Prévia do material em texto
See discussions, stats, and author profiles for this publication at: https://www.researchgate.net/publication/342216837 Teste de Memória de Reconhecimento (MEMORE) Book · January 2020 CITATION 1 READS 1,956 4 authors, including: Some of the authors of this publication are also working on these related projects: Critical Issues in Special Education for School Rehabilitation Practices View project Handbook of Research on Critical Issues in Special Education for School Rehabilitation Practices View project Ivan Santana Rabelo University of São Paulo 58 PUBLICATIONS 178 CITATIONS SEE PROFILE Luis Anunciacao Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro 37 PUBLICATIONS 50 CITATIONS SEE PROFILE All content following this page was uploaded by Ivan Santana Rabelo on 16 June 2020. The user has requested enhancement of the downloaded file. https://www.researchgate.net/publication/342216837_Teste_de_Memoria_de_Reconhecimento_MEMORE?enrichId=rgreq-7e1be0269a74529d5a65c42036f01e93-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzM0MjIxNjgzNztBUzo5MDMxODgxOTAzNTEzNjBAMTU5MjM0ODI1MzU3Mw%3D%3D&el=1_x_2&_esc=publicationCoverPdf https://www.researchgate.net/publication/342216837_Teste_de_Memoria_de_Reconhecimento_MEMORE?enrichId=rgreq-7e1be0269a74529d5a65c42036f01e93-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzM0MjIxNjgzNztBUzo5MDMxODgxOTAzNTEzNjBAMTU5MjM0ODI1MzU3Mw%3D%3D&el=1_x_3&_esc=publicationCoverPdf https://www.researchgate.net/project/Critical-Issues-in-Special-Education-for-School-Rehabilitation-Practices?enrichId=rgreq-7e1be0269a74529d5a65c42036f01e93-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzM0MjIxNjgzNztBUzo5MDMxODgxOTAzNTEzNjBAMTU5MjM0ODI1MzU3Mw%3D%3D&el=1_x_9&_esc=publicationCoverPdf https://www.researchgate.net/project/Handbook-of-Research-on-Critical-Issues-in-Special-Education-for-School-Rehabilitation-Practices?enrichId=rgreq-7e1be0269a74529d5a65c42036f01e93-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzM0MjIxNjgzNztBUzo5MDMxODgxOTAzNTEzNjBAMTU5MjM0ODI1MzU3Mw%3D%3D&el=1_x_9&_esc=publicationCoverPdf https://www.researchgate.net/?enrichId=rgreq-7e1be0269a74529d5a65c42036f01e93-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzM0MjIxNjgzNztBUzo5MDMxODgxOTAzNTEzNjBAMTU5MjM0ODI1MzU3Mw%3D%3D&el=1_x_1&_esc=publicationCoverPdf https://www.researchgate.net/profile/Ivan-Rabelo-2?enrichId=rgreq-7e1be0269a74529d5a65c42036f01e93-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzM0MjIxNjgzNztBUzo5MDMxODgxOTAzNTEzNjBAMTU5MjM0ODI1MzU3Mw%3D%3D&el=1_x_4&_esc=publicationCoverPdf https://www.researchgate.net/profile/Ivan-Rabelo-2?enrichId=rgreq-7e1be0269a74529d5a65c42036f01e93-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzM0MjIxNjgzNztBUzo5MDMxODgxOTAzNTEzNjBAMTU5MjM0ODI1MzU3Mw%3D%3D&el=1_x_5&_esc=publicationCoverPdf https://www.researchgate.net/institution/University-of-Sao-Paulo?enrichId=rgreq-7e1be0269a74529d5a65c42036f01e93-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzM0MjIxNjgzNztBUzo5MDMxODgxOTAzNTEzNjBAMTU5MjM0ODI1MzU3Mw%3D%3D&el=1_x_6&_esc=publicationCoverPdf https://www.researchgate.net/profile/Ivan-Rabelo-2?enrichId=rgreq-7e1be0269a74529d5a65c42036f01e93-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzM0MjIxNjgzNztBUzo5MDMxODgxOTAzNTEzNjBAMTU5MjM0ODI1MzU3Mw%3D%3D&el=1_x_7&_esc=publicationCoverPdf https://www.researchgate.net/profile/Luis-Anunciacao?enrichId=rgreq-7e1be0269a74529d5a65c42036f01e93-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzM0MjIxNjgzNztBUzo5MDMxODgxOTAzNTEzNjBAMTU5MjM0ODI1MzU3Mw%3D%3D&el=1_x_4&_esc=publicationCoverPdf https://www.researchgate.net/profile/Luis-Anunciacao?enrichId=rgreq-7e1be0269a74529d5a65c42036f01e93-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzM0MjIxNjgzNztBUzo5MDMxODgxOTAzNTEzNjBAMTU5MjM0ODI1MzU3Mw%3D%3D&el=1_x_5&_esc=publicationCoverPdf https://www.researchgate.net/institution/Pontificia_Universidade_Catolica_do_Rio_de_Janeiro?enrichId=rgreq-7e1be0269a74529d5a65c42036f01e93-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzM0MjIxNjgzNztBUzo5MDMxODgxOTAzNTEzNjBAMTU5MjM0ODI1MzU3Mw%3D%3D&el=1_x_6&_esc=publicationCoverPdf https://www.researchgate.net/profile/Luis-Anunciacao?enrichId=rgreq-7e1be0269a74529d5a65c42036f01e93-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzM0MjIxNjgzNztBUzo5MDMxODgxOTAzNTEzNjBAMTU5MjM0ODI1MzU3Mw%3D%3D&el=1_x_7&_esc=publicationCoverPdf https://www.researchgate.net/profile/Ivan-Rabelo-2?enrichId=rgreq-7e1be0269a74529d5a65c42036f01e93-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzM0MjIxNjgzNztBUzo5MDMxODgxOTAzNTEzNjBAMTU5MjM0ODI1MzU3Mw%3D%3D&el=1_x_10&_esc=publicationCoverPdf TESTE DE MEMÓRIA DE RECONHECIMENTO (MEMORE) Manual Técnico TESTE DE MEMÓRIA DE RECONHECIMENTO (MEMORE) Manual Técnico Ivan Sant’Ana Rabelo Luis Anunciação Roberto Moraes Cruz Nelimar Ribeiro de Castro © 2020 Nila Press Livraria e Editora Ltda ME É proibida a reprodução total ou parcial desta publicação, para qualquer finalidade, sem autorização por escrito dos editores. 