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Arboviroses: Dengue, Chinkugunya, Febre Amarela e Zika

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Arboviroses 
 
• São elas Dengue, Chinkugunya, 
Febre Amarela e Zika 
• Arbovírus: vírus que podem ser 
transmitidos ao homem por 
vetores artrópodes. 
• Os arbovírus pertencem a três 
famílias: 
• Togaviridae: Chikungunya 
• Bunyaviridae: Febre da Sandfly 
• Flaviviridae: Febre Amarela, 
Dengue e Zika. 
RNA fita simples – envelopado 
 
Chikungunya 
• O vírus Chikungunya é um vírus 
encontrado em regiões tropicais e 
subtropicais da África, nas ilhas do 
Oceano Índico, no Sul e Sudeste da 
Ásia. 
• Foi isolado pela primeira vez em 
1952, na Tanzânia. Seu nome 
significa "aqueles que se dobram" 
em swahili, um dos idiomas da 
Tanzânia. 
 
Manifestações clínicas 
 
• A febre tem início súbito, é alta, 
associada a poliartralgia / artralgia 
intensa. 
• Pode ocorrer mialgia, cefaleia e 
exantema. 
• Pode cursar 3 fases clínicas 
distintas: fase aguda (7 dias), 
subaguda (a partir do 10º dia) e 
crônica (a partir do 60º). 
Poliatralgia 
•É a principal característica de 
infecção pelo vírus; 
•É um sintoma debilitante; 
•Usualmente simétrica e 
compromete mais de uma 
articulação; 
•O edema é comum, mas não há 
outros sinais de inflamação. 
 
FASE AGUDA 
 
 
• O período de incubação é de 2 a 
4 dias em média, podendo variar 
entre 3 e 12 dias. 
• A fase prodrômica não existe pois 
o início da infecção é abrupto e 
coincide com a viremia, com 
sintomas de febre, cefaleia, dor 
nas costas, poliartralgia e fadiga. 
• A poliartralgia é observada em 87 
a 98% dos casos e representa o 
sintoma mais característico. 
• A dor é predominantemente 
poliarticular, bilateral, simétrica e 
ocorre principalmente nas 
articulações periféricas 
(tornozelos, punhos e falanges) e 
algumas das grandes 
articulações (cotovelos e 
joelhos). 
Arboviroses 
 
• A fase aguda da doença é 
caracterizada por viremia 
elevada com duração média de 
6 dias (variando entre 3 e 10 dias) 
e alterações sanguíneas como 
linfopenia pronunciada e/ou 
moderada trombocitopenia. 
• Outras alterações como 
leucopenia, enzimas hepáticas 
elevadas, anemia, creatinina 
elevada, creatino-cinase elevada 
e hipocalcemia foram 
observadas com menor 
frequência. 
 
 
FASE CRÔNICA 
 
• Após a doença aguda alguns 
pacientes apresentam recidiva 
ou sintomas persistentes. Dentre 
os sintomas descritos para a fase 
tardia da doença, a artralgia ou 
dores do músculo esquelético 
foram os mais frequentes. 
 
• Estudos prospectivos após a 
epidemia na ilha La Réunion 
descreveram diversas 
manifestações reumáticas após a 
febre chikungunya como artrite 
reumatoide, espondiloartropatia e 
outras manifestações 
reumatoides não clássicas. 
 
 
 
 
 
• Esquema da evolução da febre 
chikungunya. 
• O período de incubação é de 2 a 
4 dias em média. 
• O início dos sintomas é abrupto e 
coincide com a viremia. O RNA 
viral pode ser detectado no 
sangue durante os 7 primeiros 
dias da fase virêmica. 
• O vírus pode ser isolado da urina 
durante os 5 primeiros dias da 
doença; a virúria pode persistir 
por até 2 semanas. 
• A artralgia começa juntamente 
com os primeiros sintomas e pode 
perdurar por vários meses. 
Arboviroses 
 
• O exantema pode estar presente 
em 40 a 50% dos casos e ocorre 
entre 2 e 5 dias do início da 
doença. 
• A IgM específica para o vírus 
pode ser detectada a partir do 2o 
dia da doença e persiste por 
várias semanas até 3 meses. A 
IgG específica é detectada na 
fase convalescente e persiste por 
anos. 
 
