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RESUMO - Teoria da Constituição

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Direito constitucional – cap. 1 
Teoria da Constituição 
Constituição é o conjunto de normas fundamentais e supremas, que podem ser escritas ou não, 
responsáveis pela criação, estruturação e organização político-jurídica de um Estado. 
A constituição ideal para Canotilho conta com os seguintes elementos: 
 Escrita 
 Direitos e garantias fundamentais 
 Separação de poderes 
 Sistema democrático 
formal 
Ao lado, a pirâmide da 
hierarquia das normas de 
Kelsen. 
 
 
 
 
 
Normas constitucionais originárias: elaboradas pelo constituinte originário 
durante a Assembleia Nacional Constituinte. Não sofrem controle de 
constitucionalidade. 
Normas constitucionais derivadas: elaboradas pelo Poder Constituinte 
Derivado, por meio de ECs. Podem sofrer controle de constitucionalidade. 
Não há hierarquia entre as normas infraconstitucionais. 
As normas infralegais são inferiores às infraconstitucionais; não geram direitos, deveres ou 
obrigações. 
ESTRUTURA DA CONSTITUIÇÃO DE 1988 
3 partes: 
1) Preâmbulo 
a. Não é norma jurídica ou constitucional 
b. STF: 
i. Lei que viola o preambulo não é inconstitucional 
ii. Não é norma de repetição obrigatória para s demais esferas da federação (ADI 
2076 – Constituição do Acre) 
2) Parte permanente/dogmática 
3) ADCT 
a. Normas formalmente constitucionais 
b. Pode ser parâmetro de controle de constitucionalidade 
 
 
Constituição 
Federal
Normas infraconstitucionais
Leis (complementares, ordinárias e 
delegadas), resoluções, decretos 
legislativos e medidas provisórias
Normas infralegais
regulamentares, instruções normativas, portarias, 
etc.
NÃO HÁ 
HIERARQUIA 
Direito constitucional – cap. 1 
CONSTITUCIONALISMO 
Atrelado a ideias de limitação do poder estatal e processos revolucionários liberais. Visa impor 
limites ao exercício do poder. 
Constitucionalismo antigo: origem do constitucionalismo moderno. 
 Grécia antiga: democracia 
 Roma: esboço de separação de poderes; avanço para os direitos individuais 
Constitucionalismo medieval: Magna Carta de 1215; Petition of Rights de 1628, Habeas Corpus 
Act de 1679, Bill of Rights de 1689 e Act of Settlement de 1701. 
Constitucionalismo moderno: revoluções liberais do século XVIII até o surgimento das 
constituições do pós-guerra na segunda metade do século XX. 
 Constitucionalismo moderno liberal: revoluções liberais (EUA e França); liberdade e 
participação política. 
 Primeira constituição escrita do mundo moderno, EUA, 1776: república federativa 
presidencialista, separação de Poderes, igualdade, rule of law (supremacia da lei). Emendas 
constitucionais em 1791. 
 1891: constituição francesa; primeira escrita da Europa. 
 Fundado no valor da liberdade (1ª geração de direitos humanos); enaltecimento do indivíduo, 
primeiras constituições escritas e rígidas, direitos civis e políticos, distanciamento do Estado. 
Virada do séc. XIX para o XX: surgimento do Estado Social (2ª geração de direitos humanos – 
econômicos e sociais)  novo constitucionalismo 
Constitucionalismo contemporâneo (neoconstitucionalismo): fundado no princípio da dignidade 
da pessoa humana. Direitos de 3ª, 4ª e 5ª geração: solidariedade, fraternidade, pluralismo, 
diversidade, democracia, informação e direito à paz. 
 Marco histórico: pós-guerra na Europa; CF 1988 no Brasil. 
 Marco filosófico: pós-positivismo (confluência do jusnaturalismo e do positivismo) 
 Marco teórico: reconhecimento de força normativa à constituição; expansão da jurisdição 
constitucional; nova dogmática da interpretação constitucional. 
Constitucionalismo do futuro: José Roberto Dromi – 7 valores fundamentais: 
1) Verdade: somente positivar os direitos e deveres que podem ser concretizados/efetivados. 
2) Solidariedade: entre os povos, para garantir tratamento digno e busca pela justiça social. 
3) Consenso democrático 
4) Continuidade: previsão de mecanismo de alteração da constituição, que não afete o projeto 
básico da mesma. 
5) Participação popular. 
6) Integração espiritual, moral, ética e institucional entre os povos; transnacionalidade da 
constituição. 
7) Universalização dos direitos fundamentais. 
CONCEPÇÕES DE CONSTITUIÇÃO 
Sob o prisma sociológico: Ferdinand Lassalle  produto da soma dos fatores reais de poder que 
regem a sociedade. Reflexo das relações de poder. 
Sob o aspecto político: Carl Schmitt  decisão política fundamental. Produto de uma decisão de 
vontade que se impõe, que resulta de uma decisão política fundamental de um Poder Constituinte 
Direito constitucional – cap. 1 
capaz de criar uma existência política concreta, com base em uma normatividade escolhida. Para o 
autor, existem duas espécies de normas na constituição: 
 Normas constitucionais: vinculadas à decisão política fundamental 
 Leis constitucionais: apesar de integrarem o texto, são dispensáveis pois não constituem a 
decisão política fundamental do Estado 
Sob o aspecto jurídico: Hans Kelsen  norma superior, que fundamenta e dá validade a todo o 
restante do ordenamento jurídico. Toda norma tira sua validade de uma norma superior, mas não é 
possível regressar ao infinito no escalonamento hierárquico do sistema jurídico. Portanto, a norma 
superior a todas por excelência seria a norma fundamental, única, que não depende de outra que lhe 
dê suporte. A norma fundamental é pressuposta. 
No aspecto jurídico, existem 2 sentidos para a palavra Constituição: 
1) Sentido lógico-jurídico: norma fundamental hipotética (pressuposta) 
2) Sentido jurídico-positivo: norma positiva suprema, que fundamenta e dá validade a todo o 
ordenamento jurídico 
Concepção culturalista: produto da cultura. Se fundamenta em fatores sociais, decisões políticas 
fundamentais e normas jurídicas de dever ser cogentes. Constituição total que agrega vários 
aspectos.

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