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Fisiopat 30.03.11

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AV1
- anatomia da fêmea 
- fisiologia da fêmea (hormônios, ciclo estral, ovogenese)
- exame ginecológico
- patologias da fêmea (útero, ovário e tuba ; vagina, cérvix e vulva)
Teste
- anatomia do macho
- fisiologia do macho
- exame andrológico
- patologias do macho
- diferenciação sexual
AV2
- gestação
- parto e puerpério 
- patologias da gestação 
- patologias do parto
Torção uterina
Pode acontecer em todas as espécies, ela na verdade é uma ocorrência, acontece. As vezes a fêmea está deitada, vai levantar e quando ela vai levantar, principalmente se o útero tiver cheio ele vai torcer. 
Descendo o morro, em trabalho de parto. Não tem uma explicação, ele simplesmente acontece.
Muito freqüente no animal gestante pela presença de conteúdo.
Numa piometrite também pode acontecer, mas durante uma gestação é mais fácil.
Pode acontecer em um dos cornos só, como pode acontecer nos 2. 
Independente se ser uni ou bicornual as conseqüências serão as mesmas, pq aquela região que foi torcida vai ter diminuição do fluxo sg, então isso vai gerar uma serie de mudanças ali. vai levar a uma necrose, degeneração da parede, etc.
Se a fêmea estiver gestante, vai ter morte do feto.
Ex. cadela, multípara, mesmo se tiver feito torção de um dos cornos só, todos vão morrer, porque ela vai entrar num quadro de endotoxemia.
Isso vai determinar a morte fetal
Se o animal não está recebendo tratamento nenhum, isso evolui para uma endotoxemia, ruptura da parede uterina e passagem do feto pra cavidade abdominal.
Prolapso uterino
	
Conforme vai progredindo o quadro, começa a ter uma necrose, o animal fica mais deitado, vaca fica se arrastando na cerca, acaba trazendo conseqüências mais sérias, ovelhas e éguas podem fazer também, mas a égua fica mais cavando quando está incomodada. 
É comum nessa fase acontecerem as lesões. Ex. arrasta na certa. Uma coisa que já estava ruim, piora a situação, fazendo lesões na mucosa, rupturas, etc.
O prolapso uterino mts vezes está relacionado a alterações no parto.
Ex. fêmea que teve uma distorcia e foi feita uma tração exagerada (puxar o feto), as vezes a forca usada foi excessiva, causando um prolapso. Uma retenção de placenta pode causar um colapso de útero. Uma hipocalcemia pós-parto pode causar um prolapso de útero.
(colocou a madre pra fora, madre=útero)
Tratamento:
Com uma mangueira com água fria, e o tempo todo lavando aquilo pra ver se diminui. Se tiver como colocar um balde com gelo. 
Vc chegou na fazenda: lavar primeiramente esse útero. Com soro, lava bem o útero porque vc pode ter pedra, capim, uma serie de coisas grudadas ali.
Se vc tiver áreas de necrose, vc pode pegar uma esponja e escarificar a região que é pra reavivar a mucosa. Se tiver todo o tecido alterado vc ai ter que fazer a panhisterectomia. 
Vc vai empurrar pra dentro e vai sair, vai ficar fazendo isso pacientemente. E vai fazer a sutura da vulva, senão volta tudo pra fora. Vc faria em U, usando suportes pra evitar a tensão direta em cima da pele, porque às vezes mesmo com a vulva suturada ela coloca tudo pra fora (ex com borracha do equipo, botão, tudo isso pra evitar a pressão na pele).
É muito comum a recidiva, pode acontecer em qualquer momento. Se fez prolapso recidivo a recomendação é o descarte da reprodução. Se vc quiser manter como 
Não necessariamente vc tem que matar o animal. Vc pode fazer uma panhisterectomia. 
