Buscar

ok fisiopat 02.03.11

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

Fisiopatologia Reprodução de Animais
Rio, 02/03/2011
Alexandra Woods
Exames ginecológicos - Genitália interna
Palpação retal
Égua
Quais seriam as situações em que vcs indicariam um exame ginecológico? 
O animal que está entrando pra reprodução, então seria aquela fêmea na puberdade (que está começando a vida reprodutiva dela). Aqui é imprescindível o exame ginecológico nessa égua, é perder dinheiro pro cara não fazer o exame. Para o pessoal de boi não é um problema, o proprietário aceita bem isso, o proprietário até procura o vet pra fazer o exame ginecológico, porque ele sabe que isso vai levar a uma perda de dinheiro se ele não fizer. Agora, temos que ter a mesma postura em relação às outras matrizes como: eqüino, cão, etc. vc tem que indicar o exame ginecológico no inicio da vida reprodutiva.
Outras indicações: um animal que apresenta uma alteração, que apresenta uma sintomatologia, ex: secreção, vulva mais hiperêmica, tem alguma alteração clinica.
Outras situações: animal com problema de fertilidade. É aquele animal que fica repetindo cio, porque um animal que tem uma sintomatologia pra reprodução ele tem um problema de fertilidade, então vale a pena colocar um animal que faz repetição de cio, porque existe um quadro chamado endometrite subclínica, que é um quadro subclínico, então esse animal não tem outro sinal que não seja repetição de cio. Só que tem que ter cuidado ao analizar o que é repetição do cio, como assim: vc tem que ter todas as variáveis, como: sêmen de qualidade, tem que ter um inseminador capacitado, senão entra aquela historia, as vezes vc entra numa propriedade com índices reprodutivos baixos, ai vc olha na planilha do inseminador a vaca nunca dá cio num domingo, nunca dá cio em feriado, dia de natal, etc. ai vc vai ver os índices da fazenda são baixos, mas não é culpa da vaca. Então quando agente pensa em repetição de cio, temos que observar todas as variáveis, eu tenho que estar com tudo certo pra poder dizer que o problema está no animal, porque o problema pode ser no sêmen, que pode ter uma qualidade ruim, as fêmeas vão estar repetindo o cio porque o sêmen está ruim. 
	Outra coisa muito importante: indicação muito importante: exames de compra e venda. Ninguém faz, e isso é um prejuízo absurdo pro comprador.
Isso é com vaca também, é exigido um exame andrológico do macho pra poder entrar no leilão, exposição. Mas na vaca não.
Agente deve indicar o exame andrológico do animal ao proprietário que vai comprar.
Ou compra a fêmea prenha, que é o melhor atestado de fertilidade.
Sempre o veterinário responsável da fazenda que deve fazer o exame andrológico, pra evitar falsificações tanto da parte do outro veterinário quanto do peão.
Em eqüino nada é exigido. A única coisa exigida é a presença dos 2 testículos.
Pra touro entrar em exposição ele tem que ter exame andrológico. 
Sempre ao inicio da estação reprodutiva, (é muito difícil conseguir isso, porque vc trabalha com um percentual de fêmeas alto) fazer um exame ginecológico nela. Quando vc trabalha com um individuo é mais fácil de fazer isso. Quando trabalha com altos números é mais difícil.
Qual o primeiro passo de um exame ginecológico? É o histórico detalhadíssimo desse animal. 
Idade do animal, porque algumas alterações estão correlacionadas à idade. Ex. tem muitas alterações reprodutivas que em animais idosos acontece com maior freqüência do que no animal jovem. Ex. diagnostico por imagem, presença de cisto uterino, o cisto uterino acomete todas as espécies acontece com maior freqüência em animais idosos. 
Raça: existe pré-disposição racial em algumas alterações. Ex. há algum tempo, a raça campolina era muito mais predisposta a cisto uterino do que as outras. Hoje em dia já não está tanto, mas há um tempo era assim. 
