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CHIKUNGUNYA • Doença causada pelo vírus CHIKV (do gênero Alphavirus e família Togaviridae), o qual tem o Aedes aegypti como vetor e o homem como hospedeiro definitivo; • Assim que é infectado pelo vírus, o paciente entra em um período de incubação que pode durar entre 1 e 12 dias (média de 3-7 dias); • Período sintomático possui 3 fases: o Fase Aguda (Febril); o Fase Subaguda; o Fase Crônica; QUADRO CLÍNICO • Fase aguda: febre alta de até 40ºC e que dura no máximo 10 dias; o Frequente queixa de poliartralgia intensa e incapacitante (comumente com edema periarticular) - acomete principalmente mãos, punhos e tornozelo; o Pode cursar com sintomas inespecíficos - rash eritematoso maculopapular (presente em até 75% dos casos), aparecimento por volta do 3º dia de sintomas; • Fase subaguda: após cerca de 10 dias a febre desaparece, marcando o fim da fase aguda e o início da fase subaguda; o Pode se estender por até 3 meses; o Marcada pela persistência da dor articular, nas mesmas articulações previamente acometidas - pode começar a cursar com rigidez matinal, edema e tenossinovite hipertrófica, podendo levar a complicações como a Síndrome do Túnel do Carpo; o Depois de 3 meses os pacientes costumam evoluir para a recuperação; • Fase crônica: marcada por uma evolução do quadro articular, podendo apresentar deformação (Artrite Reumatoide) e, em 20% dos casos, o fenômeno de Raynaud; o O paciente pode voltar a apresentar sintomas inespecíficos (fadiga, cefaleia, prurido, alopecia, dor neuropática, distúrbio do sono); o Essa evolução pode durar até 3 anos - não é todo mundo que vai apresentá-la; o Mais frequente em indivíduos com mais de 45 anos, ou que sejam portadores de doença articular prévia ou que tenham apresentado sintomas mais intensos do que o normal durante a fase aguda; • Indivíduos com história prévia de epilepsia e/ou alcoolismo tendem a apresentar crise convulsiva; DIAGNÓSTICO • Hemograma: leucopenia e, mais raramente, uma trombocitopenia; • VHS e PCR: costumam ficar aumentadas por semanas; • Principais exames: o RT-PCR: até o 8º após início dos sintomas; o IgM anti-CHIKV: a partir do 5º dia de doença; o Sorologia pareada de IgG anti-CHIKV: uma a partir do 6º dia e outro 15 dias depois - aumento ≥ 4x fecha diagnóstico; TRATAMENTO • Fase aguda: controle dos sintomas como Paracetamol e, se necessário, associar com Dipirona ou Codeína; o Se o paciente estiver com queixa de dor neuropática: associar drogas específicas - Amitriptilina ou Gabapentina; • Fase subaguda: AINEs e glicocorticoides; • Fase crônica: prescrever Hidroxicloroquina (associado ou não a Sulfassalazina) por 6x chikungunya o Metotrexate: segunda opção - mais tóxico; • Fisioterapia como opção para alívio das dores; REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: Brasileiro Filho, Geraldo. Bogliolo: patologia. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. Semiologia Médica: as Bases do Diagnóstico Clínico. Mario Lopez & J. Laurentys Medeiros. REVINTER. 5ª Edição. Fundação Oswaldo Cruz. Glossário de doenças. Ministério da Saúde. Chikungunya: manejo clínico. 1ª ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2017. Veronesi: Tratado de Infectologia. 5. Ed. São Paulo: Editora Atheneu, 2015. http://www.agencia.fiocruz.br/dengue-0
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