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SURSIS, Concurso de Crimes, Reabilitação, Medida de Segurança, Ação Penal

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Direito Penal 
 
Concurso de crimes 
O agente mediante uma ou várias condutas, pratica duas ou 
MAIS infrações penais, temos 3 espécies: concurso material (art. 
69 do CP), concurso formal (art. 70 do CP) e crime continuado 
(art. 71 do CP) 
Concurso material: Está no art. 69 do CP, é quando o agente 
com mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, 
ou seja, somam-se as penas (sistema cumulativo), ex: o agente 
estupra uma pessoa e pra ocultar o crime ele também mata a 
vítima, ele pode ser homogêneo ou heterogêneo. 
Homogêneo: Quando o individuo pratica dois crimes idênticos 
(ex: 2 roubos, 2 estupros...) 
Heterogêneo: São infrações penais diversas (ex: 1 furto e 1 
estupro) 
Cumulação de pena privativa de liberdade com restritiva 
de direitos: O art. 69 traz o §1° que diz que quando o agente 
Prof: Fernanda Madrid/ Resumo: Larissa Tiveron 
tiver a pena privativa de liberdade por um dos crimes, para os 
demais será incabível a substituição por restritiva de direitos, 
PORÉM, esse parágrafo foi revogado tacitamente pela lei 
9714/98. 
Que diz que não há problema a substituição desde que sejam 
compatíveis as penas. 
Concurso formal ou ideal: O agente pratica UMA só conduta que 
da causa a 2 ou mais crimes, está previsto no art. 70 do CP, ex: 
o indivíduo dirigindo acima do limite de velocidade atinge um 
ponto de ônibus e acaba atropelando e matando 4 pessoas, 
temos concurso formal homogêneo, heterogêneo, perfeito 
(próprio) e imperfeito (impróprio). 
*unidade de conduta: são atos realizados no MESMO contexto 
temporal e espacial. 
Homogêneo: O crime é o mesmo (ex: o do atropelamento). 
Heterogêneo: O individuo com uma conduta da resultado a 
vários crimes DISTINTOS (ex: quero matar meu marido e dou 3 
tiros porém os tiros pegam TAMBEM em outra pessoa e mato 
ela). 
Perfeito (próprio): 
Imperfeito (impróprio): Todos os delitos são dolosos, ex: quero 
matar 3 pessoas da mesma família ai vou e coloco fogo na casa 
pra poder matar os três. 
Aplicação da pena: Se usa o sistema de exasperação, aplica-se a 
pena de qualquer um dos crimes, se idênticos, ou então a mais 
grave, aumentada, de qualquer caso de um sexto até a metade. 
O critério é o número de crimes cometidos pelo agente 
Se pratica 2 crimes, aumenta 1/6 
Se pratica 3, aumenta 1/5 
4, ¼ 
5, 1/3 
6 ou mais, ½ - se passa de 6, o resto é usado como 
circunstância judicial desfavorável. 
No concurso formal impróprio o sistema usado é de cúmulo 
material. 
Parágrafo único do art. 70 do CP: no concurso material benéfico 
a pena não poderá exceder a que seria cabível pela regra do 
art. 69 do CP.. 
Crime continuado: Art. 71, caput: É quando o agente, mediante 
MAIS de uma ação ou omissão, pratica DOIS ou mais crimes da 
mesma espécie e pelas condições de tempo/maneira/lugar 
devem os subsequentes ser havidos como continuação do 
primeiro. 
Aplicação da pena: Se aplica uma pena só mas aumenta essa 
pena de 1/6 até 2/3 com alguns requisitos → os delitos precisam 
ser da mesma espécie e precisa avaliar o número de infrações 
cometidas (se usa a tabela acima pra aumentar) 
Natureza jurídica do crime continuado: o CP brasileiro adota a da 
ficção jurídica. 
a) Teoria da unidade real: Essa teoria diz que o crime 
continuado é um crime único. 
b) Teoria da ficção jurídica: Essa teoria diz que o crime 
continuado é uma pluralidade de crimes mas por uma 
ficção jurídica no momento da aplicação da pena será 
aplicada como um crime único. 
c) Teoria mista: Pra essa teoria o crime continuado é uma 
categoria autônoma, totalmente diferente de um crime 
único ou de uma pluralidade de crimes. 
