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de cada espécie e individual dentro da espécie. → Citogenética: estudo dos cromossomos, da sua estrutura e da sua hereditariedade. Genoma Humano e os cromossomos Cada espécie possui um complemento cromossômico característico, chamado de cariótipo, em relação ao número e à morfologia dos cromossomos que compõem seu genoma. Os genes estão em ordem linear ao longo dos cromossomos e cada gene possui uma posição precisa ou locus. → Mapa gênico: é o mapa da localização cromossômica dos genes e é característico → Germinativas: células que desenvolvem os gametas. → Células somáticas: nome dado a todas as células do corpo humano. →Um ser humano possui 46 cromossomos, arranjados em 23 pares. Destes 23 pares, 22 são semelhantes em homens e mulheres e são denominados autossomos, numerados do maior para o menor. O par restante compreende os cromossomos sexuais: 2 cromossomos X nas mulheres (XX) e 1 cromossomo Y e 1 cromossomo X nos homens (XY). Cromossomos Estrutura dos cromossomos → XX = herdado da mãe XY= X herdado da mãe e Y do pai ← → A composição dos genes no genoma humano, bem como os determinantes da sua expressão, é especificada no dna dos 46 cromossomos humanos no núcleo juntamente com o cromossomo mitocondrial. Cada cromossomo humano consiste em uma dupla hélice de dna contínua e única. → Os cromossomos não são dupla-hélices de dna desprotegidas. Dentro de cada célula, o genoma é armazenado como cromatina, na qual o dna genômico está conjugado com várias classes de proteínas cromossômicas. Exceto durante a divisão celular, a cromatina está distribuída por todo o núcleo e é relativamente homogênea → Cromossomos homólogos: os membros de um par de cromossomos carregam informações genéticas equivalentes, isto é, elas possuem os mesmos genes na mesma sequência. →Em qualquer locus específico, no entanto, elas podem ter formas idênticas ou levemente diferentes do mesmo gene, chamados de alelos. Organização dos cromossomos Cromossomos → A molécula de dna de um cromossomo existe na cromatina como um complexo com uma família de proteínas cromossômicas básicas denominadas histonas e com um grupo heterogêneo de proteínas não- histonas. → Cinco tipos principais de histonas desempenham um papel crítico no acondicionamento adequado da cromatina. Duas cópias de cada uma das quatro histonas H2A, H2B, H3 e H4 constituem um octâmero, ao redor do qual um segmento da hélice dupla de dna se enrola, como uma linha ao redor do carretel. Cada complexo de dna com histonas centrais é chamado de nucleossomo, que é a unidade estrutural básica da cromatina, e cada um dos 46 cromossomos humanos contém várias centenas de milhares até mais de um milhão de nucleossomos. A quinta histona, H1, parece se ligar ao dna na extremidade de cada nucleossomo, na região de espaçamento internucleossômico. em sua aparência microscópica. Quando a célula se divide, no entanto, seu genoma condensa-se e aparece microscópicamente como cromossomos visíveis. Os cromossomos estão, então, visíveis como estruturas discretas somente nas células em divisão, embora eles mantenham integridade entre as divisões celulares. Cromossomos → A significância geral dessa organização funcional é que esses cromossomos não são uma coleção aleatória de tipos diferentes de genes e outras sequências de dna. Certos tipos de sequências são características de aspectos estruturais diferentes de cromossomos humanos. As consequências clínicas das anormalidades estruturais do genoma refletem a natureza específica dos genes e das sequências envolvidas. Dessa forma, as anormalidades dos cromossomos ou regiões cromossômicas ricas em genes tendem a ser muito mais graves clinicamente do que os defeitos de dimensões semelhantes que envolvem partes do genoma pobres em genes. Os genes mitocondriais exibem hereditariedade exclusivamente materna. A molécula de dna mitocondrial possui somente 16 kb de comprimento (menos que 0,03% do comprimento do menor cromossomo nuclear!) e codifica somente 37 genes. As histonas H3 e H4 podem ser modificadas por alterações químicas para as proteínas codificadas. Essas modificações, chamadas de pós-tradução, podem alterar as propriedades dos nucleossomos que as contém. O padrão dos principais e especializados tipos de histonas e suas modificações são frequentemente chamados de código histona. Cromossomos Cromossomo Mitocondrial Organização do genoma humano → O dna de cópia única compõe mais da metade do dna no genoma, porém muitas de suas funções ainda permanecem sem resposta, visto que as sequências codificam proteínas que constituem somente uma pequena proporção de todo o dna de cópia única. → Já o dna repetitivo possui diversas categorias diferentes. Os tipos diferentes de tais repetições em tandem são coletivamente chamados de dnas satélites, e são assim denominados porque muitas famílias de repetições em tandem originais podem ser separadas por métodos bioquímicos a partir do tamanho do genoma como frações (“satélites”) diferentes do dna. As famílias de repetições variam em relação à sua localização no genoma, ao comprimento total da série