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04 Aeração

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Aeração
APRESENTAÇÃO
Você sabe como realizar um projeto de uma edificação, tendo a certeza de que ela será bem 
ventilada? Como se pode garantir o conforto térmico de uma edificação e o bem-estar dos 
moradores por meio da aeração? Ambientes arejados, onde é possível uma ventilação natural, 
são mais confortáveis a seus usuários. Priorizar a ventilação natural é, nos dias de hoje, ainda 
mais fundamental, porque o vento - sendo um recurso natural - quando bem utilizado, evita ou 
diminui o consumo de energia das edificações.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você entenderá a definição de aeração, percebendo a 
importância dela e da ventilação para os ambientes e edificações. Além disso, identificará os 
tipos de ventilação natural e a aeração ideal para os ambientes.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Definir o significado de aeração em arquitetura.•
Reconhecer a importância da aeração em arquitetura.•
Justificar a aeração ideal em diferentes projetos.•
DESAFIO
Ventilação é o nome que se dá ao conjunto de processos que promovem, de forma controlada, os 
fluxos de ar entre o interior e o exterior. É chamado ventilação natural o sistema de aeração de 
uma edificação que não utiliza qualquer elemento mecânico, se apropriando apenas do vento 
para promover o arejamento.
O uso da ventilação natural é um dos princípios básicos da arquitetura sustentável (ou da boa 
arquitetura), pois o vento é um recurso natural, gratuito e renovável.
Imagine um loteamento, onde estão sendo projetadas diversas casas para abrigar moradores de 
uma área da cidade que será utilizada para a construção de um aeroporto. Esses moradores 
deverão sair dessa área, que será desapropriada, e ir morar nesse novo loteamento.
Para um melhor aproveitamento da área útil desse loteamento, você, arquiteto e urbanista, optou 
por locar as residências lado a lado, sem recuos. Da mesma forma, os fundos dessas residências 
não poderão ter aberturas, pois elas estarão grudadas ao fundo das unidades da outra rua. Essas 
residências serão pequenas, de apenas um pavimento e terão somente um recuo frontal.
Qual seria o tipo de ventilação natural mais apropriado para garantir a troca de ar dessas 
residências? Justifique sua escolha e faça um croqui demonstrando a técnica utilizada.
INFOGRÁFICO
A aeração é a ventilação natural das edificações, importante recurso para garantir a salubridade 
dos ambientes e o bem-estar de seus ocupantes. Ela pode ser introduzida nas edificações por 
meio de variadas técnicas.
Quer saber quais são as técnicas? Veja no Infográfico. 
CONTEÚDO DO LIVRO
Desde o movimento moderno, priorizar a ventilação das edificações e de seus ambientes é um 
aspecto fundamental para uma arquitetura de qualidade. 
No capítulo Aeração, da obra Introdução ao projeto arquitetônico, você irá aprender a 
importância da aeração e as técnicas que podem ser utilizadas para garantir um projeto - e uma 
obra - de qualidade. 
Boa leitura.
INTRODUÇÃO 
AO PROJETO 
ARQUITETÔNICO
Vanessa Scopel
 
Aeração
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Definir o significado de aeração em arquitetura.
 � Reconhecer a importância da aeração em arquitetura.
 � Justificar a aeração ideal em diferentes projetos.
Introdução
Você sabe como projetar uma edificação com a certeza de que ela será 
bem ventilada? Como garantir o conforto térmico de uma edificação e 
o bem-estar dos moradores por meio da aeração?
Neste capítulo, você entenderá a definição de aeração, bem como 
a importância da ventilação para os ambientes e as edificações. Além 
disso, identificará tipos de ventilação natural e a aeração ideal para cada 
ambiente.
O que é aeração na arquitetura?
A função essencial das habitações é proporcionar abrigo com condições favo-
ráveis para a permanência de seus usuários e para o desenvolvimento de suas 
atividades cotidianas (trabalho, lazer e repouso). O espaço projetado deve se 
adaptar ao meio em que está inserido, aos usos e aos usuários da edificação, 
oferecendo conforto ambiental, segurança e salubridade.
Em muitos imóveis brasileiros, são comuns problemas como: umidade, 
mofo, proliferação de ácaros, acúmulo de partículas de sujeira e insuficiên-
cia térmica. Isso é reflexo de construções sem planejamento que não tiram 
proveito do vento, um recurso natural e renovável, para garantir ambientes 
saudáveis. Algo muito importante na elaboração dos projetos de arquitetura 
é a preocupação em promover o conforto térmico da edificação, levando 
em conta a eficiência energética e o aproveitamento dos recursos naturais 
disponíveis no meio ambiente.
A palavra aeração significa ventilação ou renovação do ar em um ambiente 
fechado. Aeração é a ação de aerar ou arejar determinado local. Essa ação 
consiste na troca de gases entre o elemento a ser arejado e a atmosfera. Na 
arquitetura, a maioria dos autores, ao tratar dessa preocupação de renovação 
do ar dos ambientes, utiliza o termo ventilação. A ventilação é um conjunto de 
fenômenos, físicos, mecânicos e fisiológicos, que possibilita as trocas gasosas, 
no caso da arquitetura, entre o ambiente interno e o externo. 