Requisitos do crime continuado: Têm que ter pluralidade de 
condutas, os crimes cometidos precisam ser da mesma 
espécie, os crimes precisam ser cometidos pelo mesmo 
modo de execução (conexão modal) e nas mesmas 
condições de local (conexão espacial). 
Espécies de crime continuado: art. 71, caput do CP – 
modalidade simples ou comum. 
Simples: pena de crime mais grave aumentada 1/6 a 2/3, 
precisam ser crimes da mesma espécie e mesmas 
circunstancias de tempo, local e modo de execução. 
Qualificado: possibilidade de ser triplicada a pena do crime mais 
grave, precisam ser crimes dolosos, cometidos com violência 
ou grave ameaça contra vítimas diferentes. 
Lei nova mais gravosa: Súmula 7111 do STF: A lei penal mais 
grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, 
se sua vigência é anterior á cessação da continuidade ou da 
permanência. 
Unificação das penas: Juízo da execução penal vai somar as 
penas, desprezar uma delas mantendo apenas a mias grave e 
em seguida aplicar o índice de exasperação que tratam os 
arts. 70 e 71 do CP. 
Prescrição: No art. 119 do CP diz que no caso de concurso de 
crimes, a extinção da punibilidade indicirá sobre a pena de 
cada um, isoladamente. 
E já a súmula 497 do STF diz que quando se tratar de crime 
continuado a prescrição regula-se pela pena imposta na 
sentença, não se computando o aumento decorrente da 
continuação. 
Suspensão condicional da pena (SURSIS) 
É um instituto que vai permitir que o condenado a uma pena 
privativa de liberdade de curta duração não seja submetido à 
execução desde que preencha alguns requisitos, esse instituto 
impede o encarceramento, está previsto no art. 77 ao 82 do 
CP e também no art. 156 da LEP. 
Sistemas: 
1) Sistema Anglo-Americano ou “Probation System”: O réu é 
processado e é reconhecida sua culpa mas o juiz suspende 
o processo sem a condenação (sem aplicar a pena) e 
submete o réu a um período de prova pra ver se ele 
preenche os requisitos. 
 
2) Sistema do “Probation Of First Offenders Act”: O réu é 
processado e o juiz suspende o processo SEM reconhecer 
a culpa do réu, então ele determina a suspensão da ação 
do penal sem declara-lo culpado, esse sistema é acolhido 
no Brasil mas não pro SURSIS e sim pra suspensão 
condicional do processo (art. 89 da Lei 9.099/1995). 
 
3) Sistema Franco-Belga: O réu é processado, é reconhecida 
sua culpa e é condenado (é atribuído a pena) e ai o juiz 
suspende a execução da pena, foi adotada pelo BR pelos 
arts. 77 a 82 do CP em relação ao Sursis. 
 
Natureza jurídica do Sursis: ´ 
a) Instituto de política criminal: É um beneficio a aquele que 
foi condenado, cuida-se da execução mitigada da pena 
privativa de liberdade, STF e STJ adotam. 
b) Direito público subjetivo do condenado: É um direito 
público subjetivo do condenado, diz que uma vez 
preenchido os requisitos o juiz é obrigado a conceder o 
Sursis. 
c) Pena: Diz que é uma espécie de pena. 
Requisitos: 
Estão no art. 77 do CP, temos os requisitos subjetivos e 
objetivos: 
Objetivos: art. 77 do CP - 
a) Natureza da pena: A pena deve ser privativa de liberdade 
para ter suspensão. 