e ao comprimento das unidades repetidas. Além do dna de repetição em tandem, outra classe principal de dna repetitivo consiste em sequências relacionadas que estão dispersas por todo o genoma em vez de estarem localizadas. Existem diversas famílias que compõem essa classe, porém 2 estão mais detalhadas porque juntas compõem uma proporção significativa do genoma e porque foram implicadas em doenças genéticas. Entre eles estão: → Família Alu: Os membros dessa família possuem cerca de 300 pares de bases e são reconhecidamente relacionados uns com os outros embora não possuam sequência de dna idêntica. No total, existem mais de um milhão de membros da família Alu no genoma, compondo no mínimo 10% do dna humano. Em algumas regiões do genoma, no entanto, eles compõem um percentual muito maior do dna. → Somente cerca da metade do comprimento total linear do genoma consiste nas chamadas cópias únicas ou dna único, isto é, dna cuja sequência de nucleotídeos é representada somente uma vez (ou no máximo umas poucas vezes). O resto do genoma consiste em várias classes de dna repetitivo e inclui o dna cuja sequência de nucleotídeos é repetida, seja perfeitamente ou com alguma variação, centenas de milhões de vezes no genoma. Cromossomos Dna de cópia única X Dna repetitivo → Família Line: Chamado de família do elemento nuclear intercalado comprido ou line, essa família possui um comprimento de 6 Kb e são encontrados em cerca de 850.000 cópias do genoma, compondo cerca de 20% do genoma. Eles também são abundantes em algumas regiões do genoma, mas relativamente escassos em outras. → Tanto a sequência Alu como a Line têm sido implicadas como causa de mutações em doenças hereditárias. Algumas cópias dessas duas famílias geram cópias de si mesmas que podem se integrar no genoma, causando inativação por inserção de genes importantes. A frequência de tais eventos causando doenças genéticas em humanos é atualmente desconhecida, mas elas podem contribuir com até uma em 500 mutações. Além disso, eventos de recombinação aberrantes entre repetições line e alu diferentes podem também ser causa de mutação em algumas doenças genéticas. Cromossomos Divisão Celular → Existem 2 tipos de divisão celular, a mitose e a meiose. A mitose regula a divisão das células somáticas (zigoto), responsáveis por regular o crescimento do corpo, a diferenciação e os efeitos de regeneração tecidual. A divisão mitótica normalmente resulta em duas células- filhas, cada uma com cromossomos e genes idênticos aos da célula-mãe. Pode haver dúzias ou mesmo centenas de mitoses sucessivas em uma linhagem de células somáticas. Ao contrário, a meiose ocorre somente nas células da linhagem germinativa. A meiose resulta na formação de células reprodutoras (gametas), e cadauma delas possui somente 23 cromossomos — um de cada tipo de autossomo e outro X ou Y. Células somáticas → conteúdo diploide (duplo) ou complemento cromossômico 2n (46 cromossomos). Gametas → conteúdo haploide (único) ou complemento (23 cromossomos). As anormalidades do número ou das estruturas dos cromossomos, os quais possuem significância clínica, podem se originar tanto das células somáticas quanto das células germinativas por erros na divisão celular. O ser humano inicia sua vida como um ovócito fertilizado (zigoto), uma célula diplóide a partir da qual as células do corpo são derivadas por séries de dezenas e até centenas de mitoses. A mitose, obviamente, é crucial para o crescimento e a diferenciação, mas ela constitui apenas uma parte do ciclo de vida de uma célula. O período entre duas mitoses sucessivas é chamado de interfase, estado no qual a célula passa a maior parte da vida. Apoptose: é uma forma de morte celular programada, ou “suicídio celular” Fase G1 → Fase S → Fase G2 = Constituem a interfase → Após a mitose, a célula entra em uma fase chamada de fase G1. Nessa fase cada célula contém uma cópia diplóide do genoma. Alguns tipos celulares, como os neurônios e as células vermelhas sangüíneas, não se dividem uma vez que estão totalmente diferenciados; em vez disso, eles permanecem aprisionados durante a fase G1 em uma fase diferente, não divisória, conhecida como G0 (“G zero”). Outras células, como as células hepáticas, podem entrar em G0 mas após uma lesão no órgão, conseqüentemente retornam à G1 e continuam por todo o ciclo celular Cromossomos Ciclo Celular → G1 é seguido pela fase S, o estágio de síntese do dna. Durante esse estágio, cada cromossomo, que em G1 era uma molécula única de dna, replicase e se torna um cromossomo bipartido consistindo em duas cromátides irmãs, cada uma delas contém uma cópia idêntica da dupla-hélice do dna linear original. As extremidades de cada cromossomo (ou cromátides) são marcadas por telômeros, que consistem em sequências especializadas repetitivas de dna que garantem a integridade do cromossomo durante a divisão celular. No final da fase S, o conteúdo de dna da célula está duplicado e cada nova célula contém duas cópias do genoma diplóide. Por todo o ciclo celular, ácidos ribonucléicos e proteínas são produzidos e a célula gradualmente aumenta consequentemente, há duplicação da