A ventilação é um instrumento muito importante para o planejamento 
de uma edificação, porque traz higiene para o ambiente, além de promover 
conforto ambiental. O ar interno precisa sempre ser renovado, pois isso evita a 
proliferação de vírus e fungos. Quando se fala em ventilação nas edificações, 
existem dois tipos: a ventilação natural, que deve ser priorizada, e a ventilação 
mecânica, utilizada quando não há muitas alternativas. 
Segundo Toledo (1999), a ventilação natural é o fenômeno da movi-
mentação do ar no interior das edificações sem a indução de um sistema 
mecânico. Ela ocorre pela diferença da pressão do ar, que pode ocorrer por 
ação dos ventos, ou pela diferença de densidade do ar, que se dá devido à 
variação da temperatura. Em ambos os processos, é obrigatória a existência 
de aberturas nos ambientes para que o ar possa fluir pelo edifício e fazer 
essa troca com o meio exterior. 
Aerar ao máximo uma edificação, promovendo a ventilação natural, sig-
nifica projetar e executar esquadrias que tomem o maior espaço possível nos 
aposentos, ou seja, esquadrias com ampla área livre e com venezianas por 
onde o ar possa passar. Nesse sentido, a ventilação pode exercer três diferentes 
funções em relação ao ambiente construído: a renovação do ar, o resfriamento 
psicofisiológico e o resfriamento convectivo.
Os sistemas passivos de ventilação se baseiam em diferenças de pressão 
para mover o ar fresco pelos edifícios. As diferenças de pressão podem ser 
causadas pelo vento ou por diferenças de temperatura, o que configura dois 
tipos principais de ventilação passiva: a ventilação cruzada e a ventilação por 
efeito chaminé. Essas estratégias também podem ser adotadas conjuntamente 
em diferentes ambientes de uma mesma edificação.
A taxa na qual o ar flui por um ambiente retirando o calor é função das 
áreas de entrada e saída de ar, da velocidade do vento e da direção do vento em 
relação às aberturas. A quantidade de calor removido por determinada taxa de 
Aeração2
fluxo de ar depende da diferença de temperatura entre o interior e o exterior. 
Por isso, a geração interna de calor também é decisiva no desempenho do 
edifício naturalmente ventilado. Os objetivos e o projeto de sistemas passivos 
de ventilação devem variar de acordo com o padrão de uso da edificação e 
com o clima local, considerando a variação das condições de vento em função 
do relevo e de obstruções vizinhas.
A fase de elaboração do projeto da edificação é o momento mais indicado 
para prever a ventilação natural e elaborar os meios necessários para que isso 
ocorra. É sempre importante avaliar as variáveis climáticas da região onde a 
edificação será instalada, especialmente aquelas relacionadas à radiação solar 
e àdireção dos ventos. Em seguida, será necessário identificar as estratégias 
mais adequadas de controle térmico, levando em conta o contexto climático 
e o padrão de uso do edifício. Existem quatro estratégias possíveis: promover 
ganho de calor, minimizar o ganho de calor, maximizar a perda de calor e 
minimizar a perda de calor. Para cada uma, há um conjunto de opções arqui-
tetônicas e construtivas.
Contudo, para projetar espaços devidamente ventilados não basta apenas 
fazer o pé-direito alto, utilizar a ventilação cruzada ou saber que o ar quente 
sobe enquanto o ar frio desce. Várias questões devem ser observadas antes 
dos traços iniciais de um projeto, relacionadas ao entorno e ao clima local. 
Entre as características físicas que influem na ventilação de uma edificação, 
podemos citar: 
 � ventos dominantes locais (frequência, direção e velocidade); 
 � radiação solar, de acordo com cada ambiente;
 � umidade relativa do ar. 
Para garantir o conforto térmico por meio da ventilação, é necessário 
mensurar a taxa adequada do fluxo de ar, mantendo o equilíbrio entre a 
temperatura e a pressão dos ambientes. A ventilação natural pode causar 
desconforto e resfriamento indesejado se não for planejada adequadamente. 
O Brasil é um país onde a temperatura média é quente e úmida; durante 
o dia, as variações climáticas são de baixa amplitude, permitindo a larga 
utilização da ventilação natural no controle térmico residencial. 
3Aeração
 � Ventilação mecânica: pode ser usada em conjunto com a natural, mas não con-
segue anular o fenômeno do “efeito chaminé”, ou a força dos ventos. Entre os 
processos mecânicos, podemos listar insufladores, exaustores e ventiladores. O 
ar-condicionado, por exemplo, insufla ar frio que, naturalmente, cria mais pressão 
auxiliando a saída do ar aquecido.