Art. 80 – Reforça essa ideia. 
b) Quantidade da pena privativa: A pena concreta não pode 
ser superior a dois anos. 
c) Não tenha sido a pena privativa de liberdade substituída por 
restritiva de direitos: o inciso III do art. 77 do CP 
Subjetivo: Diz respeito às qualidades pessoais do réu 
a) Réu não pode ser reincidente em crime doloso (art. 77, I 
do CP), porém, se tem uma exceção: é possível para 
quem é reincidente em crime doloso desde que a 
condenação anterior seja a pena de multa (art. 77, §1°), 
então a pena de multa não impede a concessão do 
beneficio. 
b) A culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e 
personalidade do agente, bem como os motivos e as 
circunstancias do crime autorizem a concessão do 
benefício (art. 77, II do CP). 
 
Momento para a concessão do SURSIS: É no momento da 
sentença ou no acórdão. 
 
Espécies de SURSIS: 
a) Sursis simples (art. 77 e 78, §1° do CP): Não houver 
reparado o dano do crime, injustificadamente, e/ou as 
circunstancias do art. 59 do CP não lhe forem 
inteiramente favoráveis à lei. 
Durante 1° ano do período de prova o individuopresta 
serviços á comunidade ou submeter-se a limitação de fim 
de semana. 
b) Sursis especial (art. 77 e 78, §2°): Idêntico ao sursis 
simples, só as condições impostas que mudam. 
Condenado tiver reparado o dano, salvo impossibilidade 
de fazê-lo e se as circunstancias do art. 59 lhe forem 
inteiramente favoráveis o juiz poderá substituir a 
exigência do paragrafo anterior pelas seguintes 
condições, aplicadas cumulativamente: 
1) Proibição de frequentar determinados lugares 
2) Proibição de se ausentar da comarca onde mora, 
sem autorização do juiz. 
3) Comparecimento pessoal e obrigatório mensalmente 
para informar e justificar as atividades. 
Temos também o art. 79 em que fala que a sentença 
poderá especificar outras condições além das já citadas 
desde que sejam adequadas ao fato e a situação pessoal 
do condenado. 
c) Sursis etário: Está no art. 77, §2° do CP. 
d) Sursis humanitário: No art. 77, §2° do CP. 
§2°: “A execução da pena privativa de liberdade, não 
superior a quatro anos, poderá ser suspensa, por quatro a 
seis anos, desde que o condenado seja maior de setenta 
anos de idade, ou razões de saúde justifiquem a 
suspensão.”. 
Período de prova: Intervalo de tempo fixado na sentença 
condenatória concessiva do SURSIS, a regra é de 2 a 4 
anos, porém, existe uma exceção de 04 a 06 anos (ex: 
sursis humanitário), tem inicio na audiência admonitória (art. 
160 e 161 da LEP) e o juiz adverte sobre as consequências 
de nova infração e do descumprimento das condições. 
Revogação: O individuo cumpre integralmente a pena 
privativa de liberdade, não se considera o tempo em que 
permaneceu no período de prova e existem duas: 
obrigatória ou facultativa. 
Obrigatória: Não é automática, precisa de uma decisão 
judicial, o art. 81 do CP diz as condições para uma 
revogação obrigatória. 
É possível a revogação do SURSIS por não pagamento de 
multa? 1°): não é possível, a multa deve ser tratada como 
divida de valor e 2°) é possível, a lei 9.268/1996 modificou 
somente o art. 51 do CP. 
Facultativa: Está prevista no art. 81, §1° do CP, pode ser pelo 
descumprimento de qualquer outra condição imposta (art. 
78, §2°, a, b e c e art. 79) e se o individuo for condenado 
de forma irrecorrível por crime culposo ou contravenção a 
pena privativa de liberdade ou restritiva de direitos. 
