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AULA 4 - Cardiologia

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AMANDA GARCIA 2021 
Dr. Luiz Flávio 
Exame clinico do coração 
 Fazer identificação do paciente: 
Idade 
Sexo 
Raça 
Profissão 
Antecedentes 
Naturalidade 
Anamnese 
Condições socioeconômicas 
Hábitos 
 
 Sinai e sintomas 
Dor 
Dor precordial ou dor torácica (lado esquerdo no 
tórax na face anterior): não é sinônimo de dor cardíaca 
pois pode ter origem em outros órgãos. Dor relacionada 
ao coração e aórtica isquêmica, pericárdica e aórtica. 
Identificar: localização, irradiação (quanto mais intensa 
mais provável de irradiação), caráter, intensidade (varia 
conforme o comprometimento isquêmico), duração, 
frequência, fatores desencadeantes ou agravantes 
(desencadeado por condições que aumentam o trabalho 
cardíaco), fatores atenuantes e sintomas. 
Ex: Infarto agudo do miocárdio, Prolapso da valva 
mitral, Miocardiopatias, Arritmias e Pericardites 
Palpitações 
Percepções incomodas dos batimentos cardíacos 
Nem sempre indicam alterações do ritmo cardíaco 
Contrações cárdicas mais fortes e mais intensas lentas 
ou rápidas, rítmicas ou arrítmicas 
Decorrentes de transtorno de ritmo ou frequência 
cardíaca 
3 tipos principais: esforço, alterações do ritmo cardíaco 
e distúrbios emocionais 
Ex: Arritmias, Insuficiência cardíaca, Miocardites, 
Miocardiopatias 
Dispneia 
Cansaço, canseira, falta de ar, folego curto, fadiga ou 
respiração difícil 
Sensação consistente e desagradável do ato de respirar 
Diferenciar da astenia e fatigabilidade 
Subjetiva: dificuldade respiratória sentida pelo paciente 
Objetiva: aceleração dos movimentos respiratórios 
(taquipneia) 
Cardiopatias (lesão cardíaca) – congestão pulmonar 
Tipos: 
De esforço (mais comum): classificada em dispneia 
aos grandes, médios e pequenos esforços. Insuficiência 
ventricular esquerda, dispneia rapidamente progressiva. 
De decúbito (ortopneia): surge quando o paciente se 
põe na posição deitada. Causa aumento do retorno 
venoso. Faz mais avançada, paciente senta se a beira do 
leito. Aparece logo ao deitar. 
Paroxística: mais frequente a noite (noturna). Paciente 
acorda com dispneia intensa. Acompanha tosse seca, 
sufocação e opressão torácica. Pode haver 
broncoespasmo em sibilância. Costuma ser chama de 
asma cardíaca. Precursora de edema agudo de pulmão 
Periódica: períodos de apneia seguidor de movimentos 
respiratórios superficiais a princípio que se tornam cada 
vez mais profundos até chegar ao máximo e depois 
diminuem a amplitude. 
Classificação para a dispneia 
1. Não prejudica as atividades diárias 
2. Tem sintomas leves a atividades diárias 
3. Tem sintomas mais graves nas atividades 
diárias. 
4. Sintomas mesmo no repouso que incapacita 
exercer qualquer atividade física. 
Tosse e expectoração 
Tosse: frequência na insuficiência ventricular esquerda. 
Costuma ser seca e mais frequente a noite. A causa é a 
congestão pulmonar, e está quase sempre associada a 
dispneia. 
Expectoração: procedente das vias aéreas. Produto 
eliminado pela tosse. Insuficiência VE a expectoração é 
serosa e de pouca consistência. Aspecto espumoso e 
pode ser abundante. Principal causa: Edema agudo de 
pulmão, aspecto hemoptoico ou róseo. 
Sibilancia 
É a passagem de ar em alta velocidade por vias aéreas 
estreitadas que causa um chiado. 
Aparece na DPN e asma cardíaca, congestão pulmonar 
e broncoespasmo 
Causa edema de mucosa brônquica ou broncoconstrição 
reflexa 
Asma cardíaca: aparece na posição deitada e melhora 
quando fica em pé ou sentado 
AMANDA GARCIA 2021 
Acompanha taquicardia, ritmo de galope ou estertores 
Hemoptise 
Expectoração ou eliminação de sangue vivo pelas vias 
aéreas 
O sangue é procedente da traqueia, brônquios ou 
pulmão 
Causa de expectoração espumosa e rósea é edema agudo 
de pulmão por insuficiência ventricular esquerda. 
Sincope e lipotimia 
É perda súbita e transitória da consistência e do tônus 
muscular postural. 
Perda parcial da consciência pré-sincope ou lipotimia 