Tropismo celular e Tecidual 
 
• Células epiteliais 
• Células endoteliais 
• Fibroblastos 
• Células musculares (satélites) 
• Macrófagos (em menor grau) 
 
Infecção e a Resposta imune 
 
• Surpreendentemente, durante a 
fase aguda, a carga viral pode 
atingir 10^8 partículas virais por 
ml de sangue, e a concentração 
plasmática de interferons do 4po I 
(IFNs) está na faixa de 0,5–2 ng 
por ml, acompanhada por uma 
forte indução de outras citocinas 
e quimiocinas pró-inflamatórias 
• Após a transmissão pela picada 
de mosquito, os indivíduos 
infectados experimentam um 
início agudo da doença 2 a 4 
dias após a infecção. Os sintomas 
incluem febre alta, rigidez, dor de 
cabeça e uma erupção petéquial 
ou maculopapular. infectados se 
queixa de dor nas articulações 
severas que geralmente é 
incapacitante. 
• O início da doença coincide 
com o aumento do título viral, 
que desencadeia a ativação de 
uma resposta imune inata, cuja 
marca registrada é a produção 
de interferons do tipo I (IFNs). 
• Os pacientes eliminam o vírus 
com sucesso aproximadamente 1 
semana após a infecção e 
somente neste momento há 
evidências de imunidade 
adaptativa específica ao CHIKV 
(ou seja, respostas mediadas por 
células T e anticorpos). 
Importante, ~ 30% dos indivíduos 
experimentam sequelas de longo 
prazo que incluem artralgia e, em 
alguns casos, a artrite. 
 
Resposta Imune contra o CHIKV 
• Predomínio de resposta Inata 
• Produção de IFN do tipo I 
• A replicação de alfavírus e 
flavivírus produz um RNA 
replicativo intermediário de 
dupla-fita que é bom indutor de 
interferon (IFN)-α e IFN-β. 
• O interferon limita a replicação 
do vírus e também é liberado na 
corrente sanguínea para 
estimular respostas inatas e 
imunes. 
• O interferon e outras citocinas são 
produzidos após infecção de 
células dendríticas 
plasmocitoides e outras células 
no sangue, originando um início 
rápido dos sintomas semelhantes 
Arboviroses 
 
à gripe, característicos da 
doença sistêmica leve. 
• A imunoglobulina (Ig)M circulante 
é produzida dentro de seis dias 
após a infecção, seguida pela 
produção de IgG. Os anticorpos 
para a proteína de ligação viral 
bloqueiam a propagação 
virêmica do vírus e subsequente 
infecção de outros tecidos. 
 
Diagnóstico Laboratorial 
 
• As 2 principais formas de 
diagnóstico são: detecção do 
RNA viral por reação em cadeia 
da polimerase associada à 
reação de transcrição reversa 
(RT-PCR) e sorologia para 
pesquisa de anticorpos. 
 
Patogênese e Imunidade 
• Ao picar um hospedeiro, a fêmea 
do mosquito regurgita saliva 
contendo vírus dentro da corrente 
sanguínea do hospedeiro. O vírus, 
então, circula livremente no 
plasma do hospedeiro e entra em 
contato com células-alvo 
suscetíveis, como as células 
endoteliais de capilares, 
monócitos, células dendríticas e 
macrófagos. 
• A natureza final da doença por 
alfavírus e flavivírus é 
determinada (1) pelo tropismo 
tecidual específico do tipo de 
vírus, (2) pela concentração de 
vírus infectantes, e (3) pelas 
respostas individuais do 
hospedeiro à infecção. Esses vírus 
estão associados com doença 
sistêmica leve, encefalite, 
doença artrogênica ou doença 
hemorrágica. 
• A viremia inicial produz sintomas 
sistêmicos, como febre, calafrios, 
cefaleia, lombalgias e outros 
sintomas semelhantes aos da 
gripe, dentro de 3-7 dias após a 
infecção. 
• A maioria desses sintomas podem 
ser atribuídos aos efeitos do 
interferon e outras citocinas 
produzidos em resposta à viremia 
e à infecção das células do 
hospedeiro. 
Arboviroses 
 