1ª Edição 2020 Editor Ingo Bernd Guntert Revisão Tikinet Edição Ltda Diagramação Fabio Alves Melo Capa “OitoSete Estúdio Criativo” Douglas Rezende Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) TuxpedBiblio (São Paulo, SP) R114t Rabelo, Ivan Sant ́Ana Teste de Memória de Reconhecimento (MEMORE) / Ivan Sant ́Ana Rabelo, Luis Anunciação, Roberto Moraes Cruz, Nelimar Ribeiro de Castro. – 1. ed. - São Paulo : Editora Nila Press. Brasil, 2020. 104 p.; gráfs. Inclui bibliografia ISBN 978-65-990457-0-7 1. Avaliação Psicológica 2. Cognição 3. Memória 4. Psicologia I. Título II. Autores CDD 153.1 CDU 159.953 Índice para Catálogo Sistemático 1. Psicologia: memória e aprendizagem. 2. Psicologia – memória e aprendizado Reservados todos os direitos de publicação em língua portuguesa à SOBRE OS AUTORES Ivan Sant’Ana Rabelo (CRP: 06/82047) Psicólogo. Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo (EEFE/USP). Mestre em Psicologia pela Universidade São Francisco (USF). Pós-doutorado em Psicologia do Trabalho no Laboratório Fator Humano na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Realiza pesquisas de pós-doutorado no Grupo de Estudos Olímpicos (GEO-USP). Docente de disciplinas relacionadas à avaliação psicológica em cursos de graduação (UNIP), especialização e extensão (IPOG, COGEAE-PUC etc.). Pesquisador e autor da adaptação brasileira dos instrumentos Teste de Trilhas Coloridas (Color Trails Test), Teste de Memória Visual de Rostos (MVR), Teste de Inteligência Geral Beta-III (Army Beta Tests), do Indicador de Julgamento de Liderança (LJI), da pesquisa de revisão do Inventário Fatorial de Personalidade (IFP-2), autor do teste Memória Visual para o Trânsito (MVT), da Bateria Rotas de Atenção (Rotas) e do jogo corporativo de tabuleiro Jogos dos Valores da Empresa. Lattes: http://lattes.cnpq.br/8482879593346361 Luis Anunciação (CRP 05/37969) Psicólogo. Doutor em Psicometria pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC- -Rio), com intercâmbio na University of Oregon (EUA). Atualmente, é professor do Departamento de Psicometria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), pesquisador convidado do Laboratório de Análise de Dados da PUC-Rio e do Oregon Research Institute (ORI), nos Estados Unidos, coordenador da área de pesquisa da Anova e compõe a gestão do Instituto Brasileiro de Neuropsicologia e Comporta- mentos (IBNeC). Em psicometria, atua, majoritariamente, com Modelos de Equações Estruturais (MEE) e Teoria de Resposta ao Item (TRI). Lattes: http://lattes.cnpq.br/3982200733248687 Roberto Moraes Cruz (CRP 12/01418) Psicólogo. Especialista em psicologia ocupacional pela University of Leicester. Mestre em educa- ção pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Doutor em engenharia de produção pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), com período sanduíche no Conservatoire National des Arts et Métiers. Concluiu pesquisa de pós-doutorado em métodos e diagnóstico na Universitat de Barcelona. Professor e pesquisador do Departamento e do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da UFSC nas subáreas fundamentos e métodos de medida em psicologia, psicologia do trabalho, saúde e segurança no trabalho. Líder do Laboratório Fator Humano (UFSC) e pesquisador do Núcleo de Pesquisa em Neuropsicolo-gia e Saúde. Ênfases de estudo: avaliação de aspectos clínicos e epidemiológicos em saúde e trabalho; fatores humanos em ambientes isolados, confinados e extremos; construção e adaptação de métodos e instrumentos de avaliação e diagnóstico psicológico. Lattes: http://lattes.cnpq.br/8057719972797248 6 MEMORE | MANUAL TÉCNICO Nelimar Ribeiro de Castro (CRP: 04/24004) Psicólogo. Mestre e doutor em psicologia/avaliação psicológica pela Universidade São Francisco (USF/Itatiba-SP). Especialista lato sensu em psicologia e desenvolvimento humano pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Docente do curso de psicologia da Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde de Viçosa (Facisa/Univiçosa). Autor da Escala de Atenção Seletiva Visual (EASV) e do Teste de Inteligência (TI) e coautor da adaptação brasileira da Escala Weschler de Inteligência para Crianças (WISC-IV). Realizou assessoramento estatístico e psicométrico da adaptação para o Brasil dos instru- mentos Teste de Trilhas Coloridas (Color Trails Test) e do Teste de Memória Visual de Rostos (MVR). Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/5422628179511153 SUMÁRIO FICHA-SÍNTESE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 AGRADECIMENTOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 I – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 A Memória . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 Memória Visual de Reconhecimento de Curto Prazo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 O modelo de Baddeley . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 Memória Sensorial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 Memória de Curta Duração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 Memória de Longa Duração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 Memória de Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 Percepção Visual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21 Pesquisas no Campo da Memória . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 II – CONSTRUÇÃO DO TESTE MEMORE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27 Procedimentos de Construção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27 Etapas da Construção do Instrumento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32 Limitações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33 Aspectos Relevantes sobre a Utilização em Populações com Daltonismo . . . . . . . . . . . . . 34 III – ESTUDOS PSICOMÉTRICOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37 Método . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38 Participantes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38 Instrumentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40 Procedimentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43 Análises Psicométricas e Estatísticas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43 8 MEMORE | MANUAL TÉCNICO Resultados e discussão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44 Resultados Psicométricos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44 Modelo Psicométrico Confirmatório . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46 Modelo da Teoria de Resposta ao Item (TRI) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47 Análise do Funcionamento Diferencial dos Itens (DIF) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53 Análise de Fidedignidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53 Análise Correlacional com Outros Instrumentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54 Tabelas para Normatização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58 Resultados Estatísticos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63 Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66 IV – INSTRUÇÕES DE APLICAÇÃO, APURAÇÃO E INTERPRETAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . 69 Público-Alvo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69 Materiais para Aplicação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69 Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69 Qualificação do Aplicador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . 70 Aplicação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70 Instruções de Aplicação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70 Apuração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72 Apuração Manual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73 Apuração Informatizada e um novo recurso por App . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74 Sistema Inovador de correção por App . