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MOTIVOS QUE LEVAM A TERCEIRA IDADE A DAR CONTINUIDADE À PRÁTICA DA ATIVIDADE FÍSICA

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MOTIVOS QUE LEVAM A TERCEIRA IDADE A DAR CONTINUIDADE À PRÁTICA DA ATIVIDADE FÍSICA
I. INTRODUÇÃO
	 Um fenômeno contemporâneo é o crescente aumento da expectativa de vida, devido às melhorias no campo das ciências médicas e da biotecnologia. Percebe-se, então, o surgimento de um novo mercado que requer atenção visto que, apesar de um grande direcionamento comercial de atividades desenvolvidas para idosos, ainda falta o reconhecimento desse grupo como seres humanos (SOMCHINDA e FERNANDES, 2003).
 Kalache (1987) afirma que a expectativa de vida, ao nascer, que era de apenas 33,7 anos em 1900, havia alcançado 43,2 anos em 1950, 55,0 em 1960, 57,1 em 1970 e 63,5 anos em 1980. As estimativas indicam que, atualmente, ela deve ser da ordem de 66 anos, devendo alcançar 68,6 anos no ano 2000 e ultrapassar 72 no ano 2020. Mas, segundo o IBGE (2002), a expectativa de vida dos indivíduos brasileiros é considerada, em média, 69 anos de idade. Nos próximos 20 anos, a população idosa do Brasil poderá ultrapassar os 30 milhões de pessoas e deverá representar quase 13% da população ao final deste período. Em 2000, segundo o Censo, a população de 60 anos ou mais de idade era de 14.536.029 de pessoas. O peso relativo da população idosa no início da década representava 7,3%, enquanto, em 2000, essa proporção atingia 8,6%. O aumento de idosos na população tem como exemplo o grupo das pessoas com 75 anos ou mais de idade que teve o maior crescimento relativo (49,3%) nos últimos dez anos, em relação ao total da população idosa. Ou seja, O idoso ocupa, cada vez mais, um papel de destaque na sociedade brasileira.
 Segundo Matsudo e Matsudo (1992), a diminuição na incidência das principais causas de morte está relacionada às mudanças do comportamento em relação à saúde, já que a contribuição do estilo de vida e do ambiente na prevenção da mortalidade por enfermidade cardíaca, câncer, acidente vascular cerebral, entre outros, é maior do que a influência dos serviços médicos e hereditariedade. Talvez a principal mudança no estilo de vida tenha sido a maior participação dos indivíduos em algum tipo de atividade física.
	 Matsudo e Matsudo (1992) relatam ainda que em comparação a algumas décadas atrás, a expectativa de vida tem aumentado de forma importante, através do controle de doenças e melhora da qualidade de vida, o número de pessoas que atingem a terceira idade tendem a aumentar.
	 O rápido crescimento populacional de grupos acima dos 60 anos, de acordo com Raso et al. (1997a) pode ser atribuído a melhores técnicas de controle de enfermidades e hábitos saudáveis de vida como alimentação adequada, ausência de vícios e prática de atividade física regular.
	 Pain et al. (2001) afirma que o Brasil enfrentará problemas que são passados atualmente pelos países europeus, sendo que, estes ainda não conseguem obter grandes sucessos para desenvolver uma infra-estrutura eficiente às necessidades destas pessoas, apesar de se tratarem de populações afluentes. 
	 O aumento da expectativa de vida proporciona às pessoas um maior período de tempo para sintetizar e culminar a realização de seus projetos de vida. Mas, para que isso ocorra, é necessário que a velhice seja vivida com qualidade (OKUMA et al., 1995).
	 Sabe-se que um dos elementos que determinam à expectativa de vida ativa ou saudável é a independência para realização de atividades de vida diárias (ANDREOTTI e OKUMA, 1997). A expectativa de vida ativa termina quando a saúde de uma pessoa se deteriora a ponto de provocar a perda da independência para realizar tarefas cotidianas. Por isso, diversos domínios da ciência têm se preocupado em descobrir as virtudes da velhice, prolongar a juventude e envelhecer com boa qualidade de vida individual e social (CAMPOS, 2000).
	 Conforme relato de Pain et al. (2001), alguns órgãos e grupos de profissionais, cientes da extrema necessidade de ação, estão se mobilizando seguidamente na tentativa de conscientizar a população da importância da atividade física no dia-a-dia do ser humano.
	 Entende-se, então, que não é suficiente considerar somente o aumento da expectativa de vida da população, mas também, avaliar se os anos adicionais serão saudáveis. De acordo com Neri (1993), devido ao aumento da população idosa mundial, identificar as condições que permitem envelhecer bem, torna-se tarefa de várias disciplinas no âmbito das ciências biológicas, psicológicas e sociais. Ou seja, é imprescindível a mobilização de vários órgãos e setores competentes ligados à área de saúde e bem-estar, com o intuito de alertar, esclarecer e educar a população como um todo e em especial os idosos, sobre a importância da prevenção e manutenção da saúde e da boa qualidade de vida para se ter uma velhice bem-sucedida, diminuindo os riscos de doenças e outros problemas que levariam a um estado de morbidade ou até a mortalidade (PAIN et al., 2001). 
	 Devido ao aumento do número de praticantes de atividade física pertencentes ao grupo de pessoas idosas, o objetivo deste estudo é averiguar/investigar os motivos que levam a terceira idade a dar continuidade à prática da atividade física, considerando os aspectos fisiológicos, sociais e psicológicos.
II. REVISÃO DA LITERATURA
2.1. TERCEIRA IDADE
	 Muitos são os nomes utilizados para designar essa população que compreende idades a partir dos 60 anos, tais como: terceira idade, idoso, melhor idade, idade madura, senilidade; nomes esses utilizados por estudiosos como Neri (1993 e 2001a), Matsudo (2005b), Campos (2000), Okuma (1995; 1997 e 1998) que serão explicados individualmente a seguir.
	 Lima apud Somchinda e Fernandes (2003) relata que o termo terceira idade surgiu no final dos anos 60, na França, para expressar novos padrões de comportamento de uma geração, que se aposenta e envelhece ativamente.