Prolapso uterino
- Pré-disposição: 
Tração forcada
Retenção de placenta
Hipocalcemia pós-parto
- conseqüências
Edema
Congestão 
Hemorragia
Necrose 
Hérnia
Ocorrência: cadelas. (porque tem os cornos compridos)
Problema da érnia: estrangulamento. 
Se a cadela emprenhar e for aumentando aquele pedaço vai começar a estrangular. A resolução é cirúrgica.
Ruptura de útero
- Fatores pré disponentes:
Torção 
Distocia
Fluido em excesso
Pode acontecer no caso de torções. 
Pode acontecer também em casos de distocia (onde vc faz manobras obstétricas inadequadas). Ex. erros na fetotomia (vc cortar o feto pra retilá-los em partes). Quando vc tem o bezerro morto e vc tem acesso ao útero o recomendado é fetotomia, vc vai cortando partes dele e vai tirando partes desse feto. Isso tanto pra égua quanto pra vaca. Vc vai usar um fetotomo que é introduzido pela vagina, é uma haste de metal com um “cambão” e vai introduzir pela vagina e vc vai ver o lugar que vai cortar, vc vai serrando e vai tirando partes.
Podem acontecer falhas nesse procedimento, então pode acontecer de cortar a parede do útero. 
Esquírola óssea 
- Conseqüências: Total: Hemorragia e peritonite 
As vezes até um parto difícil pode romper o útero, por tanta forca que ela faz nas contrações.
Quando o proprietário identifica o problema o animal já está entrando em choque hipovolêmico.
Muitas vezes vc não tem possibilidade de fazer uma cirurgia, porque a única possibilidade é abrir e suturar a parede do útero, mas a clinica não permite.
Alterações do desenvolvimento
Aplasia segmentar de útero. (é conhecida como doença das novilhas brancas)
Pode acontecer em todas as espécies, sendo mais freqüente na espécie bovina. É causada por um gene recessivo (daí o nosso grande problema) que leva a um quadro que pode ser uni ou bilateral. Pode ser parcial ou total de um corno. 
O animal com 1 corno não preocupa agente, porque ele tem o outro corno e pode engravidar.
Agente não se preocupa, ... quando isso acontece está ótimo.
O mais sério é ... porque se ela ovular desse ovário ela pode emprenhar. Isso caracteriza um quadro de subfertilidade e ai vc mantém na sua população esse gene recessivo.
A maioria das vezes que acontece a aplasia segmentar de útero, acontece uma aplasia segmentar de tuba.
- Desenvolvimento incompleto dos ductos paramesonetricos (gene autossômico recessivo)
- uni ou bilateral / parcial ou total
- conseqüências: CL persistente
		 Anestro prolongado
		Mucometria
		Subfertilidade.
Vc pega a família que vc identificou que tem o gene vc vai pegando aos poucos e vai descartando. Vc descarta o problema imediato 
Aplasia segmentar parcial de um dos cornos só. Se ela ovular de um ovário ela vai emprenhar (do ovário que não está com aplasia), com isso mantendo o gene na reprodução.
(parcial não pega um corno inteiro)
Alem de vc ter quadro de subfertilidade, é fácil de identificar na identificação. O histórico do animal ajuda (pq não é um animal normal, ele tem quadro de subfertilidade).
O pedaço não tem comunicação com o meio externo da aplasia parcial, tem a mesma mucosa que a parte normal, então também é produzido muco. O muco que é produzido não vai pra lugar nenhum, sendo acumulado ali, formando o mucometra, é asséptica. 
Hipoplasia uterina (útero infantil)
- falha no desenvolvimento dos ductos paramesonefricos 
- moderada ou grave
Diminuição do numero de células, 
É causada por um gene autossômico recessivo e ele tem penetrância incompleta.
O gene recessivo se expressa quando está em homozigoze, nesse caso ele se expressa em homozigose, só que o grau de expressão dele é variável. Então vc pode ter hiploplasias em graus variados.
Vc pode ter um quadro leve, moderado ou grave.