sua massa total antes da próxima mitose. A fase G2 é finalizada com a mitose, que se inicia quando os cromossomos individuais tornam-se condensados e visíveis sob a microscopia como filamentos finos estendidos Enzima Telomerase: esta enzima assegura que a síntese do dna inclua as extremidades de cada cromossomo. Na ausência da telomerase, as extremidades cromossômicas tornam-se cada vez mais curtas, consequentemente levando a morte celular. → Após a fase S, a célula entra em um estágio breve chamado de fase G2. Cromossomos Prometáfase: a célula entra em prometáfase quando a membrana nuclear se rompe, permitindo que os cromossomos se dispersem dentro da célula e se fixem, pelos seus cinetócoros, aos microtúbulos do fuso mitótico. Os cromossomos então iniciam o movimento em direção ao ponto médio entre os pólos do fuso, um processo chamado de congressão. Os cromossomos continuam a se condensar por todo esse estágio. Metáfase: nesta fase os cromossomos atingem a condensação máxima. Eles se organizam no plano equatorial da célula, equilibrado por forças iguais exercidas no cinetócoro de cada cromossomo pelos microtúbulos, emanadas a partir dos dois pólos do fuso. Os cromossomos de uma célula humana em divisão são mais facilmente analisados no estágio de metáfase ou prometáfase da mitose. Anáfase: este processo começa abruptamente quando os cromossomos se separam do centrômero. As cromátides irmãs de cada cromossomo agora se tornam cromossomos- filhos independentes, que se dirigem para os pólos opostos da célula. formação do fuso mitótico. Um par de centros de organização de microtúbulos, também chamados de centrossomos, forma focos dos quais irradiam os microtúbulos. Os centrossomos gradualmente se movimentam para tomar as posições dos pólos da célula. Segregação cromossômica é o processo responsável por distribuir uma cópia de cada cromossomo para cada célula-filha. O processo de mitose é contínuo, mas cinco estágios são distinguidos: prófase, prometáfase, metáfase, anáfase e telófase. Cromossomos Mitose Prófase: esse estágio inicia a mitose e é caracterizado pela condensação gradual dos cromossomos e o início da Anáfase: este processo começa abruptamente quando os cromossomos se separam do centrômero. As cromátides irmãs de cada cromossomo agora se tornam cromossomos- filhos independentes, que se dirigem para os pólos opostos da célula. Importante: Os cromossomos condensados de uma célula humana em divisão são mais facilmente analisados no estágio da metáfase ou prometáfase. Nesses estágios, os cromossomos são visíveis ao microscópio como uma dispersão cromossômica; Existe uma diferença importante entre a célula que está entrando na mitose e uma que completou o processo. Cada um dos cromossomos da célula-mãe em G2 possui um par de cromátides, mas os cromossomos da célula-filha consistem, cada um, em somente uma cópia do material genético. Essa cópia não será duplicada até que a célula-filha, por sua vez, atinja a fase S do próximo ciclo celular. O processo total da mitose, dessa forma, assegura a duplicação e distribuição ordenada do genoma por sucessivas divisões celulares. O quadro completo de cromossomos é chamado de cariótipo. A palavra cariótipo é utilizada também para referir-se a um conjunto de cromossomos padronizados de um indivíduo ou de uma espécie. . Cromossomos Cariótipo Humano Meiose A meiose, processo pelo qual células diplóides originam gametas haplóides, envolve um tipo de divisão celular que é único para células germinativas. A meiose consiste em uma etapa de síntese de dna seguida por duas etapas de segregação cromossômica e divisão celular. As células da linhagem germinativa que sofrem meiose, espermatócitos primários ou ovócitos primários, são derivadas do zigoto por uma longa série de mitoses antes do início da meiose. Existem duas divisões meióticas: meiose 1 e meiose 2, são elas: Meiose 1: conhecida como divisão reducional é uma divisão na qual o número de cromossomos é reduzido à metade por meio do pareamento dos homólogos na prófase e pela sua segregação em células diferentes na anáfase da meiose 1. A meiose 1 é também notável por causa de seu estágio de recombinação genética. Nesse processo, segmentos homólogos do dna são trocados entre as cromátides não-irmãs de um par de cromossomos homólogos, assegurando, então, que nenhum dos gametas produzidos pela meiose seja idêntico ao outro. A falha em recombinar-se corretamente leva a segregação errada durante a meiose 1 e é uma causa frequente de anormalidades cromossômicas, como a síndrome de Down. Meiose 2: segue à meiose 1 sem uma etapa intercalada de replicação do dna. Como na mitose habitual, as cromátides separam-se e uma cromátide de cada cromossomo passa para cada célula-filha. Primeira divisão meiótica-Meiose 1 Prófase 1: A prófase da meiose 1 é um processo complicado que difere da prófase mitótica de várias formas, com consequências genéticas importantes. → Leptóteno: inicia-se a condensação dos cromossomos já duplicados. → Zigóteno: os cromossomos homólogos se emparelham, alinhando-se em um fenômeno chamado sinapse cromossômica. Nesse processo, ocorre a