Às vezes vc tem alterações ligadas à aptidão daquela raça. A raça predispõe a situações porque depende da aptidão. Ex.: égua de esporte: PSI se aposenta com 6 anos, ela não é jovem mas também não é idosa. Égua quarto de milha se aposenta: 16 anos. 
Escore corporal: importantíssimo. O cio entra pela boca. Às vezes vc é chamado pra fazer uma avaliação ginecológica no animal e quando vc chega vc percebe que a causa é reprodutiva. O animal em confinamento tem que comer o dia todo (ex. vaca, égua). O escore corporal não pode estar nem muito alto nem muito baixo porque esses 2 extremos são muito prejudiciais, então as vezes é mais fácil falar pra acertar a alimentação desses animais e depois voltar pra avaliar. 
Dados reprodutivos anteriores: procurar pegar o máximo possível de informações a respeito da reprodução daquela fêmea. Pariu? Quantas vezes pariu? Como foi o parto? Já abortou alguma vez? Já teve morte embrionária? Procurar saber tudo dessa fêmea. Saber se ela já fez algum tratamento reprodutivo, qual que ela fez. Etc. 
Toda vez que forem enviar um animal pra se reproduzir em outro lugar é de praxe que vc mande um histórico daquele animal (macho ou fêmea, pros 2)
Tratamento pra performance. Que tipo de atividade esse animal exerce e qual a possibilidade dele ter feito um tratamento pra isso. Ninguém vai te contar que deu bomba pro animal, então vc tem que meio que observar a musculatura (se cresceu rápido, etc.). Vaca em concurso leiteiro, vc pode ter certeza que pura ela não está. Algumas éguas de prova. Cadelas de exposição, etc. Então vc corre risco de pegar animais que sofreram algum tratamento pra performance que interfere na reprodução. Ex. bomba. 
Depois que vc faz esse histórico detalhado vc vai fazer um exame físico dessa fêmea, como:
Vai observar se ela está parasitada ou não, por que: às vezes a quantidade de parasitos debilita o animal, podendo comprometer a produção hormonal por exemplo. 
A própria neoplasia pode levar a caquexia do animal. 
O andar, se está ou não mancando. Se tem algum ferimento. Por que: às vezes vc tem uma alteração que causa por exemplo dor, e isso gerar um problema reprodutivo. Exemplo: laminite. Que é uma inflamação das laminas do casco, inflamação do casco do animal cujo o principal sinal clinico que vc vai ter é a dor do animal porque está tudo inflamado, é uma dor absurda. O que acontece nos eqüinos: a produção de prostaglandina sempre alta por causa da dor. O processo inflamatório e dor, a produção de prostaglantina fica alta. Imagina que essa égua tenha dado cio, foi inseminada, e emprenhou. O que acontece: a produção constante de prostaglandina lisa o CL, essa gestação então sofre morte embrionária. O problema não é reprodutivo pois ela emprenhou, só que ela está sentindo tanta dor que ela não consegue manter uma gestação. Isso é muito freqüente em égua, porque o limiar de dor do eqüino é muito baixa, mas não quer dizer que não aconteça em outras espécies, bovinos pro exemplo pode acontecer também, ai associado tanto a prostaglandina quanto o cortisol. O animal fica sentindo dor, tem aumento de cortisol, e no bovino isso pode levar ao abortamento, isso é comum em todas as espécies. Acontece com mais freqüência no eqüino pelo limiar de dor, mas pode acontecer em todas as espécies. É um problema clinico causando uma alteração reprodutiva, enquanto vc não resolver a clinica vc não vai conseguir uma resposta boa.
A própria doença pulmonar obstrutiva crônica pode levar a alteração reprodutiva. É tipo uma asma do eqüino. Quando o animal está em crise, a forca que ele faz pra respirar é tão grande, que alguns absorvem ar pela vagina, porque ela contrai tanto o abdômen pra poder respirar que ela acaba absorvendo ar pela vagina. Ai começa ai irritar a vagina, irritar a mucosa do útero, causar uma endometrite. A endometrite é secundária, o problema real é a doença pulmonar.