 Idosos, segundo Neri (2001a), são populações de indivíduos que podem ser assim caracterizados em termos da duração do seu ciclo de vida. Em países desenvolvidos são indivíduos com mais de 65 anos, países em desenvolvimento, indivíduos com mais de 60 anos.
	 Oliveira, Pereira e Matsudo (1988) e Matsudo e Matsudo (1992), citam uma definição da Organização Mundial da Saúde (OMS), onde podemos situar a terceira idade como caracterizada pelo indivíduo idoso, á partir dos 60 anos.
	 Campos (2000) relata que para a Organização Mundial da Saúde (OMS), os indivíduos são classificados de acordo com a faixa etária da seguinte forma:
· Dos 45 aos 59 anos - meia idade;
· Dos 60 aos 74 anos - idosos;
· Dos 75 aos 90 anos - velhos;
· Acima dos 90 anos - muito velhos.
	 A senilidade, representativa a partir dos 60 anos de idade, mas podendo-se encontrar dados a partir dos 65 anos, talvez pela variedade dos termos se sociais ou técnico–científicos, mas que na verdade vários autores enfatizam que não há um consenso nesta questão, constitui-se por um grupo heterogêneo, devido às diferenças em experiência de vida acumulada por cada indivíduo, bem como pelas diferentes transformações que o organismo sofre com o passar dos anos, devido a hábitos alimentares, de saúde, convívio social, por práticas desportivas, entre outras (SOMCHINDA e FERNANDES, 2003).
2.2. ENVELHECIMENTO E ATIVIDADE FÍSICA
	 O envelhecimento, relatado por Neri (1993), é um aumento de conhecimento e experiência. Afirma ainda que biologicamente haja uma transformação no corpo humano, sendo estas mudanças nos aspectos fisiológicos, psicológicos e sociais. É o processo de mudanças universais pautados geneticamente para a espécie e para cada indivíduo, que se traduz à diminuição da plasticidade comportamental, um aumento da probabilidade à morte (NERI, 2001a).
	 De acordo com Kuroda apud Matsudo e Matsudo (1992), envelhecimento é um processo fisiológico que não necessariamente ocorre de forma paralela à idade cronológica e que apresenta considerável variação individual. Alguns gerontólogos acreditam que 50% do envelhecimento são devidos a um estilo sedentário e por muito responsável peladiminuição da capacidade física (MATSUDO E MATSUDO, 1992).
	 Somchinda e Fernandes (2003) comentam que o envelhecimento vem sendo conceituado das mais variadas formas por diferentes autores, com pressupostos conseqüentes da idade ou da transformação cotidiana, sem contar em argumentos populares de cunho social da representatividade do idoso. 
	 Segundo Gallahue e Ozmun (2001), na velhice, a capacidade de realizar as atividades de vida diárias (AVD’s) pode sofrer alterações. Nesta fase, nota-se grande tendência à diminuição da atuação do indivíduo no meio em que vive.
	 Cotton apud Matsudo (2005b), afirma a existência de estudos que utilizam como referência às atividades de vida diárias para definir se um idoso é ou não capaz de viver independentemente. Relata ainda que para a American Geriatrics Society, as AVD’s são classificadas como:
Básicas (ABVD’s) – que incluem as atividades de autocuidado, determinam o desempenho funcional do indivíduo levando em consideração os desempenhos físicos, psíquicos e sociais.
Intermediárias (AIVD’s) – englobam as ABVD’s e tarefas essenciais para a manutenção da independência, tratando das possibilidades do indivíduo se adaptar ao meio em que vive.
Avançadas (AAVD’s) – refere-se às funções necessárias para viver sozinho, sendo específica para cada indivíduo. Incluem a manutenção das funções ocupacionais, recreacionais e prestação de serviços comunitários.
	 Ou seja, o que caracteriza a capacidade funcional é a capacidade de cuidar sozinho de necessidades domésticas, sociais e da vida diária, bem como, manter-se independente em casa, lembrando que com o decorrer dos anos o idoso fica debilitado, perdendo o condicionamento necessário para realizar tais atividades (MATSUDO, 2005b).
	 Raso (2000) comenta que a principal conseqüência do processo de envelhecimento é a diminuição da capacidade de realizar as atividades de vida diária sem auxílio, sendo que o declínio da capacidade funcional está diretamente associado à dependência física.
	 Sabe-se, porém, que a condição de incapacidade ou dificuldade para realizar AVD pode ser modificada pelo treinamento físico, através de programas de atividade física (RASO, 2000, MATSUDO, 2000).
	 Relacionando a atividade física com o processo de envelhecimento, Matsudo, Matsudo e Barros Neto (2000a) expõe a existência de um fenômeno que se converte em um círculo vicioso: à medida que incrementa a idade, o indivíduo se torna menos ativo, suas capacidades físicas diminuem, começa a aparecer o sentimento de velhice, que pode por sua vez causar estresse, depressão e levar a maior diminuição da atividade física e, consequentemente, à aparição de doenças crônicas, que por si só contribuem para o envelhecimento. Relata ainda que “os cientistas enfatizam cada vez mais a necessidade de que a atividade física seja parte fundamental dos programas mundiais de promoção de saúde”.
	 Os efeitos gerais do envelhecimento são descritos por níveis: antropométrico, muscular, cardiovascular, pulmonar e neural (MATSUDO e MATSUDO, 1992). 
	 O nível antropométrico engloba o incremento de peso, a diminuição da altura, diminuição da densidade óssea, massa muscular e massa livre de gordura, e o incremento de gordura corporal, segundo Matsudo e Matsudo (1992); Ferreira et al., (2003). De acordo com Raso et al. (1997b), as principais alterações que ocorrem com o processo de envelhecimento estão relacionadas à aptidão física.
	 O nível muscular trás a perda de 10 a 20% na força muscular, maior índice de fadiga muscular, menor capacidade para hipertrofia, diminuição no tamanho, número de fibras musculares e das enzimas glicolíticas e oxidativas, além da diminuição na velocidade de condução e na capacidade de regeneração (MATSUDO e MATSUDO, 1992).
 Raso et al. (1997b) e Matsudo e Matsudo (1992) comentam que no nível cardiovascular tem-se a diminuição do gasto cardíaco, diminuição da freqüência cardíaca, diminuição do volume sistólico, diminuição da utilização de oxigênio pelos tecidos, diminuição do VO2 máximo, aumento da pressão arterial, aumento na diferença arterio-venoso de oxigênio, aumento na concentração de ácido láctico, aumento no débito de oxigênio, menor capacidade de adaptação e recuperação do exercício. 
