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UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE Faculdade de Engenharia Departamento de Engenharia Civil Curso: Engenharia Civil Iº Ano Física-I Tema: TPC#02 i. Leis de Kepler (Tarefa 1) ii. Dinâmica de Rotação (Tarefa 2) iii. Rolamento em um Plano Inclinado (Tarefa 3) Discente: Abdallah, Pedro Docente: Bartolomeu Joaquim Ubisse Maputo, Julho de 2021 Abdallah, Pedro (Eng. Civil 1 º ano Laboral) 1 TPC#02 de Fisica 1 (Julho de 2021) 1 Leis de Kepler 1ª Lei de Kepler A primeira lei explica como funciona a órbita e a posição do sol: “Cada planeta se move em uma órbita elíptica com o sol ocupando um dos focos da elipse”. Traduzindo: a trajectória do planeta é elíptica e o sol fica localizado num foco ou no outro. Fórmulas Matemáticas: 𝑎 = 1, 𝑏 = 1 − 𝑒2 2 , 𝑒 = 𝐶𝑆 𝑒 𝑃𝑆 = 𝜌 ,após a coleta desses dados na Fig.1 podemos escrever a equação de trajectória dos planetas (que e elíptica) 2ª Lei de Kepler Preocupando se com a velocidade dos planetas, kepler verificou que eles movem se mais rapidamente quando estão perto do sol, e mais lentamente quando afastados dele. Figura 2: A velocidade de um planeta torna se maior quando ele se move perto do Sol (Fisica Volume 1, MÁXIMO, António & ALVARENGA, Beatriz Pp 209 “Leis de Kepler”) Enquanto o planeta se desloca de A para B, a reta que une o planeta ao sol, “varre” a área 𝐴1, ao se deslocar de C para D, esta reta “varre” a área 𝐴2, (Fig. 2). Kepler verificou que se o tempo que o planeta precisa para sair de A para B, for igual ao tempo para sair de C para D, então as áreas 𝐴1 𝑒 𝐴2, são iguais, daí que formula a sua 2ª Lei: A lei afirma que, a velocidade com que as áreas são varridas é constante. Para trajetória dos planetas ao redor do Sol, o ponto em que eles estão mais próximos da estrela é chamado de periélio, e o ponto de maior afastamento é denominado de afélio. Figura 1: O planeta (P) se move ao redor do Sol (S), descrevendo uma órbita elíptica. Elipse: 𝜌 = 1 + 𝑒 𝑐𝑜𝑠𝛽 “ A reta que une, um planeta ao sol,”varre” áreas iguais em intervalos de tempos iguais” Equação 1: O movimeto dos planetas descreve uma elipse https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/o-sol.htm Abdallah, Pedro (Eng. Civil 1 º ano Laboral) 2 TPC#02 de Fisica 1 (Julho de 2021) 2 𝑑𝐴 𝑑𝑡 = 1 2 𝑟2 𝑑𝜃 𝑑𝑡 (velocidade sectorial) 𝑣 = 𝑟 𝑑𝜃/𝑑𝑡. (𝑣 é perpendicular ), teremos: 𝑑𝐴 𝑑𝑡 = 1 2 𝑟𝑣 senθ (velocidade do sector); 𝑟𝑣 senθ = r⃗ × �⃗� então: O produto vectorial é igual a 1 𝑚⁄ vezes o momento angular �⃗⃗� = r⃗ × m�⃗� do planeta em relação ao Sol. Asssim obtemos: Portanto, a