Cassação do SURSIS: Benefício fica sem efeito antes do 
início do período de prova, existem 4 hipóteses: 
1) O condenado não comparece, injustificadamente, á 
audiência admonitória (art. 161 da LEP). 
2) O condenado renuncia ao benefício. 
3) O réu é irrecorrivelmente condenado a pena privativa 
de liberdade não suspensa. 
4) Pena é majorada em grau de recurso de acusação. 
SURSIS sucessivos: O agente, após cumprir a suspensão 
condicional da pena, comete crime culposo ou contravenção 
penal. 
Revogação do SURSIS: 
1) Por crime cometido durante a vigência do benefício (TJ – 
art. 89 do CP) 
Efeitos da revogação: 
Não se computa na pena o tempo que esteve solto e não se 
concede, em relação a mesma pena, novo LC. 
Art. 88 - Revogado o livramento, não poderá ser novamente 
concedido. 
2) Por crime anterior, observado o disposto no art. 84 do CP. 
Só se revoga se há impossibilidade da sua manutenção 
com a inclusão da nova pena no cálculo 
Efeitos: Computa-se o período que esteve solto, admite-se a 
soma das penas para concessão de novo LC, permite novo 
LC. 
Revogação facultativa: Art. 87 do CP, são duas situações que 
permitem essa revogação facultativa. 
Duas hipóteses: 
1) Deixar de cumprir qualquer das obrigações impostas na 
sentença – nova advertência, até mesmo com 
agravamento das condições. 
- Se descumpre: efeitos rigorosos 
2) Irrecorrivelmente condenado, por crime ou contravenção, 
a pena que não seja privativa de liberdade. 
Momento – irrelevante 
Se for pena privativa: crime (revogação obrigatória – art. 
86 do CP) e contravenção (não gera nenhum efeito) 
 
Suspensão do LC: Art. 145 da LEP – processos são 
morosos, é cautelar. 
Prorrogação do período de prova: Art. 89 – o juiz não 
poderá declarar extinta a pena enquanto não passar em 
julgado a sentença em processo a que responde o 
liberado, por crime cometido na vigência do livramento. 
 
Limite da pena e unificação 
 
Segundo o art. 5°, XLVII da CF – não haverá penas: 
B) de caráter perpétuo 
O art. 75 diz que o tempo de cumprimento das penas de 
privativas de liberdade não pode ser superior a 40 anos 
- Condenação superior a 40 anos? 
Motivos: 
Unificação - §1°: Quando o agente for condenado a penas 
privativas de liberdade cuja soma seja superior a 40 anos 
devem ser elas unificadas para atender ao limite máximo 
desse artigo, a competência é da VEC. 
- É importante citar que as penas privativas de liberdade 
maiores que 40 anos influenciam no cálculo de benefícios. 
Súmula 715 do STF. 
Efeitos da condenação 
O principal efeito da condenação é a imposição da sanção penal 
e também temos os efeitos secundários. 
Temos os específicos: Estão no art. 92 
I – A perda de cargo, função publica ou mandato eletivo - 
a) quando aplicada pena privativa de liberdade por tempo igual ou 
superior a um ano, nos crimes praticados com abuso de poder ou 
violação de dever para com a Administração Pública; (Incluído pela Lei nº 
9.268, de 1º.4.1996) – TEM QUE TER NEXO COM O CARGO QUE 
OCUPA. 
II – Quando for aplicado a pena privativa de liberdade por tempo 
superior a 4 anos nos demais cargos. 
b) a incapacidade para o exercício do poder familiar, da tutela ou da 
curatela nos crimes dolosos sujeitos à pena de reclusão cometidos 
contra outrem igualmente titular do mesmo poder familiar, contra 
filho, filha ou outro descendente ou contra tutelado ou curatelado; 
(Redação dada pela Lei nº 13.715, de 2018) 
III - A inabilitação para dirigir veículo, quando utilizado como meio para 
a prática de crime doloso. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 
11.7.1984). 
