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Apostila-Acompanhamento_Fiscalização_Contratos

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ESCOLA: INSTITUTO DE PÓS-GRADUAÇÃO - IPOG
CURSO: MBA LICITAÇÕES E CONTRATOS
ASSUNTO: ACOMPANHAMENTO E FISCALIZAÇÃO DE CONTRATOS
PROFESSOR: JOSÉ PEDRO PEREIRA ANDRADE
MÊS/ANO: AGOSTO DE 2019
SUMÁRIO
	APRESENTAÇÃO
	4
	Questão Norteadora e Glossário
	6
	I – DEFINIÇÕES E CONCEITOS RELATIVAS A CONTRATOS
	7
	 1. DEFINIÇÃO DE CONTRATO ADMINISTRATIVO
	7
	 2. LEGISLAÇÃO
	16
	 3. TIPOS DE CONTRATOS
	18
	 4. PARECER JURÍDICO
	28
	 6. ANULAÇÃO E REVOGAÇÃO
	30
	 7. CLÁUSULAS NECESSÁRIAS 
	34
	 8. REGIMES DE EXECUÇÃO 
	36
	 9. REAJUSTE DE PREÇOS
	37
	 9.1. REPACTUAÇÃO DE PREÇOS
	39
	 10. GARANTIAS
	43
	 11. DURAÇÃO DOS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
	45
	11.1. VIGÊNCIAS DIFERENCIADAS
	47
	12. CLÁUSULAS EXORBITANTES
	49
	13. PUBLICAÇÃO
	50
	14. OUTROS INSTRUMENTOS HÁBEIS DE CONTRATAÇÃO - OIHC
	52
	 15. ALTERAÇÃO CONTRATUAL
	54
	 15.1. ALTERAÇÃO POR REEQUILÍBRIO
	55
	 15.2. ACRÉSCIMOS OU SUPRESSÕES
	56
	16. ACOMPANHAMENTO E FISCALIZAÇÃO DE CONTRATOS ADMINISTRATIVOS 
	58
	17. RECEBIMENTO DO OBJETO DO CONTRATO
	59
	18. PAGAMENTO
	61
	19. RESCISÃO
	62
	20. SANÇÕES ADMINISTRATIVAS
	65
	II – PLANEJAMENTO DA CONTRATAÇÃO E SELEÇÃO DO FORNECEDOR
	69
	21. PLANEJAMENTO DA CONTRATAÇÃO
	69
	22. SELEÇÃO DO FORNECEDOR
	76
	III - ATIVIDADES DE GESTÃO E FISCALIZAÇÃO DE CONTATOS
	80
	23. GESTÃO DE CONTRATOS
	80
	24. OBRIGAÇÕES PREVIDENCIÁRIAS E TRABALHISTAS
	84
	25. PLANILHA DE CUSTOS
	86
	26. CONTA-DEPÓSITO VINCULADA
	92
	27. RECEBIMENTO DO OBJETO DO CONTRATO
	93
	27.1. EM LIQUIDAÇÃO, LIQUIDAÇÃO E PAGAMENTO
	94
	27.2. ATUALIZAÇÃO FINANCEIRA
	101
	28. PROCESSO ADMINISTRATIVO
	103
	29. REGISTROS NO SIAFI E SIASG
	104
	REFERÊNCIAS
	106
	CONCLUSÃO
	108
APRESENTAÇÃO
Este documento foi elaborado para servir de guia do aluno do Instituto de Pós-Graduação – IPOG, MBA em Licitações e Contratos para o assunto Acompanhamento e Fiscalização de Contratos.
O objetivo é apresentar os principais conceitos e normas sobre o tema, servindo de ponto de partida para um aprofundamento em tipos de contratos específicos que exijam a participação do agente público como fiscal de contrato.
Ao operar com contratos administrativos os agentes da administração devem orientar suas decisões com base na Lei 9.784/1999, especialmente no art. 2º, onde consta que a Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência.
Cabe destacar que não há prevalência entre os princípios, todos devem ser aplicados equanimemente, pois toda a interpretação de norma e decisão do agente deve ser motivada, estar pautada na legislação e buscar o atendimento do interesse público, da eficiência e utilizar da razoabilidade.
Vale destacar que com a edição da Emenda Constitucional de 19/1998, acrescentando ao art. 37 o princípio da eficiência, todas as novas leis promulgadas a partir de então, deveriam ter como norte esse princípio, assim também, as interpretações da legislação na área da Administração Pública devem sempre considerar esse princípio na tomada de decisões.
Esta apostila foi elaborada pelo Professor José Pedro Pereira Andrade e atualizada em 12 de agosto de 2019.
Ementa:
Gestor de Contratos: atribuições e responsabilidades. Deveres do Profissional ou empresa contratada. Formalização. Publicação. Termo Aditivo. Apostilamento. Execução das garantias. Duração e prorrogação dos contratos. Renovação Contratual. Alterações contratuais. Equilíbrio econômico-financeiro. Reajustes contratuais. Realinhamento. Repactuação. Registros contratuais. Sanções administrativas contratuais: advertência, multa e suspensão temporária. Rescisão contratual: administrativa, consensual, de pleno direito e judicial. Anulação.
Objetivo Geral 
Apresentar aos participantes uma visão dos conceitos aplicados a contratos administrativos e as principais atividades e responsabilidades dos agentes ou empresas incumbidos das atividades de gestão e fiscalização desses contratos.
 
Objetivos Específicos 
Preparar o profissional a identificar as competências para tratar dos problemas observados ou apresentados durante a execução contratual; 
Identificar as principais fontes de informação e as principais linhas de interpretação para os diversos conceitos aplicáveis aos contratos administrativos;
Habilitar o participante a utilizar as principais ferramentas como planilhas e instrumentos de medição para acompanhar a execução contratual; 
Capacitar os alunos para atuarem em atividades relativas ao acompanhamento de contratos administrativos, exceto na fiscalização técnica do objeto.
Questão Norteadora
Qual finalidade e objetivos da atividade prevista no art. 67 da Lei 8.666 e tendências futuras? 
A melhor denominação seria:
( ) Acompanhamento e Fiscalização de Contratos;
( ) Gestão e Fiscalização da Execução Contratual;
( ) Controle da execução dos contratos;
( ) Gestão de riscos dos contratos em execução;
( ) Outra denominação.
GLOSSÁRIO
ARP – Ata de Registro de Preços.
OIHC – Outros instrumentos hábeis de contratação.
PDG – Planejamento, Desenvolvimento e Gestão do Ministério da Economia.
RDC – Regime Diferenciado de Contratação.
SRP – Sistema de Registro de Preços.
SEGES – Secretaria de Gestão do PDG, antigo Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão.
 I – DEFINIÇÕES E CONCEITOS RELATIVAS A CONTRATOS
OBJETIVOS:
1. Conhecer a legislação aplicada acompanhamento e fiscalização de contratos.
2. Conhecer os conceitos aplicados acompanhamento e fiscalização de contratos.
 1. DEFINIÇÃO DE CONTRATO ADMINISTRATIVO
A Lei que trata de contratos é a 8.666/1993, a Lei das Licitações e Contratos - LLC.
O órgão normatizador de contratos dentro do Poder Executivo Federal é a SEGES/PDG/MinEcon.
O órgão com o encargo de dar pareceres jurídicos sobre o assunto é a AGU/CJU, de acordo com a LC 73/1993.
O TCU como órgão de controle externo tem a função de fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial das unidades dos poderes da União e avaliar os resultados da gestão quanto a eficiência e eficácia. Como Tribunal administrativo, também tem poderes de julgar contas e aplicar sanções a servidores. Também tem a competência de decidir sobre consultas de autoridades competentes, conforme art. 1º da Lei 8.443/1992.
Os órgãos de controle interno, são órgãos de assessoramento e têm a finalidade de avaliar os resultados da gestão dos administradores públicos, conforme o art. 19 da Lei 10.180/2001.
Para definição de contrato devem ser considerados o conceito amplo, lato sensu, e o conceito específico, stricto sensu. É importante estar atento ao contexto em que é colocado o termo “contrato”, pois pode se estar falando de contrato sob o enfoque do direito civil ou sob o enfoque do direito administrativo, no caso de contrato administrativo a abrangência pode ser lato sensu ou stricto sensu.
A definição "lato sensu" de contrato administrativo consta no parágrafo único do art. 2º da Lei das Licitações e Contratos Administrativos:
Para os fins desta Lei, considera-se contrato todo e qualquer ajuste entre órgãos ou entidades da Administração Pública e particulares, em que haja um acordo de vontades para a formação de vínculo e a estipulação de obrigações recíprocas, seja qual for a denominação utilizada.
Mesmo que outro nome seja dado a um documento, como carta-contrato, nota de empenho, ordem de execução de serviço, autorização de compra, termo de credenciamento ou ata de registro de preços, se ficar configurado que uma das partes é a Administração Pública, houve formação de vínculo e foram estipuladas obrigações recíprocas, como um executar e outro pagar, esse documento deverá ser considerado um contrato administrativo.
Como definição “stricto sensu” de instrumento de contrato ou termo de contrato, observa-se o previsto no art, 62 da Lei 8.666/1993.
Art. 62.  O instrumento de contrato é obrigatório nos casos de concorrência e de tomada de preços,bem como nas dispensas e inexigibilidades cujos preços estejam compreendidos nos limites destas duas modalidades de licitação, e facultativo nos demais em que a Administração puder substituí-lo por outros instrumentos hábeis, tais como carta-contrato, nota de empenho de despesa, autorização de compra ou ordem de execução de serviço.
(...)
§ 4o  É dispensável o "termo de contrato" e facultada a substituição prevista neste artigo, a critério da Administração e independentemente de seu valor, nos casos de compra com entrega imediata e integral dos bens adquiridos, dos quais não resultem obrigações futuras, inclusive assistência técnica.