• A maioria das infecções virais 
não progride para além da 
doença sistêmica leve associada 
com a viremia. 
• Uma viremia secundária pode 
produzir vírus suficiente para 
infectar órgãos-alvo (p. ex., 
cérebro, fígado, pele, vasos), 
dependendo do tropismo 
tecidual do vírus. 
• O vírus ganha acesso ao cérebro 
por meio da infecção das células 
endoteliais que cobrem os 
pequenos vasos do cérebro ou 
do plexo coroide. 
• A doença hemorrágica e o 
choque, tal como no caso do 
vírus do dengue, resultam da 
citólise viral e da citólise 
imunoinduzida das células 
endoteliais vasculares infectadas, 
exacerbadas pela grande 
produção de citocinas 
(tempestade de citocinas), que 
induz extravasamentos 
vasculares. 
 
Zika vírus 
• Foi isolado em 1947 na 
florestaZika em Uganda. 
Por este motivo a 
denominação do vírus. 
• ZIKAV é um vírus RNA 
fita simples envelopado. 
 
Características gerais 
 
• Modo de transmissão: O principal 
modo de transmissão descrito do 
vírus é por vetores. No entanto, a 
OMS identificou a transmissão 
vertical e sexual. 
• Casos sintomáticos: A febre pelo 
vírus Zika é uma doença pouco 
conhecida e sua descrição está 
embasada em um número limitado 
de relatos de casos e investigações 
de surtos. 
• Infecções de células dendríticas 
próximas da inoculação: nódulos 
linfáticos 
• Fibroblastos e tecido epitelial. 
 
Transmissão 
 
• O vírus zika (ZIKV) é comumente 
transmitido pelo mosquito Aedes 
aegypti , mas a transmissão 
sexual também foi relatada. 
• A infecção pelo ZIKV se 
apresenta com exantema e pode 
levar à revogação da 
neurogênese durante o 
desenvolvimento do cérebro 
fetal, resultando em microcefalia. 
• Durante ou após a infecção pelo 
ZIKV, pode ocorrer polineuropatia 
inflamatória desmielificante 
aguda. Em casos raros, o ZIKV 
causa encefalite. 
 
Aspectos clínicos 
• Quando aparecem os sinais e 
sintomas mais comuns sao: 
exantema maculopapular, febre 
baixa, artralgia, mialgia, dor de 
cabeca e hiperemia conjuntival 
Arboviroses 
 
nao purulenta e sem prurido, 
enquanto edema, dor de 
garganta, tosse, vomitos sao 
menos comuns . 
• Os sintomas geralmente 
desaparecem espontaneamente 
apos 3-7 dias. 
 
 
Resposta Imune 
 
• Idêntica a da CHIKV 
• Predomínio de Inata 
• Liberação de IFNs 
 
Diagnóstico 
 
O diagnóstico pode ser feito pelo 
PCR e pelo teste sorológico 
 
Gravidez e Zika Vírus 
 
• Embriões de camundongo que 
expressam o receptor para a 
proteína interferon 1, quando 
infectados pelo zika, têm o 
desenvolvimento do labirinto 
placentário comprometido, 
resultando em arquitetura 
anormal da barreira materno-fetal 
e em problemas no 
desenvolvimento do bebê. 
• Os autores explicam que isso 
acontece porque se o hospedeiro 
tem o receptor para o interferon 
1, o corpo desencadeia uma 
potente resposta imunológica 
antiviral, que pode até matar o 
feto no processo. 
• Quando não ocorre um aborto, 
essa reação prejudica 
severamente o desenvolvimento 
do feto. 
• Com isso, os achados sugerem 
que a responsável pelas sequelas 
da zika sobre os bebês é a 
resposta imunológica antiviral – e 
não o vírus em si. 
 