Não são automáticos (art. 92, § único do CP), o juiz precisa 
declarar na sentença de forma fundamentada. 
Efeitos da condenação fora do CP: 
Art. 15 da CF – É vedada a cassação dos direitos políticos, 
cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de: 
III – Condenação criminal transitada em julgado, enquanto 
durarem seus efeitos. 
É automático e a sumula 9 do TSE diz que a suspensão dos 
direitos políticos decorrente de condenação criminal transitada 
em julgado CESSA com o cumprimento ou a extinção da 
pena, independo da reabilitação ou de prova de reparação de 
danos. 
Reabilitação 
Conceito: “Instituto que visa promover a reinserção social do 
condenado, a ele assegurando o sigilo de seus antecedentes 
criminais, bem como a suspensão condicional de determinados 
efeitos secundários de natureza extrapenal e específicos da 
condenação.” – MASSON. 
É uma declaração judicial no sentido de que as penas a ele 
aplicadas foram cumpridas ou por qualquer outro modo 
extintas. 
Duas funções: 
1) Garantir o sigilo dos registros sobre o processo e 
condenação. 
2) Suspender condicionalmente os efeitos da condenação 
elencados no art. 92 do CP. 
Modalidades de reabilitação do CP: 
A) Sigilo das condenações: art. 93, caput, parte final. 
Assegura ao condenado o sigilo dos registros, só o juiz 
criminal pode obter informações, ou seja, não existe o sigilo 
absoluto. 
B) A reabilitação também poderá atingir os efeitos da 
condenação (art. 92, CP) → São efeitos extrapenais 
específicos. 
C) A reincidência se mantem (art. 64, I, CP), não se torna 
primário só por que se reabilitou. 
Requisitos (art. 94 do CP) 
- A reabilitação poderá ser requerida decorrido 2 anos da 
extinção da pena, o período de prova do SURSIS ou LC 
conta nesse período de 2 anos. 
- Tenha domicilio no país no prazo referido. 
- Tenha dado durante esse tempo demonstração efetiva e 
constante de bom comportamento público e privado. 
- Tenharessarcido o dano causado pelo crime ou demonstre 
a impossibilidade de o fazer até o dia d pedido, ou exiba 
documento que comprove a renuncia da vitima. 
Legitimidade privativa do condenado 
Não estende a herdeiros e sucessores em caso de 
falecimento. 
O advogado que deve fazer o pedido (capacidade postulatória) 
e endereça ao juiz de primeiro grau que tramitou a ação. 
Revogação: Art. 95 do CP – A reabilitação será revogada se o 
reabilitado for condenado, como reincidente, por decisão 
definitiva, a pena que não seja multa. 
Medida de segurança 
Conceito: Espécie de sanção penal, com escopo preventivo e 
de caráter terapêutico. 
Tratar inimputáveis e semi-imputáveis portadores de 
periculosidade. 
Objetivo: É evitar futuras infrações. 
A diferença da pena pra medida de segurança é que a pena 
tem como finalidade a retribuição (castigo), é de prevenção 
geral e prevenção especial, já a medida de segurança a 
finalidade é de PREVENÇÃO ESPECIAL, os destinatários da 
pena são imputáveis e semi-imputaveis SEM 
PERICULOSIDADE e da medida de segurança são imputáveis 
e semi-imputaveis DOTADOS DE PERICULOSIDADE. 
Princípios da MS: 
1) Legalidade. 
2) Anterioridade (art. 5°, XL, da CF). 
3) Jurisdicionalidade. 
Requisitos para aplicação: 
1) Prática de um fato típico e ilícito. 
2) Periculosidade do agente e 
3) Não tenha ocorrido a extinção da punibilidade (art. 96, p.u. 
do CP). 
Periculosidade: Probabilidade efetiva, do responsável por uma 
infração penal, inimputável ou semi-imputável de voltar a 
praticar infrações penais. 