	 Raso (2000) e Matsudo e Matsudo (1992) afirmam que o nível pulmonar lista a diminuição da capacidade vital, aumento no volume residual, aumento do espaço morto anatômico, aumento da ventilação durante exercício, menor mobilidade da parede torácica, diminuição da capacidade de difusão pulmonar de oxigênio. 
	 No Nível Neural ocorre a diminuição no número e tamanho dos neurônios, diminuição na velocidade de condução venosa, aumento do tecido conetivo dos neurônios, menor tempo de reação, menor velocidade de movimento e diminuição no fluxo sangüíneo cerebral (MATSUDO e MATSUDO, 1992; OLIVEIRA, PEREIRA e MATSUDO, 1998).
	 Além disso, o envelhecimento acarreta ainda uma diminuição da agilidade, da coordenação, do equilíbrio, da flexibilidade, da mobilidade articular e o aumento da rigidez de cartilagem, tendões e ligamentos (OLIVEIRA, PEREIRA e MATSUDO, 1998).
	 Chen et al. apud Matsudo e Matsudo (1992) afirma que um programa de exercício deve estar dirigido nesta idade a melhorar a capacidade física do indivíduo diminuindo o efeito deletério sobre as variáveis anteriormente mencionadas conseguindo assim, maximizar o contato social do indivíduo e reduzir os problemas psicológicos, como ansiedade e depressão nesta idade.
	 Neri (2001a) relata que uma das teorias psicossociais do envelhecimento é a teoria da separação, onde o envelhecimento traz consigo a separação física, psicológica e social. O indivíduo deixa de viver em sociedade, desliga-se do meio, ocorrendo o isolamento social. Em relação aos aspectos biopsicossociais, do envelhecimento, são destacados: os pontos negativos tomam dimensões exorbitantes para o idoso, fatos como o aparecimento de doenças, diminuição da audição e visão, perda do equilíbrio, espera da morte, abandono dos parentes, amigos que falecem, depressão, carência afetiva, modificação física, aposentadoria, viuvez, solidão, contribuem para uma má qualidade de vida.
	 Em relação ao âmbito psicológico, o envelhecimento trás consigo mudanças na vida do indivíduo, com a origem de novos conceitos e formas de enxergar a vida, as prioridades mudam e temos então, novos papéis, novos problemas e desafios a enfrentar. Ocorre uma maior interiorização dos valores morais, maior freqüência de retorno ao passado, redefinição da vida conjugal e sexual, o entusiasmo e a motivação tendem a diminuir (OKUMA et al., 1995; NERI, 1993).
	 A perda de contatos sociais, a preocupação com a diminuição da vitalidade mental e física, percepção da incapacidade para realizar novos relacionamentos e atividades, prazer em achar defeito em si e de criticar, insegurança, insatisfação e culpa; baixa de auto-estima, auto-imagem e autoconceito acarretam em isolamento e solidão. Na realidade, o bem estar psíquico do idoso está diretamente relacionado à possibilidade de sua autonomia e independência (NERI, 2001a).
2.3. EFEITOS BENÉFICOS DA ATIVIDADE FÍSICA NA TERCEIRA IDADE
	 Atividade física é considerada como qualquer movimento corporal produzido pela musculatura esquelética que resulte em gasto energético, tendo componentes e determinantes de ordem biopsicossocial, cultural e comportamental (PITANGA e LESSA, 2005).
	 Ferreira et al., (2003), comenta que recentemente, organizações científicas como a Organização Mundial da Saúde, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças de Atlanta (CDC) e o American College of Sports Medicine (ACSM) concluíram que sessões de pelo menos 30 minutos por dia, se possível todos os dias, realizados de forma contínua e/ou acumulada, podem representar o limiar para a população adquirir os benefícios à saúde.
	 De acordo com Matsudo, Matsudo e Barros Neto (2000a), a atividade física apresenta efeitos benéficos nos aspectos psicológicos, sociais e cognitivos, sendo um aspecto fundamental do estilo de vida na promoçãode um envelhecimento saudável e bem sucedido.
 Os efeitos antropométricos e neuromusculares são: diminuição da gordura corporal incremento da massa muscular, incremento da força muscular, incremento da densidade óssea, fortalecimento do tecido conetivo, e incremento da flexibilidade. Com relação ao aspecto metabólico ocorre o aumento do volume sistólico; diminuição da freqüência cardíaca no repouso e no trabalho submáximo; aumento de 10 a 30% no VO2 máximo; aumento da ventilação pulmonar; diminuição da pressão arterial e melhora do perfil lipídio. Os efeitos psicológicos, como melhora do autoconceito, da auto-estima, da imagem corporal, diminuição do stress, ansiedade; melhora da tensão muscular e insônia; diminuição do consumo de medicamentos melhora das funções cognitivas e socialização também são notados (MATSUDO e MATSUDO, 1992; RASO et al. 1997b; MATSUDO, MATSUDO e BARROS NETO, 2000a).	
	 De acordo com Raso et al. (1997a), os efeitos mais óbvios do exercício físico no idoso, especialmente nos mais propensos à ansiedade e depressão, favorecem aos relacionamentos sociais, exercendo um impacto positivo sobre a redução dos riscos de morte por doenças crônicas degenerativas.
	 Okuma (1998) cita que alguns estudos realizados indicam que indivíduos ativos tendem a apresentar uma autopercepção mais positiva das variáveis psicológicas, como autoconceito, auto-estima, auto-satisfação, auto-realização e outros.
	 Embora ainda não existam estudos conclusivos sobre a influência da atividade física no bem estar das pessoas, há evidência de que a saúde percebida é mais preditiva de satisfação na velhice quando relacionada à saúde medida por indicadores objetivos e que a vivência de experiências positivas com a atividade física é mais significativa para o idoso do que a falta dos negativos (OKUMA, 1998).
	 Baixos níveis de atividade física foram associados com sintomas depressivos mais severos um estudo elaborado por Moore (apud MATSUDO, MATSUDO e BARROS NETO, 2000a). Embora isso não permita fazer uma relação causa efeito, a atividade física pode ser um método efetivo para a manutenção da habilidade funcional e a promoção de uma melhor sensação de bem estar em idosos.
