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Semiologia Torácica

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Semiologia Torácica 1
Semiologia Torácica
Tórax: cavidade cercada pelas costelas e pela coluna vertebral
Estruturas do tórax: mamas, pulmões, coração, mediastino, esôfago, 
componentes da caixa torácica (pele, tc, linfonodos, músculos, vasos, cartilagens e 
ossos)
💡 Importante saber a fisiologia do tórax (pulmões e coração)
Sintomas, sinais e dados relevantes: cianose, dispneia, dor torácica, febre, tosse 
e escarro, hemoptise, sibilância
Importante estar atento: 
→ lesões de pele 
→ história de doenças prévias 
→ atividade/ocupação 
→ animais de estimação} 
→ história familiar 
→ uso ou inalação de substâncias tóxicas ou medicamentos 
→ epidemiologia 
→ tiragens, batimentos da asa do nariz 
→ linfonodos 
→ edemas 
→ distúrbios do sono 
→ ortopneia 
→ dispneia paroxística noturna 
→ turgência jugular 
→ baqueteamento digital 
→ hábitos, como tabagismo e alcoolismo
Exame físico do tórax: inspeção, palpação, percussão e ausculta
💡 Importante identificar as referências anatômicas! Como irá inserir uma 
agulha no 2º EIC em caso de pneumotórax hipertensivo, se não sabe 
onde este se localiza? Ou na inserção de dreno torácico no 4º EIC. 
Inspeção estática do tórax:
Semiologia Torácica 2
Inspeção "física", analise das referências anatômicas, buscar alterações e relaciona-
las com as linhas e regiões do tórax. Tudo isso, basicamente, só por meio da 
observação. fazer comparação do hemitórax, de preferência em ordem, anterior, 
lateral e posterior)
Referências anatômicas
Ângulo de Louis: junção do manúbrio com o corpo do esterno, identifica o 2º EIC e 
corresponde à bifurcação da traqueia e ao arco da aorta
Ângulo de Charpy: para avaliação do biótipo.
→ normolíneos 70 a 80º 
→ longilíneos < 90º 
→ brevelíneos > 80º
Ângulo da escápula: delimitação inferior da região escapular; pontos usados como 
referência: espinha da escápula, apófise espinhosa C7, rebordos costais
Linhas torácicas
→ médio esternal 
→ paraesternal D/E 
→ hemiclavicular D/E 
→ axilar média/anterior/posterior 
→ paraespinhal D/E/médio 
→ escapular D/E
Regiões do tórax
→ esternal 
→ supraesternal 
→ supraclavicular D/E 
→ clavicular D/E 
→ infraclavicular D/E 
→ mamária 
→ inframamária 
→ axilar 
→ infra-axilar 
→ espinhal 
→ supra e infraespinhal 
→ interescapular 
→ escapular D/E 
→ infraescapular D/E
Semiologia Torácica 3
💡 Linhas e regiões torácicas são importantes, pois servem de descrição 
topográfica dos achados
Tipos de tórax
Enfisematoso, barril, globoso ou em tonel: diâmetro ântero-posterior é similar ao 
diâmetro transverso. 
ex: enfisema pulmonar
Cariniforme, em quilha ou peito de pombo: esterno proeminente e desviado 
anteriormente; pode ser por defeito congênito ou adquirido. 
ex: raquitismo, doenças pulmonares na infância
Peito escavado ou sapateiro: depressão na porção inferior do esterno; pode ser 
congênito ou devido ao raquitismo
Chato: diâmetro anteroposterior é bem menor que o transverso; parede anterior 
pode perder a convexidade, ângulo de Louis fica mais avantajado; pode ser por 
defeito congênito ou doença caquetizante
Infundibiliforme ou em sino: aumento exagerado da parte inferior; comum nas 
ascites ou hepatomegalias
Citoescoliótico ou escoliótico: defeito congênito ou adquirido por tuberculose, 
raquitismo, traumatismo, poliomielite, etc. Normalmente não há abaulamentos e 
retrações na região torácica, por isso sua presença é sugestiva de patologias
Cifótico: curvatura da coluna dorsal
Inspeção dinâmica do tórax:
Frequência respiratória
Taquipneia → > 20 irpm 
Normal → entre 12 e 20 
Bradipneia → < 12 irpm 
Presença (ou não) de apneia
Ritmo respiratório: 
Kussmaul: causado mais comumente por acidose metabólica (cetoacidose 
diabética), 4 fases: 1ª inspirações ruidosas e rápidas e diminuição da amplitude 2ª 
apneia em inspiração 3ª expirações ruidosas 4ª apneia em expiração
Cheyne Stokes: aumento e diminuição da amplitude seguida de apneia - RN 
normais (imaturidade de controle respiratório), ICC grave, AVC, TCE, intoxicações 
Semiologia Torácica 4
por morfina ou barbitúricos – regulada pela concentração de O2 e CO2 atuando nos 
centros respiratórios bulbares
Biot: indica grave comprometimento cerebral, 2 fases: 1ª apneia 2ª inspirações e 
expirações anárquicas
Tipo de respiração: abdominal, torácica, tiragens
Expansão torácica (simetria e assimetria)
→ Expansibilidade torácica é bilateralmente simétrica e pode variar com o sexo 
(sendo mais nítida nas bases no homem e nos ápices nas mulheres) 
→ observar se existe elevação simétrica de ambos hemitórax na inspiração 
profunda 
→ assimetria unilateral com aumento e/ou diminuição dos movimentos respiratórios. 