Depois da avaliação física, agente vai avaliar o comportamento da fêmea:
Qual o comportamento de uma fêmea no cio: aceitação da monta. Comportamento da fêmea fora do cio: não aceita a monta. Qualquer coisa diferente disso é alteração de comportamento, e muitas vezes a causa do nosso problema reprodutivo é a fêmea não aceitar o macho. Ex. cadelas que não aceitam a monta, ou até que faz umapreferência com exclusividade, o que torna patológico. Porque preferência existe, pode acontecer e é normal, o que não pode acontecer é exclusividade que é patológico. Então quando a fêmea não aceita nenhum macho é distúrbio de comportamento, muito comum na égua, cadela, que são animais domesticados e que agente interfere demais na vida desses animais. 
Observar o comportamento da espécie. Ex. vaca tem comportamento homossexual, então vaca sobe em outra vaca, cadela também. Égua não tem esse comportamento, se vc começar a ver a égua subindo em outra égua é patológico. 
Vamos então iniciar a avaliação da genitália, do trato reprodutor feminino.
Primeiro vamos avaliar a genitália externa. O que agente tem que avaliar aqui: 
- Conformação do períneo e vulva. Eles têm que estar perpendiculares ao eixo principal do quadrúpide (que é o longitudinal). O que pode acontecer: uma inclinação de períneo que puxa a vulva, o problema disso são as fezes caindo direto em cima da abertura vulvar. Isso pode acontecer tanto por má formação (nasceu desse jeito, o que é pouco freqüente) como pode acontecer pela idade do animal (a musculatura vai ficando mais flácida, mais frouxa, o ânus retrai inclinando o períneo). É uma retração do ânus com inclinação de períneo. Vc pode fazer cirurgia pra tentar melhorar a condição do animal. O que também facilita muito é a transferência do embrião porque ai vc coleta o embrião e ai vc não exige uma gestação, vc exige apenas o embrião. 
- Lábios vulvares bem coaptados. O que é isso: fechamento regular, os lábios têm que estar encostadinhos um do outro, no cio só abre um pouquinho quase nada, na verdade é relaxada. Não é aberta. Podemos encontrar lábios que sobrepõe um em cima do outro, isso está interferindo no fechamento, na coaptação, podendo comprometer a fertilidade. 
- Avaliar a abertura vulvar. Como: vamos pegar um paquímetro comum e medir a abertura vulvar. O que é considerado normal: não conseguimos chegar a um valor normal, porque depende do porte, numero de partos, etc. então tem uma dica, que vc consegue definir se essa abertura está excessiva ou não: olhando o animal por trás, vc vai achar a tuberosidade do coxal isquiática, ai vai localizar de um lado e do outro, ai vc traça uma linha imaginária ligando essas duas tuberosidades, o que é considerado anormal: toda abertura acima da linha imaginária. O que vai considerar como patologia: abertura acima da linha imaginária. Só que tem um porém, a vulva abriu porque precisou abrir, alguma coisa passou ali pra ela precisar abrir, então agente tem que ter muito cuidado pra afirmar que aquilo é um problema, porque tem fêmea com vulva muito aberta que emprenha todo ano e pari todo ano, então nessa fêmea a abertura vulvar não comprometeu a fertilidade, nessas fêmeas eu não costumo mexer em nada, deixo ela quieta, ser inseminada normalmente. Se vc identifica que aquilo é o seu problema, vc pode fazer uma vulvoplastia, que é costurar a vulva, e ai vc tem que ter o seguinte cuidado: não pode fechar muito. Mesmo se vc fecha pouco, 1 semana a 15 dias antes do parto vai lá e abre, porque ela abriu daquele jeito era porque ela precisava daquela passagem. Já houve casos horríveis de laceração de vulva, porque não é uma vulva fechada que vai segurar o potro. (onde fecha forma uma fibrose). 
Tem gente que quando a égua precisa fechar a vulva pra emprenhar, tem gente que pega e só aproxima usando grampo ou fio absorvível e aproxima os lábios enquanto que ela está gestante, sem fazer incisão na pele.