Dengue 
Características Gerais 
• Doença febril aguda, que pode 
apresentar um amplo espectro 
clinico: enquanto a maioria dos 
pacientes se recupera após 
evolução clinica leve e 
autolimitada, uma pequena parte 
progride para doença grave. 
• E a mais importante arbovirose 
que afeta o ser humano, 
constituindo-se em sério problema 
de saúde pública no mundo. 
• Ocorre e dissemina-se 
especialmente nos países tropicais e 
subtropicais, onde as condições do 
meio ambiente favorecem o 
desenvolvimento e a proliferação 
do Aedes aegypti e Aedes 
albopictus. 
 
Arboviroses 
 
Vírus da Dengue 
 
• Causa Dengue clássico ( DC) e 
febre hemorrágica do dengue 
(FHD) 
• Possui 4 sorotipos distintos (DENV-
1,2,3,4) 
• VÍRUS DE RNA FITA SIMPLES 
ENVELOPADO 
 
O genoma codifica para três 
proteínas estruturais: 
• Proteína C do capsídeo; 
• Proteína do envelope pré-M, 
precursora de M; 
• Proteína E. 
 
Além destas, o genoma codifica 
sete proteínas não 
estruturais: 
(NS1, NS2A, NS2B, NS3, NS4A, NS4B, 
NS5) que 
desempenham funções reguladoras 
e de expressão do vírus, como a 
replicação, virulência e 
patogenicidade. 
 
• A replicação viral é por adsorção 
– Proteína E 
 
Patogênese 
 
• As primeiras células infectadas 
após a inoculação viral pela 
picada do mosquito são, 
provavelmente, as células 
dendríticas da pele. 
• Após a replicação inicial e 
migração para os linfonodos, os 
vírus aparecem na corrente 
sanguínea (viremia) durante a fase 
febril aguda, geralmente por três a 
cinco dias. 
• A gênese dos sintomas da 
dengue ainda não é bem 
esclarecida, porém considera-se 
que a liberação de citocinas, 
como resultado da infecção das 
células dendríticas, macrófagos e 
a ativação de linfócitos TCD4+ e 
TCD8+, desempenha um papel 
importante. Ativação de TLR4 pela 
NS1. 
• Da corrente sanguínea, os vírus 
são disseminados a órgãos como 
fígado, baço, nódulos linfáticos, 
medula óssea, podendo atingir o 
pulmão, coração e trato 
gastrointestinal. 
 
Manifestações clínicas 
 
Infecção primária: 
Febre 
Prostração 
Cefaléia 
Dor retro-orbital 
Artralgia e mialgia 
Náuseas e vômito 
Anorexia 
Rash 
 
 
Arboviroses 
 
Infecção secundária: 
Hemorragias na pele 
Gegivorragia 
Sangramento nasal 
Sangramento gastrointestinal 
Hematúria 
Fluxo menstrual aumentado 
 
 
 
Quadros hemorrágicos: 
• Trombocitopenia 
- Caracterizada por diminuição de 
plaquetas na medula óssea 
desencadeada aparentemente 
pelo aumento de INF-alfa 
- Destruição periférica de plaquetas 
• Coagulação 
– A Proteína viral NS1 se liga a 
trombina formando o complexo 
NS1-Trombina causam coagulação 
intravascular e extravasamento de 
sangue 
• Aumento da permeabilidade 
vascular 
– Ativação de células via Toll like 
receptor 4, citocinas e sistema 
complemento 
 
As manifestações mais graves 
da dengue, conhecidas como 
síndrome de choque 
da dengue e dengue hemorrágica, 
são caracterizadas por choque 
hipovolêmico devido ao 
extravasamento de plasma, que 
pode ser brando e transitório, ou 
pode progredir para o choque 
profundo. A duração do choque 
geralmente é curta e o paciente 
pode morrer em um período de 8 a 
24 h, ou se recuperar rapidamente 
após tratamento apropriado, como 
a reposição de fluidos e eletrólitos e 
administração de plasma e 
concentrado de plaquetas. A 
definição de um caso 
de dengue hemorrágica inclui 
hematócrito elevado (20% acima do 
normal), trombocitopenia (< 
100.000/mm3) e prova do laço 
positiva. 
 