 � Renovação do ar: em um ambiente fechado, onde circulam muitas pessoas, 
todas elas respiram o mesmo ar, que pode até ficar com um cheiro ruim. Por isso, 
é importante garantir que o ar seja renovado por meio da ventilação natural. Esse 
cuidado cria conforto para o corpo e garante oxigenação e umidade, trazendo 
muitas vantagens para a saúde e para a produtividade dos frequentadores.
 � Resfriamento psicofisiológico: fator psicofisiológico da ventilação natural. Esse 
tipo de resfriamento propicia um ambiente mais agradável para as necessidades 
do corpo humano.
 � Resfriamento convectivo: perda de calor de um local para outro pelo movimento 
de fluidos.
Fonte: Projeteee (2018b).
A importância da aeração nos projetos 
de arquitetura
A atividade projetual do profissional da área de arquitetura e urbanismo tem 
por objetivo contribuir para a qualidade de vida urbana e para o conforto dos 
usuários das edificações. Segundo Prata (1998), o controle do ambiente climá-
tico urbano e edificado torna-se possível por meio da disposição adequada de 
atributos climatizantes (direção e velocidade do vento) no projeto arquitetônico 
e/ou no planejamento urbano da cidade.
Alterações na configuração urbana atual – projetos de novos edifícios, 
de bairros novos ou de áreas públicas – envolvem questões relacionadas ao 
usuário ligadas ao conforto (seja térmico, acústico ou lumínico), à segurança 
quanto à ação dos ventos e à qualidade do ar, que deveriam ser analisadas e 
estudadas para sua implantação. Segundo Navarro Moreno (2001), nas cidades, 
as texturas do conjunto das edificações tendem a frear a velocidade do vento, 
ao passo que determinadas volumetrias ou disposições aceleram os ventos. 
As alterações locais de insolação, ventos, umidade e temperatura no tecido 
urbano propiciam situações climáticas específicas.
A ventilação e o meio externo são de grande importância para o projeto 
de edifício, pois ajudam a definir a forma, o volume, a localização e o deta-
Aeração4
lhamento. Conforme ressalta Chandler (1976 apud PRATA, 2005, p. 27), são 
“[...] os fatores físicos e socioeconômicos que conduzem as formas de uso e 
de ocupação dos lotes de terrenos urbanos”.
No nível do pedestre, os escoamentos são estabelecidos pela complexa 
interação entre o vento e o meio construído. As formas, dimensões e justa-
posições dos elementos que compõem a cidade definem zonas de baixa e alta 
pressão ao redor das edificações, e isso contribui para as taxas de ventilação 
e aeração dos ambientes.
A promoção da aeração nos ambientes ocorre por meio das decisões proje-
tuais, a partir de uma concepção na qual a arquitetura seja fluida e integrada. 
Nesse sentido é como se ela tivesse que respirar por ambientes livres, por 
grandes aberturas, por elementos vazados, entre outros. Uma aeração adequada 
nos ambientes das edificações interfere positivamente na forma de viver das 
pessoas. Assim, a preocupação em promover a ventilação natural é um dos 
condicionantes para que a edificação se torne uma boa arquitetura.
Já no século I, Vitrúvio, no trabalho Dez livros sobre arquitetura, indicava 
a importância da ventilação para as edificações relacionando esse aspecto 
como um elemento fundamental nos projetos, como um assunto de salubri-
dade pública. “O vento é definido como uma agitação do ar que sopra com 
os movimentos variáveis. O vento surge quando o calor atinge a umidade e o 
golpe de sua ação faz com que saia com força e violência aérea” (VITRUVIO 
POLIÓN, 1997, p. 81, tradução nossa).
No período moderno, a aeração era uma grande preocupação nos projetos 
de arquitetura, pois um dos graves problemas das cidades se manifestava 
pela falta de salubridade, decorrente também de edificações muito próximas, 
sem espaços para ventilação e sem iluminação natural. Uma das premissas 
do modernismo era afastar as edificações umas das outras e usar grandes 
aberturas, garantindo a aeração para as construções.
A ventilação natural é capaz de proporcionar a renovação do ar em um 
ambiente, além de ser uma estratégia mais simples para promover o conforto 
térmico quando a temperatura interna se torna elevada. Jones (2001) consi-
dera como um dos principais benefícios da ventilação natural a redução dos 
gastos energéticos com condicionamento de temperatura e umidade, já que 
a ventilação natural pode ser utilizada para o controle térmico, dispensando 
o uso de aparelhos de ar-condicionado, que consomem muita energia. Além 
disso, ao realizar a troca de ar, os ventos levam consigo microrganismos 
prejudiciais à saúde humana, odores indesejados e gases tóxicos, deixando o 
ambiente fresco e arejado, melhorando a qualidade do ar. 