	 Okuma (1997 e 1998) ressalta ainda que a vivência de experiências positivas como atividade física é mais significativa para o idoso, torna-se um compromisso interno e termina sendo um recurso para lidar com o estresse emocional, possibilitando a convivência com os pares, desenvolve auto-eficácia e rompe com o estereótipo que a sociedade atribui ao idoso.
	 Entende-se então, que o exercício; mesmo iniciado na terceira idade traz grandes benefícios para os indivíduos, lembrando que o importante é manter a saúde e não a performance, objetivando o contato do idoso com seus pares, incrementando a socialização que é fundamental nesta fase da vida (MATSUDO e MATSUDO, 1992).
III. MÉTODO
3.1. Amostra
	 A amostra foi constituída por 10 (dez) voluntárias, de idade superior a 60 anos com média de 72,2 ± 7,9 anos, do gênero feminino, que praticam atividades físicas na academia UPGRADE FITNESS, localizada no município de Santo André. 
 A escolha do local se deve à fácil localização e à infra-estrutura ofertada por este estabelecimento, além do fato de que dispõe de aulas e atividades físicas para este grupo específico. Para isso, foi feito o pedido de autorização para a instituição (Anexo A).
 O projeto foi submetido à Comissão para Análise de Projetos de Pesquisa (CAAPesq) da Universidade do Grande ABC (UniABC) e aprovado sob protocolo de número 077/06, sendo iniciado a partir do momento da aprovação deste protocolo e assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido.
 As voluntárias foram informadas sobre os objetivos da pesquisa, a importância e sua participação, além de estarem cientes da possibilidade de desistência se assim fizesse necessário, e posteriormente, assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido (Anexo B).
3.2. Técnica de Coleta de Dados
	 Foi realizada uma entrevista estruturada, que como relata Lakatos e Marconi (1991), é aquela em que o entrevistador segue um roteiro previamente estabelecido, com perguntas pré-determinadas. 
	 A entrevista foi composta por 8 questões, sendo: 2 de múltipla escolha e 6 abertas, referentes à prática de atividades físicas, permitindo ao sujeito responder livremente (Anexo C).
 Os sujeitos responderam ao questionário após explicação e esclarecimento das questões do mesmo. 
3.3. Análise dos dados
 Para apresentação dos resultados utilizamos valores em média, desvio padrão, freqüência e porcentagem.
 A análise proposta foi descritiva a partir da redução dos discursos relatados nos questionários aplicados. 
IV. RESULTADOS E DISCUSSÃO
	
	 Dentre as características encontradas no grupo de mulheres acima de 60 anos que foram avaliadas, a média de idade foi de 72,2 ± 7,9 anos. Todas as voluntárias praticavam hidroginástica, duas relataram caminhar, uma relatou praticar natação e outra musculação, sempre associadas à hidroginástica.
 Carvalho (2003) afirma que são inúmeros os benefícios que as atividades aquáticas podem propiciar aos seus praticantes de todas as idades e, também, atividades outras como a caminhada, a musculação ou ginástica.
 Segundo Moreira (2004), a água permite que cada um se exercite no seu ritmo, sem discriminar os mais fracos ou iniciantes, e a troca afetiva entre o professor e praticante da modalidade é muito rica pelas próprias características de ludicidade do meio aquático. Além disso, a Hidroginástica oferece um ambiente extremamente seguro à prática de exercícios, contribuindo para a redução no número de quedas.
 Bonachela (1994) relata que, a hidroginástica protela o processo de envelhecimento e trás benefícios anatomo-fisiológicos, cognitivos e sócio-afetivos aos idosos, tornando-os mais sadios (ausência de doença), independentes, sociáveis e eficientes, proporcionando-lhes uma melhor qualidade de vida. 
 As alterações das capacidades físicas, anatomo-fisiológica, psicossocial e cognitiva são comuns e evoluem progressivamente, no processo de envelhecimento. Todavia, podem ser proteladas e eliminadas com a prática da atividade física, como a hidroginástica. Além do mais, sua aplicabilidade deve ser moderada, progressiva e com exercícios adequados, atendendo às necessidades individuais e do grupo, de idosos (NOVAIS, 2004).
 Como diz o nome, hidroginástica é a ginástica na água, a qual se diferencia das outras atividades, realçando alguns benefícios, devido às propriedades físicas que o meio oferece (BONACHELLA, 1994). Relata também que as propriedades físicas da água irão auxiliar, ainda mais os idosos, na movimentação das articulações, na flexibilidade, na diminuição da tensão articular (baixo impacto), na força, na resistência, nos sistemas cardiovascular e respiratório, no relaxamento, na eliminação das tensões mentais, entre outros. 
 De acordo com Silva e Lopes (2002), dentre as atividades físicas mais indicadas pelos médicos para os idosos, é notória a escolha pela hidroginástica, considerada uma atividade segura, prazerosa e eficiente devido aos efeitos terapêuticos proporcionados pela água no quadro das doenças metabólicas ósseas. 
 Já Cruciani et. al. (2002) afirmam que estudos têm demonstrado que a caminhada é umas das melhores atividades físicas para os indivíduos idosos por ser de baixo impacto, envolve grandes grupos musculares e contribui para um melhor envolvimento social, resultando em benefícios para a saúde. É também considerada uma das formas mais comuns de atividade física, independente da idade, podendo ser utilizada durante atividades recreacionais e como meio de transporte. 
 Segundo Matsudo (1999), Existem cada vez mais evidências científicas apontando o efeito benéfico de um estilo de vida ativo na manutenção da capacidade funcional e da autonomia física durante o processo de envelhecimento.Existem também importantes benefícios do treinamento de força muscular no adulto e na terceira idade, tais como: melhora da velocidade de andar, melhora do equilíbrio, aumento do nível de atividade física espontânea, melhora da auto-eficácia, contribuição na manutenção e/ou aumento da densidade óssea, ajuda no controle do Diabetes, Artrite, Doenças Cardíacas, melhora da ingestão alimentar e diminuição da depressão.
