente para classificar esse assunto. Ressalta-se 
que se o assunto for um tipo de planta específica, serão usados os números 
entre 582 a 589 para classificá-las. 
 
Exemplo 9: 
 
“Briófitas” “588” 
 
Classe 600 Ciências Aplicadas 
 
Exemplo 10: 
 
Assunto “Fisiologia Humana”. Procurando no segundo sumário encontramos 
em “610” o número de “Medicina”, no terceiro sumário em “612” temos 
“Fisiologia humana”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 60 
Técnico em Biblioteca 
 Competência 04 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 19 – Terceiro Sumário da CDD – Classe 600 
Fonte: CDD 20ª edição em espanhol 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
61 
Representação Temática 
 Competência 04 
Classe 700 Artes 
 
Exemplo 11: 
 
O assunto, nesse caso, é “Instrumentos de percussão”. Consultando o 
segundo sumário, temos o número “780” para “Música”. Consultando o 
terceiro sumário, encontramos “786” “Instrumentos de percussão”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 20 – Terceiro Sumário da CDD – Classe 700 
Fonte: CDD 20ª edição em espanhol 
 
 
 62 
Técnico em Biblioteca 
 Competência 04 
Classe 800 Literatura 
 
Exemplo 12: 
 
“Literatura Portuguesa” é o assunto. Olhando o segundo sumário, 
encontramos o número “860” para “Literatura Espanhola e Portuguesa” e seu 
número é encontrado no terceiro sumário “869”. Se for necessário especificar 
o tipo de literatura e quase sempre é, utiliza-se, então, o número de divisão 
literária. 
 
Exemplo 13: 
 
“Literatura Portuguesa Romance” 869.3 
 
Em alguns casos, podemos, ainda, especificar o período literário e até o 
número do autor. 
 
Exemplo 14: 
 
Thomaz Antônio Gonzaga (poeta brasileiro entre os anos de 1750-1830) 
 
“869.9124” 
8 Literatura 
 69.9 Brasil 
 1 Poesia 
 2 Período de desenvolvimento 
 4 Número de Gonzaga 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
63 
Representação Temática 
 Competência 04Figura 21 – Terceiro Sumário da CDD – Classe 800 
Fonte: CDD 20ª edição em espanhol 
 
 
 
 
 
 
 
 64 
Técnico em Biblioteca 
 Competência 04 
Classe 900 Geografia, Biografias e História. 
 
Exemplo 15: 
 
O assunto “História da Geografia” se junta ao número de Geografia “910” 
encontrado no segundo sumário, e o número 9 é referente à divisão comum 
de história, formando “910.9”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 22 – Terceiro Sumário da CDD – Classe 900 
Fonte: CDD 20ª edição em espanhol 
 
 
 
 
 
 
 
 
65 
Representação Temática 
 Competência 04 
4.2 Classificação Decimal Universal 
 
Classe 0 - Generalidades 
 
Nesta classe, estão contidos os assuntos, Ciência e Conhecimento, 
Organização, Informática, Informação, Documentação, Biblioteconomia, 
Instituições, Publicações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 23 – Primeira divisão da Classe 0 (CDU) 
Fonte: www.udcc.org/udcsummary/php/index.php?tag=0&lang=pt (2012) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 66 
Técnico em Biblioteca 
 Competência 04 
Exemplo 1: 
 
Número “09” para documentos manuscritos, obras raras e notáveis. Em sua 
subdivisão, encontramos “091 Manuscritos”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 24 – Subdivisão da Classe 0 (CDU) 
Fonte: www.udcc.org/udcsummary/php/index.php?tag=0&lang=pt (2012) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
67 
Representação Temática 
 Competência 04 
Classe 1 Filosofia 
 
Estão dispostos nesta classe os assuntos Filosofia e Psicologia. 
 
Exemplo 2: 
 
No assunto “Psicologia Aplicada” na divisão da classe observamos o número 
“159.9” para Psicologia. Para encontrarmos o assunto específico temos que 
aprofundar a notação em sua subdivisão e, então, temos o número “159.98”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 25 – Primeira divisão da Classe 1 (CDU) 
Fonte: www.udcc.org/udcsummary/php/index.php?tag=1&lang=pt (2012) 
 
 
 
 
 
 68 
Técnico em Biblioteca 
 Competência 04 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 26 – Subdivisão da Classe 1 (CDU) 
Fonte: www.udcc.org/udcsummary/php/index.php?tag=1&lang=pt (2012) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
69 
Representação Temática 
 Competência 04 
Classe 2 Religião, Teologia 
 
Exemplo 3: 
 
O assunto em questão é “Budismo”. Ao consultar a primeira divisão, podemos 
observar que ela se encaixa em “21/29”, para “Sistemas Religiosos. Religiões e 
crenças religiosas”. Aprofundando mais, conseguimos obter o número “24 
Budismo”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 27 – Primeira divisão da Classe 2 (CDU) 
Fonte: www.udcc.org/udcsummary/php/index.php?tag=2&lang=pt (2012) 
 
 
 
 
 
 
 