Febre hemorrágica do Dengue 
 
O paciente deverá apresentar os 
seguintes critérios: 
• Febre ou história recente de febre 
de até 7 dias 
• Trombocitopenia: plaquetas < e 
igual 100,000/mm^3 
• Manifestações hemorrágicas 
Arboviroses 
 
• Evidências de permeabilidade 
vascular 
• Confirmação laboratorial durante 
períodos epidêmicos ou 
interepidêmicos 
Prova do laço 
• A prova do laço é um exame 
rápido que ajuda a identificar 
fragilidade dos vasos sanguíneos 
e a tendência ao sangramento 
comum 
1.Avaliar a pressão arterial da 
pessoa com o esfigmomanômetro; 
2.Insuflar novamente o manguito do 
esfigmomanômetro até ao valor 
médio entre a pressão máxima e a 
mínima. 
3.Esperar 5 minutos com o manguito 
insuflado na mesma pressão; 
4.Depois de 5 minutos desinsuflar e 
retirar o manguito; 
5.Deixar o sangue circular por pelo 
menos 2 minutos. 
 
Imunologia Dengue 
• As primeiras células infectadas, 
após a inoculação viral por 
picada do mosquito, são as 
células dendríticas na pele 
(células de Langerhans). 
• Ocorre a replicação inicial na 
porta de entrada e posterior 
migração para os linfonodos. 
• A seguir, o vírus atinge a corrente 
sanguínea (viremia) provocando 
a fase febril aguda, que dura, 
geralmente, de 3 a 5 dias. 
• Nesse período, o vírus pode ser 
isolado a partir de soro ou células 
mononucleares do sangue 
periférico do paciente. 
• A gênese dos sintomas sistêmicos 
na dengue não é bem 
entendida, mas a ativação das 
células TCD4+ e TCD8+, como 
resultado da expressão de 
proteínas na superfície das células 
dendríticas e macrófagos 
infectados, e a liberação de 
diferentes citocinas e 
interleucinas desempenham 
papel importante. 
• O interferon liberado pelas células 
T é responsável por uma redução 
na atividade da medula óssea 
que tem como consequência a 
diminuição na produção de 
células sanguíneas. 
• A linhagem celular que tem a 
taxa de renovaçãomais rápida é 
a das plaquetas (6 a 8 h), seguida 
pelos granulócitos (16 a 18 h) e, 
por fim, os monócitos (24 h). Além 
disso, os vírus são capazes de 
induzir a morte de células não 
infectadas. 
• Assim, as primeiras características 
observadas em um paciente 
com dengue são as petéquias 
(pontos hemorrágicos) 
espalhadas pelo corpo e 
plaquetopenia, seguida por uma 
leucocitose. 
• Da corrente sanguínea, os vírus 
são disseminados a órgãos como 
fígado, baço, linfonodos 
regionais, medula óssea, 
podendo atingir pulmão, 
coração e trato gastrointestinal. 
• Não se conhece inteiramente a 
patogênese dos casos graves 
de dengue (dengue hemorrágica 
Arboviroses 
 
e síndrome de choque 
da dengue), mas acredita-se 
que alguns fatores sejam 
determinantes para o 
agravamento da doença, 
entre eles, a reinfecção por 
um segundo sorotipo do 
DENV, em que as células de 
memória decorrentes da 
infecção prévia por outro 
sorotipo rapidamente 
começam a sintetizar anticorpos 
que reagem, mas não 
neutralizam os vírus. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Arboviroses 
 
 
 