5Aeração
As exigências de conforto térmico estão relacionadas com o funciona-
mento do organismo dos seres humanos, cujo mecanismo complexo pode 
ser comparado com uma máquina térmica que produz calor de acordo com 
suas atividades. Conforme Rodrigues (2008, p. 20), o homem precisa liberar 
calor em quantidade suficiente para que sua temperatura interna se mantenha 
na ordem de 37ºC (homeotermia). Quando as trocas de calor entre o corpo 
humano e o ambiente ocorrem sem maior esforço, a sensação do indivíduo 
é de conforto térmico, e sua capacidade de trabalho, desse ponto de vista, é 
máxima. Se as condições térmicas ambientais causam sensação de frio ou 
de calor, é porque nosso organismo está perdendo mais ou menos calor que 
o necessário para a homeotermia, que passa a ser alcançada com o esforço 
adicional, que representa sobrecarga, com queda de rendimento no trabalho, 
até o limite, sob condições de rigor excepcionais, de perda total de capacidade 
de trabalho e/ou problema de saúde. 
Como as diferenças climáticas da Terra ocorrem, de modo geral, em função 
da radiação solar incidente, torna-se indispensável a posse de elementos para 
avaliar qual é a carga térmica que determinado espaço ou edificação ao ar 
livre receberá nas diversas horas do dia e nas várias épocas do ano. 
O conhecimento das exigências humanas em relação ao conforto térmico 
e ao clima, associado ao das características térmicas dos materiais e das pre-
missas genéricas para o partido arquitetônico adequado a climas particulares,proporciona condições para a projeção de edifícios e espaços urbanos cuja 
resposta térmica atenda às exigências de conforto térmico.
Tipos de ventilação e aeração ideal
A ventilação natural é um aspecto básico da arquitetura sustentável, pois o 
vento é um recurso natural, gratuito e renovável. De acordo com Nunes (2014, 
documento on-line), 
[...] o uso adequado desta fonte traz diversas vantagens para as edificações, 
mantendo a qualidade interna do ar pela troca constante, criando ambientes 
salubres e confortáveis, também reduzindo os gastos energéticos, princi-
palmente a diminuição do uso de ar-condicionado que é um dos principais 
consumidores de energia. 
Existe um cálculo adequado para cada ambiente, que ajuda a definir a área 
de abertura para uma ventilação de qualidade. Todo compartimento deve ter, 
Aeração6
em plano vertical, ao menos uma abertura para o exterior. É importante que 
essas aberturas sejam dotadas de persianas ou dispositivos que permitam a 
renovação de ar. As áreas dessas aberturas serão proporcionais às áreas dos 
compartimentos que serão iluminados e ventilados, podendo variar conforme 
o destino dos cômodos.
Segundo a Norma Brasileira que trata do desempenho das edificações 
habitacionais – NBR 15575-4 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS 
TÉCNICAS, 2013a), as fachadas das edificações deverão apresentar aberturas 
com dimensões adequadas para proporcionar a ventilação interna dos am-
bientes. Esse requisito é aplicado aos ambientes de longa permanência, como 
salas, dormitórios e cozinhas. Ainda de acordo com a Norma, “os ambientes 
de permanência prolongada devem ter aberturas para ventilação com áreas 
que atendam à legislação específica do local da obra, incluindo Códigos de 
Obras, Códigos Sanitários e outros” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE 
NORMAS TÉCNICAS, 2013a, p. 27). Confira, no Quadro 1, a área mínima 
de ventilação em dormitórios e salas de estar.
Fonte: adaptado de Associação Brasileira de Normas Técnicas (2013a, p. 27).
Nível de desempenho
Aberturas para ventilação
Zonas 1 a 7: 
aberturas médias
Zona 8: aberturas grandes
Mínimo A ≥ 7% da 
área de piso
A ≥ 12% da área de piso 
(região Norte do Brasil)
A ≥ 8% da área de piso 
(regiões Nordeste e 
Sudeste do Brasil)
Nota: nas zonas de 1 a 6, as áreas de ventilação devem ser passíveis de serem 
vedadas durante o período de frio.
Quadro 1. Área mínima de ventilação em dormitórios e salas de estar.
De forma a contribuir para a eficiência da edificação e a qualidade do 
conforto térmico dos seus ocupantes, existem algumas técnicas para o uso da 
ventilação natural. 
Conforme Nunes (2014, documento on-line), “[...] a ventilação natural 
cruzada é usada em diferentes vãos de abertura em um ambiente, seja ela em 
7Aeração
elementos opostos ou adjacentes”. A ventilação cruzada ocorre quando exis-
tem, no mínimo, duas aberturas em lados opostos dos ambientes, permitindo 
a completa circulação do ar (Figura 1). O posicionamento das aberturas deve 
levar em conta a incidência dos ventos dominantes de cada região. 
É necessário identificar o vento predominante da região (frequência, direção e 
velocidade), pois a ventilação natural pode causar desconforto e resfriamento 
indesejado, caso não seja proposta adequadamente. O importante é permitir a 
entrada de ar fresco, seja por vão de abertura próxima ao piso, janelas, portas, 
empurrando o ar quente para outra parte com a proposição de uma abertura 
como pátio, teto, claraboia, elemento vazado, torres de vento ou telhas de 
ventilação nas coberturas (NUNES, 2014, documento on-line).
