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Aplicações da Toxina Botulínica na OH

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o Botulismo: 
 
o Primeiro relato de intoxicação foi relatado por 
Justinus Kerner 
o Bélgica, 1895: o bacteriologista Émile Pierre-Marie 
identificou o agente biológico Bacillus botulinus – 
Clostridium botulinum. Agente que libera e 
sintetiza de forma natural a Toxina Botulínica 
o O Clostridium botulinum é uma bactéria gram 
positiva aneróbia muito resistente. 
o O botulismo é uma intoxicação 
o A toxina é produzida em alimentos com alta 
concentração de sal, contaminados 
o A toxina é relativamente resistente a reagentes 
químicos moderados, mas muito sensível ao 
calor 
o Reação variável em espécies diferentes 
 
 
 
o É composta por proteínas produzidas pela 
bactéria anaeróbia Clostridium botulinum 
o É a mais potente toxina conhecida; 
o Produção de 7 subtipos: A, B, C1, D, E, F e G 
 
 
 
o Fármaco Termosensível 
OBSERVAÇÃO: A e B é utilizada para fins cosméticos e 
medicinais. 
INDICAÇÕES DA TOXINA BOTULÍNICA: 
 
 
Distonias (movimentos e contrações involuntários) 
✓ Blefaroespasmo 
✓ Distonia oromandibular, facial e lingual 
✓ Distonia cervical: envolve grupos musculares da 
região cervical. 
✓ Distonia de membros 
 
 
Contração muscular inapropriada 
✓ Espasticidades (AVC, Paralisia Cerebral, TCE, 
Esclerose Múltipla) 
✓ Bruxismo 
✓ Cefaléia tensional 
✓ DTM 
✓ Estrabismo 
 
 
Outras aplicações 
✓ Sialorréia: paciente com fluxo salivar aumentado 
✓ Babação: paciente com distúrbios em músculos 
relacionados à deglutição e controle motor da 
região orofacial 
✓ Fins cosméticos 
 
 
 
BOTOX 
o Toxina mais conhecida 
o Comercializado em frascos de 
50U, 100U e 200U 
Visão embaçada Boca seca Vertigem
Náusea
Paralisia Flácida 
Fatal
1920: isolamento de 7 subtipos
1950: início dos estudos para uso médico
1970: avanços nas pesquisas para uso médico
1979: FDA autoriza uso para estrabismo
1985: FDA autoriza uso para blefaroespasmo
1987: início do uso cosmético
Aplicações da Toxina Botulínica na OH 
Histórico 
Toxina Botulínica 
1 
2 
3 
Toxina Botulínica disponível no mercado 
o Aramazenamento em freezer ou geladeira 
o Após reconstituição, armazenamento em 
geladeira 
 
 
o Comercializado em frascos de 300U e 500U 
o Armazenamento em geladeira 
o Após reconstituição, armazenamento em 
geladeira 
 
 
 
o Comercializado em frascos de 50U e 100U 
 
o Armazenamento em temperatura ambiente 
 
o Após reconstituição, armazenamento em 
geladeira 
 
 
 
 
o Comercializado em frascos de 50U e 100U 
 
o Armazenamento em geladeira 
 
o Após reconstituição, armazenamento em 
geladeira 
 
 
 
o Comercializado em frascos de 100U 
o Armazenamento em geladeira 
o Após reconstituição, armazenamento em 
geladeira 
 
 
o Comercializado em frascos de: 2500U, 5000U e 
10000U 
o Não há necessidade de diluição 
o Armazenamento em geladeira 
Essa tabela faz uma comparação os tipos comerciais que 
são liberados pela ANVISA no Brasil, a forma de 
apresentação, a concentração, se contém ou não 
albumina 
 
Escolha é direcionada pelo custo! 
 
UNIDADES INTERNACIONAIS 
Dose letal: 
✓ Em animais (15 a 20kg) = 50 unidades 
✓ Em humanos (100 kg) = 3500 unidades 
Dose letal de toxina butolínica do tipo A é cerca de 
70ng ou 15 frascos 
 
 
Uso odontológico extremamente seguro 
 
 
 
É necessário o conhecimento sobre a fisiologia muscular. 
PLACA MOTORA 
“Estrutura constituída de uma terminação nervosa 
acoplada à uma fibra muscular” 
 
Mecanismo de ação 
 
 
 
SÍNTESE 
o Administração intramuscular e intraglandular 
o Cessa liberação de acetilcolina dos nervos para 
o. tecido-alvo 
o Redução das contrações musculares e secreção 
glandulares 
o Bloqueio neuromuscular irreversível 
o Efeito clínico máximo em 7 a 10 dias 
o Retoques até 14 dias 
o Brotos periféricos de 3 a 5 meses 
o 4 a 6 meses – reaplicar (evitar tempo menor) 
 
 
 
 
 
 
 
 
Em 2016 um juiz do Rio Grande do Norte decretou uma 
liminar que impedia e anulação a última resolução do 
CFO de 2016 que permitia a utilização da toxina botulínica 
para fins estéticos. Logo, as resoluções antigas entraram 
em rigor novamente., permitindo o uso da toxina 
botulínica de forma mais restrita. Em 2018 ocorreu a 
suspensão da liminar de 2016. 
 