Classificações de contratos administrativos quanto a forma
Quanto à forma o contrato administrativo pode se apresentar conforme a seguir:
a. verbal – conforme o parágrafo único do art. 60 da LLC, é nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a Administração, salvo o de pequenas compras de pronto pagamento, assim entendidas aquelas de valor não superior a 5% (cinco por cento) do limite estabelecido no art. 23, inciso II, alínea "a" desta Lei, feitas em regime de adiantamento. 
b. outros instrumentos hábeis de contratação - OIHC, também conhecidos como contratos administrativos simplificados, previstos no art. 62 da LLC e no anexo VII-G da IN 05/2017-PDG/MinEcon, que poderá ser utilizado nos seguintes casos:
1) o valor da contratação por licitação, dispensa ou inexigibilidade não superar o previsto para a modalidade convite; ou
2) nos casos de compra com entrega imediata e integral dos bens adquiridos, dos quais não resultem obrigações futuras, inclusive assistência técnica.
c. termo de contrato ou instrumento de contrato completo ou ainda contrato "stricto sensu", neste caso, deverá ser observado o seguinte:
1) deverá conter no mínimo todas as cláusulas essenciais previstas no art. 55 da LLC;
2) parecer jurídico da minuta de contrato é obrigatório, conforme o parágrafo único do art. 38 da LLC;
3) obrigatoriedade da publicação do extrato de contrato e seus aditivos na imprensa oficial, art. 61 da LLC, exceto nas dispensas e inexigibilidades cujo valor esteja dentro dos limites dos incisos I e II do art. 24;
4) nomeação de um gestor de contrato conforme art. 67 da LLC e fiscais para assessorá-lo, observando-se o art. 40 da IN 5/2017-PDG/MinEcon;
4) registro e acompanhamento no SIAFI;
5) processo único para o contrato e seus aditivos; e
6) outras obrigações específicas de acordo com o tipo de contrato.
d. contratos sentido amplo
Neste caso enquadram-se contratos no sentido amplo como Atas de Registro de Preços – ARP, Credenciamentos, Convênios quando uma das partes não for da Administração Pública e outros casos que se enquadram no parágrafo único do art. 2º Lei 8.666 e não se enquadram no art. 62 da mesma Lei.
e. despesas sem cobertura contratual, assim entendidos aqueles serviços executados e materiais entregues em que a despesa não foi previamente empenhada e contratada ou quando o a licitação foi anulada ou revogada ou quando o contrato foi rescindido por ato da Administração, ou ainda quando a execução ocorreu após o término da vigência do contrato, nesses casos cabe indenização ao prestador do serviço ou fornecedor do material conforme Orientação Normativa 4/2009-AGU. 
Legislação
Algumas normas específicas de contratos.
Lei 8.666/1993, art. 2º
Parágrafo único. Para os fins desta Lei, considera-se contrato todo e qualquer ajuste entre órgãos ou entidades da Administração Pública e particulares, em que haja um acordo de vontades para a formação de vínculo e a estipulação de obrigações recíprocas, seja qual for a denominação utilizada.
Stricto sensu (instrumento de contrato)
Art. 62. O instrumento de contrato é obrigatório nos casos de concorrência e de tomada de preços, bem como nas dispensas e inexigibilidades cujos preços estejam compreendidos nos limites destas duas modalidades de licitação, e facultativo nos demais em que a Administração puder substituí-lo por outros instrumentos hábeis, tais como carta-contrato, nota de empenho de despesa, autorização de compra ou ordem de execução de serviço.
§ 4º É dispensável o "termo de contrato" e facultada a substituição prevista neste artigo, a critério da Administração e independentemente de seu valor, nos casos de compra com entrega imediata e integral dos bens adquiridos, dos quais não resultem obrigações futuras, inclusive assistência técnica.
CONSTITUIÇÃO 1988
Art. 167. São vedados:
II - a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os créditos orçamentários ou adicionais;
Para a definição da obrigatoriedade de Termo de Contrato também devem ser consideradas as possíveis prorrogações, a única exceção do art. 62 são para compras com entrega imediata e integral.
O Decreto 6.170/2007 regulamenta os convênios, contratos de repasse e termos de execução descentralizada celebrados pelos órgãos e entidades da administração pública federal com órgãos ou entidades públicas ou privadas sem fins lucrativos, para a execução de programas, projetos e atividades que envolvam a transferência de recursos ou a descentralização de créditos oriundos dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social da União. Esses instrumentos quando celebrados entre órgãos da Administração Pública não se enquadram na definição lato sensu de contratos administrativos. O Decreto 6.170/2007, alterou as denominações do Decreto 93.872, que definia como convênios, acordos e ajustes, esses termos são utilizados nos art. 38, parágrafo único e art. 116 da Lei 8.666/1993.
Decreto 6.170/2007
Art. 20. Ficam revogados os arts. 48 a 57 do Decreto nº 93.872, de 23 de dezembro de 1986 (seção que tratava de Convênios, Acordos ou Ajustes) , e o Decreto nº 97.916, de 6 de julho de 1989.
Art. 1º/§1º. Para os efeitos deste Decreto, considera-se:
I - convênio - acordo, ajuste ou qualquer outro instrumento que discipline a transferência de recursos financeiros de dotações consignadas nos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social da União e tenha como partícipe, de um lado, órgão ou entidade da administração pública federal, direta ou indireta, e, de outro lado, órgão ou entidade da administração pública estadual, distrital ou municipal, direta ou indireta, ou ainda, entidades privadas sem fins lucrativos, visando a execução de programa de governo, envolvendo a realização de projeto, atividade, serviço, aquisição de bens ou evento de interesse recíproco, em regime de mútua cooperação;
II - contrato de repasse - instrumento administrativo, de interesse recíproco, por meio do qual a transferência dos recursos financeiros se processa por intermédio de instituição ou agente financeiro público federal, que atua como mandatário da União.
III - termo de execução descentralizada - instrumento por meio do qual é ajustada a descentralização de crédito entre órgãos e/ou entidades integrantes dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social da União, para execução de ações de interesse da unidade orçamentária descentralizadora e consecução do objeto previsto no programa de trabalho, respeitada fielmente a classificação funcional programática.
Lei 8.666/1993.
Art. 116. Aplicam-se as disposições desta Lei, no que couber, aos convênios, acordos, ajustes e outros instrumentos congêneres celebrados por órgãos e entidades da Administração.
 Não confundir acordos e ajustes com aditivos de contratos.
Principais Orientações Normativas da AGU sobre contratos
ON 04
A despesa sem cobertura contratual deverá ser objeto de reconhecimento da obrigação de indenizar nos termos do art. 59, parágrafo único, da lei nº 8.666, de 1993, sem prejuízo da apuração da responsabilidade de quem lhe der causa.
ON 10
A definição do valor da contratação levará em conta o período de vigência do contrato e as possíveis prorrogações para: 
a) a realização de licitação exclusiva (microempresa, empresa de pequeno porte e sociedade cooperativa); 
b) a escolha de uma das modalidades convencionais (concorrência, tomada de preços e convite); e 
c) o enquadramento das contratações previstas no art.24, inc. I e II, da lei nº 8.666, de 1993.
ON 33
"O ato administrativo que autoriza a contratação direta (art. 17, §§ 2º e 4º, art. 24, inc. Iii e seguintes, e art. 25 da lei nº 8.666, de 1993) deve ser publicado na imprensa oficial, sendo desnecessária a publicação do extrato contratual."
ON 34
"As hipóteses de inexigibilidade (art. 25) e dispensa de licitação (incisos iii e seguintes do art. 24) da lei nº 8.666, de 1993, cujos valores não ultrapassem aqueles fixados nos incisos i e ii do art. 24 da mesma lei, dispensam a publicação na imprensa oficial do ato que autoriza a contratação direta, em virtude dos princípios da economicidade e eficiência, sem prejuízo da utilização de meios eletrônicos de publicidade dos atos e da observância dos demais requisitos do art. 26 e de seu parágrafo único, respeitando-se o fundamento jurídico que amparou a dispensa e a inexigibilidade."
ON 36
"A administração pode estabelecer a vigência por prazo indeterminado nos contratos em que seja usuária de serviços públicos essenciais de energia elétrica, água e esgoto, serviços postais monopolizados pela ect (empresa brasileira de correios e telégrafos) e ajustes firmados com a imprensa nacional, desde que no processo da contratação estejam explicitados os motivos que justificam a adoção do prazo indeterminado e comprovadas, a cada exercício financeiro, a estimativa de consumo e a existência de previsão de recursos orçamentários."
ON 39
"A vigência dos contratos regidos pelo art. 57, caput, da lei 8.666, de 1993, pode ultrapassar o exercício financeiro em que celebrados, desde que as despesas a eles referentes sejam integralmente empenhadas até 31 de dezembro, permitindo-se, assim, sua inscrição em restos a pagar."
ON 46
"Somente é obrigatória a manifestação jurídica nas contratações de pequeno valor com fundamento no art. 24, i ou ii, da lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, quando houver minuta de contrato não padronizada ou haja, o administrador, suscitado dúvida jurídica sobre tal contratação. Aplica-se o mesmo entendimento às contratações fundadas no art. 25 da lei nº 8.666, de 1993, desde que seus valores subsumam-se aos limites previstos nos incisos i e ii do art. 24 da lei nº 8.666, de 1993".
ON 48
"É competente para a aplicação das penalidades previstas nas leis n°s 10.520, de 2002, e 8.666, de 1993, excepcionada a sanção de declaração de inidoneidade, a autoridade responsável pela celebração do contrato ou outra prevista em regimento."
ON 49
"A aplicação das sanções de impedimento de licitar e contratar no âmbito da união (art. 7° da lei n° 10.520, de 2002) e de declaração de inidoneidade (art. 87, inc. Iv, da lei n° 8.666, de 1993) possuem efeito ex nunc, competindo à administração, diante de contratos existentes, avaliar a imediata rescisão no caso concreto."