Pode ser de origem psicogênica ou redução aguda e 
transitória do fluxo sanguíneo cerebral 
A maioria das sincopes são vasovagais ou sincope 
vasodepressiva, ocorre quando o indivíduo está em 
posição ortostática. 
Causas cardíacas: transtorno do ritmo ou da condução 
do estimulo, bradicardia com FC < 30-40 bpm ou FC > 
150 bpm. Síndrome bradicardia clássica, síndrome de 
stocks adams, perda da consciência e convulsões. 
Frequente na cardiopatia chagásica crônica e BAV de 2º 
ou 3º grau. 
Causas extra cárdicas: 
Sincope neurogenia: tipo mais comum de 
sincope. Desencadeada por impacto emocional. 
Recuperação rápida ao deitar o paciente. Pode 
ser súbita ou precedida de mal-estar, fraqueza, 
tonturas, palidez, sudorese e bocejos. 
Mecanismo, vasodilatação por inibição 
simpática e aumento do tônus vagal. 
Hipotensão postural: queda tensional na 
posição ortostática. Associada ao ortostatismo 
prolongado. Após exercícios físicos exaustivos, 
inanição, enfermidades prolongadas, 
desequilíbrio hidroeletrolítico, grandes varizes 
de MMII. Uso de medicamentos anti-
hipertensivos diuréticos e bloqueadores 
simpáticos. Comum em idosos. 
Síndrome do seio carotídeo: é rara. Queda da 
PA e bradicardia após estimulação do seio 
carotídeo. Tonturas, escurecimento da visão, 
cefaleia e desmaio. 
Sincope pós-micção: ocorre no ato ou após 
urinar. Após decúbito prolongado. 
Vasodilatação com hipotensão e sincope. 
Contração da musculatura da bexiga que 
aumenta o tônus vagal. Comum no noturno. 
Alteração do sono 
Insônia é um sintoma frequente em pessoas com 
insuficiência ventricular esquerda. 
Respiração de Cheyne-Stokes acompanha a 
insuficiência ventricular esquerda e é mais comum a 
noite 
Pode haver excitação e obnubilação 
Causas-estase sanguínea encefálica, edema cerebral, 
hipertensão do liquido cefalorraquidiano, anoxia 
cerebral por baixo fluxo cerebral. 
Cianose 
Coloração azulada da pele e mucosa 
Aumento de hemoglobina reduzida no sangue 5g/100ml 
Lábios, nariz, região malar, lobos das orelhas, língua, 
palato, faringe, extremidades das mãos e dos pés 
Cianose intensa – todo o tegumento fica com tonalidade 
azul 
Central: diminuição da tensão de o2 no ar inspirado, 
transtorno de ventilação pulmonar, transtorno de 
difusão, transtornos de difusa, transtorno de perfusão, 
curto-circuito (shunt) direita-esquerda 
Periférico: perda exagerada de o2 ao nível capilar, por 
estas venosa ou diminuição funcional ou organiza do 
calibre dos vasos da microcirculação. Aparece em áreas 
distais e a pele é fria. 
Edema 
Localizado: edema angioneurotico, inflamatório, 
compressão de vasos linfáticos e venosos. 
Generalizado: acumulo de liquido que não se restringe 
somente ao subcutâneo. Ex: afecção cardíaca, renais, 
hepatocas, carências e uso de medicamentos. 
Pode aparecer nas cavidades serosas, ascite, hidrotorax, 
hidropericardio e bolsa escrotal. 
Resultado do aumento do liquido intersticial 
proveniente do plasma 
Comprovado pela depressão – fóvea 
Edema recente – pele lisa e brilhante 
Longa duração – aspecto de casca de laranja 
Edema cardíaco: insuficiência ventricular direita com 
aumento da pressão hidrostática retenção de sódio. 
AMANDA GARCIA 2021 
Inicia nos MMII em torno dos maléolos e progride para 
pernas e coxas. Pode ser bilateral, podendo ser 
assimétrico 
Intensifica com o decorrer do dia – edema vespertino 
Diminui ou desaparece com repouso noturno 
Insuficiência cardíaca grave em que o edema acomete o 
corpo todo, inclusive o rosto – anasarca 
Origem cardíaca: ingurgitamento jugular, refluxo 
hepatojulgular e hepatomegalia. Elevação da pressão 
venosa central, aumento da pressão hidrostática nos 
capilares venosos. Ativação do sistema renina 
angiotensina aldosterona. Ativação de osmorreceptores 
hipotalâmicos – homonio antidiurético. 
Astenia 
Sensação de fraqueza generalizadaRelacionasse com a diminuição do DC e oxigenação 
muscular insuficiente 
Uso de diurético leva a depleção de Na+ e K+ astenia 
Pode estar relacionada a atrofia muscular e anorexia. 
 Conclusões: 
 
