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Crédito Tributário e Lançamento

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Crédito Tributário e Lançamento
1. Crédito Tributário e Lançamento
• O nascimento do crédito tributário é concomitante ao surgimento da obrigação tributária
• É necessário definir o montante do tributo/penalidade, o devedor e o prazo para pagar
→ Há um procedimento oficial para declarar a ocorrência do fato gerador e realizar isso
 - Esse é o lançamento, definido no ar#go 142 do CTN
Art. 142. Compete priva#vamente à autoridade administra#va cons#tuir o crédito tributário pelo
lançamento, assim entendido o procedimento administra#vo tendente a verificar a ocorrência do
fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante
do tributo devido, iden#ficar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade
cabível.
Parágrafo único. A a#vidade administra#va de lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena de
responsabilidade funcional.
• Para haver lançamento, é necessário que exista fato gerador e, portanto, obrigação
→ Assim há crédito, que deve ser sempre fundamentado em obrigação
 - Lançamento indevidamente realizado → Crédito não fundamentado em obrigação
 - Quando não é, possui existência meramente formal e deve ser ex#nto
 - Ex#ngue-se por decisão judicial ou administra#va
• Não existe crédito antes do lançamento
→ O lançamento tem natureza cons#tu#va quanto ao crédito
 - Mas declaratória quanto à obrigação
→ Não surge com o fato gerador
• O lançamento tem natureza jurídica mista
→ Cons#tu#vo do crédito tributário
→ Declaratório da obrigação tributária
Hipótese de incidência + Fato gerador = Obrigação tributária
Obrigação tributária + Lançamento = Crédito Tributário
• Polêmica: O lançamento é ato ou procedimento administra#vo?
→ Para o CTN, é procedimento administra#vo (Art. 142)
 - Procedimento = Atos organizados para a produção de um determinado resultado
→ A doutrina entende-o como ato administra#vo, mas resultante de um procedimento
 - É aplicável ao lançamento pra#camente toda a teoria dos atos administra#vos
1.1. Competência para lançar
• Segundo o ar#go 142, a competência é de autoridade administra#va
→ A lei de cada ente polí#co define qual é a autoridade
 - Esfera federal: Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil – AFRFB
• O mais correto seria dizer que o AFRFB tem competência exclusiva para lançar
→ Essa competência é indelegável e insusceCvel de avocação
→ O Analista não pode realizar lançamento, mesmo quando superior hierarquicamente
→ Essa exclusividade vincula também o juiz
 - Não pode lançar nem corrigir lançamento realizado pela autoridade administra#va
 - Se reconhecer algum vício, deve proclamar a nulidade do lançamento
Obs.:
Segundo o STF, não se pode propor ação penal por crime de sonegação fiscal antes da
conclusão do procedimento de lançamento, pois o juiz não tem competência para decidir acerca
da existência ou não do crédito tributário cuja sonegação é alegada.
Ordem certa
Averiguação do crédito → Lançamento → Ação por crime de sonegação fiscal
Art. 114. Compete à Jus#ça do Trabalho processar e julgar:
VIII a execução, de oGcio, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a , e II, e seus
acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir;
Art. 879. Sendo ilíquida a sentença exeqüenda, ordenar-se-á, previamente, a sua liquidação, que
poderá ser feita por cálculo, por arbitramento ou por ar#gos. 
§ 3º Elaborada a conta pela parte ou pelos órgãos auxiliares da Jus#ça do Trabalho, o juiz
procederá à in#mação da União para manifestação, no prazo de 10 (dez) dias, sob pena de
preclusão. 
• Se o lançamento é ato priva#vo da autoridade administra#va, como explicar o art 114/CF?