ON 51
"A garantia legal ou contratual do objeto tem prazo de vigência próprio e desvinculado daquele fixado no contrato, permitindo eventual aplicação de penalidades em caso de descumprimento de alguma de suas condições, mesmo depois de expirada a vigência contratual.” 
2. LEGISLAÇÃO
A legislação que trata do assunto é muito vasta, pois para cada tipo de contratação possui regras específicas, Aqui serão apresentadas normas gerais e algumas orientações e manuais de alguns órgãos.
- Lei 8.666/1993 (Licitações e Contratos);
- Lei 10.520/2002(Pregão);
- Lei 13.303/2016(Administração indireta);
- Lei 9.784/1999 (Lei do Processo Administrativo);
- Lei 12.462/2011 e Decreto 7.581/2011 – RDC;
- Decreto 9.507/2018 - Terceirização;
- Decreto 7.983/2013(orçamento de obras); 
- Decreto nº 7.174/2010 - Bens e Serviços de Informática e Automação;
- IN 05/2017-SEGES/PDG/Min Econ; 
- Manual de Fiscalização de Contratos – AGU e ON AGU
- Riscos e Controles nas Aquisições – RCA do TCU;
- Portal de Compras do Governo Federal (Cadernos e Manuais);
.Manual do Fiscal de Contrato (Comprasgovernamentais-ENAP);
- DECRETO Nº 9.412, DE 18 DE JUNHO DE 2018
Art. 1º  Os valores  estabelecidos nos incisos I e II do caput do art. 23 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, ficam atualizados nos seguintes termos:
I - para obras e serviços de engenharia:
a) na modalidade convite - até R$ 330.000,00 (trezentos e trinta mil reais);
b) na modalidade tomada de preços - até R$ 3.300.000,00 (três milhões e trezentos mil reais); e
c) na modalidade concorrência - acima de R$ 3.300.000,00 (três milhões e trezentos mil reais); e
II - para compras e serviços não incluídos no inciso I:
a) na modalidade convite - até R$ 176.000,00 (cento e setenta e seis mil reais);
b) na modalidade tomada de preços - até R$ 1.430.000,00 (um milhão, quatrocentos e trinta mil reais); e
c) na modalidade concorrência - acima de R$ 1.430.000,00 (um milhão, quatrocentos e trinta mil reais).
3. TIPOS DE CONTRATOS
a. Termo de Contrato 
Lei 8.666, Art. 62.  O instrumento de contrato é obrigatório nos casos de concorrência e de tomada de preços, bem como nas dispensas e inexigibilidades cujos preços estejam compreendidos nos limites destas duas modalidades de licitação, e facultativo nos demais em que a Administração puder substituí-lo por outros instrumentos hábeis, tais como carta-contrato, nota de empenho de despesa, autorização de compra ou ordem de execução de serviço.
b. Outros Instrumentos Hábeis de Contratação 
Lei 8.666, art. 62/§4º,  É dispensável o "termo de contrato" e facultada a substituição prevista neste artigo, a critério da Administração e independentemente de seu valor, nos casos de compra com entrega imediata e integral dos bens adquiridos, dos quais não resultem obrigações futuras, inclusive assistência técnica.
 c. Contrato Verbal 
Lei 8.666/1993, art. 60, Parágrafo único.  É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a Administração, salvo o de pequenas compras de pronto pagamento, assim entendidas aquelas de valor não superior a 5% (cinco por cento) do limite estabelecido no art. 23, inciso II, alínea "a" desta Lei, feitas em regime de adiantamento.
 d. Normas Gerais 
Lei 8.666/1993, art. 63/§3. Aplica-se o disposto nos arts. 55 e 58 a 61 desta Lei e demais normas gerais, no que couber:
I - aos contratos de seguro, de financiamento, de locação em que o Poder Público seja locatário, e aos demais cujo conteúdo seja regido, predominantemente, por norma de direito privado;
II - aos contratos em que a Administração for parte como usuária de serviço público.
 e. Contratos de Eficiência
Lei 12.462, art. 23. No julgamento pelo maior retorno econômico, utilizado exclusivamente para a celebração de contratos de eficiência, as propostas serão consideradas de forma a selecionar a que proporcionará a maior economia para a administração pública decorrente da execução do contrato.
O contrato de eficiência terá por objeto a prestação de serviços, que pode incluir a realização de obras e o fornecimento de bens, com o objetivo de proporcionar economia ao contratante, na forma de redução de despesas correntes, sendo o contratado remunerado com base em percentual da economia gerada.
Os licitantes apresentarão propostas de trabalho e de preço, conforme dispuser o regulamento.
Nos casos em que não for gerada a economia prevista no contrato de eficiência:
1) a diferença entre a economia contratada e a efetivamente obtida será descontada da remuneração da contratada;
2) se a diferença entre a economia contratada e a efetivamente obtida for superior à remuneração da contratada, será aplicada multa por inexecução contratual no valor da diferença; e
3) a contratada sujeitar-se-á, ainda, a outras sanções cabíveis caso a diferença entre a economia contratada e a efetivamente obtida seja superior ao limite máximo estabelecido no contrato.
 f. Contratação integrada 
Decreto 7.581, art. 73. Nas licitações de obras e serviços de engenharia, poderá ser utilizada a contratação integrada, desde que técnica e economicamente justificada.
O objeto da contratação integrada compreende a elaboração e o desenvolvimento dos projetos básico e executivo, a execução de obras e serviços de engenharia, a montagem, a realização de testes,a pré-operação e todas as demais operações necessárias e suficientes para entrega final do objeto.
Será adotado o critério de julgamento técnica e preço.
 O instrumento convocatório das licitações para contratação de obras e serviços de engenharia sob o regime de contratação integrada deverá conter anteprojeto de engenharia com informações e requisitos técnicos destinados a possibilitar a caracterização do objeto contratual, incluindo:
1) a demonstração e a justificativa do programa de necessidades, a visão global dos investimentos e as definições quanto ao nível de serviço desejado;
2) as condições de solidez, segurança, durabilidade e prazo de entrega;
3) a estética do projeto arquitetônico; e
4) os parâmetros de adequação ao interesse público, à economia na utilização, à facilidade na execução, aos impactos ambientais e à acessibilidade.
Deverão constar do anteprojeto, quando couber, os seguintes documentos técnicos:
a) concepção da obra ou serviço de engenharia;
b) projetos anteriores ou estudos preliminares que embasaram a concepção adotada;
c) levantamento topográfico e cadastral;
d) pareceres de sondagem; e
e) memorial descritivo dos elementos da edificação, dos componentes construtivos e dos materiais de construção, de forma a estabelecer padrões mínimos para a contratação.
Caso seja permitida no anteprojeto de engenharia a apresentação de projetos com metodologia diferenciadas de execução, o instrumento convocatório estabelecerá critérios objetivos para avaliação e julgamento das propostas.
O anteprojeto deverá possuir nível de definição suficiente para proporcionar a comparação entre as propostas recebidas das licitantes.
 O orçamento e o preço total para a contratação serão estimados com base nos valores praticados pelo mercado, nos valores pagos pela administração pública em contratações similares ou na avaliação do custo global da obra, aferida mediante orçamento sintético ou metodologia expedita ou paramétrica.
 Na elaboração do orçamento estimado na forma prevista no caput, poderá ser considerada taxa de risco compatível com o objeto da licitação e as contingências atribuídas ao contratado, devendo a referida taxa ser motivada de acordo com metodologia definida em ato do Ministério supervisor ou da entidade contratante.
 A taxa de risco não integrará a parcela de benefícios e despesas indiretas - BDI do orçamento estimado, devendo ser considerada apenas para efeito de análise de aceitabilidade das propostas ofertadas no processo licitatório.
Nas hipóteses em que for adotada a contratação integrada, fica vedada a celebração de termos aditivos aos contratos firmados, exceto se verificada uma das seguintes hipóteses:
1) recomposição do equilíbrio econômico-financeiro, devido a caso fortuito ou força maior;
2) necessidade de alteração do projeto ou das especificações para melhor adequação técnica aos objetivos da contratação, a pedido da administração pública, desde que não decorrentes de erros ou omissões por parte do contratado, observados os limites previstos no § 1º do art. 65 da Lei nº 8.666, de 1993.
 g. Termo de Parceria 
Lei 9.790, art. 9º.  Termo de Parceria, assim considerado o instrumento passível de ser firmado entre o Poder Público e as entidades qualificadas como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público destinado à formação de vínculo de cooperação entre as partes, para o fomento e a execução das atividades de interesse público previstas no art. 3º desta Lei.
O Termo de Parceria firmado de comum acordo entre o Poder Público e as Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público discriminará direitos, responsabilidades e obrigações das partes signatárias.
A celebração do Termo de Parceria será precedida de consulta aos Conselhos de Políticas Públicas das áreas correspondentes de atuação existentes, nos respectivos níveis de governo.
São cláusulas essenciais do Termo de Parceria:
1) a do objeto, que conterá a especificação do programa de trabalho proposto pela Organização da Sociedade Civil de Interesse Público;
2) a de estipulação das metas e dos resultados a serem atingidos e os respectivos prazos de execução ou cronograma;
3) a de previsão expressa dos critérios objetivos de avaliação de desempenho a serem utilizados, mediante indicadores de resultado;
4) a de previsão de receitas e despesas a serem realizadas em seu cumprimento, estipulando item por item as categorias contábeis usadas pela organização e o detalhamento das remunerações e benefícios de pessoal a serem pagos, com recursos oriundos ou vinculados ao Termo de Parceria, a seus diretores, empregados e consultores;
5) a que estabelece as obrigações da Sociedade Civil de Interesse Público, entre as quais a de apresentar ao Poder Público, ao término de cada exercício, relatório sobre a execução do objeto do Termo de Parceria, contendo comparativo específico das metas propostas com os resultados alcançados, acompanhado de prestação de contas dos gastos e receitas efetivamente realizados;
6) a de publicação, na imprensa oficial do Município, do Estado ou da União, conforme o alcance das atividades celebradas entre o órgão parceiro e a Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, de extrato do Termo de Parceria e de demonstrativo da sua execução física e financeira, conforme modelo simplificado estabelecido no regulamento, sob pena de não liberação dos recursos previstos no Termo de Parceria.