 
 
Antes da aplicação da Toxina Botulínica é necessária 
documentação: 
✓ Ficha clínica 
✓ Fotos/vídeos 
✓ Termo de Consentimento 
 
 
BRUXIMO 
✓ Prevalência de 6 a 12% 
✓ Pode ser de dois tipos: primário (não está 
relacionado a nenhuma condição de saúde) 
e secundário (associado a alguma condição 
de saúde – ex: pacientes com necessidades 
especiais). 
Bruxismo
Hipertrofia de 
masseter
Dor 
orofacial(DTAM 
e Neuralgia do 
trigêmio)
Distonias Discinesias
Úlceras 
traumáticas
Sialorréia Babação
Legislação CFO para Toxina Butolínica e AH 
Principais aplicações clínicas em Odontologia 
1 
Bruxismo secundário: 
 
Os dois grupos relacionados: aplicação em m. masseter 
e temporal bilateralmente 
TÉCNICA 
Aplicação em m. masseter e temporal bilateralmente. 
1. Avaliar tamanho e espessura muscular (idade, 
peso, hipertrofia) 
2. Avaliar presença de dor (ponto de gatilho) 
3. Definir pontos de infiltração: 
✓ M. masseter – terço inferior 
✓ M. temporal – feixe anterior 
 
PREPARO 
o Antissepsia com álcool 70% ou clorexidina 2% 
o Anestesia tópica (gel de lidocaína 4%) 
 
 
CUIDADOS PÓS-OPERATÓRIOS 
o Não deitar 
o Não massagear áreas aplicadas 
o Não passar cosméticos 
o Não mastigar alimentos duros 
o Não fazer atividades físicas (24h) 
o Não tomar sol (24h) 
o Não ingerir bebidas alcoólicas (24h) 
 
PROCEDIMENTO CLÍNICO 
o 4 a 6 meses (efeito da toxina) 
o Atrofia muscular – várias aplicações 
o Menores doses 
o Efeito terapêutico – menor dose 
o Simultaneamente a outros tratamentos 
 
 
HIPERTROFIA DO MASSETER 
✓ Aumento do tamanho das células musculares 
✓ Não há aumento de quantidade de células 
✓ Adultos jovens – 2ª e 3ª décadas 
✓ Volume do masseter aumentado 
✓ Queixa cosmética ou funcional 
Aplicação é feita em m. masseter 
 
 
 
ÚLCERAS TRAUMÁTICAS 
✓ Doenças Neurodegenerativas: crises espásticas 
✓ Síndromes Neurológicas após TCE/AVE 
✓ Lesões por trauma em mucosa: lábio, bochecha, 
língua, comissura labial 
Aplicação no músculo envolvido: 
 
 
 
 
 
DISTONIAS FACIAIS 
Doenças 
neurológicas
•Paralisia cerebral
•Parkinson
•Demência
Doenças 
psiquiátricas
•Depressão
•Autismo
•Bulimia
M. orbicular 
da boca
M. mentual M. masseter M. temporal
2 
3 
4 
✓ Distonia é uma contração muscular, involuntária, 
repetitiva, sustentada (tônica) ou espasmódica 
(rápida ou crônica). 
✓ Distonias oromandibulares (ou orofaciais) são 
contrações de um ou mais grupos musculares 
que podem abranger a língua, os músculos da 
mastigação e os faciais. 
TRATAMENTO DAS DISTONIAS OROMANDIBULARES 
 
APLICAÇÃO NO MÚSCULO ENVOLVIDO: 
 
 
 
 
 
DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR 
✓ O termo disfunção temporomandibular (DTM) é 
utilizado para reunir um gruo de doenças que 
acometem os músculos mastigatórios, ATM e 
estruturas adjacentes. 
✓ As DTMs podem ser classificadas em dois 
grandes subgrupos: as de origem articular, ou 
seja, aquelas em que os sinais e sintomas estão 
relacionados à ATM. E as de origem muscular, 
nas quais os sinais e sintomas relacionam-se com 
a musculatura estomatognática. 
 
 
SIALORRÉIA 
✓ Aumento do fluxo de saliva que, por inabilidade 
oral de manuseio dessa secreção, tem como 
consequência o escape salivar. 
 
 
 
 
 
BABAÇÃO 
✓ Perda involuntária de saliva através dos lábios 
✓ Coordenação deficiente dos músculos orais e da 
faringe 
✓ Incapacidade de deglutição adequada 
 
 
 
ABSOLUTAS: 
1. Paciente alérgico ao medicamento ou aos 
componentes 
2. Infecção no sítio do bloqueio 
3. Gravidez e aleitamento 
4. Expetativa irreal do paciente 
Farmacológico sistêmico (relaxantes musculares, 
anicolinérgicos, agonistas GABA, antagonistas da 
dopamina, betabloqueadores, anticonvulsivanteFarmacológico local (toxina botulínica)
Fisioterapia
Cirúrgico
5 
6 
7 
Contra-indicações 
5. Instabilidade emocional 
RELATIVAS 
1. Doença neuromuscular associada 
2. Pessoas que necessitam de expressão facial 
3. Coagulopatia associada e/ou descompensada 
4. Doença auto-imune em atividade 
5. Falta de colaboração do paciente para o 
procedimento global 
6. Uso de potencializadores como aminoglicosídeos 
em até 4 semanas antes do procedimento 
7. Uso de aspirina ou anti-inflamatórios não 
esteróides em até 4 semanas antes do 
procedimento

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