Ascaridíase (Lombriga)

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Parasitologia João Vitor P. Gama – MED 103 UV 
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ASCARIDÍASE (LOMBRIGA) 
Nematoda → Secermentea → Ascaridida → Ascarididae → Ascaris lumbricoides 
Geohelminto 
 
Morfologia 
▪ Vermes longos, robustos, cilíndricos e com extremidades afiladas. 
▪ Macho (aproximadamente 20 cm), fêmea (30 a 50 cm, mais robustas), ovo e larvas 
▪ Adultos têm 3 lábios musculares que auxiliam na fixação ao intestino 
▪ Ovos: com protuberâncias (mamilado), geohelmito 
Ciclo biológico 
▪ Monoxênico 
▪ 60 a 90 dias de ciclo 
▪ Ovo desenvolve-se no solo: L1 → L2 → L3. L3 ingerida com água e alimentos 
▪ L3 eclode no intestino delgado: invade mucosa do ceco e vai para vasos sanguíneos 
▪ Migração até os pulmões: L3 → L4 → L5. Ciclo de Loss 
▪ Adultos no jejuno e íleo: ovos embrionados liberados nas fezes (até 300 mil por fêmea por dia) 
Transmissão 
▪ Água e alimentos com ovos contendo larva L3 
▪ Poeira e insetos 
▪ Depósito subungueal 
Patogenia 
▪ Larvas: lesões hepáticas (passagem pelo sistema porta) e lesões pulmonares. Infecções maciças. 
o Síndrome de Loeffler (pulmões): febre, tosse, eosinofilia sanguínea acentuada 
▪ Adultos: ação tóxica (edema, urticária), ação espoliadora, ação mecânica (irritação da parede, 
obstrução intestinal; não dá sangue nas fezes). Infecções médias ou maciças. 
o Localização ectópica: Apêndice cecal, vesícula biliar, pâncreas, boca, narinas, ouvido 
Sintomatologia: desconforto abdominal, dor epigástrica e má digestão, náuseas, perda de apetite e 
emagrecimento, coceira no nariz, irritabilidade, sono intranquilo, ranger dos dentes à noite, pano branco, 
Síndrome de Loeffler 
 
Tratamento 
▪ Piperazina, pamoato de pirantel, levamisol, mebendazol, flubendazol, nitazoxanida (↓eficiência em 
↑carga parasitária), ivermectina (pouco investigada em ascaridíase). Tratam somente no intestino 
delgado, casos ectópicos precisam de cirurgia.