Natureza e da gravidade do fato cometido e das 
circunstancias indicadas na legislação. 
A periculosidade é presumida e real. 
Aplicação da MS: 
Inimputável – art. 26 do CP: “É isento de pena o agente que, 
por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou 
retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente 
incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de 
determinar-se de acordo com esse entendimento”. 
Semi-imputável – art. 26, § único, do CP: “A pena pode ser 
reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de 
perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental 
incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de 
entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de 
acordo com esse entendimento”. 
- Sentença condenatória, substituída por MS e possui sistema 
vicariante (art. 98 do CP); 
Espécies: 
Art. 96 – As medidas de segurança são: 
I – Internação em hospital de custódia e tratamento 
psiquiátrico ou, á falta, em outro estabelecimento adequado 
(detentiva). 
II – Sujeição a tratamento ambulatorial (restritiva). 
Critério: Natureza da pena cominada em abstrato: 
Art. 97 – Se o agente for inimputável, o juiz determinará sua 
internação (art. 26). Se, todavia, o fato previsto como crime 
punível com detenção, poderá o juiz submete-lo a 
tratamento ambulatorial. 
Detenção: periculosidade. 
O critério pro juiz decidir se é internação ou tratamento 
ambulatorial é a natureza da pena cominada em abstrato 
(prisão ou detenção). 
Se a natureza da pena é detenção o juiz pode escolher 
entre internação e tratamento ambulatorial, se for reclusão é 
internação em hospital de custódia. 
No caso da detenção, quanto maior for a periculosidade ele 
interna, se a periculosidade não for tão grande assim submete 
a tratamento ambulatorial. 
Prazo: Segundo o art. 97, §1° do CP, “A internação, ou 
tratamento ambulatorial, será por tempo indeterminado, 
perdurando enquanto não for averiguada, mediante perícia 
médica, a cessação de periculosidade. O prazo mínimo deverá 
ser de 1 (um) a 3 (três) anos.” 
PORÉM o prazo indeterminado é considerado inconstitucional, 
pois fere o art. 5°, XLVII, “b” da CF, sendo assim, o STF 
entende que o prazo máximo é 40 anos (art. 75 do CP), já o 
STJ entende que o prazo máximo é a pena máxima em 
abstrato (sumula 527 do STJ). 
O art. 97, §2° diz que a perícia médica realizar-se-á ao termo 
do prazo mínimo fixado e deverá ser repetida de ano em 
ano, ou a qualquer tempo, se o determinar o juiz da 
execução. 
Conversão da pena MS: O art. 183 da LEP diz que “Quando, no 
curso da execução da pena privativa de liberdade, sobrevier 
doença mental ou perturbação da saúde mental, o Juiz, de 
ofício, a requerimento do Ministério Público, da Defensoria 
Pública ou da autoridade administrativa, poderá determinar a 
substituição da pena por medida de segurança.” . 
Ação penal 
É o direito de exigir do estado a aplicação do DP aquele que 
praticou uma infração penal. 
Classificação: 
Tutela jurisdicional invocada: 
Ação de conhecimento: Tem como objetivo o reconhecimento 
do direito, ou seja, impor a sanção penal (ex: ação penal 
condenatória). 
Ação cautelar: Tem como finalidade resguardar/proteger o 
direito que nós invocamos na ação principal (conhecimento). 
Ação de execução: Aqui já temos um direito reconhecido na 
ação de conhecimento, então o objetivo é satisfazer esse direito 
já reconhecido. 
Titularidade para sua propositura: 
Ação penal publica incondicionada (art. 100 do CP): MP, promotor 
de justiça, ele não depende de ninguém pra propor essa ação. 
Ação penal publica condicionada: MP, promotor de justiça, já 
nesse ele precisa de uma condição de processabilidade 
(requisição do ministro da justiça) pra dar inicio a ação pública. 
