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Medicina Veterinária – Processos Biológicos no Organismo Animal – 2021/1 Thainá Luiza Wendt Gliconeogênese de Ruminantes Fermentação ruminal produz AGVs (Ácidos Graxos voláteis). Câmara anaeróbica (CO², CH4, N2, H2, H2S e teores de O²). *Glicose e quebrada no rúmen; • O rúmen fornece o ambiente propicio e fonte alimentar para o crescimento e reprodução dos microrganismos; • A ausência de oxigênio no rúmen favorece o crescimento de algumas bactérias que conseguem degradar a parede celular das plantas (celulose) em simples açucares (glicose). • Os microrganismos fermentam a glicose para obter energia para crescer e durante o processo de fermentação eles produzem AGV, também chamados ácidos graxos de cadeia curta. • Os AGV podem atravessar a parede ruminal – sendo o PROPIONATO a principal fonte de energia dos ruminantes. • A taxa e a extensão da digestão no rúmen dependem, entre outros fatores da natureza e do teor dos constituintes da parede celular e da disponibilidade ruminal de nitrogênio; A digestão de carboidratos produz AGVs, CO² e CH4. Depende da dieta: • Acético: 60 a 70% • Propiônico: 15 a 25% - Precursor para a gliconeo; • Butírico: 10 a 20% 30% da produção de gás metano: bovinos Eructação e flatulência; Síntese do Acetato Faz mais glicose Entra na célula ruminal e volta a ser ACETIL CoA na célula ruminal → CK (energia para a célula). Medicina Veterinária – Processos Biológicos no Organismo Animal – 2021/1 Thainá Luiza Wendt Síntese do Butirato (Precursor de corpos cetonicos) → Sangue → Energia para os tecidos, exceto hepáticos; Síntese de Propionato (Precursor para gliconeogênese) (via acrilato – através do lactato) → Propionato vai para o fígado fazer gliconeogênese; Síntese de Propionato (Precursor para gliconeogênese) (via succinato – através do oxaloacetato) ➔ Vai para o fígado fazer gliconeogênese; Piruvato e o precursor dos AGV Metabolismo dos carboidratos nos ruminantes • Ácido Propiônico (mantem glicemia nos ruminates: 50% do requerimento de glicose; • Aminoácidos glicogênicos; • Lactato (via ciclo de cori); • Glicerol; Glicose sanguínea e mantida principalmente por gliconeogênese hepática nos ruminantes; Medicina Veterinária – Processos Biológicos no Organismo Animal – 2021/1 Thainá Luiza Wendt Precursor (substrato): Ácido Propiônico, um ácido graxo volátil (AGV) produzido dentro do rúmen; • Os ruminantes não absorvem glicose no trato gastrointestinal; • A glicose e completamente fermentada em ácidos graxos voláteis no rúmen. • A manutenção dos níveis de glicose sanguínea nos ruminantes depende da gliconeogênese, a partir do propionato (principalmente) e outros precursores como aminoácidos, lactato e glicerol; Gliconeogênese: processo bioquímico através do qual ocorre a síntese de novas moléculas de glicose a partir de substancias que atuam como precursores. Precursores gliconeogênicos: Aminoácidos, lactato, glicerol e ácido Propiônico; Carboidrato da alimentação → Fermentação no rúmen → AGV (propionato) → Absorção ruminal → Cai no sangue → Fígado → gliconeogênese → Propionato → Propionil COA →D metil malonil COA → L metil malonil COA →Succinil COA → Succinato → Fumarato → Malato → Malato sai da mitocôndria → Oxalocetato → PEP → GLICOSE Gliconeogênese em ruminantes: Implicações clínicas e nutricionais • Propionil coA sintetase precisa de Mg como cofator; • Propionil coA carboxilase precisa de biotina como cofator; • L – Metil malonil coA mutase precisa de B12 como cofator; • B12 é sintetizada pelos Micro Organismos do rúmen, mas precisa de cobalto; E se houver excesso de fermentação? Pode ocorrer Acidose láctica... Acidose Láctica: E o aumento do lactato, fermentação descontrolada; - Afeta ruminantes e equinos; - Causa produção exagerada de lactato; - Etiologia – Grande quantidade de grãos na dieta de forma súbita; Grãos são carboidratos de fácil fermentação → lactato → mudança da flora ruminal → produção de mais lactato → acidose severa; Sinônimos: Impactação ruminal, intoxicação por CH (carboidrato); BR – Cerca de 10% a 15% dos animais em sistema confinado; - Óbitos de 50%; Sinais clínicos: variados - Quantidade de ácido produzido no rúmen pequena – diminuição do apetite por um ou dois dias (Perda de 2 a 4 KH) R$$; - Quadro mais severo – anorexia, param de andar, diarreia, parada de movimentação do rúmen, apatia, desidratação; - Outras consequências... (20% a 30% dos animais); Acidose Láctica/Laminite Inflamação asséptica das laminas do casco (não tem envolvimento de bactérias/micro organismos) causada por um distúrbio na microcirculação e degeneração laminar (degeneração das laminas do casco). Medicina Veterinária – Processos Biológicos no Organismo Animal – 2021/1 Thainá Luiza Wendt - Ingestão de quantidade excessiva de grãos s/ adaptação; - Grande produção de ácido láctico no trato gastrointestinal; - Destruição de bactérias e liberação de toxinas; - Vasoconstrição periféricas, com diminuição do fluxo sanguíneo nas lâminas do casco; Acidose ruminal → morte de bactérias e produção de endotoxinas → liberação de mediadores inflamatórios → vasoconstrição, formação de micro trombos, alteração na permeabilidade vascular→ redução da perfusão capilar (redução do fluxo sanguíneo) → degeneração laminar → DOR! CLAUDICAÇÃO! Sinais clínicos: - Processo inflamatório acompanhado de muita dor; - Ansiedade, tremores musculares, sudorese e aumento da frequência cardíaca e respiratória; - CASCOS - quentes e inflamados; - Relutância em locomover-se;
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