→ Art. 879/CLT: A União posiciona-se quanto a conta apresentada pela Jus#ça do Trabalho
→ O posicionamento da União espelha a sua formalização do crédito tributário
→ Conclusão: Realiza-se um lançamento por homologação com par#cipação fundamental
da autoridade judiciária no procedimento
• Declaração tributária em que o sujeito passivo informa um débito cons#tui crédito
→ Automa#camente, sem necessidade de qualquer outra providência da administração
→ Mesmo se não pagar o débito
→ Esta é a posição do STJ
1.2. Lançamento como a(vidade vinculada
• A a#vidade administra#va de lançamento é vinculada e obrigatória
→ Se não cumprir, pode ser subme#do à responsabilidade funcional
→ A ocorrência do fato gerador dá o poder e o dever de lançar
1.3. Legislação material e formal aplicável ao procedimento de lançamento
• O lançamento é realizado em um momento X no tempo
→ Mas é voltado para o momento passado onde ocorreu o fato gerador
• Obrigação tributária rela#va à penalidade pecuniária (multa): Lei mais favorável
→ Dentre as leis vigentes entre a data do fato gerador e a data do lançamento
→ O contribuinte pode aplicar lei posterior se não há coisa julgada ou ex#nção de crédito
• Já no lançamento de tributo, a autoridade deve aplicar a lei em vigor no momento de
ocorrência do fato gerador
→ Mesmo se ela já #ver sido modificada ou revogada
→ Ar#go 144, CTN
Art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se
pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada.
§ 1º Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormente à ocorrência do fato gerador da
obrigação, tenha ins#tuído novos critérios de apuração ou processos de fiscalização, ampliado os
poderes de inves#gação das autoridades administra#vas, ou outorgado ao crédito maiores
garan#as ou privilégios, exceto, neste úl#mo caso, para o efeito de atribuir responsabilidade
tributária a terceiros.
§ 2º O disposto neste ar#go não se aplica aos impostos lançados por períodos certos de tempo,
desde que a respec#va lei fixe expressamente a data em que o fato gerador se considera
ocorrido.
• Quando o CTN fala “legislação aplicável ao lançamento”, refere-se à legislação substan#va
→ São as regras materiais rela#vas ao tributo correspondente
• Para realizar o lançamento, a autoridade deve observar também a legislação adje#va
→ São as regras formais que disciplinam o seu agir durante o procedimento
→ A modificação de uma dessas normas muda apenas a apuração da obrigação
 - Não muda a essência da obrigação surgida
→ Alterações nessa legislação devem ser aplicadas de imediato
• O caput do ar#go 144 trata da legislação tributária material
→ Aplicação da legislação vigente na data do fato gerador
• O § 1º do ar#go 144 refere-se à legislação formal
→ “Novos critérios de apuração ou processos de fiscalização”
→ Ex.: Legislação que ampliou os poderes de inves#gação das autoridades administra#vas
 - É lícita, tanto por ser expressa na lei tanto por não ser alteração material
 - Caso da LC 105/2001: Acesso dos fiscais a dados protegidos por sigilo bancário (Pg. 440)
→ A lei não pode retroagir para atribuir responsabilidade tributária a terceiros
• O § 2º do ar#go 144 explica uma “exceção”
→ As regras do caput não se aplicam a impostos lançados por períodos certos de tempo
→ A lei deve fixar a data em que se considera que ocorreu o fato gerador
 - Assim pode-se definir a legislação material aplicável
→ Casos em que o fato tributário se protrai no tempo, como impostos sobre a propriedade
1.4. Taxa de câmbio aplicável ao procedimento de lançamento
• Conversão para moeda nacional quando o valor da base de cálculo é em moeda estrangeira
• A taxa de câmbio é a do dia de ocorrência do fato gerador ou a do dia do lançamento?
→ A do dia do fato gerador, pois é um aspecto material
 - Os aspectos materiais são considerados dos presentes no surgimento da obrigação
 - O CTN adota expressamente essa tese: Art. 143
Art. 143. Salvo disposição de lei em contrário, quando o valor tributário esteja expresso em
moeda estrangeira, no lançamento far-se-á sua conversão em moeda nacional ao câmbio do dia
da ocorrência do fato gerador da obrigação. 
• Deve-se buscara data exata da ocorrência do fato gerador
→ Não a do pagamento ou da celebração do contrato 
Obs.: ICMS (transcrever? Pg. 442)
Deve-se cobrar com base na taxa de câmbio do dia em que a mercadoria saiu do
estabelecimento do contribuinte-fornecedor, não a data em que o contribuinte-consumidor
recebeu a mercadoria. Essa espera poderia levar a uma grande variação no valor a ser pago, devido
a demora do desembaraço aduaneiro.