A execução do objeto do Termo de Parceria será acompanhada e fiscalizada por órgão do Poder Público da área de atuação correspondente à atividade fomentada, e pelos Conselhos de Políticas Públicas das áreas correspondentes de atuação existentes, em cada nível de governo.
Os resultados atingidos com a execução do Termo de Parceria devem ser analisados por comissão de avaliação, composta de comum acordo entre o órgão parceiro e a Organização da Sociedade Civil de Interesse Público.
A comissão encaminhará à autoridade competente relatório conclusivo sobre a avaliação procedida.
Os Termos de Parceria destinados ao fomento de atividades nas áreas de que trata esta Lei estarão sujeitos aos mecanismos de controle social previstos na legislação.
Os responsáveis pela fiscalização do Termo de Parceria, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade na utilização de recursos ou bens de origem pública pela organização parceira, darão imediata ciência ao Tribunal de Contas respectivo e ao Ministério Público, sob pena de responsabilidade solidária.
 
h. Atas de Registro de Preços – ARP 
Decreto 7.892, art. 12. O prazo de validade da ata de registro de preços não será superior a doze meses, incluídas eventuais prorrogações, conforme o inciso III do § 3º do art. 15 da Lei nº 8.666, de 1993.
É vedado efetuar acréscimos nos quantitativos fixados pela ata de registro de preços, inclusive o acréscimo de que trata o § 1º do art. 65 da Lei nº 8.666, de 1993.
A vigência dos contratos decorrentes do Sistema de Registro de Preços será definida nos instrumentos convocatórios, observado o disposto no art. 57 da Lei nº 8.666, de 1993.
Os contratos decorrentes do Sistema de Registro de Preços poderão ser alterados, observado o disposto no art. 65 da Lei nº 8.666, de 1993.
O contrato decorrente do Sistema de Registro de Preços deverá ser assinado no prazo de validade da ata de registro de preços.
Os preços registrados poderão ser revistos em decorrência de eventual redução dos preços praticados no mercado ou de fato que eleve o custo dos serviços ou bens registrados, cabendo ao órgão gerenciador promover as negociações junto aos fornecedores, observadas as disposições contidas na alínea “d” do inciso II do caput do art. 65 da Lei nº 8.666, de 1993.
i. Credenciamentos 
IN 5/2017-PDG, Anexo VII-B, 3.
Para a contratação de prestação de serviços, os órgãos e entidades poderão utilizar o sistema de credenciamento, desde que atendidas às seguintes diretrizes:
a) justificar a inviabilidade de competição pela natureza da contratação do serviço a ser prestado;
b) comprovar que o interesse da Administração será melhor atendidomediante a contratação de um maior número de prestadores de serviço;
c) promover o chamamento público por meio do ato convocatório que definirá o objeto a ser executado, os requisitos de habilitação, as especificações técnicas indispensáveis, a fixação prévia de preços e os critérios para convocação dos credenciados;
d) garantir a igualdade de condições entre todos os interessados hábeis a contratar com a Administração, pelo preço por ela definido;
e) contratar todos os que tiverem interesse e que satisfaçam as condições fixadas pela Administração;
O Sistema de Credenciamento ficará aberto pelo prazo estipulado no ato convocatório, renováveis por iguais e sucessivos períodos, para inscrição de novos interessados, desde que atendam aos requisitos do chamamento.
j. Convênios e Contratos de repasse 
Decreto 6.170, art. 1º. Este Decreto regulamenta os convênios, contratos de repasse e termos de execução descentralizada celebrados pelos órgãos e entidades da administração pública federal com órgãos ou entidades públicas ou privadas sem fins lucrativos, para a execução de programas, projetos e atividades que envolvam a transferência de recursos ou a descentralização de créditos oriundos dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social da União.                 
Para os efeitos deste Decreto, considera-se:
I - convênio - acordo, ajuste ou qualquer outro instrumento que discipline a transferência de recursos financeiros de dotações consignadas nos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social da União e tenha como partícipe, de um lado, órgão ou entidade da administração pública federal, direta ou indireta, e, de outro lado, órgão ou entidade da administração pública estadual, distrital ou municipal, direta ou indireta, ou ainda, entidades privadas sem fins lucrativos, visando a execução de programa de governo, envolvendo a realização de projeto, atividade, serviço, aquisição de bens ou evento de interesse recíproco, em regime de mútua cooperação;
II - contrato de repasse - instrumento administrativo, de interesse recíproco, por meio do qual a transferência dos recursos financeiros se processa por intermédio de instituição ou agente financeiro público federal, que atua como mandatário da União. 
III - termo de execução descentralizada - instrumento por meio do qual é ajustada a descentralização de crédito entre órgãos e/ou entidades integrantes dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social da União, para execução de ações de interesse da unidade orçamentária descentralizadora e consecução do objeto previsto no programa de trabalho, respeitada fielmente a classificação funcional programática.
IV - concedente - órgão ou entidade da administração pública federal direta ou indireta, responsável pela transferência dos recursos financeiros destinados à execução do objeto do convênio;
V - contratante - órgão ou entidade da administração pública direta e indireta da União que pactua a execução de programa, projeto, atividade ou evento, por intermédio de instituição financeira federal (mandatária) mediante a celebração de contrato de repasse; 
VI - convenente - órgão ou entidade da administração pública direta e indireta, de qualquer esfera de governo, bem como entidade privada sem fins lucrativos, com o qual a administração federal pactua a execução de programa, projeto/atividade ou evento mediante a celebração de convênio;
VII - contratado - órgão ou entidade da administração pública direta e indireta, de qualquer esfera de governo, bem como entidade privada sem fins lucrativos, com a qual a administração federal pactua a execução de contrato de repasse; 
VIII - interveniente - órgão da administração pública direta e indireta de qualquer esfera de governo, ou entidade privada que participa do convênio para manifestar consentimento ou assumir obrigações em nome próprio;
k. Contratos de adesão
O contrato de adesão é uma espécie de contrato celebrado entre duas partes, em que os direitos, deveres e condições são estabelecidos pelo proponente, sem que o aderente possa discutir ou modificar seu conteúdo ou que tem esse poder de forma bastante limitada. Por isso, a posição do aderente é referida como take-it-or-leave-it (expressão inglesa que pode ser traduzida como “pegar ou largar”), uma vez que lhe restam apenas duas opções: aceitar o contrato tal como está ou rejeitá-lo.
Essa aceitação do contrato pelo aderente pode ocorrer de modo tácito ou expresso. Aceitar tacitamente é agir em concordância com aquilo que é exigido no contrato, sem que haja um documento escrito. Por sua vez, aceitar expressamente é manifestar a concordância em documento escrito.
l. Sem cobertura contratual 
Há situações em que despesas são realizadas sem cobertura contratual, nesses casos as obrigações devem ser registradas no passivo da UG, como despesas sem suporte orçamentário e quando da disponibilidade de crédito e aprovação do gestor, devem ser pagas emitindo-se NE com modalidade de licitação não aplicável.
Orientação Normativa/AGU nº 4, de 01.04.2009 
A despesa sem cobertura contratual deverá ser objeto de reconhecimento da obrigação de indenizar nos termos do art. 59, parágrafo único, da Lei nº 8.666, de 1993, sem prejuízo da apuração da responsabilidade de quem lhe der causa. 
Lei 8.666/1993
Art. 59.  A declaração de nulidade do contrato administrativo opera retroativamente impedindo os efeitos jurídicos que ele, ordinariamente, deveria produzir, além de desconstituir os já produzidos.
Parágrafo único.  A nulidade não exonera a Administração do dever de indenizar o contratado pelo que este houver executado até a data em que ela for declarada e por outros prejuízos regularmente comprovados, contanto que não lhe seja imputável, promovendo-se a responsabilidade de quem lhe deu causa.
4. PARECER JURÍDICO
Embora a Lei só estabeleça a obrigatoriedade exame pela assessoria jurídica de minutas de editais e de contratos, há uma corrente dentro da Administração Pública que defende que essa obrigatoriedade se estende para aditivos de contratos de qualquer espécie, seja por simples prorrogação de prazo ou apenas acréscimos e supressões de até 25% previstos em Lei.
Já os pareceres técnicos, que são muitos importantes para diversos tipos de contratações, como serviços engenharia, tecnologia da informação, alimentação de pessoal, não são obrigatórios, ficando a critério da Administração a solicitação desses pareceres.
Também é previsto o uso minutas-padrão pelo TCU e pelas normas do RDC.
Lei 8.666/1993
Art. 38.  O procedimento da licitação será iniciado com a abertura de processo administrativo, devidamente autuado, protocolado e numerado, contendo a autorização respectiva, a indicação sucinta de seu objeto e do recurso próprio para a despesa, e ao qual serão juntados oportunamente:
(...)
VI - pareceres técnicos ou jurídicos emitidos sobre a licitação, dispensa ou inexigibilidade; 
(...)
Parágrafo único.  As minutas de editais de licitação, bem como as dos contratos, acordos, convênios ou ajustes devem ser previamente examinadas e aprovadas por assessoria jurídica da Administração.
Lei 9.784/1999
Art. 42. Quando deva ser obrigatoriamente ouvido um órgão consultivo, o parecer deverá ser emitido no prazo máximo de quinze dias, salvo norma especial ou comprovada necessidade de maior prazo.
§ 2o Se um parecer obrigatório e não vinculante deixar de ser emitido no prazo fixado, o processo poderá ter prosseguimento e ser decidido com sua dispensa, sem prejuízo da responsabilidade de quem se omitiu no atendimento.
Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando:
VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais;
ORIENTAÇÃO NORMATIVA Nº 46/AGU, DE 26FEV2014
Somente é obrigatória a manifestação jurídica nas contratações de pequeno valor com fundamento no art. 24, I ou II, da lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, quando houver minuta de contrato não padronizada ou haja, o administrador, suscitado dúvida jurídica sobretal contratação. Aplica-se o mesmo entendimento às contratações fundadas no art. 25 da lei nº 8.666, de 1993, desde que seus valores subsumam-se aos limites previstos nos incisos I e II do art. 24 da lei nº 8.666, de 1993.
ORIENTAÇÃO NORMATIVA Nº 3/AGU, DE 01ABR2009
Na análise dos processos relativos à prorrogação de prazo, cumpre aos órgãos jurídicos verificar se não há extrapolação do atual prazo de vigência, bem como eventual ocorrência de solução de continuidade nos aditivos precedentes, hipóteses que configuram a extinção do ajuste, impedindo a sua prorrogação.
5. ANULAÇÃO E REVOGAÇÃO
Para a anulação de um ato deve ser dada a mesma publicidade do próprio ato. Os eventos de anulação e revogação devem ser registrados no processo licitatório, através do SIAGNET, já os eventos de rescisão e retificação devem ser registrados no SICON.
Todo o contrato deve ter um final, que pode ser uma rescisão ou conclusão.
Art. 49.  A autoridade competente para a aprovação do procedimento somente poderá revogar a licitação por razões de interesse público decorrente de fato superveniente devidamente comprovado, pertinente e suficiente para justificar tal conduta, devendo anulá-la por ilegalidade, de ofício ou por provocação de terceiros, mediante parecer escrito e devidamente fundamentado.
§ 1º  A anulação do procedimento licitatório por motivo de ilegalidade não gera obrigação de indenizar, ressalvado o disposto no parágrafo único do art. 59 desta Lei.
§ 2o  A nulidade do procedimento licitatório induz à do contrato, ressalvado o disposto no parágrafo único do art. 59 desta Lei.
§ 3o  No caso de desfazimento do processo licitatório, fica assegurado o contraditório e a ampla defesa.
§ 4o  O disposto neste artigo e seus parágrafos aplica-se aos atos do procedimento de dispensa e de inexigibilidade de licitação. 
Art. 78.  Constituem motivo para rescisão do contrato:
I - o não cumprimento de cláusulas contratuais, especificações, projetos ou prazos;
II - o cumprimento irregular de cláusulas contratuais, especificações, projetos e prazos;
III - a lentidão do seu cumprimento, levando a Administração a comprovar a impossibilidade da conclusão da obra, do serviço ou do fornecimento, nos prazos estipulados;
IV - o atraso injustificado no início da obra, serviço ou fornecimento;
V - a paralisação da obra, do serviço ou do fornecimento, sem justa causa e prévia comunicação à Administração;
VI - a subcontratação total ou parcial do seu objeto, a associação do contratado com outrem, a cessão ou transferência, total ou parcial, bem como a fusão, cisão ou incorporação, não admitidas no edital e no contrato; 
VII - o desatendimento das determinações regulares da autoridade designada para acompanhar e fiscalizar a sua execução, assim como as de seus superiores;
VIII - o cometimento reiterado de faltas na sua execução, anotadas na forma do § 1o do art. 67 desta Lei;
IX - a decretação de falência ou a instauração de insolvência civil;
X - a dissolução da sociedade ou o falecimento do contratado;
XI - a alteração social ou a modificação da finalidade ou da estrutura da empresa, que prejudique a execução do contrato; 
XII - razões de interesse público, de alta relevância e amplo conhecimento, justificadas e determinadas pela máxima autoridade da esfera administrativa a que está subordinado o contratante e exaradas no processo administrativo a que se refere o contrato;
XIII - a supressão, por parte da Administração, de obras, serviços ou compras, acarretando modificação do valor inicial do contrato além do limite permitido no § 1o do art. 65 desta Lei; 
XIV - a suspensão de sua execução, por ordem escrita da Administração, por prazo superior a 120 (cento e vinte) dias, salvo em caso de calamidade pública, grave perturbação da ordem interna ou guerra, ou ainda por repetidas suspensões que totalizem o mesmo prazo, independentemente do pagamento obrigatório de indenizações pelas sucessivas e contratualmente imprevistas desmobilizações e mobilizações e outras previstas, assegurado ao contratado, nesses casos, o direito de optar pela suspensão do cumprimento das obrigações assumidas até que seja normalizada a situação;
XV - o atraso superior a 90 (noventa) dias dos pagamentos devidos pela Administração decorrentes de obras, serviços ou fornecimento, ou parcelas destes, já recebidos ou executados, salvo em caso de calamidade pública, grave perturbação da ordem interna ou guerra, assegurado ao contratado o direito de optar pela suspensão do cumprimento de suas obrigações até que seja normalizada a situação;
XVI - a não liberação, por parte da Administração, de área, local ou objeto para execução de obra, serviço ou fornecimento, nos prazos contratuais, bem como das fontes de materiais naturais especificadas no projeto;
XVII - a ocorrência de caso fortuito ou de força maior, regularmente comprovada, impeditiva da execução do contrato.
Parágrafo único.  Os casos de rescisão contratual serão formalmente motivados nos autos do processo, assegurado o contraditório e a ampla defesa.
XVIII – descumprimento do disposto no inciso V do art. 27, sem prejuízo das sanções penais cabíveis. 
Lei 9.784/1999
Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.
Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.
§ 1o No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de decadência contar-se-á da percepção do primeiro pagamento.
§ 2o Considera-se exercício do direito de anular qualquer medida de autoridade administrativa que importe impugnação à     validade do ato.
6. CLÁUSULAS NECESSÁRIAS
As cláusulas essenciais são obrigatórias nos termos de contrato, nos outros instrumentos hábeis aplica-se o que couber, por essa razão, nesses instrumentos, por serem simplificados, devem constar apenas informações indispensáveis para a execução do objeto.
Lei 8.666/1993
Art. 55.  São cláusulas necessárias em todo contrato as que estabeleçam:
I - o objeto e seus elementos característicos;
II - o regime de execução ou a forma de fornecimento;
III - o preço e as condições de pagamento, os critérios, data-base e periodicidade do reajustamento de preços, os critérios de atualização monetária entre a data do adimplemento das obrigações e a do efetivo pagamento; 
IV - os prazos de início de etapas de execução, de conclusão, de entrega, de observação e de recebimento definitivo, conforme o caso;
V - o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da classificação funcional programática e da categoria econômica; 
VI - as garantias oferecidas para assegurar sua plena execução, quando exigidas;
VII - os direitos e as responsabilidades das partes, as penalidades cabíveis e os valores das multas;
VIII - os casos de rescisão;
IX - o reconhecimento dos direitos da Administração, em caso de rescisão administrativa prevista no art. 77 desta Lei;
X - as condições de importação, a data e a taxa de câmbio para conversão, quando for o caso;
XI - a vinculação ao edital de licitação ou ao termo que a dispensou ou a inexigiu, ao convite e à proposta do licitante vencedor;
XII - a legislação aplicável à execução do contrato e especialmente aos casos omissos;
XIII - a obrigação do contratado de manter, durante toda a execução do contrato, em compatibilidade com as obrigações por ele assumidas, todas as condições de habilitação e qualificação exigidas na licitação.
8. REGIMES DE EXECUÇÃO
A execução pode ser direta ou indireta, na execução indireta temos os regimes de execução, na execução indireta o serviço é realizado com emprego de material e é classificado como serviço.
Lei 8.666/1993, art. 6º
VII - Execução direta - a que é feita pelos órgãos e entidades da Administração, pelos próprios meios;
VIII - Execução indireta - a que o órgão ou entidade contrata com terceiros sob qualquerdos seguintes regimes:  
a) empreitada por preço global - quando se contrata a execução da obra ou do serviço por preço certo e total;
b) empreitada por preço unitário - quando se contrata a execução da obra ou do serviço por preço certo de unidades determinadas;
d) tarefa - quando se ajusta mão-de-obra para pequenos trabalhos por preço certo, com ou sem fornecimento de materiais;
e) empreitada integral - quando se contrata um empreendimento em sua integralidade, compreendendo todas as etapas das obras, serviços e instalações necessárias, sob inteira responsabilidade da contratada até a sua entrega ao contratante em condições de entrada em operação, atendidos os requisitos técnicos e legais para sua utilização em condições de segurança estrutural e operacional e com as características adequadas às finalidades para que foi contratada;
9. REAJUSTE DE PREÇOS
Reajuste de preços não caracteriza alteração contratual por estar previsto no contrato, podendo ser feito por apostilamento. A repactuação é um tipo de reajuste para os contratos de cessão de mão de obra, previsto na IN 05/2017-SEGES/PDG/MinEcon onde o reajuste é feito o salário da categoria.
Algumas vezes vemos a expressão realinhamento de preços, porém esse termo não é utilizado na nossa legislação, por isso gera a dúvida quando utilizado pois não fica claro se um tipo de reajuste, reequilíbrio ou atualização financeira.
Lei 10.192/2001
Art. 3o Os contratos em que seja parte órgão ou entidade da Administração Pública direta ou indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, serão reajustados ou corrigidos monetariamente de acordo com as disposições desta Lei, e, no que com ela não conflitarem, da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993.
§ 1o A periodicidade anual nos contratos de que trata o caput deste artigo será contada a partir da data limite para apresentação da proposta ou do orçamento a que essa se referir.
Lei 8.666/1993
Art. 40.  O edital ... indicará, obrigatoriamente, o seguinte:
XI - critério de reajuste, que deverá retratar a variação efetiva do custo de produção, admitida a adoção de índices específicos ou setoriais, desde a data prevista para apresentação da proposta, ou do orçamento a que essa proposta se referir, até a data do adimplemento de cada parcela;
Art. 65
§ 8o A variação do valor contratual para fazer face ao reajuste de preços previsto no próprio contrato, as atualizações, compensações ou penalizações financeiras decorrentes das condições de pagamento nele previstas, bem como o empenho de dotações orçamentárias suplementares até o limite do seu valor corrigido, não caracterizam alteração do mesmo, podendo ser registrados por simples apostila, dispensando a celebração de aditamento.