 Com relação ao tempo de prática de atividades físicas relatado pelas voluntárias, 1 (10%) disse praticar por menos de 3 meses enquanto 9 (90%) realizam esta atividade por mais de 6 meses.
 Segundo o Posicionamento Oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte e da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, uma recomendação alternativa a prescrição usual é o acumulo de 2.000 kcal/min ou mais para o gasto energético semanal, que reduz de forma expressiva a mortalidade geral e cardiovascular. Esse gasto energético pode ser atingido tanto em atividades programadas (como por exemplo: caminhar, nadar, pedalar e hidroginástica), como também em atividades do cotidiano e de lazer (NÓBREGA et. al., 1999).
 De acordo com um estudo realizado por Valim e Volp (1998), a melhora do condicionamento físico ocorre após três meses de atividade.
 Leite (1996 b), afirma que a atividade física pode ser fonte de juventude se praticada regularmente, associada a uma dieta e aos hábitos saudáveis; ele também defende que, quando realizada por toda vida, pode retardar a lentidão no tempo de reação, acarretada pelo envelhecimento; estimula o controle do peso, aumentando o gasto calórico e diminuindo o apetite. 
 A participação em atividade física regular (exercícios aeróbicos e de força) fornece um número de respostas favoráveis que contribuem para o envelhecimento saudável. A participação em um programa de exercício regular é uma modalidade de intervenção efetiva para reduzir/prevenir um número de declínios funcionais associados ao envelhecimento (RASO, MATSUDO e MATSUDO, 1998).
 Para Matsudo, Matsudo e Barros Neto (2000c), entretanto, os efeitos dos programas de treinamento em idosos sobre o fortalecimento da musculatura são rapidamente perdidos com a suspensão dessa atividade dentro de quatro semanas após a suspensão do treinamento. Dessa forma, é recomendada a manutenção desses programas para que esses resultados benéficos sejam duradouros. Recomendamos a participação contínua e regular em programas de exercícios físicos, especialmente a hidroginástica.
 Matsudo et. al. (2004) afirmam que o incremento e/ou a manutenção da atividade física regular pode contribuir para aumentar a expectativa de vida de mulheres idosas, mas parece ter menor beneficio nas mulheres menores de 75 anos de idade, uma vez que parte das evidências epidemiológicas sustenta o efeito positivo de um estilo de vida ativo (e/ou do envolvimento dos indivíduos em programas de atividade física ou exercício) na prevenção e minimização dos efeitos deletérios do envelhecimento (American College of Sports Medicine), os cientistas enfatizam cada vez mais a necessidade da atividade física como parte fundamental dos programas mundiais de promoção da saúde.
 Na questão relacionada ao motivo da prática de atividades físicas, as respostas encontradas foram relacionadas a doenças como o “diabetes”; ao bem-estar como no relato da frase: “Faço porque amo!” e à estética na idéia de “perder peso”. Tendo a possibilidade de ter mais de uma resposta obtivemos 4 relatos quanto a problemas de joelho, 1 relato de trombose, 1 cirurgia de ombro e 1 de problema de coluna. Sendo que 90% destas pessoas deram início à prática de atividades devido à orientação médica e uma pessoa por livre e espontânea vontade, por gostar.
 Tratando-se dos fatores motivadores da prática da atividade física, vemos que há, hoje, grande preocupação dos idosos com a manutenção da saúde (PFRIMER, TEIXEIRA e TEIXEIRA, 2006). Afirmam ainda que essa preocupação pode ter sido despertada por campanhas públicas, documentários, propagandas e outros meios. 
 Valim e Volp (1998) comentam que os idosos aderem ao exercício pelo controle de peso, convívio social, pela expressão estética e a motivação vinda da música ou pela própria satisfação em praticá-lo. Afirmam ainda que os fatores que mais aparecem são o emagrecimento e a boa forma, a satisfação e a boa saúde. No entanto estes e outros fatores podem ocorrer de maneira interligada, juntamente com o sentimento de bem estar numa aula de ginástica,
 De acordo com Matsudo, Barros Neto e Matsudo (2002 b), de forma geral, que mulheres envolvidas regularmente em atividade física mantêm o perfil antropométrico estável durante o processo de envelhecimento, independente da idade cronológica.
 Algumas evidências sugerem que o envolvimento em exercícios regulares pode também fornecer muitos benefícios psicológicos relacionados à preservação da função cognitiva, alívio dos sintomas de depressão e comportamento, e uma melhora no conceito de controle pessoal e auto-eficácia. Os benefícios associados à atividade física e o exercício regular contribuem para um estilo de vida independente e mais saudável, melhorando muito a capacidade funcional e a qualidade de vida nesta população (RASO, MATSUDO e MATSUDO, 1998).
 Segundo Jacob Filho (2006), a redução de gordura corpórea tem sido cada vez mais almejada, em função da verdadeira epidemia que a obesidade representa hoje em todas as idades e em diferentes níveis sociais. A perda de peso pode ser obtida tanto por exercícios aeróbicos quanto pelos anaeróbicos como a ginástica com pesos. 
 Em relação à flexibilidade, a "elasticidade" dos tendões, ligamentos e cápsulas articulares diminuem com a idade devido à deficiência de colágeno. A prática regular de exercícios físicos é uma forma de conservar a flexibilidade é por meio de movimentos realizados em toda a amplitude das principais articulações. (REBELATTO et. al., 2006) . Em relação a esse fator, Okuma (2002), aponta que para um idoso realizar suas tarefas cotidianas como subir escadas, carregar suas compras e abaixar-se, ele necessita de pouca aptidão cardiovascular, e muito mais de um conjunto de capacidades como força muscular, resistência muscular localizada e flexibilidade, conjunto este denominado de "aptidão muscular". 
 Quando questionamos se existiu orientação à prática da atividade física e os motivos de orientação, 9 (90%) das avaliadas ingressaram na prática da atividade física por orientação médica e 1 (10%) não respondeu.     