 70 
Técnico em Biblioteca 
 Competência 04 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 28 – Subdivisão da Classe 2 (CDU) 
Fonte: www.udcc.org/udcsummary/php/index.php?tag=2&lang=pt (2012) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
71 
Representação Temática 
 Competência 04 
Classe 3 Ciências Sociais 
 
Exemplo 4: 
 
Ao consultar a primeira divisão, não conseguimos encontrar o assunto 
“Direito Penal”, mas identificamos o número “34” para “Direito e 
Jurisprudência”. Quando aprofundamos a notação, temos o número “343” 
para “Direito Penal e Delitos Penais” e, em sua subdivisão, obtemos “343.2/.7 
Direito Penal”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 29 – Primeira divisão da Classe 3 (CDU) 
Fonte: www.udcc.org/udcsummary/php/index.php?tag=3&lang=pt (2012) 
 
 
 
 
 
 72 
Técnico em Biblioteca 
 Competência 04 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 30 – Subdivisão da Classe 3 (CDU) 
Fonte: www.udcc.org/udcsummary/php/index.php?tag=3&lang=pt (2012) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
73 
Representação Temática 
 Competência 04 
Classe 5 - Ciências Puras 
 
Esta classe compreende os assuntos gerais, Matemática, Astronomia, Física, 
Química, Geologia, Paleontologia, Ciências Biológicas, Botânica e Zoologia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 31 – Primeira divisão da Classe 5 (CDU) 
Fonte: www.udcc.org/udcsummary/php/index.php?tag=5&lang=pt (2012) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 74 
Técnico em Biblioteca 
 Competência 04 
Exemplo 5: 
 
O assunto “Magnetismo” está contido na área de conhecimento “Física”, 
encontrado facilmente na divisão de Ciências Puras. Na subdivisão de Física, 
encontramos no número “537” Eletricidade, Magnetismo e 
Eletromagnetismo. É preciso aprofundar ainda mais um pouco para encontrar 
“537.6/.8” referente à “Magnetismo e Eletromagnetismo” e, definitivamente, 
encontramos “537.6” específico apenas para “Magnetismo”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 32 – Subdivisão da Classe 5 (CDU) 
Fonte: www.udcc.org/udcsummary/php/index.php?tag=5&lang=pt (2012) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
75 
Representação Temática 
 Competência 04 
Classe 6 Ciências Aplicadas 
 
A Classe em questão contém os assuntos Biotecnologia, Ciências Médicas, 
Engenharia, Agricultura, Economia Doméstica, Indústrias da comunicação e 
Transportes, Tecnologia e Indústrias Químicas, Artes Industriais, Indústrias da 
Construção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 33 – Primeira divisão da Classe 6 (CDU) 
Fonte: www.udcc.org/udcsummary/php/index.php?tag=6&lang=pt (2012) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 76 
Técnico em Biblioteca 
 Competência 04 
Exemplo 6: 
 
No assunto “Sistema Nervoso”, buscado na primeira subdivisão, temos o 
número “61” para Ciências Médicas. Em sua subdivisão, podemos observar a 
existência do número “611/612” para “Biologia Humana”. Em mais uma 
subdivisão, encontramos “612 Fisiologia” e, nele, encontramos a subdivisão 
de “Fisiologia Sistemática” e o assunto “Sistema Nervoso” em “612.8”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 34 – Subdivisão da Classe 6 (CDU) 
Fonte: www.udcc.org/udcsummary/php/index.php?tag=6&lang=pt (2012) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
77 
Representação Temática 
 Competência 04 
Classe 7 Artes. Entretenimento e Desporto 
 
Exemplo 7: 
 
No assunto “Xadrez”, fazendo uma observação geral da classe, percebemos 
no número “79” o assunto “Jogos”. Aprofundando em um nível, temos o 
número “794” para “Jogos de Mesa e Tabuleiros” e aí então encontramos em 
“794.1 Xadrez”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 35 – Primeira divisão da Classe 7 (CDU) 
Fonte: www.udcc.org/udcsummary/php/index.php?tag=7&lang=pt (2012) 
 
 
 
 
 
 
 78 
Técnico em Biblioteca 
 Competência 04 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 36 – Subdivisão da Classe 7 (CDU) 
Fonte: www.udcc.org/udcsummary/php/index.php?tag=7&lang=pt (2012) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
79 
Representação Temática 
 Competência 04 
Classe 8 Língua. Linguística. Literatura 
 
Exemplo 8: 
 
O assunto em questão é “Gramática”. Ao observar a classe, no geral, 
encontramos o número “81”, referente à “Linguística e Língua”. Expandindo 
um nível, temos o número “81’1/’4” e as subdivisões auxiliares especiais para 
materiais e facetas da linguística. Expandindo outro nível, encontramos o 
assunto Gramática, junto com outros, no número “81’3”, chegando, em sua 
ultima expansão, no número “81’35 Gramática”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 37 – Primeira divisão da Classe 8 (CDU) 
Fonte: www.udcc.org/udcsummary/php/index.php?tag=8&lang=pt (2012) 
 
 
 
 
 
 80 
Técnico em Biblioteca 
 Competência 04 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 38 – Subdivisão da Classe 8 (CDU) 
Fonte: www.udcc.org/udcsummary/php/index.php?tag=8&lang=pt

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