Figura 1. Exemplo de ventilação cruzada.
Fonte: adaptada de Santos (2018).
A ventilação por diferença de temperatura do ar é uma das técnicas utiliza-
das para a proposição de ventilação natural (Figura 2). É fato conhecido que o 
ar quente sobe, por ser mais leve, e o ar frio, mais pesado, desce. Sistemas de 
indução térmica podem ser elaborados a partir dessa premissa. Entradas de 
ventilação próximas ao piso permitem a entrada de ar fresco, que empurra o 
ar quente para cima, onde deverão estar localizadas saídas para o ar quente, 
na parede ou no teto. Esse é o princípio que rege as antecâmaras das saídas 
de emergência para evacuar a fumaça e permitir a renovação do ar.
Aeração8
Figura 2. Exemplo de ventilação por diferença de temperatura.
Fonte: adaptada de Nunes (2014).
Ar fresco
As torres de vento têm sua origem na arquitetura árabe vernacular, e são 
uma ótima solução para a troca de ar que ocorre no ambiente interno (Figura 3). 
A arquitetura vernacular representa a arquitetura construída com técnicas e 
materiais originários de uma região específica, um conhecimento passado de 
geração para geração. As torres captam os ventos acima do nível da cober-
tura, direcionando-os para o interior do edifício, e são bastante eficazes em 
edificações onde as janelas têm pouco acesso à ventilação. A torre, de acordo 
com Nunes (2014, documento on-line), 
[...] funciona também quando não há brisa, pois a temperatura de dentro da 
torre é diferente do ar externo. O vento entra por um lado da torre e sai pelo 
outro, sugando o ar quente interno do ambiente, fazendo com que o ar fresco 
entre por aberturas localizadas na parte inferior da edificação. 
Uma vez que há menos anteparos, as torres podem admitir ventos em 
qualquer direção, mas devem ser projetadas de acordo com a variação da 
direção dos ventos de verão predominantes no local de construção. Durante o 
dia, elas funcionam como coletoras dos ventos; à noite, o processo é invertido, 
e elas passam a funcionar como uma chaminé para exalar o ar do quarto.
9Aeração
Figura 3. Exemplo de ventilação por torre de vento.
Fonte: adaptada de Nunes (2014).
Torre de vento
Ar fresco
Ar quente
Nos períodos e climas em que não se pode contar com os ventos para o uso 
da ventilação natural como estratégia de resfriamento, é possível tirar partido 
do efeito chaminé para promover a ventilação. Aberturas em diferentes níveis 
podem gerar um fluxo de ar ascendente, retirando o ar mais quente por meio 
de lanternins, exaustores eólicos e aberturas zenitais.
A geometria da abertura de saída deve oferecer uma resistência mínima 
ao fluxo de ar ascendente, para permitir que o ar flua livremente para fora do 
edifício, e o desempenho da saída de ar pode ser melhorado se posicionado em 
uma zona de sucção. Coberturas de maior inclinação estão sujeitas à pressão 
positiva na parte inferior da face voltada para os ventos. Dessa forma, o lado 
da cobertura voltado para os ventos não é um bom lugar para a localização 
de aberturas zenitais de saída ou exaustores eólicos.
Se as aberturas estão localizadas no lado da cobertura voltado para os ventos, 
ou em área de turbulência, o efeito chaminé pode ser revertido, ou seja, as saídas de 
ar passam a agir como entradas de ar de pouca eficiência. Para a independência da 
orientação dos ventos, a melhor localização das aberturas de saída é na cumeeira. 
Na ventilação por efeito chaminé, a ventilação é potencializada com o au-
mento da distância entre as aberturas inferiores e superiores (Figura 4). Edifica-
ções com pé-direito elevado e pavimentos com desníveis são mais favoráveis à 
ventilação por efeito chaminé. A altura efetiva do cômodo pode ser aumentada 
por uma chaminé de ventilação localizada no topo do prédio, estabelecendo 
maior distância entre as tomadas e saídas de ar no sentido vertical.
Aeração10
Figura 4. Exemplo de ventilação com efeito chaminé. 
Fonte: Projeteee (2018a).
Os hospitais da rede Sara Kubitschek são construções que exemplificam o uso da 
ventilação natural. O ar entra por galerias de tubulações localizadas no subsolo, que 
funcionam como condutoras de ar fresco. O ar passa pelas paredes dos quartos do 
hospital, fazendo com que os ambientes fiquem ventilados, direcionando o ar quente 
contaminado pelas saídas superiores localizadas no telhado com formato de ondas 
(sheds) (NUNES, 2014). 
Para conhecer melhor as taxas de renovação do ar nas construções,confira a NBR 
15.220-3/2005. Leia também a NBR 15.575, que estabelece critérios de qualidade e 
durabilidade para as construções habitacionais.