formação de uma estrutura chamada complexo sinaptonêmico, que une intimamente os cromossomos neste emparelhamento. Cromossomos https://www.infoescola.com/biologia/cromossomos/ → Paquíteno: ocorre a troca de pedaços entre cromossomos homólogos, onde alguns genes que se encontravam no cromossomo paterno passam para o cromossomo materno evice-versa. Esse fenômeno, conhecido como crossing over ou permutação, é de grande importância biológica, pois aumenta a variabilidade genética. → Diplóteno: o complexo sinaptonêmico se desarranja e os cromossomos homólogos se separam, mas ainda com as cromátides-irmãs unidas. Nesta fase é visível regiões dos cromossomos em X, denominados quiasmas, que correspondem a pontos dos cromossomos que se cruzaram na permutação. → Diacinese: os cromossomos homólogos se separam definitivamente, mas mantém-se unidos pelos quiasmas, que deslizam para as extremidades bivalentes. Esse fenômeno recebe o nome de terminalização dos quiasmas. Por fim, o envelope nuclear se desintegra e os pares de cromossomos homólogos, ainda associados pelos quiasmas, espalham-se no citoplasma. Cromossomos Metáfase 1: A metáfase 1 inicia-se, assim como na mitose, quando a membrana nuclear desaparece. Um fuso se forma e os cromossomos pareados se alinham no plano equatorial com seus centrômeros orientados em direção aos pólos diferentes. Anáfase 1: Os dois membros de cada bivalente se separam e seus respectivos centrômeros com as cromátides irmãs fixadas são puxadas para os pólos opostos da célula, um processo chamado de disjunção. Assim, o número de cromossomos é dividido em partes iguais e cada produto celular da meiose 1 possui um número haploide de cromossomos. https://www.infoescola.com/genetica/crossing-over/ https://www.infoescola.com/matematica/permutacao/ https://www.infoescola.com/biologia/variabilidade-genetica/ https://www.infoescola.com/citologia/citoplasma/ Os bivalentes diferentes agrupam-se independentemente um do outro, e, dessa forma, os conjuntos originais de cromossomos paterno e materno são separados em combinações aleatórias. Telófase 1: os dois conjuntos de cromossomos haplóides estão normalmente agrupados nos pólos opostos das células. Citocinese: após a telófase 1, a célula divide-se em duas células filhas haplóides e entra em intérfase meiótica. Na espermatogênese, o citoplasma é mais ou menos igual entre as duas células-filhas, mas na ovocitogênese, um produto (o ovócito secundário) recebe quase todo o citoplasma, e o produto recíproco torna se o primeiro glóbulo polar. Ao contrário da mitose, a interfase é breve e a meiose II se inicia. O ponto notável que distingue a intérfase meiótica da mitótica é que não existe fase S, entre a primeira e a segunda divisão meiótica. Cromossomos Segunda divisão meiótica-Meiose 2 A segunda divisão meiótica é semelhante à mitose normal, exceto que o número de cromossomos da célula que entra em meiose 2 é haplóide. O resultado final é que as duas células-filhas resultantes da meiose 1 dividem-se para formar quatro células haplóides, cada uma contendo 23 cromossomos. Por causa do crossing over na meiose 1, os cromossomos dos gametas resultantes não são idênticos. Assim como cada cromossomo materno e paterno em um par homólogo separa-se aleatoriamente em células-filhas na meiose 1, a segregação de alelos paternos e maternos diferentes de cada gene também ocorre durante a meiose. Redução do número de cromossomos de diplóide para haplóide, a etapa essencial na formação dos gametas. Segregação dos alelos, tanto na meiose I como na meiose II, de acordo com a Primeira Lei de Mendel. Embaralhamento do material genético por separação aleatória dos homólogos, de acordo com a Segunda Lei de Mendel. Embaralhamento adicional do material genético pelo crossing over, que não só está envolvido como um mecanismo para aumentar substancialmente a variação genética, mas é, além disso, essencial para assegurar a disjunção normal dos cromossomos. No entanto, se os alelos se segregam durante a primeira ou a segunda divisão meiótica depende se eles estavam envolvidos no evento de cross over na meiose 1. Consequências genéticas da meiose Cromossomos Espermatogênese, ovocitogênese e fertilização → Os espermatozóides são formados nos túbulos seminíferos dos testículos após a maturação sexual ser atingida. Os túbulos são revestidos com espermatogônias, que estão em diferentes estágios de diferenciação. Essas células desenvolvem-se a partir das células germinativas primordiais por uma longa série de mitoses. O último tipo celular na sequência do desenvolvimento é o espermatócito primário, que sofre meiose I para formar dois espermatócitos secundários haplóides. Os espermatócitos secundários rapidamente sofrem meiose II, cada um formando duas espermátides, que se diferenciam sem uma outra divisão nos espermatozóides. Em humanos, o processo total ocorre em 64 dias. →Ao contrário da espermatogênese, que é iniciada na puberdade e continua por toda a vida adulta, a ovocitogênese inicia-se durante o desenvolvimento pré-natal. Os ovócitos se desenvolvem a partir das ovogônias, células no córtex ovariano que descendem