Decreto 7.892/2013
Art. 12.  O prazo de validade da ata de registro de preços não será superior a doze meses, incluídas eventuais prorrogações, conforme o inciso III do § 3º do art. 15 da Lei nº 8.666, de 1993.
§ 1º É vedado efetuar acréscimos nos quantitativos fixados pela ata de registro de preços, inclusive o acréscimo de que trata o § 1º do art. 65 da Lei nº 8.666, de 1993.
§ 2º A vigência dos contratos decorrentes do Sistema de Registro de Preços será definida nos instrumentos convocatórios, observado o disposto no art. 57 da Lei nº 8.666, de 1993.
§ 3º Os contratos decorrentes do Sistema de Registro de Preços poderão ser alterados, observado o disposto no art. 65 da Lei nº 8.666, de 1993.
§ 4º O contrato decorrente do Sistema de Registro de Preços deverá ser assinado no prazo de validade da ata de registro de preços.
9.1. REPACTUAÇÃO DE PREÇOS
IN 05/2017-SEGES/MDG
Art. 53. O ato convocatório e o contrato de serviço continuado deverão indicar o critério de reajustamento de preços, que deverá ser sob a forma de reajuste em sentido estrito, com a previsão de índices específicos ou setoriais, ou por repactuação, pela demonstração analítica da variação dos componentes dos custos.
 
Art. 54. A repactuação de preços, como espécie de reajuste contratual, deverá ser utilizada nas contratações de serviços continuados com regime de dedicação exclusiva de mão de obra, desde que seja observado o interregno mínimo de um ano das datas dos orçamentos aos quais a proposta se referir.
§ 1º A repactuação para fazer face à elevação dos custos da contratação, respeitada a anualidade disposta no caput, e que vier a ocorrer durante a vigência do contrato, é direito do contratado e não poderá alterar o equilíbrio econômico e financeiro dos contratos, conforme estabelece o inciso XXI do art. 37 da Constituição da República Federativa do Brasil, sendo assegurado ao prestador receber pagamento mantidas as condições efetivas da proposta.
§ 2º A repactuação poderá ser dividida em tantas parcelas quanto forem necessárias, em respeito ao princípio da anualidade do reajuste dos preços da contratação, podendo ser realizada em momentos distintos para discutir a variação de custos que tenham sua anualidade resultante em datas diferenciadas, tais como os custos decorrentes da mão de obra e os custos decorrentes dos insumos necessários à execução do serviço.
§ 3º Quando a contratação envolver mais de uma categoria profissional, com datas-bases diferenciadas, a repactuação deverá ser dividida em tantos quanto forem os Acordos, Convenções ou Dissídios Coletivos de Trabalho das categorias envolvidas na contratação.
 § 4º A repactuação para reajuste do contrato em razão de novo Acordo, Convenção ou Dissídio Coletivo de Trabalho deve repassar integralmente o aumento de custos da mão de obra decorrente desses instrumentos.
Art. 55. O interregno mínimo de um ano para a primeira repactuação será contado a partir:
I – da data limite para apresentação das propostas constante do ato convocatório, em relação aos custos com a execução do serviço decorrentes do mercado, tais como o custo dos materiais e equipamentos necessários à execução do serviço; ou
II - da data do Acordo, Convenção, Dissídio Coletivo de Trabalho ou equivalente vigente à época da apresentação da proposta quando a variação dos custos for decorrente da mão de obra e estiver vinculada às datas-bases destes instrumentos.
Art. 56. Nas repactuações subsequentes à primeira, a anualidade será contada a partir da data do fato gerador que deu ensejo à última repactuação.
Art. 57. As repactuações serão precedidas de solicitação da contratada, acompanhada de demonstração analítica da alteração dos custos, por meio de apresentação da planilha de custos e formação de preços ou do novo Acordo, Convenção ou Dissídio Coletivo de Trabalho que fundamenta a repactuação, conforme for a variação de custos objeto da repactuação.
§ 1º É vedada a inclusão, por ocasião da repactuação, de benefícios não previstos na proposta inicial, exceto quando se tornarem obrigatórios por força de instrumento legal, Acordo, Convenção ou Dissídio Coletivo de Trabalho, observado o disposto no art. 6º desta Instrução Normativa.
§ 2º A variação de custos decorrente do mercado somente será concedida mediante a comprovação pelo contratado do aumento dos custos, considerando-se:
I - os preços praticados no mercado ou em outros contratos da Administração;
II - as particularidades do contrato em vigência;
III - a nova planilha com variação dos custos apresentada;
IV - indicadores setoriais, tabelas de fabricantes, valores oficiais de referência, tarifas públicas ou outros equivalentes; e
V - a disponibilidade orçamentária do órgão ou entidade contratante.
§ 3º A decisão sobre o pedido de repactuação deve ser feita no prazo máximo de sessenta dias, contados a partir da solicitação e da entrega dos comprovantes de variação dos custos.
§ 4º As repactuações, como espécie de reajuste, serão formalizadas por meio de apostilamento, exceto quando coincidirem com a prorrogação contratual, em que deverão ser formalizadas por aditamento.
 § 5º O prazo referido no § 3º deste artigo ficará suspenso enquanto a contratada não cumprir os atos ou apresentar a documentação solicitada pela contratante para a comprovação da variação dos custos.
§ 6º O órgãoou entidade contratante poderá realizar diligências para conferir a variação de custos alegada pela contratada.
 § 7º As repactuações a que o contratado fizer jus e que não forem solicitadas durante a vigência do contrato serão objeto de preclusão com a assinatura da prorrogação contratual ou com o encerramento do contrato.
 Art. 58. Os novos valores contratuais decorrentes das repactuações terão suas vigências iniciadas da seguinte forma:
 I - a partir da ocorrência do fato gerador que deu causa à repactuação, como regra geral;
 II - em data futura, desde que acordada entre as partes, sem prejuízo da contagem de periodicidade e para concessão das próximas repactuações futuras; ou
III - em data anterior à ocorrência do fato gerador, exclusivamente quando a repactuação envolver revisão do custo de mão de obra em que o próprio fato gerador, na forma de Acordo, Convenção ou Dissídio Coletivo de Trabalho, contemplar data de vigência retroativa, podendo esta ser considerada para efeito de compensação do pagamento devido, assim como para a contagem da anualidade em repactuações futuras.
Parágrafo único. Os efeitos financeiros da repactuação deverão ocorrer exclusivamente para os itens que a motivaram e apenas em relação à diferença porventura existente.
 
Art. 59. As repactuações não interferem no direito das partes de solicitar, a qualquer momento, a manutenção do equilíbrio econômico dos contratos com base no disposto no art. 65 da Lei nº 8.666, de 1993.
10. GARANTIAS
De acordo com a Lei 8.666/1993:
Art. 31.  A documentação relativa à qualificação econômico-financeira limitar-se-á a:
(...)
III - garantia, nas mesmas modalidades e critérios previstos no "caput" e § 1o do art. 56 desta Lei, limitada a 1% (um por cento) do valor estimado do objeto da contratação.
(...)
§ 2o  A Administração, nas compras para entrega futura e na execução de obras e serviços, poderá estabelecer, no instrumento convocatório da licitação, a exigência de capital mínimo ou de patrimônio líquido mínimo, ou ainda as garantias previstas no § 1o do art. 56 desta Lei, como dado objetivo de comprovação da qualificação econômico-financeira dos licitantes e para efeito de garantia ao adimplemento do contrato a ser ulteriormente celebrado.
(...)
Art. 48
§ 2º Dos licitantes classificados na forma do parágrafo anterior cujo valor global da proposta for inferior a 80% (oitenta por cento) do menor valor a que se referem as alíneas "a" e "b", será exigida, para a assinatura do contrato, prestação de garantia adicional, dentre as modalidades previstas no § 1º do art. 56, igual a diferença entre o valor resultante do parágrafo anterior e o valor da correspondente proposta. 
(...)
Art. 56.  A critério da autoridade competente, em cada caso, e desde que prevista no instrumento convocatório, poderá ser exigida prestação de garantia nas contratações de obras, serviços e compras.
§ 1o  Caberá ao contratado optar por uma das seguintes modalidades de garantia: 
I - caução em dinheiro ou em títulos da dívida pública, devendo estes ter sido emitidos sob a forma escritural, mediante registro em sistema centralizado de liquidação e de custódia autorizado pelo Banco Central do Brasil e avaliados pelos seus valores econômicos, conforme definido pelo Ministério da Fazenda; 
II - seguro-garantia;
III - fiança bancária.
§ 2o  A garantia a que se refere o caput deste artigo não excederá a cinco por cento do valor do contrato e terá seu valor atualizado nas mesmas condições daquele, ressalvado o previsto no parágrafo 3o deste artigo.                   § 3o  Para obras, serviços e fornecimentos de grande vulto envolvendo alta complexidade técnica e riscos financeiros consideráveis, demonstrados através de parecer tecnicamente aprovado pela autoridade competente, o limite de garantia previsto no parágrafo anterior poderá ser elevado para até dez por cento do valor do contrato. 
§ 4o  A garantia prestada pelo contratado será liberada ou restituída após a execução do contrato e, quando em dinheiro, atualizada monetariamente.
§ 5o  Nos casos de contratos que importem na entrega de bens pela Administração, dos quais o contratado ficará depositário, ao valor da garantia deverá ser acrescido o valor desses bens.
(...)
Art. 79.
(...)
§ 2o  Quando a rescisão ocorrer com base nos incisos XII a XVII do artigo anterior, sem que haja culpa do contratado, será este ressarcido dos prejuízos regularmente comprovados que houver sofrido, tendo ainda direito a:
I - devolução de garantia;
(...)