Exame físico do Coração 
 Inspeção e palpação 
Realizados simultaneamente 
Paciente decúbito dorsal 
Outras posições em situações especiais medico do lado 
direito do paciente. 
Parâmetros a serem analisados: Pesquisa de 
abaulamento – inspeção tangencial ou frontal; analise 
do ictus cordis (choque da ponta); analise de batimentos 
ou movimentos visíveis ou palpáveis, palpação de 
bulhas e pesquisas de frêmito cardiovascular. 
Ictus cordis 
Estudado pela inspeção e palpação 
Investigar localização (depende do biótipo), extensão, 
mobilidade, intensidade e forma de impulsão, ritmo e 
frequência 
Mediolinio: linha hemiclavicular E com 4 e 5 EIE 
Brevilíneos: situando-se no 4 espaço intercostal; 
Longilíneos, costuma estar no 6 espaço. 
 
Ictus impalpável ou invisível: 
 -30% das pessoas normais 
-Enfisema pulmonar 
-Obesidade 
-Musculatura bem desenvolvida 
-Mamas grandes 
Deslocamento – dilatação e ou hipertrofia de VE 
Estenose e ou insuficiência aórtica 
Insuficiência mitral 
HAS 
Miocardiopatias 
Cardiopatias congênitas 
Extensão de 1 ou 2 polpas digitais (2 a 3 cm) para cobri-
lo 
HVE: 3 ou mais polpas 
Dilatação + HVE pode abarcar palma da mão 
Intensidade avaliada pela palpação ou inspeçao 
Maior intensidade HVE (ictus propulsivo) 
Retração sistólica 
Podem ser encontrados no precórdio e áreas vizinhas 
outros batimentos visíveis ou palpáveis, ou seja, 
retração sistólica, levantamento em massa do precórdio, 
choques valvares, cliques, pulsação epigástrica e 
pulsação supraesternal. 
Frêmito cardiovascular 
Sensação tátil por vibrações produzidas no coração ou 
nos vasos 
Avaliar localização (focos de ausculta), situações no 
ciclo cardíaco (sistólico, diastólico ou sistólico) e 
intensidade (+ a ++++) 
 Ausculta cardíaca 
Vibrações em estruturas cardíacas e vasculares 
propagam se a superfície corporal 
Leis da física: conduta de ondas através de meios de 
constituição diferentes 
Perda progressiva de energia ao longo do trajeto – 
refração e reflexão. 
3 fenômenos sonoros fundamentais: 
1. Intensidade (amplitude) 
2. Frequência (tonalidade) 
3. Qualidade (timbre) 
Estetoscópio: 
AMANDA GARCIA 2021 
-Diafragma: aplicar mais fortemente sobre o 
tórax. Para sons de alta frequência 
-Campanula: aplicar suavemente sobre o tórax. 
Para sons de baixa frequência. 
Ambiente: sempre silencioso 
Examinador: lado direito do paciente 
Paciente: decúbito dorsal (normal), decúbito lateral 
esquerdo para sons da aérea mitral (3ª bulha, ruflar 
diastólico). Sentada ou de é inclinando para frente – 
hipofonese ou sons da base do coração. 
Observar ritmo cardíaco: Regular e irregular 
Contar frequência cardíaca: bpm 
Bulhas 1ª e 2ª – intensidade e desdobramento 
Focos de ausculta 
Servem como pontos de referência – informações das 
respectivas valvas. Não corresponde a localização 
anatômica das valvas 
 