Diminuição leve no tamanho do útero
Diminuição moderada do tamanho do útero
Diminuição grave do tamanho do útero.
Quando vc tem uma diminuição grave, ele é infértil. O grande problema é o animal sub-infertil. 
Os animais subférteis mantém o gene na população.
O infértil mesmo o proprietário ter cuidado com ele, ele não vai emprenhar.
As vezes vem junto com a hipoplasia do ovário e da vulva. Com isso fica cada vez mais difícil ela emprenhar, então isso é bom.
Na propriedade que não tem acompanhamento, uma vez ou outra ela pode parir, mantendo aquele gene na reprodução.
O macho vai ter hipoplasia de epidídimo ou hipoplasia. O macho vai ser subfértil também.
O comprometido, o descendente e o ascendente têm que ser descartados.
Útero duplo
- Ocorrência: bovinos
- Septo – persistência da parede medial dos ductos paramesonéfricos.
É uma doença congênita, não é hereditário. Vai haver a presença de um septo normalmente é no corpo desse útero. 
Grande problemadisso: quando chegar um embrião no ovário e ele for começar a se fixar pra formar a placenta, quando ele tiver que ocupar o outro lado ele não consegue, ai ele acaba morrendo. -> isso é em vaca, essa fêmea não consegue manter a gestação.
Mas vc tem casos de persistência de septos pequenos. Essa fêmea dificilmente vai ter problema, pois o embrião vai conseguir chegar ao outro corno.
Recomendado: se vc diagnosticar, vc poderia fazer uma histeroscopia
Recomendação é descarte.
Hipoplasia do endométrio
- ausência de glândulas endometriais
É encontrado em intersexo eqüino X0 
O útero dessa fêmea toda normal, e ele tem ausência de glândula endometrial. Então a hipoplasia de endométrio se caracteriza pela ausência da glândula endometrial. Com isso ela não reproduz, e às vezes nem cio ela tem. Agente não se preocupa com esse animal, vai ser um relato de caso.
Alterações regressivas
- Hipotrofia do endométrio 
	É uma diminuição no tamanho das células. 
	É adquirido.
Causas: castração 
	Diminuição da função hipofisária
	Inanição crônica
	Doenças crônicas 
Sinais: endométrio liso, delgado e de coloração acinzentada com completa destruição das glândulas endometriais. (isso é o animal que está sem estímulo há 3-4 anos, animal que tem fome crônica há 4 anos. É um animal de pele e osso há muito tempo, e recuperar a atividade reprodutiva dele é muito difícil)
Quando quer uma receptora pro embrião, fica mais barato tirar o ovário da égua, e 
Diminuição de função de hipófise, começa a faltar os hormônios hipofisários, com isso vc vai ter diminuição da atividade do útero.
Neoplasias, uma doença que debilita o animal, fome, etc. porque qualquer animal que esteja em fome crônica pode ter hipotrofia do endométrio reversível.
Em todas as causas são reversíveis na hipotrofia de endométrio. (a castração eu posso repor o hormônio dela)
Mucometra e hidrometra: são basicamente a mesma coisa, o que muda é a fluidez do liquido, pois a causa é a mesma, um é liquido mais aquoso e outro mais mucoso
- conseqüências: hipotrofia do endométrio e miométrio
		 Útero com parede delgada
- causas: obstrução do canal cervical ou vagina
	 Hiperestrogenismo – cisto folicular
	 Persistencia do hímen
	 Colo uterino muito tortuoso
Excesso de produção: sua fêmea está produzindo um estimulo que produz muco demais.
= Hiperestrogenismo. É o excesso na produção de estrógeno. O que pode causar isso: ex. cisto folicular, tumor de células teca granulosa. 
Essas 2 patologias, são patologias de ovário, que levam a produção intensa de estrógeno direto, todo dia. Essas fêmeas não têm fase progesteronica porque estão produzindo estrógeno o tempo todo. Como o estimulo é o tempo todo, produz muito muco.