Art. 80.  A rescisão (determinada por ato unilateral e escrito da Administração, nos casos enumerados nos incisos I a XII e XVII do artigo 78) acarreta as seguintes consequências, sem prejuízo das sanções previstas nesta Lei:
(...)
III - execução da garantia contratual, para ressarcimento da Administração, e dos valores das multas e indenizações a ela devidos;
(...)
Art. 86.  O atraso injustificado na execução do contrato sujeitará o contratado à multa de mora, na forma prevista no instrumento convocatório ou no contrato.
(...) 
§ 2o  A multa, aplicada após regular processo administrativo, será descontada da garantia do respectivo contratado.
§ 3o  Se a multa for de valor superior ao valor da garantia prestada, além da perda desta, responderá o contratado pela sua diferença, a qual será descontada dos pagamentos eventualmente devidos pela Administração ou ainda, quando for o caso, cobrada judicialmente.
Os depósitos serão efetuados na Caixa Econômica Federal conforme o Decreto-Lei 1.737/1979 e alteração pelo Decreto-Lei 2.323/1987.
Conforme o item 5 da Revista 114/TCU.
11. DURAÇÃO DOS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
Quanto à vigência dos contratos devem ser considerados os prazos para execução do objeto e pagamento, muitas vezes é colocado como vigência apenas o prazo de execução em função de conceitos orçamentários.
Essa falha conceitual leva o agente a cometer erros quando do preenchimento dos dados do contrato no SICON, pois após a execução existe um prazo de medição, pagamento.
Para a vigência dos contratos pode ser considerado a validade do empenho, considerando a possibilidade de inscrição em restos, até 30 de junho do segundo ano subsequente, conforme o art. 68 do Decreto 93.872/1986.
Os contratos enquadrados nos incisos do art. 57 da Lei 8.666/1993 podem ser prorrogados até os limites previstos.
Art. 57.  A duração dos contratos regidos por esta Lei ficará adstrita à vigência dos respectivos créditos orçamentários, exceto quanto aos relativos:
I - aos projetos cujos produtos estejam contemplados nas metas estabelecidas no Plano Plurianual, os quais poderão ser prorrogados se houver interesse da Administração e desde que isso tenha sido previsto no ato convocatório;
II - à prestação de serviços a serem executados de forma contínua, que poderão ter a sua duração prorrogada por iguais e sucessivos períodos com vistas à obtenção de preços e condições mais vantajosas para a administração, limitada a sessenta meses; 
IV - ao aluguel de equipamentos e à utilização de programas de informática, podendo a duração estender-se pelo prazo de até 48 (quarenta e oito) meses após o início da vigência do contrato. 
V - às hipóteses previstas nos incisos IX, XIX, XXVIII e XXXI do art. 24, cujos contratos poderão ter vigência por até 120 (cento e vinte) meses, caso haja interesse da administração. 
§ 2º  Toda prorrogação de prazo deverá ser justificada por escrito e previamente autorizada pela autoridade competente para celebrar o contrato.
§ 3º  É vedado o contrato com prazo de vigência indeterminado. 
§ 4º Em caráter excepcional, devidamente justificado e mediante autorização da autoridade superior, o prazo de que trata o inciso II do caput deste artigo poderá ser prorrogado por até doze meses.
DECRETO 7.892/2013
Art. 12. 
(...)
§ 2º A vigência dos contratos decorrentes do Sistema de Registro de Preços será definida nos instrumentos convocatórios, observado o disposto no art. 57 da Lei nº 8.666, de 1993.
ORIENTAÇÃO NORMATIVA Nº 39/AGU, DE 13DEZ2011
A vigência dos contratos regidos pelo art. 57, caput,da lei 8.666, de 1993, pode ultrapassar o exercício financeiro em que celebrados, desde que as despesas a eles referentes sejam integralmente empenhadas até 31 de dezembro, permitindo-se, assim, sua inscrição em restos a pagar.
ORIENTAÇÃO NORMATIVA Nº 38/AGU, DE 13DEZ2011
Nos contratos de prestação de serviços de natureza continuada deve-se observar que: 
a) o prazo de vigência originário, de regra, é de até 12 meses; 
b) excepcionalmente, este prazo poderá ser fixado por período superior a 12 meses nos casos em que, diante da peculiaridade e/ou complexidade do objeto, fique tecnicamente demonstrado o benefício advindo para a administração; e 
c) é juridicamente possível a prorrogação do contrato por prazo diverso do contratado originariamente.
 
11.1. VIGÊNCIAS DIFERENCIADAS
Nesses casos não é observado o art. 57 da Lei 8.666/193, como é o caso dos contratos de locação imobiliária, que segue a lei do inquilinato, e serviços públicos concedidos.
Lei 8.666/1993, art. 62
§ 3o  Aplica-se o disposto nos arts. 55 e 58 a 61 desta Lei e demais normas gerais, no que couber:
I - aos contratos de seguro, de financiamento, de locação em que o Poder Público seja locatário, e aos demais cujo conteúdo seja regido, predominantemente, por norma de direito privado;
II - aos contratos em que a Administração for parte como usuária de serviço público.
ORIENTAÇÃO NORMATIVA Nº 36/AGU, DE 13DEZ2011
A Administração pode estabelecer a vigência por prazo indeterminado nos contratos em que seja usuária de serviços públicos essenciais de energia elétrica, água e esgoto, serviços postais monopolizados pela ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) e ajustes firmados com a imprensa nacional, desde que no processo da contratação estejam explicitados os motivos que justificam a adoção do prazo indeterminado e comprovadas, a cada exercício financeiro, a estimativa de consumo e a existência de previsão de recursos orçamentários.
ORIENTAÇÃO NORMATIVA Nº 9/AGU, DE 01ABR2009
A comprovação da regularidade fiscal na celebração do contrato ou no pagamento de serviços já prestados, no caso de empresas que detenham o monopólio de serviço público, pode ser dispensada em caráter excepcional, desde que previamente autorizada pela autoridade maior do órgão contratante e concomitantemente, a situação de irregularidade seja comunicada ao agente arrecadador e à agência reguladora.
12. CLÁUSULAS EXORBITANTES
As chamadas cláusulas exorbitantes são cláusulas comuns em contratos administrativos, a maioria está citada no art. 58 da Lei 8.666/1993, mas que seriam consideradas ilícitas em contratos entre particulares, pois são prerrogativas da Administração Pública, colocando-a em posição superior à outra parte.
O regime jurídico dos contratos administrativos instituído pela Lei 8.666 confere à Administração, em relação a eles, a prerrogativa de:
a. modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de interesse público, respeitados os direitos do contratado;
b. rescindi-los, unilateralmente, nos casos especificados no inciso I do art. 79 da LLC;
c. fiscalizar-lhes a execução;
d. aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial do ajuste;
e. nos casos de serviços essenciais, ocupar provisoriamente bens móveis, imóveis, pessoal e serviços vinculados ao objeto do contrato, na hipótese da necessidade de acautelar apuração administrativa de faltas contratuais pelo contratado, bem como na hipótese de rescisão do contrato administrativo;
f. restrições ao uso do princípio da exceptio non adimpleti contractus (exceção do contrato não cumprido), ou seja, a Administração pode exigir que o outro contratante cumpra a sua parte no contrato sem que ela própria tenha cumprido a sua.
As cláusulas econômico-financeiras e monetárias dos contratos administrativos não poderão ser alteradas sem prévia concordância do contratado.
Na hipótese da letra a. acima, as cláusulas econômico-financeiras do contrato deverão ser revistas para que se mantenha o equilíbrio contratual.
13. PUBLICAÇÃO
A publicação deve ser feita diretamente no SIASG/SICON, em alguns casos especiais, não atendidos pelos SICON, a UG deve utilizar o INCOM da Imprensa Nacional para fazer as publicações.
Os eventos de anulação ou revogação de licitação e retificação ou rescisão de contratos e outros eventos também deverão ser publicados. Os eventos são transações dentro do SIASGNet e SIASG/SICON. 
As publicações em jornais de grande circulação devem ser feitas via EBC, conforme Lei 11.652/2008
Lei 8.666/1993, art. 61
Parágrafo único.  A publicação resumida do instrumento de contrato ou de seus aditamentos na imprensa oficial, que é condição indispensável para sua eficácia, será providenciada pela Administração até o quinto dia útil do mês seguinte ao de sua assinatura, para ocorrer no prazo de vinte dias daquela data, qualquer que seja o seu valor, ainda que sem ônus, ressalvado o disposto no art. 26 desta Lei. 
ORIENTAÇÃO NORMATIVA Nº 33/AGU, DE 13DEZ2011
O ato administrativo que autoriza a contratação direta (art. 17, §§ 2º e 4º, art. 24, inc. III e seguintes, e art. 25 da lei nº 8.666, de 1993) deve ser publicado na imprensa oficial, sendo desnecessária a publicação do extrato contratual.
ORIENTAÇÃO NORMATIVA Nº 34/AGU, DE 13DEZ2011
As hipóteses de inexigibilidade (art. 25) e dispensa de licitação (incisos III e seguintes do art. 24) da lei nº 8.666, de 1993, cujos valores não ultrapassem aqueles fixados nos incisos I e II do art. 24 da mesma lei, dispensam a publicação na imprensa oficial do ato que autoriza a contratação direta, em virtude dos princípios da economicidade e eficiência, sem prejuízo da utilização de meios eletrônicos de publicidade dos atos e da observância dos demais requisitos do art. 26 e de seu parágrafo único, respeitando-se o fundamento jurídico que amparou a dispensa e a inexigibilidade.