Foco ou área mitral: 
 Localiza no 5º EIE na linha hemiclavicular 
Corresponde ao ictus cordis 
Acompanha o ictus cordis nos seus 
deslocamentos, por isso localize o ictus antes 
Foco ou área pulmonar: 
 Localizado no 2 EIE junto ao esterno 
Analise de desdobramento da 2 bulha pulmonar 
Propagam pouco para outros focos. 
Foco aórtico: 
 2 EID paraesternal 
Ausculta dos sons originados na válvula aórtica 
Propagação – carótidas 
Foco aórtico acessório 
 3º e 4º EIE paresternal 
Muitas vezes melhor local para ausculta de sons 
originados na v. aórtica 
Foco tricúspide 
Base do apêndice cifoide um pouco para 
esquerda 
Outras áreas: bordas esternais esquerda e direita, 
mesocardio, regiões infra e supraclavicular, laterais 
pescoço, regiões interescapulovertebrais 
 
(Gráfico) 
Bulhas cárdicas 
 Primeira bulha: 
Fechamento das V. mitral e tricúspide 
Coincide com ictus cordis e com o pulso carotídeo 
Mais grave e de maior duração que a 2 bulha 
Expressão onomatopaica TUM 
Maior intensidade das pessoas desdobramento da 1ª 
bulha. 
 Segunda bulha 
Fechamento das valvas aórticas e pulmonar 
Componente aórtico – ouvido em todo precordio 
Componente pulmonar – ouvido no foco pulmonar e 
bolsa esternal E 
Condições normais o componente aórtico precede o 
pulmonar 
Expiração – ruído único TA 
Inspiração – desdobramento fisiológico da 2 bulha 
Vem depois do pequeno silencio, mas agudo e mais seca 
Mais intensa – foco da base (A e P) 
 
 Terceira bulha 
Ruído protodias de baixa frequência 
Origina das vibrações da parede ventricular durante o 
enchimento ventricular rápido 
Normal em crianças e adultos jovens 
Mais bem audível no foco mitral - TU 
 Quarta bulha 
Fim da diastólica ou pré-sístole 
Normal em crianças e adultos jovens 
Contração atrial desaceleração brusca do sangue de 
encontro ao sangue já dentro dos ventrículos, 
 
-Localização dos fenômenos estoacusticos 
Protossístole = terço inicial da sístole 
Mesossístole = terço médio da sístole 
Telessístole = terço final da sístole 
Protodiástole = terço inicial da diástole 
Mesodiástole = terço médio da diástole 
Telediástole = terço final da diástole. 
Halossistole = toda sístole 
Halodiastole = toda diástole 
 
Ritmos tríplices 
Quando tem a 3 ou a 4 bulha 
Divididos em protodiastolicos e pré-sistólicos 
Importante a diferenciação de 3 bulha fisiológica da 
patologia 
AMANDA GARCIA 2021 
3ª bulha fisiológica – não lembra o galope de cavalo e a 
3ª bulha patológica lembra o galope de cavalo. 
 