Mucometra e hidrometra são processos assépticos, é apenas o acumulo de muco ou de liquido. O único problema seria a destruição da parede.
Só que tem um porem que pode complicar sua vida: quadro de hiperestrogenismo. A fêmea além de fazer mucometra ela está apresentando o cio o tempo todo. Se essa fêmea começar a cobrir, pode levar contaminação daquele muco, e aquilo que era um processo asséptico vira uma piometra. 
Dificuldade de drenagem: Ou tem dificuldade de drenar esse muco/liquido produzido. Ex. cérvix tortuosa dificulta a drenagem do liquido. Ex. fibrose de cérvix, animal que teve uma laceração, cervix cicatrizou por segunda intenção, teve fibrose. 
Alongamento da base do corno
- ocorrência: égua idosa.
É comum em égua idosa, geralmente adquirido por fêmeas que pariram muitas vezes. A vida reprodutiva da égua é longo.
Forma-se uma espécie de “saculação” na base de um dos cornos uterinos. O alongamento dificulta a mobilidade do embrião, que não consegue fazer o reconhecimento materno da gestação e ele morre. É uma alteração adquirida, então é uma égua que vc pode fazer transferência de embrião, pois é relacionado a fêmea idosa, e ao numero de partos.
Cistos uterinos
- origem: vasos linfáticos
Existem 2 origem: de vasos linfáticos, que são grandes e únicos. Quando esse cisto tem um tamanho razoável .... pode interferir com o embrião, com isso interferir com a fertilidade da fêmea.
Temos os cistos de glândulas endometriais, que são pequenos como se fossem um cacho de uva, é um achado clinico, não tem problema, é um achado mas que vc tem que anotar.
Alterações inflamatórias
Endometrite
É a patologia mais importante do aparelho reprodutor feminino, que é a endometrite 
Endometrite é inflamação do endométrio.
Mecanismo de defesa do útero
- neutrófilos
- Ig
- Sistema Complemento
- Contrações miometriais
Esse sistema tem que ser eficiente. Como isso vai funcionar:
Toda vez que uma fêmea está no cio ela tem as defesas aumentadas, porque uma fêmea em cio está exposta e vai entrar em contato com o macho (teoricamente). Toda vez que essa fêmea entra em contato com o sêmen, ela vai desenvolver um processo de endometrite transitória. O sêmen é uma solução proveniente de um outro individuo, com ptns, células totalmente diferentes daquela fêmea. Todo sêmen é considerado um antígeno pelo sistema de defesa.
Na hora que o sêmen entra em contato com a mucosa, há o reconhecimento desse sistema .... endometrite transitório, porque é um quadro fisiológico que o sistema de defesa já está aumentado, vai chegar e resolver sozinho, normalmente a cura (espontânea) seria pelo próprio mecanismo de defesa dessa fêmea, essa cura deve ocorrer até 48 horas.
	Existe uma fêmea que agente classifica como susceptível, que é a fêmea que tem falha no mecanismo de defesa. 
O que vai acontecer com essa fêmea: vai entrar em contato com o sêmen, vai fazer a endometrite transitória, porem quando esse mecanismo de defesa for fazer a cura, ela falha. Então tem uma cura incompleta, essa fêmea desenvolve o que agente chama de endometrite persistente. Isso significa que essa fêmea susceptível é uma fêmea que faz recidiva direto. Porque essa fêmea entra em contato com o sêmen, faz a endometrite persistente, ai eu vou, identifico e trato, quando eu for novamente inseminar ela, vai ter uma nova endometrite porque o problema está na falha no mecanismo de defesa. A fêmea não fica o tempo todo com endometrite, ela faz a recidiva freqüente. 