Decreto 5.450/2005
Art. 17.  A fase externa do pregão, na forma eletrônica, será iniciada com a convocação dos interessados por meio de publicação de aviso, observados os valores estimados para contratação e os meios de divulgação a seguir indicados:
 I - até R$ 650.000,00 (seiscentos e cinquenta mil reais):
 a) Diário Oficial da União; e
 b) meio eletrônico, na internet;
 II - acima de R$ 650.000,00 (seiscentos e cinquenta mil reais) até R$ 1.300.000,00 (um milhão e trezentos mil reais):
 a) Diário Oficial da União;
 b) meio eletrônico, na internet; e
 c) jornal de grande circulação local;
III - superiores a R$ 1.300.000,00 (um milhão e trezentos mil reais):
a) Diário Oficial da União;
b) meio eletrônico, na internet; e
c) jornal de grande circulação regional ou nacional.
§ 4º  O prazo fixado para a apresentação das propostas, contado a partir da publicação do aviso, não será inferior a oito dias úteis.
 § 6º  Na divulgação de pregão realizado para o sistema de registro de preços, independentemente do valor estimado, será adotado o disposto no inciso III.
Os prazos de publicados de editais de licitações tradicionais, Convite, TP e Concorrência, estão previstos no art. 21 da Lei 8.666/1993.
14. OUTROS INSTRUMENTOS HÁBEIS DE CONTRATAÇÃO
Os Outros Instrumentos Hábeis de Contratação - OIHC estão previstos no art. 62 da Lei 8.666/1993.
Art. 62.  O instrumento de contrato é obrigatório nos casos de concorrência e de tomada de preços, bem como nas dispensas e inexigibilidades cujos preços estejam compreendidos nos limites destas duas modalidades de licitação, e facultativo nos demais em que a Administração puder substituí-lo por outros instrumentos hábeis, tais como carta-contrato, nota de empenho de despesa, autorização de compra ou ordem de execução de serviço.
§ 1o  A minuta do futuro contrato integrará sempre o edital ou ato convocatório da licitação.
§ 2o  Em "carta contrato", "nota de empenho de despesa", "autorização de compra", "ordem de execução de serviço" ou outros instrumentos hábeis aplica-se, no que couber, o disposto no art. 55 desta Lei.
 § 3o  Aplica-se o disposto nos arts. 55 e 58 a 61 desta Lei e demaisnormas gerais, no que couber:
I - aos contratos de seguro, de financiamento, de locação em que o Poder Público seja locatário, e aos demais cujo conteúdo seja regido, predominantemente, por norma de direito privado;
II - aos contratos em que a Administração for parte como usuária de serviço público.
§ 4o  É dispensável o "termo de contrato" e facultada a substituição prevista neste artigo, a critério da Administração e independentemente de seu valor, nos casos de compra com entrega imediata e integral dos bens adquiridos, dos quais não resultem obrigações futuras, inclusive assistência técnica.
O entendimento do Tribunal de Contas da União na Decisão nº 202/2002 – Primeira Câmara:
“8.2. dar à determinação constante do item II, do Ofício – 3a Secex 1.064/00, que comunicou ao IPqM a deliberação tomada por esta Primeira Câmara, em sessão de 06.06.00, contida na Relação 44/00, Ata 19/00, a seguinte redação:
II – observe, nas contratações futuras, as disposições constantes da Lei nº 8.666/93, art. 57, que dispõe sobre o prazo da duração dos contratos, sem incluir no período de vigência o prazo de garantia, uma vez que esse direito, de acordo com o que preceitua o art. 69, e o § 2º, do art. 73, todos da Lei nº 8.666/93, perdura após a execução do objeto do contrato.
8.3. esclarecer ao IPqM que, nas hipóteses em que for aplicável a Lei nº 8.078/90, poderá exigir do contratado, termo de garantia em separado, segundo o disposto no art. 50 e parágrafo único, da mencionada lei; e (…)”
15. ALTERAÇÃO CONTRATUAL
Nos contratos administrativos existem as tais cláusulas exorbitantes, que estabelecem poderes diferenciados para a Administração em relação ao contratado, destacam-se:
alteração unilateral;
rescisão unilateral;
fiscalização;
aplicação de penalidades;
anulação;
retomada do objeto;
restrições ao uso do princípio da exceptio non adimpleti contractus (exceção do contrato não cumprido), ou seja, a Administração pode exigir que o outro contratante cumpra a sua parte no contrato sem que ela própria tenha cumprido a sua.
No art. 58 verificamos algumas dessas cláusulas:
Art. 58. O regime jurídico dos contratos administrativos instituído por esta Lei confere à Administração, em relação a eles, a prerrogativa de:
I - modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de interesse público, respeitados os direitos do contratado;
II - rescindi-los, unilateralmente, nos casos especificados no inciso I do art. 79 desta Lei; 
III - fiscalizar-lhes a execução;
IV - aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial do ajuste;
V - nos casos de serviços essenciais, ocupar provisoriamente bens móveis, imóveis, pessoal e serviços vinculados ao objeto do contrato, na hipótese da necessidade de acautelar apuração administrativa de faltas contratuais pelo contratado, bem como na hipótese de rescisão do contrato administrativo.
§ 1o As cláusulas econômico-financeiras e monetárias dos contratos administrativos não poderão ser alteradas sem prévia concordância do contratado.
§ 2o Na hipótese do inciso I deste artigo, as cláusulas econômico-financeiras do contrato deverão ser revistas para que se mantenha o equilíbrio contratual.
As alterações contratuais estão previstas no art. 65 da Lei 8.666/1993. Os reajustes não são considerados alterações por estarem previstos no contrato.
Art. 65.  Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com as devidas justificativas, nos seguintes casos: 
I - unilateralmente pela Administração:
a) quando houver modificação do projeto ou das especificações, para melhor adequação técnica aos seus objetivos; 
b) quando necessária a modificação do valor contratual em decorrência de acréscimo ou diminuição quantitativa de seu objeto, nos limites permitidos por esta Lei;
II - por acordo das partes:
a) quando conveniente a substituição da garantia de execução;
b) quando necessária a modificação do regime de execução da obra ou serviço, bem como do modo de fornecimento, em face de verificação técnica da inaplicabilidade dos termos contratuais originários; 
c) quando necessária a modificação da forma de pagamento, por imposição de circunstâncias supervenientes, mantido o valor inicial atualizado, vedada a antecipação do pagamento, com relação ao cronograma financeiro fixado, sem a correspondente contraprestação de fornecimento de bens ou execução de obra ou serviço; 
15.1. ALTERAÇÃO POR REEQUILÍBRIO
Lei 8.666/1993, art. 65/II
d) para restabelecer a relação que as partes pactuaram inicialmente entre os encargos do contratado e a retribuição da administração para a justa remuneração da obra, serviço ou fornecimento, objetivando a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro inicial do contrato, na hipótese de sobrevirem fatos imprevisíveis, ou previsíveis porém de consequências incalculáveis, retardadores ou impeditivos da execução do ajustado, ou, ainda, em caso de força maior, caso fortuito ou fato do príncipe, configurando álea econômica extraordinária e extracontratual.
Decreto 7.892/2013
Art. 17.  Os preços registrados poderão ser revistos em decorrência de eventual redução dos preços  praticados no mercado ou de fato que eleve o custo dos serviços ou bens registrados, cabendo ao órgão gerenciador promover as  negociações junto aos fornecedores, observadas as disposições contidas na alínea “d” do inciso II do caput do art. 65 da Lei nº 8.666, de 1993.
ORIENTAÇÃO NORMATIVA Nº 22/AGU, DE 01ABR2009
O reequilíbrio econômico-financeiro pode ser concedido a qualquer tempo, independentemente de previsão contratual, desde que verificadas as circunstâncias elencadas na letra "d" do inc. II do art. 65, da lei no 8.666, de 1993.
15.2. ACRÉSCIMOS OU SUPRESSÕES
Lei 8.666/1993, art. 65
§ 1o  O contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas condições contratuais, os acréscimos ou supressões que se fizerem nas obras, serviços ou compras, até 25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial atualizado do contrato, e, no caso particular de reforma de edifício ou de equipamento, até o limite de 50% (cinquenta por cento) para os seus acréscimos.
Decreto 7.892/2013
Art. 12. O prazo de validade da ata de registro de preços não será superior a doze meses, incluídas eventuais prorrogações, conforme o inciso III do § 3º do art. 15 da Lei nº 8.666, de 1993.
§ 1º É vedado efetuar acréscimos nos quantitativos fixados pela ata de registro de preços, inclusive o acréscimo de que trata o § 1º do art. 65 da Lei nº 8.666, de 1993.
§ 2º A vigência dos contratos decorrentes do Sistema de Registro de Preços será definida nos instrumentos convocatórios, observado o disposto no art. 57 da Lei nº 8.666, de 1993.
§ 3º Os contratos decorrentes do Sistema de Registro de Preços poderão ser alterados, observado o disposto no art. 65 da Lei nº 8.666, de 1993.
§ 4º O contrato decorrente do Sistema de Registro de Preços deverá ser assinado no prazo de validade da ata de registro de preços.
16. ACOMPANHAMENTO E FISCALIZAÇÃO DE CONTRATOS ADMINISTRATIVOS 
O acompanhamento e fiscalização dos contratos administrativos está previsto no art. 67 da Lei 8.666.
 A execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por um representante da Administração especialmente designado, permitida a contratação de terceiros para assisti-lo e subsidiá-lo de informações pertinentes a essa atribuição.
O representante da Administração anotará em registro próprio todas as ocorrências relacionadas com a execução do contrato, determinando o que for necessário à regularização das faltas ou defeitos observados.
As decisões e providências que ultrapassarem a competência do representante deverão ser solicitadas a seus superiores em tempo hábil para a adoção das medidas convenientes.
O Decreto 9.507/2018, em seu art. 10, prevê que a gestão e a fiscalização da execução dos contratos compreendem o conjunto de ações que objetivam:
a. aferir o cumprimento dos resultados estabelecidos pela contratada;
b. verificar a regularidade das obrigações previdenciárias, fiscais e trabalhistas; e
c. prestar apoio à instrução processual e ao encaminhamento

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