Ritmo tríplice pré-sistólico 4ª bulha alterações de 
complacência ou distensibilidade. 
 
 Ritmo de galope 
Ritmo tríplice por 3 bulha 
 -Ritmo de galope ventricular 
-Lembra o galope de um cavalo PA TA TA 
-Mais audível na ponta do coração ou borda 
esternal esquerda – usar a campanula 
-Indica comprometimento importante do 
miocárdio 
 
Ritmo tríplice de 4ª bulha 
-Ritmo de galope atrial – disfunção diastólica 
HVE ou isquemia miocárdica 
 
Ritmo de galope de soma 
-Fusão de 3ª e 4ª bulhas 
Alterações da 1ª bulha 
 Intensidade 
Avaliar intensidade dessa bulha no foco mitral e 
tricúspide 
Fatores de influenciam: 
 Posição das valvas no início do fechamento 
Níveis das pressões nas cavidades cardíacas 
Velocidade de subida da pressão 
intraventricular 
Condições anatômicas das valvas AV 
Força de contração de miocárdio 
Transmissibilidade das vibrações 
Hipofonetica 
Normofonese 
Hiperfonese 
 Timbre e tom 
Estenose mitral: valvas rígidas – timbre metálico e tom 
agudo 
 Desdobramento 
Desdobramento da 1 bulha é normal em crianças e 
jovens. Bloqueio do ramo direito – desdobramento 
amplo. 
 Mascaramento 
Insuficiência mitral – sopro inicia com a 1 bulha 
mascaramento 
Mascaramento: sopro sistólico de regurgitação que 
tem início junto a 1 bulha. 
 
Alteração da 2ª bulha 
 Intensidade 
Analisada nos focos aórticos e pulmonar 
Influencia na intensidade 
 -Posição das valvas no início do fechamento 
-Condições anatômicas 
-Níveis tensionais na circulação sistêmica e 
pulmonar 
-Transmissibilidade do ruído 
 
 Desdobramento 
Na aérea pulmonar pois ali se ouve o componente na 
aera pulmonar e aórtico. 
TUM TLA 
Desdobramento constante e variável: bloqueio de 
ramo direito do feixe de his. Os estímulos cheguem 
atrasado ao lado direito em comparação ao esquerdo 
(assincronismo ventricular) fechamento da valva 
pulmonar se retarda causando o desdobramento. 
Desdobramento constante e fixo: comunicação 
interatrial e estenose pulmonar. Quando ocorre aumento 
de fluxo do sangue para o ventrículo direito, como 
ocorre na comunicação interatrial, esta câmara vai 
despender mais tempo para se esvaziar. Como 
consequência,as sigmoides pulmonares se fecham após 
as sigmoides aórticas e o componente pulmonar se 
atrasa. 
Desdobramento invertido (paradoxal): bloqueio do 
ramo esquerdo do feixe de his. Patologia causadora: 
estenose aórtica acentuada. No bloqueio do ramo 
esquerdo, o estímulo alcança o miocárdio ventricular 
esquerdo depois de já ter havido a ativação ventricular. 
Como resultado, a contração do ventrículo direito é feita 
antes da do ventrículo esquerdo, e o componente aórtico 
da 2ª bulha passa a situar-se depois do componente 
pulmonar. 
Alteração 3ª e 4ª bulha 
Podem aparecer em crianças e adultos jovens normais. 
3ª bulha: corações dilatados (moles) – insuficiência 
mitral, miocardiopatia, miocardite, comunicação 
interatrial e interventricular e pesistencia do canal 
arterial. 
4ª bulha: corações hipertrofiados (duros) – estenose 
aortica ou pulmonar hipertensão arterial, doença arterial 
coronária e miocardiopatia hipertrófica. 
Cliques e estalidos 
 Estalido de abertura mitral: 
A abertura da valva mitral provoca ruído seco, agudo e 
de curta duração 
AMANDA GARCIA 2021 
Aparece no início da diástole 
Mais audível no fundo mitral e na borda esternal 
esquerda, na altura do 3 e 4 EIE (DLE) 
É o sinal mais indicativo de estenose mitral 
 