segunda lei de Kepler, segundo a qual a velocidade setorial é constante, significa que o momento angular é constante; taxa de variação de 𝑳 ⃗⃗⃗ ⃗é igual ao torque da força gravitacional �⃗⃗⃗� que atua sobre o planeta: 3ª Lei de Kepler: para melhor entender esta lei, atente-se na tabela a seguir: Na primeira coluna, vemos que os periodos de revolução dos planetas em torno do sol, são bastante diferentes, e o mesmo acontece com o raio de suas órbitas. Entretanto, pela 3ª coluna, percebemos que se elevamos a 2ª potência o periodo (𝑇2), e dividirmos pelo cubo do raio da sua órbita (𝑟3), o quociente 𝑇2 𝑟3 terá o mesmo valor para qualquer planeta (as pequenas diferencas verificadas na 3ª coluna, são completamente justificadas por erros experimentais). Este resultado é o conteudo da 3ª lei de Kepler, expressa matematicamente por: Onde: Isolando o T na eq. 4 temos: 𝑇2 𝑟3 = 𝐾 ↔ Figura 3Figura 1: Em um intervalo dt, a linha SP varre uma área 𝑑𝐴 = 1 2 𝑟2𝜙 𝑑𝐴 𝑑𝑡 = 1 2𝑚 |𝑟 × 𝑚�⃗�| = 𝐿 2𝑚 𝑑�⃗⃗� 𝑑𝑡 = τ⃗⃗ = 𝑟 × �⃗� Equação 2 Equação 3: Segunda Lei de Kepler e Momento Angular Tabela 1: Tabelas de Tycho Brahe (onde Kepler realizou estudos para sua terceira Lei) 𝑇2 𝑟3 = 𝐾 K- é uma constante para todos planetas Equação 4 𝑇2 = 𝐾 × 𝑟3 Equação 5: Terceira Lei de Kepler Enunciado da 3ª Lei: “os quadrados dos periodos de Revolução dos planetas, são proporcionais aos cubos dos raios de suas órbitas” Abdallah, Pedro (Eng. Civil 1 º ano Laboral) 3 TPC#02 de Fisica 1 (Julho de 2021) 3 Tarefa 2: Duas partículas, ambas de massa m = 850g estão ligadas uma à outra e a um eixo de rotação em O por duas barras finas, ambas de comprimento d = 5.6cm e massa M= 1.2kg. O conjunto gira em torno do eixo de rotação com velocidade angular 𝜔 =0.3 rad/s. Em relação ao O, quais são (a) o momento de inércia do conjunto e (b) a energia cinética do conjunto? Resolução: Pegando Logo o ultimo caso, achamos o primeiro dentro dele: b) Temos que 𝐾 = 1 2 𝐼𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 × 𝜔 2, sabemos que 𝐼𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = ∑𝐼, (somatório dos momentos de inércia de cada partcula e barra). 𝑲 = 𝟏 𝟐 × (𝑰𝒃𝒂𝒓𝒓𝒂(𝒅𝟏) + 𝑰𝒑𝒂𝒓𝒕𝒊𝒄𝒖𝒍𝒂 + 𝑰𝑩𝒂𝒓𝒓𝒂(𝒅𝟐) + 𝑰𝒑𝒂𝒓𝒕𝒊𝒄𝒖𝒍𝒂) × 𝝎 𝟐 , partindo deste racíocinio, podemos considerar que as duas hastes (barras finas) são uma só unicá barra, (Barra x) ficamos com: 𝑲 = 𝟏 𝟐 × (𝑰𝒃𝒂𝒓𝒓𝒂(𝒙) + 𝑰𝒑𝒂𝒓𝒕𝒊𝒄𝒖𝒍𝒂 + 𝑰𝒑𝒂𝒓𝒕𝒊𝒄𝒖𝒍𝒂) × 𝝎 𝟐 Sendo uma Barra fina com eixo de rotação numa das extremidades, o seu momento e dado por 𝐼 = 1 3 𝑀𝑑2, e o momento de cada particula e dado por 𝐼 = 𝑚(𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑐𝑢𝑙𝑎) × 