 Encontramos na literatura dados afirmando que a influência exercida pelos profissionais da medicina junto á população em geral pode ser observada desde os tempos antigos, nos mais diversos lugares do mundo. É papel do médico, independentemente de sua especialidade, alertar o paciente idoso para o risco de uma vida sedentária e esclarecer os benefícios que a atividade física pode proporcionar para sua saúde e bem-estar. Atualmente tem crescido o número de médicos que, acreditando nas vantagens de uma vida fisicamente ativa, incentivam a prática de atividades físicas, principalmente ao indivíduo idoso. Esse tipo de atitude deveria fazer parte da rotina da clínica médica de todos estes profissionais, para que, desta forma, diminuísse o número de indivíduos sedentários no Brasil e no mundo (PFRIMER, TEIXEIRA e TEIXEIRA, 2006). 
 Ao verificarmos a freqüência à prática de atividades físicas, encontramos em Matsudo (2005a) e Matsudo, Araújo e Matsudo (2006) afirmações de que a prescrição indicada pela OMS, pelo CDC, pelo American College of Sports Medicine (ACMSM) e pelo Agita São Paulo, é de que todo cidadão adulto deve realizar pelo menos 30 minutos de atividade física em pelo menos cinco dias da semana, de intensidade moderada, forma contínua ou acumulada; sendo que benefícios maiores serão obtidos por envolvimento superior.Mais recentemente, também se incluiu a sugestão de exercícios de força muscular e alongamentos. Em grupos em que houver possibilidade de maior controle, atividades intensas, por 20 minutos de duração, três vezes por semana. 
 O que não encontramos no presente estudo, onde 60% das respostas foram referentes à freqüência de 2 vezes por semana, 30% 3 vezes por semana e 10% 4 vezes por semana.
 Nóbrega et. al. (1999) comenta que até há alguns anos atrás, a recomendação para a prescrição de exercícios era de que os mesmos fossem realizados três a cinco vezes por semana, com duração de 20 a 30 minutos, com intensidade de leve a moderada. Alternativamente a esta prescrição formal, pode-se acumular 2.000 kcal ou mais de gasto energético semanal, o que reduz de forma expressiva a mortalidade geral e cardiovascular. 
 De acordo com Cruciani et.al. (2002), sair da inatividade já traz consideráveis benefícios à saúde; entretanto, para aqueles que já praticam atividade física regularmente, incrementos de intensidade são capazes de gerar benefícios ainda maiores. Entretanto, em alguns indivíduos idosos, a sua baixa capacidade funcional não permite a prescrição de exercícios da forma ideal. É, portanto, necessária uma fase inicial de adaptação na qual a intensidade e a duração serão determinadas em níveis abaixo dos ideais.
	 No momento em que questionamos sobre as possíveis mudanças recorrentes ao início da prática de atividades físicas, lembrando da possibilidade de mais de uma resposta, 6 relatos indicaram que após o início da atividade obtiveram melhor disposição geral em vários aspectos, seguido de 2 os quais acreditam que a prática proporcionou melhorias quanto à socialização e relação com amigas. 
 Nóbrega et. al. (1999) afirma que a atividade física se constitui em um excelente instrumento de saúde em qualquer faixa etária, em especial no idoso, induzindo várias adaptações fisiológicas e psicológicas, significativa melhora da qualidade de vida.
 Segundo Jacob Filho (2006), atualmente existe evidências nítidas de que a prática de atividade física pode interferir na saúde, principalmente quando se acompanham de maiores possibilidades de satisfação pessoal e de possibilidades de interação social.
 Devemos enfatizar a importância da diversidade de estratégias de ação, preconizando a utilização sem preconceito de atividades antes restritas a jovens, principalmente nas atividades em grupo onde há o chamado “ganho secundário”, que inclui o equilíbrio emocional, a auto-estima e a integração social, benefícios menos comumente ressaltados na prática clínica cotidiana, porém extremamente vantajosos para idosos (JACOB FILHO, 2006).
 Marchand (2003) comenta que exercícios físicos regulares têm influência no tratamento de doenças crônicas assim como na melhoria do bem estar geral. Afirma ainda que o emprego de um programa de atividades físicas para pessoas idosas tende a aumentar seu estado de saúde, diminuindo a dependência, a ociosidade, favorecendo a socialização, e com isso melhorando sua qualidade de vida. 
 Um programa de atividades físicas para o idoso deve estar dirigido para quebrar o ciclo vicioso do envelhecimento, diminuindo os efeitos deletérios do sedentarismo. Devem maximizar o contato social, reduzindo a ansiedade e a depressão, comuns nesta faixa etária. O lazer e socialização devem integrar um programa bem sucedido. As atividades devem ser sempre que possíveis em grupo e variadas. E deve ser incentivada e estimulada para indivíduos idosos, visto se constituir em excelente instrumento de promoção da saúde. Não existe nenhum segmento da população que obtenha mais benefícios com a atividade física do que os idosos (NÓBREGA et. al., 1999).
 Em relação a variável bem-estar encontrada nos dados analisados, 2 respostas continham este sentimento entre as possíveis mudanças percebidas, e 2 reportaram diminuição de estresse. Encontramos na literatura estudos como o de Matsudo (1999), comentando que além dos benefícios fisiológicos da atividade física no organismo, as evidências mostram que existem alterações nas funções cognitivas dos indivíduos envolvidos em atividade física regular. Relata ainda que dentre os efeitos psicológicos, a diminuição da tensão emocional pode ser considerada como um dos mais importantes mecanismos a curto e longo prazo.
 Marchand (2003) afirma que programas dirigidos de atividades físicas tendem a amenizar a redução significativa da capacidade física e funcional e da sensação de bem estar, que ocorre no decorrer da senescência, melhorando a qualidade de vida dos idosos. Comenta ainda que a prática de exercícios físicos regulares acarretam benefícios psicológicos, tais como: melhor sensação de bem estar, humor e auto-estima, assim como, redução da ansiedade, tensão e depressão. Além de aumentar seu estado de saúde, diminuindo a dependência, a ociosidade, favorecendo a socialização. 
 Segundo Meirelles (1997), os idosos ativos participantes de programas de atividades físicas apresentam ganhos sobressalentes aos não participantes de atividades físicas da mesma idade, tais como: aumento da sensação de bem estar; melhora da auto-estima; atenuação da ansiedade; atenuação da tensão e atenuação da depressão e do estresse.
 Enquanto 2 relatos foram quanto ao condicionamento físico também demonstrado como mudança positiva da prática de atividades físicas.