Vamos iniciar a avaliação da genitália interna:
	- Palpação retal: Um dos métodos que agente usa pra avaliar a genitália interna da fêmea é a palpação retal, que logicamente só pode ser realizada em animais de grande porte. Só posso fazer palpação retal em égua e vaca. 
Como faço a avaliação interna dos diversos animais? Vc pode usar um exame complementar como um exame USG, que é muito importante nessa avaliação aqui. 
Palpação retal na vaca:
	Divido os achados na fase estrogênica e na fase progesterônica da fêmea: mesmo sabendo que a vaca tem proestro e metaestro eu divido só em estro e diestro. Porque na verdade são achados na fase estrogênica, e achados na fase progesterônica. 
	Temos que saber o que avaliar numa fêmea em estro. 
ESTRO: O que eu espero encontrar no ovário de uma vaca no estro? Espero encontrar um folículo pré-ovulatório (européia tem em media 2cm, na zebu em media 1cm, que vc consideraria o pré-ovulatório nessas fêmeas)
DIESTRO: vou ter o folículo produzindo uma alta concentração de estrógeno. Qual vai ser o efeito desse estrógeno no útero? Edema. Então esse útero vai ficar edemaciado. Qual a sensação desse edema na vaca? O útero edemaciado na vaca te dá a sensação de túrgida, contraída, ele fica durinho. Quando vc palpa o útero de uma vaca no cio ele é bem durinho, bem certinho os cornos, cornos grandes, quando vc palpa sente o útero túrgido (que é o útero mais contraído).
(o inverso na égua, que fica molinho)
Cuidado: está turgido, mas é edema!
Produção de estrógeno causou edema no útero, a cérvix vai estar aberta (mas aberta eu não consigo palpar, porque aberta é visual, aberta e fechada eu vou ver), pra palpar, eu vou palpar ela relaxada. 
DIESTRO: estrutura que vou encontrar no ovário: CL, palpável na vaca, sente a massinha.
Esse CL é produtor de progesterona. O útero pela ação da progesterona não tem edema. Então esse útero vai estar sem edema. A sensação dele, o que agente vai sentir, esse útero vai estar com pouco tônus, (não é flácida! Porque flácida é sem forma), é um útero molinho, só que ele tem contorno, vc consegue sentir os cornos bonitinhos. Então o útero da progesterona na vaca é um útero “mole” porque tem pouco tônus uterino.
Cérvix: contraída. Fechada (o que vemos). Na palpação vamos perceber ela contraída.
Sentir as alterações da cérvix é a parte mais difícil que tem por conta dos anéis. Segurar a cérvix é fácil, mas sentir as alterações, que ela está contraída ou relaxada é o mais difícil no trato reprodutor da vaca. 
ANESTRO: não vou encontrar nada no ovário, nenhuma estrutura significativa.
Não tem nem CL nem folículo, então esse útero vai estar flácido, totalmente sem forma, é difícil de palpar e definir cornos, corpo, tudo isso, porque é um bolo de coisa tudo flácido.
Cérvix: também vai estar flácida, mas é mais difícil de perceber isso por causa dos anéis.
Existem maneiras de vc unir essas informações. Quando vc vai fazer um ginecológico, dificilmente vc faz num animal só, então imagina todo mundo que vc vai avaliar e escrever isso tudo. Então existem formas de escrituração que facilitam a sua vida, mas essa escrituração não é uma regra.
Exemplo:
OD: folículo (ovário direito tem um folículo significativo)
OE: liso (ovário esquerdo está liso, não tem nada que interessa nele)
Útero (U): 
+ : Flácido
++ : Relaxado
+++ : Túrgido 
Cérvix (C):
+ 
++
+++
Ex. OD: Folículo, OE: liso. U: ++, C: ++
Todas as informações que eu consegui com a palpação retal eu resumi nisso.
Vamos imaginar que eu queira trabalhar numa planilha de exel, como eu faço:
Nome das éguas, dia do mês. E cada dia que eu palpo eu anoto todas as informações referentes há aquele dia naquele quadradinho. Com isso eu tenho uma visão do grupo o mês inteiro.