das células germinativas primordiais por uma série de cerca de 20 mitoses. Cada ovogônia é uma célula central em um folículo em desenvolvimento. Por volta do terceiro mês de desenvolvimento pré-natal, as ovogônias do embrião começam a se transformar em ovócitos primários, dos quais alguns entram na prófase da meiose 1. O processo de ovocitogênese não é sincronizado, e tanto o estágio inicial como estágios posteriores coexistem no ovário fetal. Os ovócitos primários completam toda a prófase 1 até o momento do nascimento, e aqueles que não se degeneram permanecem nesse estágio por anos, até a ovulação como parte do ciclo menstrual da mulher. Importante: antes da ovulação, o ovócito rapidamente completa a meiose 1, dividindo-se de forma que uma célula torna-se o ovócito secundário (um ovo ou um óvulo), contendo a maioria do citoplasma com suas organelas, e o outro se torna o primeiro glóbulo polar.. A meiose 2 começa prontamente e prossegue para o estágio de metáfase durante a ovulação, onde ela para e é somente completada se a fertilização ocorrer. →A fertilização do ovócito ocorre nas tubas de Falópio dentro de mais ou menos um dia de ovulação. A fertilização é seguida pela conclusão da meiose II, com a formação de um segundo glóbulo polar. Os cromossomos do ovócito fertilizado e do espermatozóide tornam- se pronúcleos, cada um circundado por uma membrana nuclear. Os cromossomos do zigoto diplóide replicam-se logo após a fertilização, e o zigoto divide-se por mitose para formar duas células-filhas diplóides. Essa mitose é a primeira de uma série de divisões por clivagem que inicia o processo do desenvolvimento embrionário. Cromossomos Citogenética Clínica Citogenética clínica é o estudo dos cromossomos, sua estrutura e sua herança, aplicado à prática da genética médica. As anomalias cromossômicas (alterações microscopicamente visíveis ao número ou na estrutura dos cromossomos) são responsáveis por uma série de condições clínicas denominadas distúrbios cromossômicos. Os distúrbios cromossômicos constituem uma importante categoria de doenças genéticas. Eles são responsáveis por uma grande proporção de toda as perdas reprodutivas, malformações congênitas e retardo mental, desempenhando um importante papel na patogênese da doença maligna. Problemas precoces de crescimento e de desenvolvimento: falta e o retardo do desenvolvimento, uma fácies dismórfica, malformações múltiplas, baixa estatura, genitália ambígua e retardo mental são achados frequentes em crianças com anomalias cromossômicas, embora elas não se restrinjam àquele grupo. Natimortos e morte neonatal: A incidência de anomalias cromossômicas é muito mais elevada entre os natimortos do que entre os nativivos, além de ser elevada entre as crianças que falecem no período neonatal. Problemas de fertilidade: Os estudos cromossômicos estão indicados para as mulheres que apresentam amenorréia e para casais com história de infertilidade ou abortos recorrentes. A anomalia cromossômica é observada em um ou outro genitor em uma proporção significante (3% a 6%) dos casos nos quais existe infertilidade ou dois ou mais abortos. História familiar:Uma anomalia cromossômica conhecida ou suspeita em um parente de primeiro grau constitui uma indicação para a análise cromossômica em algumas circunstâncias. Neoplasia: Praticamente todos os cânceres estão associados a uma ou mais anomalias cromossômicas. Gestação em uma mulher em idade avançada: Existe um risco aumentado de anomalia cromossômica nos fetos concebidos por mulheres com mais de 35 anos. A análise cromossômica é indicada como um procedimento diagnóstico de rotina para uma série de fenótipos específicos encontrados em medicina clínica. Além disso, também existem situações clínicas não específicas e achados que indicam a necessidade de análise citogenética: Cromossomos Indicações clínicas para a análise cromossômica Os 24 tipos de cromossomos encontrados no genoma humano podem ser prontamente identificados citologicamente por uma série de procedimentos específicos de coloração. Existem três métodos de coloração comumente utilizados que podem distinguir os cromossomos humanos. Os procedimentos utilizados em alguns laboratórios ou para propósitos específicos incluem os seguintes: padrão de bandas Q e padrão de bandas R. Para situações particulares ou especiais, uma série de técnicas especializadas podem ser usadas, o padrão de bandas C e o padrão de bandas de alta resolução. Anomalias cromossômicas Um complemento cromossômico com qualquer número de cromossomos que não seja 46 é denominado heteroplóide. Um múltiplo exato do número haplóide de cromossomos (n) é denominado euplóide e qualquer outro número de cromossomos é denominado aneuplóide. → Euplóide: contém o número de → Euplóide: contém o número de cromossomos completo. → Aneuplóide: Uma aneuplóide teve o seu material genético alterado, sendo portador de um número cromossômico diferente do normal da espécie, isto é, o cariótipo de uma dada célula pode ter cromossomos a mais ou a menos. A maioria dos pacientes aneuplóides tanto apresenta trissomia (três, em lugar do par normal de um cromossomo