𝑑 2, podemos escrever: 𝑲 = 𝟏 𝟐 × [ 𝟏 𝟑 (𝟐𝑴 × (𝟐𝒅)𝟐) + 𝒎𝒑𝒂𝒓𝒕𝒊𝒄𝒖𝒍𝒂 × 𝒅 𝟐 + 𝒎𝒑𝒂𝒓𝒕𝒊𝒄𝒖𝒍𝒂 × (𝟐𝒅) 𝟐] × 𝝎𝟐 𝑲 = 𝟏 𝟐 × [ 𝟐𝑴 × 𝟒𝒅𝟐 𝟑 + 𝒎𝒑𝒂𝒓𝒕𝒊𝒄𝒖𝒍𝒂 × 𝒅 𝟐 + 𝒎𝒑𝒂𝒓𝒕𝒊𝒄𝒖𝒍𝒂 × 𝟒𝒅 𝟐] × 𝝎𝟐 𝑲 = 𝟏 𝟐 × [𝒅𝟐 ( 𝟖𝑴 𝟑 + 𝒎𝒑𝒂𝒓𝒕𝒊𝒄𝒖𝒍𝒂 + 𝟒𝒎𝒑𝒂𝒓𝒕𝒊𝒄𝒖𝒍𝒂)] × 𝝎 𝟐 Apartir daqui, podemos calcular o Momento de Inércia total, que é dado por: 𝑰𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 = 𝒅 𝟐 ( 𝟖𝑴 𝟑 + 𝟓𝒎) ↔ 𝑰𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 = (𝟎, 𝟎𝟓𝟔) 𝟐 ( 𝟖×𝟏,𝟐 𝟑 + 𝟓 × 𝟎, 𝟖𝟓) ↔ 𝑰𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 ≈ 𝟎, 𝟎𝟐𝟑𝟑 Pegando esse valor e substituindo na Energia Cinética, temos: 𝑲 = 𝟏 𝟐 × 𝑰𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍𝝎 𝟐 ↔ 𝑲 = 𝟏 𝟐 × 𝟎, 𝟎𝟐𝟑𝟑(𝟎, 𝟑)𝟑 ↔ 𝑲 ≈ 𝟎, 𝟎𝟎𝟏 Soluções: Momento de Inercia ( I= 0,0233) e Energia Cinética (K= 0,001) Abdallah, Pedro (Eng. Civil 1 º ano Laboral) 4 TPC#02 de Fisica 1 (Julho de 2021) 4 Tarefa 3: Um corpo redondo e uniforme de massa M e raio R, rola para baixo ao longo de um plano inclinado com a inclinação 𝜙. As forças atuantes são: força de gravidade, força normal e força de atrito de rolamento. Obter a expressão para a velocidade do centro de massa do corpo em função do tempo, supondo que este é uma esfera maciça. Figure 1https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/131950/mod_resource/content/1/10_Rolamento_Momento_angular.pdf 𝑬𝑴𝒇 = 𝑬𝑴𝒊 ↔ 𝑲𝒇 + 𝑼𝒇 = 𝑲𝒊 + 𝑼𝒊 Logo ficamos com: 𝑲𝒇 = 𝑼𝒊. O momento de Inércia do corpo e dado por 𝐼𝐶𝑀 = 2 5 𝑀𝑅2. Nota: a energia cinética no fim, (𝐾𝑓) envolve translação e rotação, assume a fórmula: 𝟏 𝟐 𝑴𝑽𝑪𝑴 𝟐 + 𝟏 𝟐 𝑰𝑪𝑴𝝎 𝟐, logo temos: 𝟏 𝟐 𝑴𝑽𝑪𝑴 𝟐 + 𝟏 𝟐 × 𝟐 𝟓 𝑴𝑹𝟐𝝎𝟐 = 𝑴𝒈𝒉 Substituindo 𝜔2 por ( 𝑉𝐶𝑀 𝑅 ) 2 e isolando 𝑉𝐶𝑀, temos: 𝑽𝑪𝑴 𝟐 ( 𝟏 𝟐 𝑴 + 𝟏 𝟓 𝑴) = 𝑴𝒈𝒉 ↔ 𝑽𝑪𝑴 = √ 𝒈𝒉 𝟕 𝟏𝟎 , lembrando que ℎ = 1 2 𝑔𝑡2, assim ficamos com a nossa expressão: Achando a expressão da 𝒂𝑪𝑴, temos: 𝒇𝒔 − 𝑴𝒈𝒔𝒆𝒏𝝓 = 𝑴𝒂𝑪𝑴,𝒙 (A força de atrito possui um braço de alavanca R e, portanto, produz um torque 𝑅𝑓𝑠 que é positivo) Assim, podemos escrever a forma angular da segunda lei de Newton (𝜏𝑟𝑒𝑠 = 𝐼𝛼) em relação a um eixo horizontal passa ndo do CM: 𝑹𝒇𝒔 = 𝑰𝑪𝑴𝜶, substituindo o 𝒇𝒔, acima, temos 𝑓𝑠 = − 𝐼𝐶𝑀𝑎𝐶𝑀𝑥 𝑅2 𝑀𝑔𝑠𝑒𝑛𝜙 − 𝐼𝐶𝑀𝑎𝐶𝑀𝑥 𝑅2 = 𝑀𝑎𝐶𝑀𝑥 𝑎𝐶𝑀 = 𝑅2𝑀𝑔𝑠𝑒𝑛𝜙 𝑅2𝑀 + 𝐼𝐶𝑀 ↔ 𝒂𝑪𝑴 = 𝒈𝒔𝒆𝒏𝝓 𝟏 + 𝑰𝑪𝑴𝑹𝟐𝑴 Equação para a translação aplicada ao centro de massa CM: → 𝑭𝒆𝒙𝒕 = 𝑴 × 𝒂𝑪𝑴 Equação para a rotação em realação ao eixo horizontal que passa pelo CM: → 𝝉𝒆𝒙𝒕 = 𝑰𝑪𝑴 × 𝜶 = 𝒇𝒔 × 𝑹 { 𝑉𝐶𝑀 = 𝑅 × 𝜔 𝑎𝐶𝑀 = 𝑅 × 𝛼 Para achar a expressão da velocidade em função do tempo, é só usar a Lei de conservação de Energia Mecânica. 𝑽𝑪𝑴(𝒕) = √ 𝟓 𝟕 × 𝒈𝒕
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