Desembaraço aduaneiro: Liberação da mercadoria pela alfândega para a entrada ou saída do país.
Entrada = Importação
Saída = Exportação
1.5. Alteração do lançamento regularmente no(ficado
• Após a realização do lançamento, a autoridade comunica-o ao sujeito passivo
→ Ele paga o montante do crédito cons#tuído (caso concorde)
 ou
→ Ele procede à respec#va impugnação do crédito (caso discorde)
• A no#ficação confere efeitos ao lançamento realizado
→ Antes da no#ficação, sequer corre o prazo para pagamento ou impugnação
→ Com ela, o lançamento se presume defini#vo, não podendo ser alterado
 - Exceções: Pode ser alterado nas hipóteses do ar#go 145
 - A presunção de defini#vidade de lançamento regularmente no#ficado não é absoluta
Art. 145. O lançamento regularmente no#ficado ao sujeito passivo só pode ser alterado em
virtude de:
I - impugnação do sujeito passivo;
II - recurso de oGcio;
III - inicia#va de oGcio da autoridade administra#va, nos casos previstos no ar#go 149
1.5.1. Impugnação pelo sujeito passivo
• Ocorre quando o sujeito passivo não concorda com o lançamento realizado
→ Forma legal de se insurgir contra a pretensão do Fisco
• Se não é dado prazo para que ele exerça esse direito, o lançamento é nulo
→ Entende-se por irregular a no#ficação 
• O obje#vo do sujeito passivo é descons#tuir ou alterar o lançamento realizado
→ Se a impugnação for acatada, haverá a anulação ou alteração do lançamento
→ Pode resultar em agravamento da exigência contra ele formalizada
 - Não há proibição de alteração para pior, por conta do princípio da verdade material
 - Será realizado um lançamento suplementar
 - Terá prazo para impugnação rela#va à parte modificada
 - Decreto 70.235/1972: Essa hipótese em âmbito federal
• O procedimento de lançamento tem duas fases:
→ Oficiosa: Se encerra com a no#ficação
→ Contenciosa: Pode ser instaurada com a impugnação
1.5.2. Recurso de o�cio e recurso voluntário
• Recurso de oGcio no Processo Civil: 
→ O juiz que sentencia em determinado sen#do deve remeter o processo à instância
superior para reexame
→ O recorrente oferece voluntariamente um recurso à decisão
• Recurso de oGcio no Processo Administra#vo Fiscal
→ A autoridade julgadora descons#tuiu total ou parcialmente o crédito, liberando o
contribuinte de montante acima de determinado valor (valor de alçada) 
 - O processo será necessariamente reme#do à segunda instância
→ Na segunda instância, pode haver nova alteração do lançamento 
• Recurso voluntário
→ O próprio sujeito passivo recorre voluntariamente ao órgão de segundo grau
 - Discorda da decisão do órgão julgador de primeira instância
→ Pode resultar na alteração de lançamento já realizado
 - Há um lapso legal
1.5.3. Inicia�va de o�cio da autoridade administra�va
• A autotutela é um dos princípios da autoridade administra#va
• Verificado um vício no ato, a Administração Tributária tem o poder-dever de corrigir
→ Independentemente de provocação do par#cular
→ Ex.: Impugnação fora do prazo, tendo o impugnante razão altera-se a lançamento
 - Não com base no inciso I do ar#go 145, mas no inciso III
 - Corrige “de oGcio”
• A correção de vícios em qualquer lançamento já no#ficado pode ser feita de oGcio
→ Independentemente da forma que o tributo foi originariamente lançado
• Todo tributo pode, em determinadas circunstâncias, ser lançado de oGcio
1.6. Erro de direito e erro de fato – Possibilidade de alteração de lançamento
Art. 146. A modificação introduzida, de oGcio ou em conseqüência de decisão administra#va ou
judicial, nos critérios jurídicos adotados pela autoridade administra#va no exercício do
lançamento somente pode ser efe#vada, em relação a um mesmo sujeito passivo, quanto a fato
gerador ocorrido posteriormente à sua introdução. 