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75 V – CASOS ILUSTRATIVOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77 Caso 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77 Caso 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 78 Caso 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79 Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81 REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83 ANEXO I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91 FICHA-SÍNTESE Objetivo O teste MEMORE objetiva avaliar a memória visual de reconhecimento de curto prazo, que se refere à capacidade de memorizar, resgatar, reconhecer e discriminar um estímulo, informação ou objeto como algo anteriormente já visto e retido por um breve período. A tarefa propõe memorizar círculos coloridos por 1 minuto e reconhecê-los após uma atividade distratora padronizada. Os círculos apresen- tam-se setorialmente divididos em verde, amarelo e vermelho. Público-alvo Os estudos para estabelecer normas e reunir evidências de validade e precisão do teste MEMORE foram baseados em dados coletados entre 2011 e 2018. A amostra que compôs o estudo normativo abrangeu 1.448 pessoas (sendo 1.444 participantes com dados completos), das quais 53% eram mulheres. A idade média dos homens foi de 30 anos (DP = 10,6 – mínima de 14 e máxima de 61) e das mulheres, 23,7 (DP = 8,3 – mínima de 15 e máxima de 60), com nível de escolaridade do Ensino Fundamental ao Superior. Os dados foram coletados nos estados de Bahia, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo. Material Para uso do teste MEMORE são necessários: manual, caderno de aplicação, protocolo de respostas, crivo de apuração, caneta e cronômetro. A ficha de memorização dos estímulos já está contida no próprio caderno de aplicação. Aplicação O teste MEMORE pode ser aplicado coletiva ou individualmente. As instruções contidas na seção “Instruções de aplicação, apuração e interpretação” devem ser seguidas rigorosamente. Para a realização do teste são disponibilizados 1 minuto para visualizar a ficha de memorização e 2 minutos para executar a tarefa proposta. Estima-se que, com as instruções e exercício de exemplo, o tempo de aplicação total do teste seja de, aproximadamente, 10 minutos. Correção e Interpretação A correção do MEMORE foi feita com base no modelo clássico da teoria de detecção de sinal, prevendo duas possibilidades de acerto e duas possibilidades de erro. Assim, caso o respondente assinale corretamente um estímulo presente na etapa de memorização ou não assinale um estímulo ausente, será contabilizado um ponto. Caso não marque um estímulo ausente na etapa de memorização ou não mar- que um estímulo presente nessa etapa, o respondente perde um ponto. O MEMORE é composto por 10 MEMORE | MANUAL TÉCNICO 24 estímulos e, portanto, a pontuação máxima é de 24 pontos. As respostas do treino não são incluídas na contagem. Após obter a pontuação bruta (PB), o examinador deverá localizar o percentil correspon- dente consultando as tabelas normativas e a respectiva classificação. A transformação da pontuação do MEMORE em percentil permite verificar a posição relativa dos indivíduos do grupo normativo, bem como localizar o desempenho de outros participantes por meio da comparação com os obtidos pela amostra de padronização. Além da correção manual, é possível utilizar a correção online do MEMORE que pode ser realizada por meio da digitação de respostas ou por aplicativo de leitura via celular. Consulte o site: www.nilapress.com.br para informações. Contexto de Avaliação O teste MEMORE pode ser aplicado em pessoas com diversos níveis de escolaridade, de baixa a superior, e há tabelas de normas brasileiras adaptadas a diferentes agrupamentos, conforme apresentado na seção de normas. O teste apresenta-se discriminativo entre grupos de baixa e alta habilidade mne- mônica, mas é mais indicado e informativo para pessoas com baixa habilidade. O manual também traz estudos sobre a amostra de trânsito em que tanto candidatos à primeira habilitação quanto à renovação foram avaliados e comparados. O instrumento pode ser aplicado em processos de avaliação nos quais há necessidade de aferir a memória de reconhecimento visual de curto prazo para rastreio (screening) inicial. AGRADECIMENTOS A pesquisa de construção do Teste de Memória de Reconhecimento (MEMORE) contou com o apoio de inúmeros profissionais de excelência. Acreditamos que esta pesquisa só foi possível pela valiosa contribuição de diversos pesquisadores parceiros, instituições, professores e colegas, nas concepções ini- ciais de desenvolvimento da medida, assim como nas coletas de dados e em seus estudos. Entre as importantes parcerias, citamos algumas pessoas, sem a pretensão de listar todos que contri- buíram, já que toda e qualquer participação foi bem-vinda e nos apoiou nesta jornada: Alice Jacinto Ana Elisa Bosquê Ana Paula Correa e Silva André Luís de Melo Andrea da Silva Mazariolli Andrea Riera Anna Carolina de A. Portugal Áurea Rosario Moreno Vallcorba Daniela Regina da Silva Elaine Vital Felícia Pretto Tommasi Fernanda S. Perez Soares Gisele Ap. da Silva Alves Ingo Bernd Guntert Irene F. Almeida de Sá Leme