em particular) quanto, menos frequentemente, monossomia (somente um representante de um cromossomo em particular).Tanto a trissomia quanto a monossomia apresentam graves consequências fenotípicas. A análise molecular do genoma pode ser realizada em qualquer material clínico adequado, desde que um dna de boa qualidade possa ser obtido. As células não têm de estar se dividindo para este propósito, sendo desse modo possível a realização dos exames em amostras de tecido e de tumores, por exemplo, assim como no sangue periférico. Cromossomos Identificação Cromossômica Rearranjos não balanceados: Nos rearranjos não balanceados, o fenótipo provavelmente será anormal devido à deleção, à duplicação, ou (em alguns casos) a ambas. A duplicação de parte de um cromossomo leva a uma trissomia parcial; a deleção acarreta uma monossomia parcial. Qualquer alteração que perturbe oequilíbrio normal de genes funcionais pode resultar em um desenvolvimento anormal. Os rearranjos estruturais resultam da ruptura dos cromossomos, seguida pela reconstituição em uma combinação anormal. Embora os rearranjos possam ocorrer de diversos modos, eles são, em conjunto, menos comuns do que a aneuploidia. No total, as anomalias estruturais estão presentes em cerca de um em cada 375 neonatos. O rearranjo cromossômico ocorre espontaneamente em uma baixa frequência, também podendo ser induzido por agentes quebradores (clastogênicos), tais como a radiação ionizante, algumas infecções virais e diversos agentes químicos. Assim como as anomalias numéricas, os rearranjos estruturais podem estar presentes em todas as células de uma pessoa, ou na forma de um mosaico. Os rearranjos estruturais são definidos como balanceados, se o conjunto cromossômico possui o complemento normal de material cromossômico, ou não balanceado, se há material adicional ou ausente. Alguns rearranjos são estáveis, capazes de passar inalterados através das divisões celulares mitóticas e meióticas, enquanto outros são instáveis. → Deleções: as deleções envolvem a perda de um segmento de um cromossomo, resultando em um desequilíbrio cromossômico. Uma deleção pode ocorrer na extremidade de um cromossomo (terminal) ou ao longo do braço de um cromossomo (intersticial). → Duplicações: as duplicações, assim como as deleções, podem se originar de um crossing- over desigual ou de uma segregação anormal a partir da meiose de um portador de uma translocação ou de uma inversão. Em geral, a duplicação parece ser menos nociva do que a deleção. → Tiploidia e Tetraploidia: Denominamos de triploidia (3n) quando o indivíduo possui três grupos de cromossomos, de tetraploidia (4n) quando o indivíduo possui quatro grupos cromossômicos e assim sucessivamente. Cromossomos Anomalias da estrutura dos cromossomos os marcadores geralmente estão em adição ao complemento cromossômico normal, sendo, portanto, igualmente denominados cromossomos supranumerários ou cromossomos extras estruturalmente anormais. Uma intrigante subclasse de cromossomos marcadores carece de sequências identificáveis de DNA centromérico, a despeito de serem mitoticamente estáveis. Esses marcadores representam pequenos fragmentos de braços de cromossomos (geralmente a alguma distância do centrômero normal) que, de algum modo, adquiriram atividade de centrômero. Diz-se que tais marcadores contêm neocentrômeros. Muitos cromossomos marcadores carecem de sequências teloméricas identificáveis e, desse modo, são provavelmente pequenos anéis de cromossomos que são formados quando um cromossomo sofre duas fraturas e as suas extremidades partidas se reúnem em uma estrutura em anel. Os cromossomos em anel são bastante raros, mas foram detectados para todos os cromossomos humanos. Quando o centrômero está dentro do anel, espera-se que o cromossomo em anel seja mitoticamente estável. Todavia, alguns anéis experimentam dificuldades na mitose, quando as duas cromátides irmãs do cromossomo em anel ficam embaraçadas na sua tentativa de se separarem na anáfase. Pode haver ruptura do anel seguido pela fusão e, assim, anéis maiores ou menores podem ser gerados. Devido a essa instabilidade mitótica, não é raro que os cromossomos em anel só sejam encontrados em uma proporção das células. → Isocromossomos: é um cromossomo no qual um braço está ausente e o outro está duplicado à maneira de uma imagem no espelho. Uma pessoa com 46 cromossomos, portadora de um isocromossomo, possui, portanto, uma única cópia do material genético de um braço (monossomia parcial) e três cópias do material genético do outro braço (trissomia parcial). → Cromossomos dicêntricos: dicêntrico é um tipo raro de cromossomo anormal no qual dois segmentos de cromossomos (de cromossomos diferentes ou das duas cromátides de um único), cada um com um centrômero, se fundem pelas extremidades com a perda dos seus fragmentos acêntricos. Cromossomos Rearranjos balanceados: os rearranjos cromossômicos balanceados normalmente não apresentam um efeito fenotípico, porque, embora embalados de um modo diferente, todo o material cromossômico está presente. É importante distinguir os rearranjos verdadeiramente balanceados daqueles