• Há muita controvérsia acerca da interpretação do disposi#vo
• O STJ entende que o legislador tentou evitar a revisão de lançamentos já realizados com
base em “erro de direito”
→ Na verdade, não há erro, mas sim mais de uma interpretação para a matéria
→ Se o Fisco adota certa interpretação, é ela que vale para aquele lançamento
• As mudanças de critérios adotados pela Administração só terão efeitos ex nunc
→ Princípios da segurança jurídica e da não surpresa
→ A mudança de critério jurídico adotado pelo Fisco não autoriza a revisão do lançamento
• A administração pode alterar o critério jurídico adotado e cobrar o tributo devido
→ Mas, se já foi realizado o lançamento, a administração não pode alterar o critério
→ O novo critério só poderá ser adotado para fatos geradores posteriores à inovação
• O lançamento feito com “erro de direito” é imodificável para a Fazenda Pública
→ Mesmo se o lançamento do tributo for feito com base em legislação revogada
→ No entanto, o sujeito passivo pode impugnar o lançamento e vê-lo modificado
• O “erro de fato” deve jus#ficar a revisão de lançamento já realizado
→ Circunstâncias obje#vas que não dependem de interpretação norma#va para verificação
→ Ex.: Lançou-se uma importação de 10 toneladas de trigo, mas foram importadas só 8t
2. Modalidades de Lançamento
• Classificado quanto à intensidade da par#cipação do sujeito a#vo no lançamento
De o6cio Por declaração Por homologação
2.1. Lançamento de o6cio ou direito
• A par#cipação do sujeito passivo é nula ou quase nula
• A autoridade fiscal procede diretamente ao lançamento do tributo, sem colaboração
relevante do devedor
→ Todos os atos do “procedimento de lançamento” são realizados na administração
Equilíbrio entre a 
par#cipação do 
sujeito passivo e a 
a#vidade do sujeito 
a#vo
O sujeito passivo 
realiza quase todos os 
atos que compõem a 
a#vidade
O sujeito 
passivo não 
par#cipa da 
a#vidade
Art. 149. O lançamento é efetuado e revisto de oGcio pela autoridade administra#va nos
seguintes casos:
I - quando a lei assim o determine;
II - quando a declaração não seja prestada, por quem de direito, no prazo e na forma da legislação
tributária;
III - quando a pessoa legalmente obrigada, embora tenha prestado declaração nos termos do
inciso anterior, deixe de atender, no prazo e na forma da legislação tributária, a pedido de
esclarecimento formulado pela autoridade administra#va, recuse-se a prestá-lo ou não o preste
sa#sfatoriamente, a juízo daquela autoridade;
IV - quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a qualquer elemento definido na
legislação tributária como sendo de declaração obrigatória;
V - quando se comprove omissão ou inexa#dão, por parte da pessoa legalmente obrigada, no
exercício da a#vidade a que se refere o ar#go seguinte;
VI - quando se comprove ação ou omissão do sujeito passivo, ou de terceiro legalmente obrigado,
que dê lugar à aplicação de penalidade pecuniária;
VII - quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em beneGcio daquele, agiu com dolo,
fraude ou simulação;
VIII - quando deva ser apreciado fato não conhecido ou não provado por ocasião do lançamento
anterior;
IX - quando se comprove que, no lançamento anterior, ocorreu fraude ou falta funcional da
autoridade que o efetuou, ou omissão, pela mesma autoridade, de ato ou formalidade especial.
Parágrafo único. A revisão do lançamento só pode ser iniciada enquanto não ex#nto o direito da
Fazenda Pública.
• A depender do caso, todos os tributos podem vir a ser lançados de oGcio
• Inciso I: Refere-se aos casos em queo lançamento é feito originariamente de oGcio 
→ Ex.: IPTU, IPVA
• Outros incisos: Subs#tuição ou correção de lançamento não feito ou feito incorretamente
em outra modalidade
→ Problemas decorrentes de omissões, erros ou fraudes
• O parágrafo único exige que a revisão de lançamento seja feita dentro do prazo decadencial
2.2. Lançamento por declaração ou misto
Art. 147. O lançamento é efetuado com base na declaração do sujeito passivo ou de terceiro,
quando um ou outro, na forma da legislação tributária, presta à autoridade administra#va
informações sobre matéria de fato, indispensáveis à sua efe#vação.