Ex. pegar todas as suas vacas, resumir nessas informações e colocar numa planilha, pra te facilitar.
Claro que se estou fazendo um exame ginecológico e vou dar um laudo, eu tenho que colocar uma legenda. Então eu posso até escrever daquela maneira, mas eu vou escrever uma legenda pra ela poder ler aquilo. (porque pode ser a forma que ela não está acostumada a ler)
O que eu observo na Palpação retal da égua
Agente comentou que no útero da égua, no estro, estaria edemaciado, mas essa característica de edema vai se caracterizar por um útero relaxado. O útero da égua no cio é grande, pesado (pesado, por exemplo, de não caber na mão, vc não consegue palpar ele direito, ele está grande, edemaciado), é um útero relaxado. 
	O folículo pré-ovulatório da égua, agente considera pré-ovulatórioquando esse folículo atinge 3,5cm ou mais. Ai tem um detalhe em relação ao estro da égua. Agente não pode esquecer que a égua tem em media 7 dias de cio, o que difere da vaca que se agente palpou, encontrou um folículo pré-ovulatório, é aquele dia de cio, a vaca tem 18 horas de cio, a égua não. 
Então no estro da égua vc pode encontrar folículo em desenvolvimento até chegar ao pré-ovulatório. Se palpar a égua no segundo dia de cio dela, por exemplo, ela vai ter um folículo de 2cm. Se palpar ela no 4º dia de cio, ela vai ter um folículo de 3,5-4cm. Então o estro dela eu encontro o folículo dela em desenvolvimento, até o folículo pré-ovulatório. (vc pode encontrar desde um folículo pequeno até um pré-ovulatório). O folículo pré-ovulatório tem 3,5 ou mais cm, a partir daí é pré-ovulatório.
A cérvix da mesma forma que a vaca vai estar relaxada. 
O DIESTRO: o que eu encontro no ovário: CL, só que tem um detalhe, o CL da égua não é palpável, porque ela ovula na fossa de ovulação, então o CL é incluso no parênquima, ele existe, CL é produtor de progesterona, mas não fica como no da vaca que fica uma bolinha pra fora que vc palpa com facilidade. 
O que vc pode encontrar num ovário aqui na égua no diestro: pequeno folículo, que é interessante pq vc diferencia do anestro, pois no anestro vc não encontra nada no ovário.
DIESTRO: tenho um CL incluso, um CL não palpável produtor de progesterona. Logo meu útero vai estar sem edema. Como isso aparece na égua: é o inverso da vaca. A presença de progesterona na égua faz com que o útero fique contraído, muito bonitinho, faz com que ele tenha um aumento de tônus uterino. O útero fica roliço, consistente e túrgido.
Imaginem vcs palpando uma mangueira de borracha (ou uma lingüiça), a sensação é mais ou menos essa, fica um tubinho de um ponto ao outro, um pouco mais mole que a mangueira.
A cérvix: vai estar contraída no diestro.
ANESTRO: idêntico a vaca, ou seja, não vai ter nada significativo nos ovários. O útero e a cérvix estarão flácidos.
Qual o objetivo de fazer esse quadro: é pra poder entender, fixar, como tem que ser a fisiologia, como assim: Quem manda é o ovário, então vc foi lá e palpou o ovário, se vc palpou o ovário e achou um folículo pré-ovulatório, obrigatoriamente o útero tem que estar edemaciado e a cérvix relaxada. Quem manda é o ovário, a estrutura que está no ovário determina como que as outras regiões do trato reprodutor têm que estar. Então isso ai já ajuda agente a fechar o diagnóstico.
Uma coisa clássica: imagine que eu palpei uma vaca. Palpei um CL. Mas o útero estava edemaciado e a cérvix relaxada. O que eu pensaria: endometrite, um processo inflamatório. 
Qual a outra probabilidade do trato reprodutor ter edema? Ou cio ou inflamação. 