Outra categoria que agente pode classificar essas fêmeas é a fêmea resistente:
	É uma fêmea que não tem falha no mecanismo de defesa. Mas imagina que ela é coberta, e entra junto com o sêmen um pseudômonas, eu tenho um agente infeccioso ali causando uma endometrite. Essa fêmea vai ser identificado o problema, vai tratar o problema e ela não vai repetir isso, só vai repetir quando for contaminada por um agente infeccioso novamente. 
Elas não têm falha no mecanismo de defesa.
Existem fêmeas que tem populações de neutrófilos incompetentes no útero, são imuno-incompetentes, elas não conseguem controlar. Tem fêmeas que tem uma contração de endométrio insuficiente pra expulsar o contaminante.
A endometrite pode ser clinica ou subclinica.
A clínica pode ser aguda ou crônica.
O quadro clínico é aquele que apresenta sinais clínicos. Vai apresentar uma secreção, que é variada de acordo com o agente (mucopurulenta, ou só purulenta ou serosanguinolenta, depende do agente que está causando aquele quadro).
A dor existe, mas é uma dor local, então a única coisa que pode estar doendo é o útero, a parte de dentro. Então a endometrite não tem sintomatologia sistêmica. Vc não vai ver uma fêmea com endometrite com febre, sem dor a palpação, toda a sintomatologia vai ser local. É apenas uma alteração reprodutiva, essas fêmeas não correm risco.
Na palpação vc percebe edema, e a secreção (até mesmo na inspeção). Vai haver hiperemia (mas isso vc não palpa, vc só veria na histeroscopia). O que mais vai me chamar atenção é a secrecao e o edema.
No quadro crônico
Vc não vai ter os sinais exacerbados como edema discreto, hiperemia discreta, etc. a secreção existe só que ela é pequena. Vc tem sinais menos evidentes.
A endometrite aguda é fácil, porque vc olha pra fêmea, vê aquela secreção saindo da vulva e vc já sabe, vc pesquisa o que esta causando isso. Não vaite dar problema.
O problema é a endometrite subclínica, pois ela não tem sinais evidentes. A única coisa que eu consigo observar aqui é a repetição de cios. vc só percebe repetição de cio.
Ela repete cio por que: o cara pode estar inseminando no momento errado.
O sêmen que está usando é de qualidade ruim.
O cara não sabe ver cio direito.
É muito difícil vc chegar a conclusão que isso é um problema dessa fêmea, porque vc tem que fechar todas as variáveis,
Isso é o nosso problema porque isso gasta, ela está no plantel, está sendo alimentada, está gastando sêmen com ela .... e ela não está .... vamos fazer a avaliação dos animais (ex. fêmea cobriu 3x e não emprenhou, vc suspeita que tem algo de errado com ela). 
Ela não tem nada aparente. Se o proprietário nem sabe quem é a égua, ele não vai saber te responder nada.
Ate vc chegar, fazer o diagnostico e tratar demora, e o prejuízo é muito grande.
Diagnostico pra endometrite:
Quadro clínico: 
- Inspeção: só na inspeção vc iria matar um pouco da charada. Tem um pouco de secreção na vulva.
- Palpação: Faço a palpação, percebo o útero edemaciado com liquido dentro, etc.
- U.S: 
- Vaginoscopia: vou ver que a secreção está saindo de dentro do útero, isso fecha o diagnostico mole.
O meu procedimento a partir daí é a coleto o material (a secreção) pra cultura e antibiograma.
- cultura e antibiograma
Subclínica (queixa: repetição de cio)
Na inspeção, palpação eu não vou ver nada. No U.S. pode ser que vc veja um pouco de líquido que é anecóico, só que como ele é muito pouco vc não vê externamente. 
O que eu faço então: citologia, vou observar neutrófilos e se for um agente eu o vejo.
Diagnostico diferencial:
Alteração de tuba, hipoplasia ovariana, etc.
Se na citologia deu positivo, eu faço a cultura e antibiograma pra descobrir o agente.
Endometrite é pra qualquer espécie.
Tratamento
1º passo: sempre iniciar o tratamento na fêmea em cio. Porque as defesas estão aumentadas, ai ela mesma me ajuda no tratamento.