que parecem citogeneticamente balanceados, mas que são, de fato, desbalanceados no nível molecular. Mesmo quando os rearranjos estruturais são realmente balanceados, podem representar uma ameaça à geração subseqüente porque os portadores tendem a produzir uma alta freqüência de gametas desbalanceados e, portanto, apresentam um risco aumentado de terem uma prole anormal com cariótipos desbalanceados. → Inversões: Uma inversão ocorre quando um único cromossomo sofre duas fraturas e é reconstituído com o segmento entre os pontos de ruptura invertido. As inversões são de dois tipos: paracêntricas (não incluindo o centrômero), nas quais ambas as fraturas ocorrem em um braço, e pericêntricas (incluindo o centrômero), nas quais há uma ruptura em cada braço. Uma inversão geralmente não provoca um fenótipo anormal nos seus portadores por ser um rearranjo balanceado.Sua significância clínica é para a progênie. O portador de cada tipo de inversão apresenta o risco de produzir gametas anormais que podem levar a uma prole desbalanceada, uma vez que, quando a inversão estiver presente, uma alça é formada no momento em que os cromossomos se parearem na meiose I. Embora a recombinação esteja um tanto suprimida no interior das alças de inversão, quando ocorrer, isso pode levar à produção de gametas desbalanceados. Tanto gametas com complementos cromossômicos balanceados (sejam normais ou possuidores de inversão) quanto gametas com complementos desbalanceados são formados, dependendo da localização dos eventos de recombinação. Portanto, o risco de um portador de uma inversão paracêntrica vir a ter um filho nascido vivo com um cariótipo anormal é muito baixo. Uma inversão pericêntrica, por outro lado, pode levar à produção de gametas desbalanceados, tanto com duplicação quanto deficiência de segmentos de cromossomos. Cada inversão pericêntrica, contudo, está associada a um risco em particular. Grandes inversões pericêntricas mais provavelmente levarão a uma prole recombinante viável do que as menores, uma vez que os segmentos desbalanceados na progênie recombinante são menores na hipótese de grandes inversões. Cromossomos Cromossomos Translocações Recíprocas: este tipo de rearranjo resulta da ruptura de cromossomos não homólogos, com a permuta recíproca dos segmentos partidos. Geralmente só dois cromossomos estão envolvidos e, uma vez que a troca é recíproca, o número total de cromossomos permanece inalterado. Características: são comuns, são geralmente inofensivas, são mais comuns em indivíduos mentalmente retardados internados e estão associados a uma alto risco de gametas. Elas chamam a atenção ou durante o diagnóstico pré-natal ou quando os genitores de uma criança anormal com uma translocação desbalanceada são cariótipos. As translocações balanceadas são mais comumente encontradas em casais que tiveram dois ou mais abortos espontâneos e em homens inférteis do que na população em geral. Translocações Robertsonianas: este tipo de rearranjo envolve dois cromossomos acrocêntricos que se fundem próximo à região do centrômero com a perda dos braços curtos. O cariótipo balanceado resultante só possui 45 cromossomos, incluindo o cromossomo da translocação, que, de fato, é formado pelos braços longos dos dois cromossomos. As translocações robertsonianas tanto podem ser monocêntricas como pseudo cêntricas, dependendo da localização do ponto de ruptura em cada cromossomo acrocêntrico. Conquanto um portador de uma translocação robertsoniana seja fenotipicamente normal, há o risco de gametas desbalanceados e, consequentemente, de uma prole desbalanceada. O risco de uma prole desbalanceada varia de acordo com a translocação robertsoniana particular e com o sexo do genitor portador. Mulheres portadoras possuem, em geral, um risco mais elevado de transmitirem a translocação para uma criança afetada. A principal importância clínica desse tipo de translocação é de que os portadores de uma translocação robertsoniana envolvendo o cromossomo 21 estão em risco de produzirem uma criança com síndrome de Down por translocação. → Translocações: a translocação envolve a troca de segmentos de dois cromossomos, geralmente não homólogos. Existem dois tipos principais: a recíproca e a robertsoniana. → Inserções: é um tipo não-recíproco de translocação que ocorre quando um segmento removido de um cromossomo é inserido em um cromossomo diferente, tanto na sua orientação usual quanto invertido. Uma vez que elas exigem três fraturas cromossômicas, as inserções são relativamente raras. A segregação anormal em um portador de inserção pode produzir uma prole com duplicação ou deleção do segmento inserido, assim como descendentes normais e portadores balanceados. Cromossomos Identificação Cromossômica Mosaicismo: É chamado de mosaicismo quando uma pessoa possui uma anomalia cromossômica, esta anomalia geralmente está presente em todas as suas células. Algumas vezes, no entanto, dois ou mais complementos cromossômicos estão presentes em um indivíduo. Uma causa comum de mosaicismo é a não-disjunção nas divisões mitóticas pós-zigóticas iniciais. Por exemplo, um zigoto com um cromossomo 21 