 Estalidos protossistólicos 
Também chamados de ruídos de ejeção 
Origem – vibrações nas paredes dos vasos 
 
Estalidos protossistolicos pulmonar 
-Mais audível na área pulmonar e borda esternal 
esquerda 
-Encontrada na estenose pulmonar moderada, 
dilatação idiopática da artéria pulmonar, 
comunicação interatrial e hipertensão pulmonar 
grave. 
Estalido protossistolico aórtico 
-Mais audível nas vizinhanças do 4º EIE, junto 
a borda esternal até a área mitral 
-Encontrado nas lesões valvares aórticas 
(estenose/insuficiência), coarctação da aorta, 
aneurisma da aorta, dilatação da aorta e algumas 
cardiopatias congênitas. 
Estalidos mesossistolicos e telessistolicos 
-Ruídos de alta frequência, seco, agudo, situado 
no meio ao fim da sístole. Sua intensidade varia 
conforme a respiração e a posição do paciente. 
-É audível nas aéreas mitral e tricuspide 
-Origem: brida pericárdica ou pleuropericardica 
e prolapso de valva mitral 
Sopros cardíacos 
Aparecem quando o fluxo sanguíneo deixa de ser 
laminar e passa a sofrer turbilhamento. 
Mecanismo: 
-Aumento da velocidade da corrente sanguínea 
– exercício, anemia, hipertiroidismo e síndrome 
febril. 
-Diminuição da viscosidade sanguínea – a 
viscosidade exerce efeito amortecedor sobre a 
turbulência do sangue – anemia 
-Passagem de sangue através de uma zona 
estreita: fluxo deixa de ser laminar. Defeitos 
valvares (estenose e insuficiência), 
comunicação interventricular, persistência do 
canal arterial 
-Passagem de sangue para uma zona dilatada: 
fluxo deixa de ser laminar. Defeitos valvares, 
dos aneurismas e o rumor venoso 
-Passagem de sangue para uma membrana de 
borda livre 
 Situação no ciclo cardíaco 
Sopros sistólicos de ejeção: 
-Causados por estenose da valva aórtica ou 
pulmonar 
-Começa alguns centésimos de segundo após a 
1 bulha 
-Sopro crescendo – decrescendo 
-Termia antes da 2ª bulha 
Fisiologia: a pressão intraventricular se eleva e 
as valvas atrioventriculares (mitral e tricúspide) 
se fecham, dando originando a 1 ª bulha. 
Contudo, a pressão intravascular (aorta e 
pulmonar) ainda está mais elevada que a 
pressão dentro dos ventrículos, e por isso as 
valvas sigmoides (aórticas e pulmonares) 
continuam fechadas sem que haja saída de 
sangue dos ventrículos. 
Sopro sistólico de regurgitação: 
 -Audível desde o início da sístole 
-Recobre e mascara a 1 bulha 
-Ocupa todas as sístoles com intensidade mais 
ou menos igual 
-Termina imediatamente antes da 2 bulha e 
pode cobri la 
-Causados por regurgitação de sangue dos 
ventrículos para os átrios – (insuficiência mitral 
ou tricúspide) ou na comunicação 
interventricular. 
Fisiologia: durante a fase de contração 
isovolumétrica, período em que as valvas 
atrioventriculares (mitral e tricúspide) estão se 
fechando, a pressão dentro dos ventrículos já 
está mais alta que no átrio e, por este motivo, o 
sangue regurgita para a câmara de menor 
pressão desde o início da sístole. Durante todo 
o período sistólico, o sangue continua 
regurgitando e só deixa de fazê-lo ao terminar a 
contração ventricular. 
Sopro diastólico: 
-São classificados em protodiastolicos, 
mesodiastólicos e telediastolicos ou pre-
sistolicos 
-Ocorre nas estenoses atrioventriculares, mitral 
e tricúspide e insuficiência das valvas aórticas e 
pulmonar. 
1) Nas estenoses atrioventriculares 
-Ocupa a parte media da diástole, momento em 
que se dá o enchimento rápido ventricular. 
-Podem sofrer reforço no fim da diástole ou pre 
sístole contração atrial 
-Existe um intervalo nítido entre a 2 bulha e o 
sopro 
-São sopros de baixa frequência e tonalidade 
grave - ruflar 
AMANDA GARCIA 2021 
2) Insuficiência das valvas aórtica pulmonar 
 -Não se fecham completamente 
-Iniciam se imediatamente após a 2 bulha 
-Podem ficar restrito a protodiastole ou ocupar 
também a meso e telediastole 
-São sopros de alta frequência, em decrescendo 
e com tonalidade aguda – caráter aspirativo. 
Sopros sistodiastolicos ou contínuos: 
-São ouvidos durante toda a sístole e a diástole 
recobre e mascara a 1 e a 2 bulha 
-São designados sopros em maquinaria 
-Aparecem a persistência do canal arterial, 
fistulas arteriovenosas, nas anomalias do septo 
aortopulmonar e no rumo venoso. 
 