 Leite (1984 a), afirma que o treinamento e aprimoramento da resistência aeróbica através da ginástica conduzem ao condicionamento físico. Melhorando o sistema cardio-pulmonar, o organismo gradativamente é condicionado a aproveitar melhor o oxigênio, suportando assim, os esforços físicos de maneira eficiente. 
 De acordo com um estudo realizado por Valim e Volp (1998), a melhora do condicionamento físico ocorre após três meses de atividade. A prática de exercício físico, além de combater o sedentarismo, contribui de maneira significativa para a manutenção da aptidão física do idoso (ALVES et. al., 2004).
 A queda da aptidão física com o envelhecimento é um fato, que se inicia de maneira gradativa. Entretanto, vários estudos apontam para os benefícios dos programas de exercícios físicos para idosos, como medida profilática importante no sentido de preservar e retardar ao máximo os efeitos do envelhecimento sobre a aptidão física. Além da melhoria na aptidão física, a atividade física também contribui para a redução das taxas de morbimortalidade nos idosos (ALVES et. al., 2004; VALIM E VOLP, 1998)
 Okuma (1997) afirma que é importante a prática da atividade física regular para aumentar ou manter a aptidão física da população idosa, contribuindo potencialmente na melhora do bem-estar funcional, diminuindo a taxa de morbidade e de mortalidade dessa população. 
 Nóbrega et. al. (1999) comenta que a atividade física regular melhora a qualidade e expectativa de vida do idoso. Informa ainda que um programa de atividade física para o idoso deve contemplar os diferentes componentes da aptidão física, incluindo exercícios aeróbicos, de força muscular, de flexibilidade e de equilíbrio; e a mídia deve divulgar o conceito de que a atividade física é fundamental para a promoção da saúde do idoso. 
 Os motivos que levam os indivíduos da terceira idade continuarem a fazer atividades físicas são vários, assim como os dados encontrados no estudo de Valim e Volp (1998), e nos dados do presente estudo temos como fatores melhoria de qualidade de vida, saúde (manutenção, prevenção e recuperação), disposição, laser, além dos fatores físicos relacionados às necessidades físicas dos indivíduos e ao condicionamento físico mais uma vez relatado. Também o fator de sentir-se bem e satisfação, como na frase já relatada anteriormente “Amo o que faço!”. 
 Segundo Marchand (2003), a qualidade de vida na terceira idade pode ser influenciada por alguns aspectos, taiscomo: o aspecto físico, que é caracterizado pelo crescente declínio das funções dos sistemas fisiológicos comprometendo a saúde; o aspecto psicológico, caracterizado por perdas na auto-imagem e auto-estima. Essas perdas são significativas devido ao envelhecimento, no sentido de se sentirem inúteis, pouco estimados e respeitados; e no aspecto social, a sociedade aliena o idoso do processo social. 
 Está bem estabelecido que a atividade física e a função psicológica na pessoa idosa estão relacionadas. Os benefícios associados ao exercício regular e a atividade física contribuem para um estilo de vida independente e saudável, melhorando muito a capacidade funcional e a qualidade de vida para o segmento de nossa população que cresce rapidamente (RASO, MATSUDO e MATSUDO, 1998).
 Qualidade de vida percebida é a avaliação que cada pessoas faz sobre seu funcionamento em qualquer domínio das competências comportamentais, é o conteúdo primário da qualidade de vida percebida. Ou seja, esta dimensão compreende uma estrutura interna que corre em paralelo com a competência comportamental. O bem-estar psicológico não resulta do simples cômputo das competências, possibilidades e satisfações. Há três aspectos centrais à avaliação do bem-estar subjetivo: pertence ao âmbito da experiência privada; sua avaliação inclui tanto avaliação global quanto avaliações referenciadas a domínios tais como saúde física e cognitiva, sexualidade, relações sociais, relações familiares e espiritualidade; inclui medidas cognitivas (satisfação) e emocionais (afetos positivos e negativos). As mulheres são mais envolvidas social e afetivamente e isso por um lado atua a seu favor, como fator protetor (NERI, 2001b). 
 Okuma (1997) cita que pesquisas têm demonstrado que a atividade física, associando a hereditariedade, alimentação adequada e hábitos de vida apropriados, pode melhorar a qualidade de vida das pessoas idosas. A atividade física se constitui em um excelente instrumento de saúde em qualquer faixa etária, em especial no idoso, induzindo várias adaptações fisiológicas e psicológicas, significativa melhora da qualidade de vida (NÓBREGA et. al.,1999)
 A auto-estima está continuamente sendo ameaçada no idoso. E dentre os fatores que podem promovê-la destacam-se, principalmente, a saúde física, que favorece a independência; a saúde psicológica, que permite reagir com mecanismos de enfrentamento e defesa; pessoas que as permitem convivência e não isolamento; e segurança econômica, para suprir suas necessidades básicas. Na falência desses fatores o idoso não mantém sua auto-estima e tende a ficar depressivo (MARCHAND, 2003).
 Os programas de atividades físicas que são dirigidos aos idosos colaboram para melhoria da qualidade de vida deles. Pois a melhoria da aptidão física auxilia na conquista da autonomia. Entretanto, a busca desta autonomia necessita da superação das necessidades básicas, para que no futuro não dependam da ação solidária de grupos bem intencionados e sensíveis a esta questão, ou seja, que as condições de vida permitam (VARGAS, 2003).
 De acordo com Vargas (2004), os indivíduos podem realizar atividades que durante o processo de envelhecimento não foram propostas, buscando viver de bem consigo e com a sociedade até a morte. Ter uma vida social; exercitar-se; dedicar-se desde cedo a uma atividade física que possa ser praticada em qualquer idade ou romper as barreiras e vivenciar o que for de melhor agrado é o um caminho possível para se chegar à longevidade.
 Silva apud Marin et. al. (2003) afirma que a prática regular de atividade física não pode por si assegurar um aumento significativo no intervalo de vida de indivíduos idosos, porém pode melhorar a qualidade de vida dos anos vividos.
 O estilo de vida ativo pode ser considerado fundamental para melhoria da qualidade de vida, além de melhorar a saúde durante o processo de envelhecimento. A atividade física moderada, realizada de maneira regular, como a caminhada e outras atividades recreativas e de lazer, é um fator de grande importância no processo de envelhecimento saudável (MATSUDO, 1997).