11Aeração
1. Aeração é a ação de aerar ou arejar 
um ambiente ou edificação. Na 
arquitetura, usa-se mais a palavra 
ventilação, que confere a troca 
de ar entre o interior e o exterior. 
Sobre aeração e ventilação, 
assinale a alternativa correta.
a) Uma edificação aerada 
desenvolve a insuficiência 
térmica, a proliferação de 
bactérias, a umidade e, 
consequentemente, o mofo.
b) A ventilação correta dos 
ambientes está indiretamente 
ligada ao conforto térmico da 
edificação e de seus usuários.
c) Pode-se considerar a 
ventilação natural como a 
movimentação do ar no interior 
das edificações, por meio de 
sua diferença de pressão.
d) Tanto a ventilação natural como 
a ventilação mecânica deve 
ser priorizada nas edificações 
para torná-las mais aeradas.
e) É preciso ter cautela ao usar a 
ventilação natural para garantir 
que os recursos naturais 
não se tornem escassos.
2. A ventilação natural é um 
aspecto importante que deve 
ser considerado nos projetos 
arquitetônicos da atualidade. 
Sobre esse fenômeno, marque 
a alternativa correta.
a) A ventilação natural pode ocorrer 
por meio de sistemas ativos que 
se baseiam nas diferenças de 
pressão para mover o ar fresco.
b) A ventilação cruzada e de 
efeito chaminé são técnicas 
de ventilação natural passiva 
que não se complementam.
c) Nos ambientes, a ventilação 
acontece pela área de 
entrada e saída do ar e pela 
velocidade e direção do vento 
em relação às aberturas.
d) Todos os sistemas de ventilação 
natural são indicados para as 
edificações, independentemente 
de quaisquer outros fatores.
e) Na ventilação natural, 
a quantidade de calor 
removido depende da 
soma de temperatura entre 
o interior e o exterior.
3. A preocupação de arejamento nas 
edificações surgiu na arquitetura 
há algum tempo, e passou a ter 
cada vez mais importância nos 
projetos. Sobre esse aspecto que 
deve ser considerado na arquitetura, 
assinale a alternativa correta.
a) A distribuição de atributos 
climatizantes, tanto na 
arquitetura quanto nos espaços 
externos, evita o controle do 
ambiente climático urbano.
b) É importante pensar na 
ventilação natural a partir dos 
espaços internos das edificações, 
pois sua volumetria não 
influencia o trajeto dos ventos.
c) Marcus Vitrúvio, com base 
no movimento moderno, 
escreveu em seus livros sobre 
Aeração12
a importância da ventilação 
nos projetos de arquitetura.
d) O movimento moderno 
foi o maior incentivador 
da ventilação natural por 
meio de suas diretrizes de 
proximidade das edificações e 
promoção de espaços livres.
e) As formas e dimensões 
das edificações definem 
zonas de pressão em seu 
entorno, contribuindo para 
as taxas de aeração.
4. A aeração é um dos princípios 
básicos da arquitetura sustentável, 
ou da boa arquitetura, afinal 
o vento é um recurso natural, 
gratuito e renovável. Sobre 
esse importante princípio, 
marque a alternativa correta.
a) A aeração na arquitetura se 
dá por meio de ambientes 
individuais e privativos sem 
qualquer relação com a cidade.
b) Uma arquitetura aerada é 
sinônimo de edificações fluidas 
e integradas com o todo e 
com o meio ambiente.
c) Aerar uma edificação significa 
usar artifícios mecânicos 
que induzem a entrada e a 
saída do ar nos ambientes.
d) A proposição de ambientes 
livres e de elementos vazados 
nos projetos é coadjuvante 
para uma arquitetura aerada.
e) Os projetos com grandes 
aberturas e a conexão 
com o meio exterior estão 
indiretamente ligados 
ao princípio da aeração 
na arquitetura.
5. Para que a aeração e a ventilação 
natural estejam presentes nas 
edificações, de forma a contribuir 
para a eficiência da edificação e para 
a qualidade do conforto térmico dos 
seus ocupantes, existem algumas 
técnicas para o uso da ventilação 
natural. Sobre essas técnicas, 
assinale a alternativa correta.
a) Na ventilação natural 
cruzada, não é necessário 
que o posicionamento das 
aberturas leve em conta 
a incidência dos ventos 
dominantes de cada região. 
b) Tanto a ventilação cruzada 
como a ventilação por diferença 
de temperatura do ar exigem 
que existam aberturas em 
lados opostos da edificação.
c) Na técnica das torres de vento 
é necessário que existam 
entradas de ventilação próximas 
ao piso, permitindo a entrada 
de ar fresco e empurrando 
o ar quente para cima.
d) Na ventilação por efeito chaminé, 
o vento é potencializado com a 
diminuição da distância entre as 
aberturas inferiores e superiores.
e) Para que a ventilação por 
efeito chaminé seja mais 
eficiente, é importante evitar 
a localização das aberturas 
de saída na cumeeira.