Ação penal privada: Ofendido ou o seu representante legal. 
Condições da ação penal: 
Condições genéricas: 
A) Possibilidade jurídica do pedido: Os fatos narrados na peça 
inicial (denuncia ou queixa-crime) eles precisam estar 
presentes no ordenamento como um fato típico – art. 39 
do CPP. 
B) Legitimidade ad causam: Somente o titular da ação penal 
tem o poder de ajuizá-la e apenas aquele que é 
supostamente responsável pelo fato definido como 
infração penal pode ocupar o polo passivo. 
C) Interesse processual: A ação penal precisa ter necessidade, 
utilidade e adequação – NUA. 
D) Justa causa: É o mínimo de lastro probatório (indícios de 
autoria e materialidade delitiva) – art. 395, III, do CPP. 
Ação penal pública: Art. 129, I, da CF – MP (privativamente). 
O promotor pra dar início a ação penal pública precisa 
elaborar a denuncia, ela pode ser de 2 tipos: incondicionada 
ou condicionada. 
Incondicionada: O MP não precisa de nada, apenas das 
condições da ação para oferecer a denuncia. 
Condicionada: Precisa de uma condição pra oferecer a 
denuncia, a condição pode ser a representação do ofendido 
ou a requisição do Ministro da Justiça – art. 100, §1° do CP. 
Princípios que norteiam a ação penal pública: 
1) Oficialidade ou autoridade: O titular da ação é o órgão 
oficial. 
2) Obrigatoriedade ou legalidade: Art. 24 do CPP: “Nos crimes 
de ação pública, esta será promovida por denúncia do 
Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o exigir, de 
requisição do Ministro da Justiça, ou de representação do 
ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo”. 
Ou seja, uma vez presentes todas as condições da ação 
ele tem que dar início a ação penal publica/oferecer a 
denuncia. 
Existem duas exceções: Art. 98, I da CF (transação) – Art. 76 
da lei 9.099/95 e art. 28 – A do CPP. 
3) Indivisibilidade. 
4) Indisponibilidade: Uma vez instaurada a ação penal o 
promotor não pode desistir dela (art. 42 do CPP), porém o 
MP oferece a suspensão condicional do processo (art. 89 
da lei 9.099/95. 
5) Oficiosidade. 
Ação penal pública incondicionada: 
- Materialidade delitiva e indícios suficientes de autoria 
- Residual 
Ação penal pública condicionada (é uma exceção). 
- Art. 100, §1° do CP e 24 do CPP. 
- Proteger o ofendido. 
- Condição de procedibilidade. 
- Prazo: 6 meses. 
- Retratação – art. 102 do CP (limites): a representação será 
irretratável depois de oferecida a denúncia. 
- Retratação tácita. 
- Forma da representação. 
Ex: estelionato e ameaça. 
Ação penalprivada 
- Se inicia com uma queixa-crime 
- Expresso em lei. 
- Prazo: art. 38 CPP – decadencial. 
- Ex: crimes contra honra. 
Princípios: 
1) Oportunidade (conveniência) 
2) Disponibilidade 
3) Indivisibilidade – art. 48 do CPP. 
Ação penal privada subsidiária da pública 
Art. 100°, §3° do CP – “A ação de iniciativa privada pode intentar-
se nos crimes de ação pública, se o Ministério Público não 
oferece denúncia no prazo legal.” 
Art. 5°, LIX da CF – “Será admitida ação privada nos crimes de 
ação pública, se esta não for intentada no prazo legal”. 
Existe um prazo, art. 29 do CPP – “Será admitida ação privada 
nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo 
legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e 
oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do 
processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a 
todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a 
ação como parte principal.”. 
MP pede arquivamento.· 
Lei 9.099/95 – art. 88 – pública condicionada. 
Lei Maria Da Penha – 2006 – art. 41. 
Sumula 542 do STF.

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