 No entanto Matsudo, Matsudo e Barros Neto (2000a) afirmam que é importante considerar que alguns estudos não têm verificado efeitos benéficos em variáveis psicológicas. 
 Diante das aulas que as mulheres realizam, questionamos sobre o que mais gostam, e os resultados apresentados relacionaram mais uma vez o fator social como sendo um dos mais citados, 5 (50%).
 De acordo com Raso et. al. (1997a), psicologicamente, um dos efeitos benéficos da atividade física para idosos é favorecer os relacionamentos sociais, através do aumento das “conexões sociais”, exercendo um impacto positivo para indivíduos na faixa etária a partir dos 60 anos.
 As aulas, a possibilidade de utilização de materiais diferenciados e os diferentes exercícios, em si são muito elogiados, muito comuns se tratando de indivíduos idosos.
 BONACHELA (1994) comenta que os objetivos de um programa de atividade física, como hidroginástica, para a terceira idade, devem conter exercícios diretamente relacionados com as modificações mais importantes e que são decorrentes do processo de envelhecimento. Tais como: promover atividades recreativas (para a produção de endorfina e andrógeno, responsáveis pela sensação de bem-estar e recuperação da auto-estima); atividades de sociabilização (em grupo, com caráter lúdico); atividades moderadas e progressivas (preparando gradativamente o organismo para suportar estímulos cada vez mais fortes); atividades de força, com carga (principalmente para os músculos responsáveis por sustentação/postura, evitando cargas muito fortes e contrações isométricas): atividades de resistência (com vista à redução das restrições no rendimento pessoal); exercícios de alongamento (ganho de flexibilidade e de mobilidade) e atividades de relaxamento (diminuindo tensões musculares e mentais). 
     A atividade física torna-se uma terapia importante e é necessário que o professor de Educação Física que visa a saúde do aluno, se interesse mesmo que superficialmente pelas diversas enfermidades e, se for o caso, até mesmo redirecionar a modalidade física após uma conversa com o médico (SILVA e LOPES, 2002).
 A hidroginástica é uma atividade física capaz de proporcionar a seus praticantes, se planejada, todos os itens preconizados pelo ACSM com relação à prescrição de atividade física para idosos, ou seja, coordenação, equilíbrio, flexibilidade e força muscular. Reúne uma série de outros fatores tais como segurança, ludicidade do meio, ausência de espelhos, adaptabilidade aos diferentes níveis de alunos, possibilidade de ganhos de força pela ação da resistência da água e, portanto, é a que mais atrai a população da terceira idade (MOREIRA, 2004).
4.1. Limitações
 Acreditamos que o tipo de questões elaboradas não foram as melhores para responder o objetivo deste estudo, além do número reduzido de pessoas que aceitaram participar da pesquisa.
V. CONCLUSÃO
 Podemos concluir que os motivos que levam as pessoas idosas à prática de atividades físicas são relacionados à indicação, orientação e parecer do médico. Os fatores sociais são de suma importância e o fato de freqüentarem as aulas apresenta grande influência para que mulheres idosas dêem continuidade à prática de atividades físicas. 
 Com isso, a prática de hidroginástica, como afirmam Silva e Lopes (2002), Moreira (2004), Alves et. al. (2004) e Novais (2004), apresenta algumas vantagens para esse grupo populacional, dentre outras atividades físicas relatadas, realizada na academia UPGRADE FITNESS, para este grupo analisado pode ser um recurso promissor no auxílio à melhoria de alguns aspectos da qualidade de vida, como relata Pfrimer, Teixeira e Teixeira (2006), de mulheres acima de 60 anos, contribuindo para uma maior disposição, satisfação com a vida e socialização.
VI. REFERÊNCIASBIBLIOGRÁFICAS
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VII. ANEXO - A
 
Solicitação de Autorização
 Venho por meio desta solicitar autorização para a realização de uma coleta de dados para meu TCC em Educação Física na UniABC. A pesquisa tem como objetivo estudar os motivos que levam os indivíduos Idosos a dar continuidade a pratica de Atividade Física. Para a efetivação da pesquisa será necessário entrevistar 10 indivíduos. O método utilizado será a técnica de entrevista e posterior análise de discurso.
 Esta pesquisa tem como orientadora a Profª Mda. ..........
 Contando com sua compreensão.
 Atenciosamente
 
 
VIII. ANEXO – B
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Eu, .......................................... R.G. ................................ fui esclarecido (a) sobre a pesquisa intitulada " Motivos que levam a Terceira Idade a dar continuidade à prática da Atividade Física" que tem como objetivo investigar quais os motivos que levam a terceira idade a dar continuidade à prática da atividade física. Declaro que aceito participar da pesquisa, respondendo a entrevista. Fui informado que a pesquisa não oferece risco à minha integridade física e autorizo a publicação dos resultados na qual será mantido sigilo sobre meus dados pessoais. 
A responsabilidade da pesquisa é de Fernanda Pamponet Rose, aluna do Curso de Educação Física da UniABC, que pode ser contatado pelo telefone 9169-1976 para esclarecer qualquer dúvida. 
Santo André, 02 de Maio de 2006.
	.............................................................
Assinatura
do Responsável pela Pesquisa 
	..............................................................
Assinatura do sujeito da pesquisa ou do Responsável 
	
	
	
	Endereço: 
R. ....................................n°...........
	
	Bairro: ............................ Município: ............
CEP: ..............................
	
	Telefone: .....................................
IX. APÊNDICE - C
Modelo de Entrevista Estruturada
 
 Idade: ___________________
1- Que tipo de atividade física pratica?
2- Há quanto tempo pratica atividade física?
 a) Até três meses.
 b) De três a seis meses.
 c) A mais de seis meses.
 3- Por que pratica atividade física?
 4 - Se orientada, por que foi orientada a atividade física?
 5 - Com que freqüência pratica atividade física?
a) 2 x por semana.
b) 3 x por semana
c) 4 x por semana
d) 5 x por semana
 6 - O que mudou em sua vida após o início da prática da atividade física? (aspectos fisiológicos, psicológicos e sociais).
 7 - Hoje, quais são os motivos que o fazem continuar a pratica da atividade física?
 8 - Do que mais gosta nas aulas?

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