13Aeração
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15575-4: edificações habita-
cionais — desempenho. Parte 4: sistemas de vedações verticais internas e externas 
– SVVIE. Rio de Janeiro, 2013a.
CHANDLER, T. J. Urban climatology and its relevance to urban design. Geneva: WMO, 
1976. 61 p. (Technical note – World Meteorological Organization, n. 149).
JONES, J. R.; WEST, A. W. Natural ventilation and collaborative design. ASHRAE Journal, 
v. 43, n. 11, p. 46-51, nov. 2001.
NAVARRO MORENO, M. F. Qualidade ambiental nos espaços livres de áreas verticalizadas 
da cidade de São Paulo. 170 p. Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) - Fa-
culdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2001.
NUNES, C. A importância da ventilação natural para arquitetura bioclimática. 2014. 
Disponível em: <https://sustentarqui.com.br/dicas/importancia-da-ventilacao-natural-
-para-arquitetura-sustentavel/>. Acesso em: 17 abr. 2018.
PRATA, A. R. Impacto da altura de edifícios nas condições de ventilação natural do meio 
urbano. Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) - Faculdade de Arquitetura e 
Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2005.
PRATA, A. R. Uma ferramenta computacional de avaliação da ventilação natural em 
projetos arquitetônicos. 154 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) - Faculdade 
de Engenharia Civil, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 1998.
PROJETEEE. Efeito chaminé – fluxo interno. Disponível em: <http://projeteee.mma.
gov.br/implementacao/efeito-chamine-fluxo-interno/>. Acesso em: 17 abr. 2018a.
RODRIGUES, L. S. Ventilação natural induzida pela ação combinada do vento e da tempe-
ratura em edificações. 71 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) – Universidade 
Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2008. Disponível em: <http://docplayer.com.
br/17091714-Ventilacao-natural-induzida-pela-acao-combinada-do-vento-e-da-
-temperatura-em-edificacoes.html>. Acesso em: 17 abr. 2018.
SANTOS, D. Diminua o consumo de energia da sua casa aproveitando a ventilação e 
iluminação natural. 2016. Disponível em: < http://quemtemterrenoquercasa.com.br/
diminua-o-consumo-de-energia-da-sua-casa-aproveitando-a-ventilacao-e-ilumina-
cao-natural/>. Acesso em: 17 abr. 2018.
TOLEDO, E. Ventilação natural das habitações. Maceió: Edufal, 1999.
VITRUVIO POLIÓN, M. Los diez libros de arquitectura. Madrid: Alianza, 1997.
Aeração14
Leituras recomendadas
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15220-3: desempenho térmico 
de edificações. Parte 3: zoneamento bioclimático brasileiro e diretrizes construtivas 
para habitações unifamiliares de interesse social. Rio de Janeiro, 2005.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15575-1: edificações habitacio-
nais — desempenho. Parte 1: requisitos gerais. Rio de Janeiro, 2013.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15575-2: edificações habi-
tacionais — desempenho. Parte 2: requisitos para os sistemas estruturais. Rio de 
Janeiro, 2013.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15575-3: edificações habitacio-
nais — desempenho. Parte 3: requisitos para os sistemas de pisos. Rio de Janeiro, 2013.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15575-5: edificações habita-
cionais — desempenho. Parte 5: requisitos paraos sistemas de cobertura. Rio de 
Janeiro, 2013.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15575-6: edificações habita-
cionais — desempenho. Parte 6: requisitos para os sistemas hidrossanitários. Rio de 
Janeiro, 2013.
PROJETEEE. Glossário. Disponível em: <http://projeteee.mma.gov.br/glossario/>. 
Acesso em: 17 abr. 2018b.
15Aeração
 
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esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
Conteúdo:
DICA DO PROFESSOR
As diferentes técnicas de ventilação natural aplicadas em edificações garantem o conforto 
térmico, sem deixar de lado a funcionalidade e a estética. Além disso, existem outros aspectos 
que contribuem para a eficiência e o arejamento dos ambientes, como, por exemplo, a escolha 
das janelas e de recursos como brises.
Assista à Dica do Professor para conhecer mais sobre o uso de técnicas que garantem a 
ventilação natural. 
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
 
EXERCÍCIOS
1) Aeração é a ação de aerar ou arejar um ambiente ou edificação. Na arquitetura, é 
mais comum usar a palavra ventilação, que trata da troca de ar entre o interior e o 
exterior. Sobre aeração e ventilação, assinale a alternativa correta:
A) Uma edificação aerada desenvolve insuficiência térmica, proliferação de 
bactérias, umidade e, consequentemente, mofo.
B) A ventilação correta dos ambientes está indiretamente ligada ao conforto térmico da 
edificação e de seus usuários.
C) Pode-se considerar a ventilação natural como a movimentação do ar no interior das 
edificações, por meio da diferença de pressão do local.