ex: derrame pleural, pneumonia, dor pleural, obstrução brônquica (atelectasia) e 
pneumotórax 
→ assimetria bilateral. ex: enfisema pulmonar
Palpação: verificar a estrutura da parede torácica e expansibilidade/mobilidade 
Expansibilidade dos ápices: diminuição ou ausência da mobilidade, de um ou de 
ambos ápices pulmonares, pode estar relacionado a pneumonias, atelectasias, 
pneumotórax, derrames pleurais, processos cicatriciais
Expansibilidade das bases:
diminuição unilateral → derrame pleural, hepatoesplenomegalia, atelectasia, 
pneumotórax
diminuição bilateral → gravidez, ascite, obesidade grave e derrame pleural 
bilateral
Expansibilidade difusa
diminuição difusa unilateral → pneumotórax, hidrotórax, atelectasia, pleurodinia e 
traumatismo
diminuição difusa bilateral → enfisema pulmonar, esclerodermia e senilidade
Manobra de expansibilidade dos ápices pulmonares
Ápices → Coloca-se as mãos nas fossas supraclaviculares e os dedos polegares 
unidos formando um ângulo; ao pedir para o paciente inspirar, notar o movimento da 
mão e principalmente a distância dos dedos que estavam unidos.
Base → Coloca-se as mãos em ambas as bases pulmonares e os dedos polegares 
unidos formando um ângulo. 
Semiologia Torácica 5
Frêmito toracovocal
Vibração sonora se difunde pela árvore respiratória; as mãos do examinador 
recebem a vibração
Aumento do frêmito → consolidação (pneumonia e infarto do pulmão)
Diminuição ou desaparecimento → derrame pleural, espessamento da pleura, 
atelectasia (oclusão brônquica), pneumotórax e enfisema
Palpação do tórax
Frêmitos, ictus cordis, exame das mamas
Percussão
A percussão da parede torácica é transmitida ao tecido subjacente, refletida de volta 
e percebida pelo tato e pela audição do examinador
Utiliza-se a percussão dígito digital
Locais da parede posterior para percussão: 
→ acima, entre e abaixo das escápulas, nos espaços intercostais 
(não se deve percutir ossos)
→ iniciar no topo e descer, de um lado para outro para comparar
Percussão normal: 
pulmão → som claro pulmonar
área de projeção do coração → macicez cardíaca 
Percussão alterada:
hipersonoridade pulmonar/som timpânico (nota de percussão mais clara)
→ aumento de ar nos alvéolos pulmonares (enfisema pulmonar) 
→ áreas ao redor de uma condensação ou acima de derrame pleural 
→ ar aprisionado no espaço pleural (pneumotórax) 
→ grande cavidade intrapulmonar (caverna tuberculosa)
submacicez e macicez (diminuição ou desaparecimento da sonoridade)
→ redução ou inexistência de ar dentro dos alvéolos 
→ aumento da resistência oferecida pela parede torácica ao dedo 
→ derrames ou espessamentos pleurais, condensação pulmonar 
(pneumonias, TBC, infarto pulmonar e neoplasias)
Soprador rosado
Semiologia Torácica 6
→ perda da musculatura lisa dos alvéolos, estão muito próximos e bem finos 
→ grande energia dispendida para respirar, utiliza-se musculatura acessória 
→ perda de peso 
→ expiração em sopros → evita que os alvéolos colabem 
→ poliglobúlicos (aumento na produção de hemácias), por isso rosados; tentativa de 
aumentar eficiência da troca gasosa 
→ dedo em baqueta/baqueteamento/hipocratismo digital 
→ tórax em barril, tosse seca, ausência de MV ou ruídos adventícios, FTV 
diminuído e percussão timpânica 
→ normalmente é o paciente enfisematoso
obs: muitas vezes o paciente acredita que ele precisamanter o ar dentro dos 
pulmões para conseguir respirar melhor, mas na verdade a dificuldade dele está - 
muitas vezes - na capacidade de esvaziar o pulmão.