		ESTRO				DIESTRO		 	ANESTRO
Ovário	folículo pré-ovariano > ou = a 3,5	pequenos folículos			-
Útero	edemaciado relaxado 			sem edema (aumenta tônus)	 flácido
Cérvix	relaxada				contraída			 flácida
Ga21
P53
Escrituração 
Escrituração (que facilita nossa vida), utilizada pela UFMG e veio da Escola de veterinária da Alemanha: (é interessante, mas não é obrigatório)
Essa escrituração preza, por exemplo, o tamanho do ovário. E ela preza também a identificação de um folículo. Uma vez identificada o folículo, eu tenho que avaliar o tamanho do folículo, e a flutuação desse folículo.
	Em relação ao tamanho do ovário, relatam letras, agente correlaciona com estruturas pra facilitar a nossa identificação.
Tamanho do ovário
F = ovário do tamanho de um feijão
A = ovário do tamanho de uma avelã (ou azeitona)
N = ovário do tamanho de uma noz (noz com casca)
Ga = ovário do tamanho de um ovo de galinha
G = ovário do tamanho de um ovo de ganso
P = ovário do tamanho de um ovo de pata
O que agente tem que perceber é o seguinte: vc está palpando um buraco quente, escuro e apertado, e o que está sentindo o tamanho é a sua mão, pois vc não está vendo, então é sua sensibilidade que vai dizer o tamanho. As variações de tamanho são relacionadas à ciclicidade da fêmea, como assim: toda vez que eu palpar ovário do tamanho de um feijão ou do tamanho de uma avelã são características de fêmeas acíclicas, ainda estão em anestro. 
- Toda vez que eu palpar o ovário do tamanho de um feijão ou do tamanho de uma avelã, são fêmeas acíclicas. 
- Quando eu palpo o ovário do tamanho de um ovo de galinha, ovo de gansa ou ovo de pata são fêmeas cíclicas. 
- A noz, vc pode encontrar nos 2 casos. Por isso ela fica no meio, vc pode encontrar tanto fêmeas acíclicas quando fêmeas cíclicas. 
Vc identificou o tamanho do ovário, palpamos e vc percebeu a presença de um folículo, tem um folículo, tenho que identificar o tamanho desse folículo:
Tamanho do folículo pode ser avaliado em “mm” ou em “cm”. 
(10 mm é = a 1cm) Vc vai palpando e vc estima o tamanho daquele folículo. E ai vc vai referenciar quantos cm tem. 
Vc identificou o tamanho do folículo, referencia em mm ou em cm. Depois vc vai identificar a flutuação do folículo: 
o que é a flutuação?
É o grau de maciez do folículo. Quando o folículo está próximo a ovulação, a parede dele fragilizava e ia se desfazendo. Então a flutuação é isso, quanto mais macio, mais próximo da ovulação. 
É uma graduação subjetiva de 1 a 5.
1, 2, 3, 4 e 5.
3, 4 e 5 são folículos pré-ovulatórios.
Essa avaliação ajuda agente até a predizer o momento da ovulação.
Tamanho do Ovário	Presença de Folículo 	
			 Tamanho (mm ou cm)
F = feijão			 mm
A = avelã
N = noz
Ga = ovo de galinha
G = ovo de gansa
P = ovo de pata
A professora sempre começa a palpar o esquerdo em cima, porque é o primeiro que ela palpa e depois o direito em baixo.
Faço acompanhamento reprodutivo pra determinar quando eu vou inseminar a égua.
Como é que palpação fetal e exame ultrassonografico em pequenos animais agente conseguimos avaliar útero, ovário e cérvix. Quem faltou da genitália interna? Vagina.
Para avaliação de vagina vamos fazer vaginoscopia. 
A vaginoscopia pra ser realizada agente precisa de um instrumental, que pode ser tanto um vaginoscópio quanto um espectro.
Vaginoscópio: é um tubo normalmente acoplado a um cabo onde tem uma lâmpada.
Espéculo: é aquele que chamamos de bico de pato, o instrumental de aço nox. 