Se ela já estiver em cio, eu começo meu tratamento. Se ela não estiver em cio, eu estimulo um aparecimento de um novo cio com a lise do CL (uso da prostaglandina, PGF2alfa, de 2-5 dias ela entra no cio)
Ex. agente: bactéria.
2º passo: antibioticoterapia, ela pode ser sistêmica ou local. Temos que lembrar no caso dos antibióticos sistêmicos temos que saber se chega no útero. Outra possibilidade é trabalhar com a antibioticoterapia local (útero), pode ser por infusão ou lavado. 
Vai pegar 150 a 200 ml de soro e diluir dentro o antibiótico. Vc vai colocar dentro do útero, vc coloca e deixa. Fazendo o mínimo de 7 dias de aplicação.
Contra:
- Vc tem que estar com aquela fêmea, todo dia 7 dias, nem sempre vc tem essa disponibilidade, não tem clinica, a fazenda é longe, a égua não está internada.
- Vc vai colocar liquido dentro de um útero que já tem liquido. E aquele antibiótico tem uma meia vida, quando acabar a ½ vida dele só vai sobrar liquido.
- vc tem possibilidade de lesão de mucosa, porque o antibiótico direto na mucosa pode causar uma irritação dessa mucosa. Isso é mais problema no caso da infusão vc agredir essa mucosa, porque a maioria dos antibióticos não é feita pra 
- lavado: vc pega litros de soro, pra lavar até sair limpo. Vc vai pegar litros de soro, diluir o antibiótico em todos os litros, e ai vc vai lavando (bota o litro e tira) até que o liquido saia limpo, o custo é enorme. Porque se tiver que lavar com 5 litros aquela fêmea e o mínimo de 7 dias. 
Para baratiar isso, vc pode pegar, lavar primeiro com soro puro, até sair límpido, quando saiu límpido vc lava com antibiótico nos últimos litros. Vai ter que fazer isso 7 dias na fêmea.
Professora: quando sabe que é um agente bacteriano, associa antibioticoterapia sistêmica com lavado puro de soro. A veterinária faz nos primeiros dias, depois os tratadores fazem.
Faz soro puro, pra diminuir a quantidade de liquido naquele útero, e não precisa de continuidade (ir na fazenda todos os dias, então pode limpar quando for lá), só o antibiótico que tem que ser todo dia, mas isso o tratador pode fazer. Mínimo 7 dias.
Se vc identificar também a presença de um fungo, vc pode associar o antifúngico. 
Sempre que for pedir uma cultura de útero, pedir sempre bactéria e fungo.
Começa sistêmico e local. (antifúngico geralmente é via oral),
A cândida é de microbiota normal do útero. Então isso é causado pelo veterinário, que usa um antibiótico que acaba selecionando muito os MO do útero, provocando assim um aumento da cândida ali.
Normalmente agente associa a um antifúngico e um antimicrobiano, geralmente é o fluconasol (antifúngico) que é um tratamento muito caro e que causa recidiva, porque a duração é de 15 dias.
O antifúngico local (pomada) é mais caro ainda. 
Muitos usam no lavado o uso de anti-sépticos. Faz lavado com iodopovidona a 0,5% ou ácido acético a 2% (que é o vinagre)
Vc tem que manter o antifúngico sistêmico e mais o lavado com anti-sépticos. 
Não pode deixar povidine no útero da égua, então vc lava 2L com povidine e depois vc lava depois com soro puro. A mesma coisa se vc quiser usar o ácido acético.
Iodo no útero de vaca causa degeneração, e o acido acético também não pode usar.
Ocitocina
Pode se utilizar durante o tratamento a ocitocina pra contrair o útero e estimular a saída de liquido.
Pode fazer lavado puro com ocitocina. 
Se a fêmea tem endometrite com pouco liquido e com pouca celularidade, ....