D) Tanto a ventilação natural como a ventilação mecânica devem ser priorizadas nas 
edificações para torná-las mais aeradas.
E) É preciso ter cautela ao usar a ventilação natural, para garantir que os recursos naturais não 
se tornem escassos.
2) A ventilação natural é um aspecto importante que deve ser considerado nos projetos 
arquitetônicos da atualidade. Sobre esse fenômeno, marque a alternativa correta:
A) A ventilação natural pode ocorrer por meio de sistemas ativos que se baseiam nas 
diferenças de pressão para mover o ar fresco.
B) A ventilação cruzada e a de efeito chaminé são técnicas de ventilação natural passiva que 
não se complementam.
C) Nos ambientes, a ventilação acontece por meio da área de entrada e saída do ar e da 
velocidade e direção do vento em relação às aberturas.
D) Todos os sistemas de ventilação natural são indicados paras as edificações, 
independentemente de quaisquer outros fatores.
E) Na ventilação natural, a quantidade de calor removido depende da soma de temperatura 
entre o interior e o exterior.
3) Ao fazer um projeto, o profissional da área de arquitetura e urbanismo tem como 
objetivo contribuir para a qualidade de vida urbana e o conforto dos usuários das 
edificações. O arejamento é um dos pontos essenciais e tem sido cada vez mais ponto 
de importância nos projetos. Sobre esse aspecto, que deve ser considerado na 
arquitetura, assinale a alternativa correta:
A) A distribuição de atributos climatizantes, tanto na arquitetura quanto nos espaços externos, 
evita o controle do ambiente climático urbano.
É importante pensar a ventilação natural levando-se em conta os espaços internos das B) 
edificações, pois sua volumetria não influencia o trajeto dos ventos.
C) Marcos Vitrúvio, com base no movimento moderno, escreveu em seus livros sobre a 
importância da ventilação nos projetos de arquitetura.
D) O movimento moderno foi o maior incentivador da ventilação natural por intermédio de 
suas diretrizes de proximidade das edificações e promoção de espaços livres.
E) As formas e dimensões das edificações definem zonas de pressão no seu entorno, 
contribuindo para as taxas de aeração.
4) A aeração é um dos princípios básicos da arquitetura sustentável, ou da boa 
arquitetura, visto que o vento é um recurso natural, gratuito e renovável. Sobre esse 
importante princípio, marque a alternativa correta:
A) A aeração na arquitetura se dá por meio de ambientes individuais e privativos sem 
qualquer relação com a cidade.
B) Uma arquitetura aerada é sinônimo de edificações fluidas e integradas com o todo e o meio 
ambiente.
C) Aerar uma edificação significa usar artifícios mecânicos que induzem a entrada e a saída 
do ar nos ambientes.
D) A proposição de ambientes livres e de elementos vazados nos projetos é coadjuvante para 
uma arquitetura aerada.
E) Projetos com grandes aberturas e a conexão com o meio exterior estão indiretamente 
ligados ao princípio da aeração na arquitetura.
Existem algumas técnicas para o uso da ventilação natural, de modo que a aeração e 5) 
a ventilação natural estejam presentes nas edificações de forma a contribuir para a 
eficiência do local e para a qualidade do conforto térmico dos ocupantes. Sobre essas 
técnicas, assinale a alternativa correta:
A) Na ventilação natural cruzada, não é necessário que o posicionamento das aberturas leve 
em conta a incidência dos ventos dominantes de cada região. 
 
B) Tanto a ventilação cruzada como a ventilação por diferença de temperatura do ar exigem 
que existam aberturas em lados opostos da edificação.
C) Na técnica das torres de vento, é necessário que existam entradas de ventilação próximas 
ao piso, pois isso permite a entrada de ar fresco, que empurra o ar quente para cima.
D) Na ventilação por efeito chaminé, o vento é potencializado com a diminuição da distância 
entre as aberturas inferiores e superiores.
 
E) Para que a ventilação por efeito chaminé seja mais eficiente, é importante evitar a 
localização das aberturas de saída na cumeeira.
NA PRÁTICA
Priorizar a ventilação natural não está somente ligado ao bem-estar dos usuários, mas também à 
eficiência energética das edificações. Projetos em que os recursos naturais são pensados e 
contribuem para a diminuição do consumo de energia, se tornam bons exemplos de como fazer 
uma boa arquitetura.
Veja neste Na Prática um exemplo de projeto que utiliza o bom uso de recursos naturais. 
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SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Impacto da altura de edifícios nas condições de ventilação natural do meio urbano.
A tese tem como objetivo verificar a alteração do campo de vento decorrente da altura, com base 
em pesquisa feita em um bairro da cidade de Santos/SP.
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Iluminação e ventilação naturais na arquitetura de Lelé
Neste link, você poderá saber um pouco mais sobre a ventilação natural na arquitetura do 
arquiteto brasileiro José Filgueiras Lima, o Lelé.
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Vamos construir verde?
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