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Vitória Ferreira | Abcesso cerebral Definição: coleção focal no parênquima cerebral que é na maioria das vezes infeccioso e causa efeito de massa no cérebro Epidemiologia/ etiologia • Mais comuns são o Staphylococcus aureus e o Streptococcus viridans • Mas pode ter varias origens (disseminação local ou hematogênica) • Pacientes mais idosos e crianças tem tendencias a patógenos mais diferentes • Pacientes imunossuprimidos Paciente com infecção nos seios nasais → Streptococcus spp, Haemophilus spp, Bacterioides spp Paciente com infecção odontogênica → pode evoluir para abcesso – Streptococcus spp, Bacteroides spp, Prevotella spp, Fusobacterium spp e Haemophilus spp Paciente otogênico → paciente com otite media que evolui para abcesso – Enterobacteriaceae, Streptococcus spp Endocardite → S. aureus e Viridans streptococci Neurocirurgia → Staphylococcus spp, Streptococus spp, pseudomonas aeruginosa, Enterobacter spp Pneumonua → depende do agente relacionado Infecção urinaria Imunossuprimidos → maior gama de patógenos Toxoplasma → maior predileção pelos núcleos da base Listeria → predileção maior pelo tronco encefálico Países em desenvolvimento • Cisticercose (tenia solium) • Entamoeba histolytica • Salmonella Fisiopatologia Abcesso único – invasão direta • Sinusite, corpo estranho, dente, neurocirurgia, otite e mastoidite • Pode se manifestar após anos Abcessos múltiplos – Hematogênica • Distribuição da cerebral media • Cortico-subcortical • Pneumonia, celulite, endocardite, MAV, peritonite Abcesso é uma evolução do processo infeccioso Há um dano tecidual pelo patógeno que desencadeia uma reação inflamatória, evolui para reação inflamatória mais intensa → cerebrite (1 a 2 semanas) Características da cerebrite → Edema localizado, inflamação sem necrose e pobre demarcação do tecido sadio e doente Com algumas semanas se forma o abcesso → necrose, liquefação com capsula fibrosa ao redor Quadro clínico • Inespecífico Vitória Ferreira | • Tríade clássica: febre, (50%) cefaleia (70%) e sinal neurológico focal (50%) o As 3 juntas só em 20% dos casos • Crise epiléptica em 25% casos • Alteração de consciência (mau-prognóstico) • Vômitos (hipertensão craniana) – em jato Diagnóstico • Quadro clinico inespecífico que sugere doença neurológica o Cefaleia com características novas, sinal focal, crise epiléptica e níveis de consciência alterada • Se tiver FEBRE → suspeitar de uma doença infecciosa no SNC (meningoencefalite, abcesso) • Neuroimagem com contraste – fundamental • Ressonância mais sensível É necessário definir o patógeno antes para conduzir o tratamento com antibiótico • Confirmação do patógeno pelo procedimento: aspiração estereotáxica guiada por TC ou cirurgia o Cultura, gram, fungo, micobactéria o Diagnostico definitivo o Sorologia sérica: toxoplasmose Neuroimagem em contraste • Cerebrite – hipodensidade ou alteração de sinal irregular sem realce • Abcesso – realce anelar com restrição à difusão Edema ao redor do abcesso Restrição à difusão Vitória Ferreira | Tratamento • aspiração estereotáxica guiada por TC o procedimento diagnostico preferido o exceção: bacteremia (hemocultura), cerebrite o sequelas reduzidas (exceção áreas eloquentes) o colher material para cultura • antibioticoterapia (4 a 8 semanas) o empírica - dependendo do patógeno (+ comum) o guiada pela aspiração ou por um sitio mais provável • corticoides (dexametasona) o principalmente se o paciente tem muito edema – efeito de massa substancial • neurocirurgia (avaliação no início) • ATB empírico (oral, ouvido, seios) patógenos mais semelhantes o Metronidazol e Ceftriaxone – cobre maioria dos patógenos • ATB empírico (hematogênico, endocardite) o Vancomicina e Oxacilina • ATB empírico incerto – associar atb • Após neurocirurgia – vancomicina e meropenem ou ceftazidime ou cefepime
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