Cianóticos congestos
→ reação dos brônquios à inalação de substâncias tóxicas 
→ maior produção de secreção e muco nos alvéolos, com consequente acúmulo de 
CO2 (hipercapnia) e hipoxigenação 
→ falta de hemoglobina oxidada → cianótico 
→ aumento da pressão capilar pulmonar → aumento na pressão de ventrículo e 
átrios direitos → gera edema, principalmente MMII 
→ normalmente é o paciente bronquítico 
→ tosse com muco 
→ percussão maciça, sibilos na ausculta, FTV aumentado
→ poder agravar problema cardíaco existente e o paciente quanto se esforça sente 
falta de ar. No esforço é exigido mais do coração, bombear mais sangue.
Ausculta
Faz-se ausculta do tórax, estando o paciente sentado com o tórax descoberto
Solicite que respire mais profundamente com o lábios entre abertos, sem fazer 
ruídos
Trânsito de ar pelo trato respiratório na inspiração → produz o som normal da 
respiração
Vesicular ou murmúrio vesicular
→ Turbulência do ar ao entrar nos bronquíolos e alvéolos
Semiologia Torácica 7
→ Som de tom baixo, mais intenso e de duração maior na inspiração do que na 
expiração
→ Audível em todos os campos pulmonares
Ruídos adventícios
Verificados em processos patológicos que comprometam a árvore brônquica.
Cornagem: ruído auscultatório intenso e de timbre grave que se ouve sob o tórax, 
ou mesmo à distância, quando existe uma estenose ou obstrução da traqueia ou da 
porção inicial dos brônquios principais.
Estridor: menos grave que a cornagem e também localizado nas porções traqueais 
e laríngeas. É um barulho incomodativo, desagradável, estrondo, estrépito, ruído 
áspero, zumbido, solvo, zunido.
Ronco: ruído provocado por estreitamento ou obstrução nas vias respiratórias 
superiores ou secreções espessas nos grandes brônquios. Esse estreitamento 
dificulta a passagem do ar e provoca a vibração dessas estruturas.
Sibilos: passagem de ar por estruturas diminutas; são audíveis nos brônquios 
secundários e bronquíolos; mais intensos na expiração; ocorrem em condições de 
broncoespasmo, ex: bronquite, enfisema, asma.
Estertores úmidos: crepitantes finos e grosseiros
Crepitantes finos: ruídos finos e homogêneos (mesma altura, timbre e 
intensidade); auscultados na fase inspiratória, não se modifica com a tosse, ex: 
pneumonias, edema agudo (fase inicial)
Crepitantes grosseiros: ruídos grosseiros e de tonalidade grave (tonalidade e 
timbre); auscultados no final da inspiração e início da expiração e que se modificam 
pela tosse, diferente dos crepitantes finos, ex: bronquites, pneumonias, 
broncopneumonias.
Atritos pleurais: sons tipo fricção ou grosseiros; causados por duas superfícies 
pleurais que se movimentam uma sobre a outra.; evidentes nos derrames pleurais; 
quanto mais espessa a secreção contida no espaço pleural mais evidente
Locais de ausculta para cada lobo pulmonar:
upper lobe → parte superior da mama e axilar 
middle lobe → lado direito, parte lateral
lower lobe → toda parte posterior
Semiologia Torácica 8
Exame físico de situações específicas
Derrame pleural
Ausculta - diminuída
FTV - diminuído
Percussão - maciça/submaciça
Expansibilidade - reduzida
Pneumotórax
Ausculta - abolida/diminuída
FTV - abolido/diminuída
Percussão - timpânica/hipertimpânica
Expansibilidade - ausente/diminuída
Pneumonia
Ausculta - crepitações finas
FTV - aumentado
Percussão - maciça/submaciça
Expansibilidade - diminuída/normal
Atelectasia
Ausculta - diminuída
FTV - diminuído
Percussão - maciça/submaciça
Expansibilidade - diminuída
Nathália Farias
@medicinathy

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