Ivete Goinski Pellizzetti Josiane Pawlowski Juliana Villemor-Amaral Guntert Juliana da Cruz Flauzino Juliana Oliveira Gomes Jussara Pascualon Araújo J. Landeira-Fernandez Kelen Cristina de Jesus Kellen Nayara Luciana Mara Bremm Maria Cristina Pellini Marlene Alves da Silva Maurício O. Bando Priscila Shiguemi Nunes Priscilla Santana Rodrigues Raphaella De Martini Barbosa Rosângela Bracon Sabrina G. Valverde Saidy Karolin Maciel Silvia Godoy de Sousa Silvia Verônica Pacanaro Valdira Gomes Valadares Zenir Alves Pascutti Gostaríamostambém de citar algumas instituições e seus representantes que nos receberam e apoia- ram de diferentes formas, com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento científico: • ANOVA – Medidas em Psicologia • Avaliar Psicologia • Instituto de Pós-Graduação e Graduação (IPOG) • Laboratório Fator Humano (UFSC) • Mago Psico Testes • Polícia Militar do Estado de São Paulo (PM-SJC) • Psi Testes Psicológicos e Psicopedagógicos • Psicoshop Testes e Livros Psicológicos e Psicopedagógicos • Sapiens-Psi Instituto de Psicologia e Conceito Psi • Valor do Conhecimento 12 MEMORE | MANUAL TÉCNICO Por fim, um agradecimento mais que especial a todos aqueles que voluntariamente responderam ao teste durante a pesquisa. Aproveitamos também para agradecer a todos que não estão listados, mas direta ou indiretamente contribuíram para que todo este esforço de pesquisa se tornasse possível e mais harmonioso. Agradecemos também aos nossos familiares e amigos pelo apoio e compreensão em momentos de ausência – afinal, todos os desafios foram também nos ensinando e deixando a jornada ainda mais com- pleta. A todos, nossos mais sinceros sentimentos de gratidão. I – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A Memória A memória é um dos processos psicológicos que compõem a cognição, responsável pela capacidade de codificar, armazenar, reter e recuperar informações e experiências passadas no cérebro humano. Por isso, as atividades mnemônicas afetam ou influenciam o comportamento e, portanto, regulam a intera- ção das pessoas com o ambiente que as cerca. No âmbito dos processos de aprendizagem, constitui a base para a produção do conhecimento, desenvolvimento de habilidades e planejamento (Park & Festini, 2017). Dessa maneira, investigar os mecanismos de funcionamento da memória e as estruturas cerebrais envolvidas na sua formação sempre foi um dos grandes desafios da ciência, desde a antiguidade (Calle- garo & Landeira-Fernandez, 2007; Schacter & Addis, 2007). Por sua intrínseca interação com outras habilidades e características psicológicas, a memória é essencial para a experiência humana – a escrita, por exemplo, desde seus primórdios não tinha o pro- pósito apenas de comunicar, mas também de reter informações para acesso posterior. Nesse sentido, a memória, pelo seu poder de registro natural de informações, de recordar experiências, fatos, impres- sões, habilidades e hábitos aprendidos anteriormente, tem se mostrado um mecanismo essencial ao processo evolutivo da espécie humana (Parkin, 2016). A capacidade de memorizar pode e deve ser considerada, também, como responsável por parte importante do funcionamento de nossa sociedade, e atividades que a requeiram cada vez mais levam o ser humano a criar métodos ou recursos para redu- zir o esforço de memorização (Oliveira, 2007). A memória é empregada nos mais diferentes contextos e momentos, de coisas mais simples a tarefas que apresentam maior complexidade. Por exemplo, durante um processo de retenção de informações, algumas devem ser lembradas tais como foram observadas, como ao digitar a sequência numérica de um código de barras após ter examinado o boleto impresso ou ao discar um número de telefone consultado numa agenda para realizar a ligação. Em outras circunstâncias, é necessário manipular informações, tais como em um discurso em que seja necessário relacionar o tema a questões da atualidade ou em um cál- culo aritmético em que seja preciso lembrar de resultados intermediários etc. Funções cognitivas, tais como codificação e recuperação de informações, conservação e evocação, entre outras, são fenômenos estudados por distintas abordagens interdisciplinares. Boa parte do que se sabe hoje a respeito da constituição da memória fundamenta-se em investigações combinadas entre as áreas de biologia molecular, psicologia e medicina (Izquierdo, 2011). São conceituadas em termos de unidades cognitivas, padrões de reconhecimento, recuperação de dados e informações para compreender como o sistema