Ocitocina, ela vai contraindo e expulsando aquilo tudo.
1 por dia, durante 2 a 3 dias.
Vc vai adaptando o tratamento de acordo com o quadro que vc encontra.
Vc coloca a fêmea no cio, pq o cio já é a limpeza e entra com a ocitocina (aumenta a contração e a expulsão de liquido).
Imunomediadores.
Para fêmeas que fazem a recidiva freqüente (ex. endometrite fungica, que vc trata e trata e ela está sempre voltando) vc pode associar ao tratamento imuno moduladoes, que são ............ ripercol, que é muito barato. O único problema é que a fêmea não vai querer te ver por muito tempo porque dói, é IM e é oleoso.
Ex. levamizole. Vc faz 3 dias a dose normal. Depois dessas 3 dias, a idéia é vc emendar o tratamento.
Sangue total ou plasma
Tratar com sangue total ou plasma direto no útero. Como vc faz: pega uma seringa 60 com anticoagulante. Tira o sangue da égua e coloca dentro do útero.
Heparina.
Outra possibilidade é vc pegar uma bolsa de sg, tirar 500ml de plasma do sg total, e infundir só plasma lá pra dentro. Vc está fornecendo defesa pura (Ig, células de defesa, etc.)
O sangue é meio de cultura para crescimento microbiano.
Metrite puerperal ou pós parto ou metrite séptica
É a mesma doença, o sobrenome está relacionada ao momento que ela está acontecendo.
Puerperal: pos parto
Metrite séptica: qualquer dia da vida reprodutiva
Metrite é a inflamação das 3 camadas do útero, endométrio, perimetrio, e 
A metrite mata .
O quadro é sistêmico, como é a inflamação das 3 camadas do útero, essa fêmea vai fazer sepcemia,
Nesse caso, a sintomatologia: dor a palpação, com consistência diferente do útero, quando vc palpa o útero vc sente ele meio emborrachado. A fêmea fica incomodada a palpação, vc vai encontrar edema de útero, secreção. Mas nem sempre uma metrite vai ter uma grande quantidade de secreção, vc pode ter pouca quantidade de secreção. O que vai chamar a atenção é a ......febre, apatia e anorexia, extremidades frias. Tem alteração sistêmica grande.
Se progredir para uma endotoxemia, vai evolui para .... no caso de eguas laminite, 
Evolução: peritonite
	Septicemia e toxemia
	Metrite crônica (raríssimo na égua, na vaca é raro, mas muitas morrem)
Parto complicado, que o cara puxou o filhote, etc. toda vez que vc tem uma intervenção vc pode ter uma conseqüência e uma das possibilidades é uma endometrite.
Relacionado a retenção de placenta ...
Geralmente é relacionada a um parto
Sinais: perimétrio escuro, com deposição de fibrina
	Parede flácida e friáves
	Exscudato de coloração achocolatado e odor fétido
	Endométrio apresenta-se espesso, vermelho escuro e se desprende facilmente
Oque vai fazer: fluidoterapia, antiinflamatório, antibioticoterapia de amplo espectro (não dá pra esperar o resultado pra fazer, vc entra com um antibiótico de amplo espectro) . vc tem que entrar logo com o tratamento, se vc tratar vc salva. 
O que vc não pode é esperar. 
Faço tratamentos preventivos, ex. não espero ela ter uma metrite, eu já entro com o antibiótico (banamine e flumexine) e dimetilsulfóxido (DMSO, dimesol no soro IV)
Num primeiro momento não mexer no útero porque a parede está friável e sensível.
Síndrome mastite-mastite agalaxia (MMA)
	Acomete porcas no pós-parto.
É importante no esquema de produção de suínos, porque é um agente bobo, que já está no TGI. 
Isso está relacionado a estresse, principalmente estresse de manejo. Ex. troca o tratador, tira as companheiras do lado dela, ambiente sujo, diminuiu ração drasticamente, tudo que mude radicalmente o manejo pode levar a uma diminuição brusca de imunidade e ela vai fazer uma metrite.