adicional pode perder o cromossomo extra em uma divisão mitótica e continuar a se desenvolver como um mosaico s efeitos do mosaicismo sobre o desenvolvimento variam em função do momento do evento de não- disjunção, da natureza da anomalia cromossômica, das proporções dos diferentes complementos cromossômicos presentes e dos tecidos afetados. → Mosaicismo placentário confinado: Um tipo específico de mosaicismo cromossômico ocorre quando o cariótipo da placenta é mosaico para uma anomalia, geralmente uma trissomia, que não é aparente no feto. Mosaicismo placentário confinado, pode levar a um feto ou um neonato fenotipicamente anormais, a despeito do cariótipo euplóide aparentemente normal. Em um mecanismo, ambas as cópias do cromossomo relevante (p. ex. cromossomo 15) no feto podem se originar do mesmo genitor. Incidência das anomalias cromossômicas: Os distúrbios numéricos mais importantes dos cromossomos são três trissomias autossômicas (trissomia do 21, trissomia do 18 e trissomia do 13) e quatro tipos de aneuploidia dos cromossomos sexuais: a síndrome de Turner (geralmente 45,X), a síndrome de Klinefelter (47,XXY), 47,XYY e 47,XXX. A triploidia e a tetraploidia são responsáveis por uma pequena porcentagem dos casos, particularmente nos abortos espontâneos. A interpretação é de que um estado trissômico, geralmente incompatível com a sobrevivência, pode ser “salvo” através da perda de uma das cópias do cromossomo envolvido na trissomia. Por acaso, o cromossomo perdido pode ser a única cópia que se originou de um dos genitores, levando a uma dissomia uniparental nas células remanescentes. → Nascidos vivos: Descobriu-se que a incidência global de anomalias cromossômicas em neonatos era de cerca de um em cada 160 nascimentos (0,7%). A maior parte das anomalias autossômicas pode ser diagnosticada quando do nascimento, mas as anomalias dos cromossomos sexuais, com exceção da síndrome de Turner, não são clinicamente identificadas até a puberdade. → Abortos espontâneos: A freqüência global de anomalias cromossômicas nos abortos espontâneos é de, pelo menos, 40% a 50%, e os tipos de anomalias diferem em vários modos daqueles observados em nascidos com vida. A anomalia isolada mais comum nos abortos é a 45,X (síndrome de Turner), que responde por quase 20% dos abortos espontâneos cromossomicamente anormais, mas por menos de 1% dos nascidos vivos anormais. As outras anomalias dos cromossomos sexuais, que são comuns entre os nascidos com vida, são raras nos abortos. Cromossomos Imprinting genômico: Para alguns distúrbios, a expressão do fenótipo da doença depende de o alelo mutante ou o cromossomo anormal ter sido herdado do pai ou da mãe, no caso do imprinting ocorre durante a gametogênese, antes da fertilização, e marca alguns genes. Cromossomos Efeitos no genitor de origem As diferenças na expressão genética entre o alelo herdado da mãe e daquele herdado do pai são o resultado do imprinting genômico. O imprinting é um processo normal provocado pelas alterações na cromatina que ocorrem na linhagem germinativa de um dos genitores, mas não no outro, em localizações características no genoma. Essas alterações incluem a modificação covalente do dna, tal como a metilação da citosina para formar 5- metil-citosina, ou a modificação ou substituição na cromatina de tipos históricos específicos, que pode influenciar a expressão genética dentro de uma região cromossômica. O imprinting afeta a expressão de um gene, mas não a sequência primária do DNA. É uma forma reversível de inativação genética, mas não de mutação e, portanto, constitui um exemplo do que se denomina efeito epigenético. → Após a concepção (o imprinting controla a expressão genética dentro da região “imprintada” em alguns ou em todos ostecidos somáticos do embrião) → persiste no pós- natal até a vida adulta (isso ocorre através de centenas de divisões celulares, de modo somente a cópia materna ou paterna do gene seja expressada). → Imprinting reversível: um alelo derivado do pai, quando herdado por uma mulher, deve ser convertido em sua linhagem germinativa de modo que ela possa, então, passá-la com um imprinting materno para a sua prole. Igualmente, um alelo derivado com imprinting materno, quando herdado por um homem, deve ser convertido em sua linhagem germinativa de modo que ele possa passá-lo como um alelo paternalmente “imprintado” para a sua prole. Síndrome de Prader-Willi é uma síndrome dismórfica relativamente comum caracterizada por obesidade, hábitos alimentares excessivos e indiscriminados, mãos e pés pequenos, baixa estatura, hipogonadismo e retardo mental. Em aproximadamente 70% dos casos da síndrome existe uma deleção genética envolvendo a porção proximal do braço longo do cromossomo 15 herdado pelo pai. E a síndrome de Angelman 70% dos pacientes com a rara síndrome de Angelman, caracterizada pelo incomum aspecto facial, baixa estatura, grave retardo mental, espasticidade e convulsões, ocorre a deleção de, aproximadamente, a mesma região cromossômica, mas agora no cromossomo 15 herdado da mãe. Cromossomos Doenças - Síndromes
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