 Localização 
Localiza se em sopro na área onde ele é mais audível 
Emprega se as áreas de ausculta 
A localização do sopro, em função da área de ausculta 
não tem valor absoluto 
Um sopro na área mitral não significa que ele seja 
originado na valva mitral 
 Irradiação 
Deslocar o estetoscópio em várias direções – determinar 
a irradiação 
Quanto mais intenso maior a área da irradiação 
É importante a direção da corrente sanguínea 
O sopro da estenose aórtica irradia para o pescoço 
O sopro de insuficiência mitral irradia para a axila 
 Intensidade 
Usa o sistema de cruzes (+ a 4+) 
+ sopros débeis 
++ sopros de intensidade moderada 
+++ sopros intensos 
++++ sopros muito intensos 
Quanto maior a velocidade de fluxo e o volume de 
sangue mais intenso o sopro. 
A intensidade do sopro não deve ser tomada como 
parâmetro absoluto. 
 Timbre e tonalidade 
Qualidade do dopro 
Estão relacionados com a velocidade do fluxo e com o 
tipo de defeito 
Suave, rude, musical, aspirativo, em jato de vapor, 
granuloso, piante, ruflar. 
 Relação com a respiração 
Manobra de Riveiro-Carvalho: sopro sistólico aumenta 
de intensidade na inspiração – insuficiência tricúspide 
Lesões aórticas: aumento de intensidade com 
expiração forçada. 
 
 Relação com a posição 
Os sopros da base (insuficiência aortica) – mais nítido 
com o paciente sentado e o torax fletido para frente 
Ruflar diastólico mitral – mais intenso em DLQ 
Rumo venoso mais audível de pé ou sentado 
 Sopros inocentes 
Significa uma conclusão diagnostica 
Características: 
São sistólicos 
Baixa intensidade (+ a ++) e suaves 
Sem irradiação 
Mais audível na área pulmonar e mesocardio 
Varia com mudança de posição 
Mais frequentes em crianças 
Atrito pericárdico 
Provocado pelo roçar de folhetos pericárdicos que 
perderam suas características normais 
Mais comum na pericardie fibrinosa – folhetos espessos 
e rugosos 
Pode ser ouvido na sístole e diástole – habitualidade 
continuo 
Melhor ausculta na ponta e borda esternal esquerda 
Timbre tonalidade variável 
Assemelhasse ao ruído obtido ao friccionar um couro. 
Rumor venoso 
Ruído sistólico: de tonalidade grave e continuo 
Auscultado no pescoço e porção superior do tórax 
esternocleidomestóideo direito 
Mais bem audívelde pé ou sentado 
Causado pelo turbilhonamento de sangue na junção da 
julgular externa com o tronco braquiocefalico. 
 Conclusões

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