Em decorrência dessa metrite faz septicemia, ela vai fazer uma mastite com conseqüente agalaxia (ausência de leite, ela pára de produzir leite). A porca morre de septicemia e os filhotes morrem de fome.
Vc trata o animal, porem é um custo enorme (porque se vc interferiu no manejo de uma, vc interferiu no manejo de todas), tanto pra tratar a porca quanto amamentar os filhotes.
Isso nas suinoculturas nacionais não acontece, pois os profissionais não deixam acontecer.
Metrite: septicemia, mamite, agalaxia
Fatores predisponentes: rotatividade na maternidade
			Higiene deficiente
			Modificações de manejo e alimentação 
Piometrite (ou piometra)
Acomete mais comuns cadelas e vacas, mas as outras espécies também podem apresentar porem com menos freqüência.
A origem é sempre hormonal, é geralmente um distúrbio hormonal.
Na vaca: 
Normalmente relacionada ao hiperestrogenismo que causa aumento de muco (mucometro), o comportamento dessa fêmea é de cio o tempo todo (ninfomania). O excesso de montas (independente do touro) pode levar a uma contaminação da mucometra levando a piometrite.
O quadro de piometrite em animais de grande porte é diferente da cadela com piometrite. 
A cadela tem aumento da secreção, se for fechada vc não vê. Apatia, dor abdominal, diminuição de apetite, e se vc não tratar ela, morre.
A vaca sobrevive com piometra, trabalha todo dia com o pus escorrendo pelas pernas, convive com aquilo normalmente. A clínica é totalmente diferente, vc tem quadros diferentes, o animal pode não estar muito bem, mas ele vive com aquilo.
Não tem como tratar, porque a parede uterina (mucosa) está totalmente destruída. O que vc poderia fazer é a retirada do útero e discarte da reprodução.
Cadela
Não necessariamente faz septicemia, mas ela morre disso. 
O distúrbio hormonal da cadela é pela progesterona.
Fase progesteronica (P4) da cadela é de 60 dias.
Cadela no cio, cobriu, e entrou na fase progesteronica, só que esse cão contaminou ela durante essa copula, como a fase progesteronica dela é muito longa, ela fica imunossuprimida esse tempo todo. Então aquele agente infeccioso não encontra muita resistência, fazendo uma piometra.
E se a cadela não tiver cruzado ou for nulípara (que nunca cruzaram), o que acontece?
Em algumas fêmeas essa fase progesteronica longa pode levar a um quadro de hiperplasia endometrial, um estímulo constante naquele endométrio fazendo com que haja produção aumentada da progesterona. Não é que aumentou a progesterona dela, o estimulo continuo dela pode levar a uma hiperplasia endometrial. Isso vai gerar presença de muco, vai gerar uma mucometra.
O que fazer numa cadela com piometrite: histerectomia
Existem alguns tratamentos conservativos, com antibioticoterapia sistêmica com prostaglandina pra fazer a retirada do CL.
Vc tem que saber se o animal tem clinica pra isso pra poder fazer isso 
Outra coisa: a Prostaglandina tem efeitos colaterais como: coma e morte. Então aplicar a prostaglandina na cadela é em clinica, monitorada.
 
Metrite contagiosa eqüina
- etiologia: Taylorella equigenitallis (presente no clitóris (fossa clitoriana) e fossa uretral do macho)
- sinais: edema e hiperemia da cérvix
	Secreção vaginal mucopurulenta
	Infertilidade temporária (2 a 3 semanas)
	Congestão endometrial
	Descamação completa do endométrio
Doença sexual transmissível: não há lesões no garanhão
O macho na hora que passar o pênis sobre o clitóris, ele se contamina, fica um portador assintomático e transmite pra outra que ele for cobrir.
Por isso vc tem que higienizar a fossa uretral do macho.
Não existe no Brasil.

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