nervoso central está programado, no que se refere à obtenção e fornecimento de repre- sentações do mundo, para que estas informações possam ser armazenadas e recuperadas (Anunciação, Portugal, & Landeira-Fernandez, 2018). Assim, conceitua-se a memória como a capacidade de registrar, manter e evocar experiências e fatos ocorridos que envolvem codificação, armazenamento e resgate de informações (Dalgalarrondo, 2008; Izquierdo, 2011). O estudo do tema vem se beneficiando do conceito de modularidade de funções, isto é, da noção de que memória compreende um conjunto de habilidades mediadas por diferentes módulos do sistema nervoso que funcionam de forma independente, porém cooperativa (Helene & Xavier, 2003). 14 MEMORE | MANUAL TÉCNICO Izquierdo (2011), Schlindwein-Zanini (2009) e Gil (2003), entre outros, aplicam determinadas divi- sões para compreender a memória, sendo as mais conhecidas a memória declarativa (explícita), não declarativa (implícita), de curto e de longo prazo. A primeira delas relaciona-se à recordação de fatos e eventos, como datas, números de telefone etc., e apresenta dois subtipos, sendo um relacionado a coisas que lembramos sobre nossas vidas (memó- ria episódica), abarcando a consciência dos eventos passados, e outro relacionado ao conhecimento do mundo externo (memória semântica), que independe de qualquer correlação com a circunstância especí- fica que originou o aprendizado. O objetivo principal da memória declarativa é proporcionar à mente um arquivamento de dados mais extenso, do qual as informações possam ser evocadas a qualquer momento, sempre que necessário (Lent, 2010). Em contrapartida, a memória não declarativa ou implícita relaciona-se a procedimentos e habilida- des majoritariamente motoras, como cozinhar, dirigir, praticar uma modalidade esportiva, entre outros. É adquirida e evocada por meio de experiências de tentativa e erro, subdividindo-se em quatro possi- bilidades: a) priming, utilizando dicas ou pistas que correspondem à imagem de um evento, preliminar à compreensão do significado; b) procedimental, que emprega hábitos e habilidades individuais, como nadar e dirigir, sem que seja preciso descrevê-los verbalmente; c) associativa; e d) não associativa, que está relacionada a algum tipo de resposta ou comportamento. A memória associativa pode ser exemplificada pela produção de saliva instigada pela visão ou pelo cheiro de uma comida saborosa, que em algum momento da vida foi associada ao ato de se alimentar (em que a boca saliva se preparando para a alimentação). Já a memória não associativa é usada, por exemplo, quando, sem se dar conta, aprende-se que o latido repetitivo de um cão não traz riscos, possibilitando o relaxamento e o desprezar desse estímulo (Kandel & Squire, 2000). As memórias não declarativas reve- lam-se quando a experiência prévia facilita o desempenho de uma tarefa sem a necessidade da evocação intencional (Xavier, 1996). A memória de curto prazo (MCP), por outro lado, está relacionada ao processo de retenção de algo por um breve período, sejam segundos, minutos ou até poucas horas, com capacidade limitada. Isso torna necessário, portanto, que depois de um pequeno intervalo algum processo de repetição seja realizado para impedir que as informações sejam esquecidas. A MCP também é chamada de memória de curta duração ou curto termo. Por fim, a memória de longo prazo (MLP) permite conservar informações por horas, meses, déca- das ou por toda a vida, possibilitando o aprendizado e a retenção dos dados, assim como a estocagem organizada de um aspecto associativo multimodal, seja semântico, espacial, temporal, afetivo, combinado etc. (Baddeley, 2000). A MLP tem capacidade ilimitada, e a informação é armazenada de forma perma- nente. Este processo é chamado de consolidação, e pode ser alcançado por meio da repetição ou quando informações que ajudam nossa adaptação ao meio ambiente passam, ao longo do tempo, da MCP para a MLP (Lent, 2010). Finalmente, estudos recentes em neurociênciatêm mostrado que a dinâmica entre MCP e MLP pode ter alguma autonomia ou, até mesmo, dissociação funcional (Bianchin, Souza, Medina, & Izquierdo, 1999; Kitamura et al., 2017). Memória Visual de Reconhecimento de Curto Prazo Aspectos cognitivos relacionados a atenção, repetições e ideias associativas possibilitam que alguma variável, seja ela informacional ou não, se consolide na memória. Especificamente sobre a MCP, autores View publication statsView publication stats https://www.researchgate.net/publication/342216837