• Colaboração do sujeito passivo ou terceiro com a a#vidade priva#va da administração
• Efetuado com base na declaração do sujeito passivo ou de terceiro
→ Presta informações à autoridade administra#va sobre matéria de fato indispensáveis à
efe#vação do lançamento
→ Ex.: Elaboração de declarações tributárias e sua entrega à Administração Fazendária
 - Fornece a matéria de fato necessária para a cons#tuição do crédito
• O lançamento por declaração caiu em desuso, por exigir muito trabalho do Fisco
→ Até o desembaraço (liberação legal dos bens para entrada no País) é homologação
→ Tendência de universalização do lançamento por homologação
→ Ex.: ITBL, em casos específicos determinados pelo município
• Lançamento por declaração =/= Lançamento por homologação 
• Homologação: Aplicação do direito ao caso concreto e a a#vidade fiscal apenas homologa
→ É um lançamento em cuja sistemá#ca existe uma declaração
→ Ex.: Imposto de renda das pessoas Gsicas
 - Matéria de fato: Informar seus rendimentos e respec#vas fontes pagadoras
 - Matéria de direito: Enquadrar as verbas como isentas, tributáveis ou sujeitas à
tributação exclusiva
2.2.1. Re�ficação de declaração
• Entregue a declaração, o Fisco deverá analisá-la, cons#tuir o crédito e no#ficar o sujeito
→ Se não o fizer, considera-se o lançamento incompleto
 - Se só faltou a no#ficação, somente não haverá a geração de efeitos
• A declaração pode ser re#ficada pelo próprio declarante, para reduzir ou excluir tributo
→ Deve ser feita mediante comprovação do erro e antes de no#ficado o lançamento
→ Por analogia, essas regras também se aplicam ao lançamento por homologação
→ Mesmo se o declarante não se manifestar, os erros serão re#ficados de oGcio
 - A autoridade administra#va responsável pela revisão da declaração o fará
§ 1º A re#ficação da declaração por inicia#va do próprio declarante, quando vise a reduzir ou a
excluir tributo, só é admissível mediante comprovação do erro em que se funde, e antes de
no#ficado o lançamento.
§ 2º Os erros con#dos na declaração e apuráveis pelo seu exame serão re#ficados de oGcio pela
autoridade administra#va a que compe#r a revisão daquela.
• U#lidade da comprovação de erro:
→ É ônus do contribuinte comprovar que a declaração original contém erro
→ Não é possível o contribuinte alterar uma opção que veio a ser desfavorável
 - É apenas uma escolha infeliz, não um erro
• No#ficado o lançamento, não se pode alterar a declaração para reduzir ou excluir tributo
→ Pode haver a alteração par aumento de tributo 
→ Eventuais erros devem ser impugnados pelo sujeito passivo (STJ)
2.2.2. Lançamento por arbitramento
• O valor que servirá como base de cálculo na cons#tuição de crédito tributário vai ser
determinado com base em uma prudente e razoável suposição da autoridade
administra#va
→ Não é um valor arbitrário, mas sim arbitrado
→ A autoridade administra#va vai encontrar um valor que se verifica em situação similar
 - Através da experiência e do bom senso
• Ocorre quando o cálculo do tributo toma por base valores que são declarados pelo sujeito
→ Então o sujeito passivo se omite ou informa valores absolutamente fora da realidade
Art. 148. Quando o cálculo do tributo tenha por base, ou tome em consideração, o valor ou o
preço de bens, direitos, serviços ou atos jurídicos, a autoridade lançadora, mediante processo
regular, arbitrará aquele valor ou preço, sempre que sejam omissos ou não mereçam fé as
declarações ou os esclarecimentos prestados, ou os documentos expedidos pelo sujeito passivo
ou pelo terceiro legalmente obrigado, ressalvada, em caso de contestação, avaliação
contraditória, administra#va ou judicial. 
• O arbitramento é uma técnica para se definir a base de cálculo
→ É necessário para que se proceda a um lançamento de oGcio
→ Não é uma quarta modalidade de lançamento
• Pautas fiscais: Contêm os “preços normais” de determinados bens
→ Usadas por determinação legal ou pela impossibilidade de se encontrar o valor do bem
Súmula 431/STJ: É ilegal a cobrança de ICMS com base no valor da mercadoria subme#do ao
regime de pauta fiscal.