Febre amarela 
Vírus RNA fita simples – família 
Flaviviridae 
 
• Não há transmissão homem x 
homem 
FAS – Febre amarela silvestre 
• Macaco reservatório permanente 
• Homem: hospedeiro acidental. 
FAU – Febre amarela urbana 
• Homem: Reservatório permanente 
 
Sintomas 
• A febre amarela é caracterizada 
por apresentar um quadro clínico 
bifásico. As 2 fases são separadas 
por um curto período de remissão. 
A viremia ocorre durante a 1a fase, 
quando o quadro clínico é 
inespecífico e corresponde às 
formas leve e moderada da 
doença. A 2a fase se caracteriza 
por disfunção hepatorrenal e 
hemorragia, correspondendo à 
forma grave. 
• O período de incubação varia de 
3 a 6 dias, e observa-se que a 
maioria das pessoas infectadas 
por esse vírus apresenta infecção 
subclínica. 
• Quando os sintomas ocorrem, 
aparecem de forma súbita, como 
febre alta, mal-estar, cefaleia, dor 
muscular, cansaço e calafrios, 
podendo também apresentar 
diarreia e vômito. 
• A maioria dos pacientes melhora 
após 4 dias, com recuperação 
total. 
Patogênese 
 
• O vírus penetra pela pele, após 
inoculação pelo mosquito 
infectado, sendo replicado, 
inicialmente, nos linfonodos 
regionais. 
• A seguir, dissemina-se, via 
corrente sanguínea, a outros 
órgãos, como fígado, rins, 
medula óssea, sistema 
nervoso central, coração, 
pâncreas,baço e 
linfonodos. As lesões 
causadas estão 
relacionadas com o órgão onde 
ocorre a replicação viral, com 
consequente necrose celular. As 
lesões são mais proeminentes no 
fígado e nos rins, com destruição 
de grande quantidade de células 
parenquimatosas. 
• O fígado mostra-se aumentado 
de volume, e encontram-se 
alterações como necrose médio-
zonal dos lóbulos hepáticos, 
Arboviroses 
 
esteatose e degeneração 
eosinofílica dos hepatócitos 
denotando a lesão hepática 
devido a apoptose das células. A 
formação dos corpúsculos 
intracitoplasmáticos de 
Councilman e dos corpúsculos 
intranucleares de Torres pode ser 
observada nas células do fígado. 
A replicação viral nas células de 
Kupffer (macrófagos hepáticos) 
leva à diminuição na taxa de 
formação de protrombina e à 
icterícia, entretanto uma resposta 
inflamatória é ausente ou fraca. 
• Os rins apresentam-se 
aumentados de volume, com 
edema intersticial e discreto 
infiltrado inflamatório 
mononuclear. O epitélio tubular 
pode apresentar desde 
degeneração turva até franca 
necrose devido à coagulação 
sanguínea. 
• Além da lesão tecidual 
provocada pela propagação 
viral, o processo de coagulação 
sanguínea intravascular 
disseminada também pode 
desempenhar importante papel 
na fisiopatologia da doença. 
 
-Apoptose de hepatocitos, pouca 
inflamacao (≠ virus de hepatite); 
-Apoptose de celulas glomerulares 
renais 
-Apoptose de cardiomiocitos: 
falencia da bomba e problemas de 
conducao 
-Insuf. Hepatica + lesao endotelial + 
CIVD (coag. intravascular 
disseminada) = hemorragias 
 
Informações gerais 
• Periodo de incubacao: 3 a 6 dias 
• Susceptibilidade: todas as pessoas 
nao vacinadas 
• Viremia: - homem 24 – 48 hs antes 
e 3 a 5 dias apos o inicio dos 
sintomas (em 
media 7 dias) 
• Imunidade: 
- ativa: pela 
vacina (10 
anos) e 
doenca 
(permanente) 
- passiva: 
lactentes ate 
o 6o mes de 
vida 
• Mortalidade 
global: de 5-
10% , de 40 a 
60%(f. grave) 
 
Arboviroses

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