• A Súmula 431 do STJ não proíbe a “pauta fiscal”
→ Proíbe o uso de tabelas de valores fixados prévia e aleatoriamente que funcionam como
presunção absoluta de valor
→ A administração não pode arbitrar sem antes calcular se o valor declarado pelo
contribuinte merece ou não fé
→ O problema não é a pauta fiscal em si, mas seu uso generalizado como presunção
absoluta de valor
 - Configura arbitramento fora das hipóteses previstas pelo ar#go 148
• Depois de realizado o arbitramento, há o direito à ampla defesa e ao contraditório
• Não se pode promover o arbitramento pela simples ausência de escrita fiscal regular
→ O arbitramento não tem natureza puni#va
→ Se é possível chegar ao valor exato do tributo, isso deve ser feito
→ Obviamente haverá a punição pela ausência ou desqualificação da escrita
→ Escrituração fiscal: Obrigações de lançamento e apuração de impostos a serem
transmi#das à Fazenda Pública
2.3. Lançamento por homologação ou “autolançamento”
• Terminologia
→ Não é boa a expressão “lançamento por homologação”
 - Não se pode entender que o sujeito lança o tributo e a administração apenas homologa
→ STJ: “homologação do pagamento” e “homologação da a#vidade do sujeito passivo”
Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua
ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade
administra#va, opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da
a#vidade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa.
§ 1º O pagamento antecipado pelo obrigado nos termos deste ar#go ex#ngue o crédito, sob
condição resolutória da ulterior homologação ao lançamento.
§ 2º Não influem sobre a obrigação tributária quaisquer atos anteriores à homologação,
pra#cados pelo sujeito passivo ou por terceiro, visando à ex#nção total ou parcial do crédito.
§ 3º Os atos a que se refere o parágrafo anterior serão, porém, considerados na apuração do
saldo porventura devido e, sendo o caso, na imposição de penalidade, ou sua graduação.
§ 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência do fato
gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se
homologado o lançamento e defini#vamente ex#nto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência
de dolo, fraude ou simulação.
• A a#vidade do sujeito passivo é antecipar o pagamento sem prévio exame da administração
• O lançamento por homologação só é completo quando a autoridade administra#va
homologa a a#vidade do sujeito passivo
→ É com a homologação que se considera o crédito tributário efe#vamente ex#nto
→ O pagamento não ex#ngue o crédito
• Com a não homologação, o crédito torna-se novamente exigível
→ A autoridade fiscal lança de oGcio uma diferença entre o valor recolhido e valor real
• Não influi na obrigação tributária ato visando ex#nção de crédito anterior à homologação
→ Quando tal ato for pra#cado por terceiro ou pelo sujeito passivo
→ O contribuinte pode tentar adimplir corretamente a obrigação
 - Isso será considerado na cobrança do saldo devido e naaplicação de penalidades
• Homologação expressa: A autoridade administra#va formalmente afirma sua concordância
• Homologação tácita: A Administração Tributária deixa passar o prazo legal para a expressa
→ Se a lei não fixar prazo para a homologação, será ele de cinco anos
 - Conta-se a par#r da ocorrência do fato gerador
 - A fixação de prazos somente pode ser feita por lei complementar de caráter nacional
 - Súmula Vinculante 8
Súmula Vinculante 8. São incons#tucionais o parágrafo único do ar#go 5º do Decreto-Lei nº
1.569/1977 e os ar#gos 45 e 46 da Lei nº 8.212/1991, que tratam da prescrição e decadência do
crédito tributário. 
• Havendo dolo, fraude ou simulação, não será aplicado o lançamento por homologação 
→ Serão aplicáveis as regras do lançamento de oGcio
• Se não houver antecipação do pagamento, é lançamento de oGcio, não por homologação
2.4. Modalidades de lançamento e autonomia
• A maioria das taxas tem seu lançamento realizado de oGcio
→ Mas não há norma geral dizendo que necessariamente deve ser assim
→ O ente pode prever na legislação local uma diferente forma de lançamento para elas
• Os entes federados têm autonomia
→ Na lei local podem ser adotadas modalidades diferentes das apontadas pela doutrina

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