Pra vaca normalmente se usa o vaginoscópio, pras outras espécies agente usa o especulo, outras espécies como cabra, ovelha, égua, porca, cadela, todas as espécies.
Porque eu não uso especulo na vaca? Porque a vaca se incomoda com o uso do especulo. O exame com especulo na vaca incomoda. Não é proibido, mas ela se incomoda com o uso de especulo.
Diferenças:
Assim como agente tem o vaginoscopio aqui, que é pra égua, agente quase não usa pra égua, mas existe.
Os 2 vc tem problema: esterelização. São instrumentais que não são baratos, então um especulo de égua nacional custa em torno de 300 reais. Se comprar alemão está 600 reais em média. Quando vc tem, vc tem um só. Dessa forma agente se vê obrigado a trabalhar flambando o material. Seria ideal autoclavar, mas não dá vazão porque vc não faz um exame só, então vc vai flambar mesmo no campo.
A mesma coisa o vaginoscópio, o vaginoscopio com tubo de metal vc também vai trabalhar flambando no campo. 
- O vaginoscópio tem uma lâmpada, tem uma luz própria (lâmpada interna) e o especulo não, tem que ter uma lanterna pra vc olhar. 
A professora acha melhor o especulo, porque vc coloca o vaginoscópio e quando vc quer focar em outro lugar o que vc faz: vc mexe ele, incomoda muito mais a fêmea. Já quando vc está com o especulo e a lanterna vc vai mexer só a lanterna, vc não vai mexer no instrumental.
- Outra coisa: o vaginoscópio tem um diâmetro limitado, e o acesso limitado, como assim: vc só tem acesso no fundo (se vc quiser manipular qualquer coisa, só dá no fundo), espéculo não, se vc quiser fazer pequenos procedimentos (ex. sutura, curativo, etc.) vc faz, vc tem acesso às paredes, acesso ao teto. vc não precisa ficar mexendo no instrumento pra poder ver a luz, já o vaginoscopio vc mexe o instrumento inteiro.
O que vc pode observar na vaginoscopiaem relação à vagina e cérvix:
- Estro: influencia de estrógeno produzido pelo folículo. 
- Como vai estar a cérvix dessa fêmea que está no estro: relaxada e aberta. Vc consegue ver se ela está aberta.
- A vagina: presença de muco (lubrificada), e nesse exame o que vc vai ver é hiperemia. Ela tem edema também, mas o edema não vai ser tão fácil de verificar na vaginoscopia.
- Diestro: 
- Cérvix vai estar fechada e contraída.
- Vagina: ressecada (sem muco) e hipocorada. (pálida e seca, porque a influencia de progesterona deixa ela muito pálida e muito seca)
- Anestro:
	- Cérvix: Flácida e ressecada
	- Vagina: normocorada, sem muco
 
Não se esquecer de correlacionar isso, com o que vc palpou no ovário. Quem está mandando é o ovário, então se tem o CL no ovário direito, por exemplo, não pode ter hiperemia de vagina, é um processo inflamatório.
Sempre correlacionar os achados ovarianos, eles é que estão comandando as mudanças no trato reprodutor.
Vimos toda a parte de exame ginecológico, e as vezes agente faz o exame e ele não é conclusivo, como assim: agente precisa de uma ajuda pra poder fechar o diagnostico e principalmente pra poder lecionar um pouco o tratamento desse animal.
Então podemos lançar mão dos exames complementares: 
Exames complementares
- US
- Histeroscopia
- Cultura
- Citologia uterina
- Biópsia endometrial
A USG é um exame complementar, embora vc pode inserir dentro de um exame ginecológico, mas é um exame complementar. Assim como a histeroscopia que é a utilização do endoscópio pelo útero. Esses 2 exames estamos vendo na aula de diagnostico por imagem. Não vamos falar disso aqui.
Cultura, Citologia uterina e Biópsia endometrial.
Cultura
- Agente pode fazer cultura de qualquer porção do trato reprodutor. 
- O que agente faz com maior freqüência: Cultura de fossa clitoriana e de útero. 
- Se vc faz muita cultura de útero, em quem vc pode fazer: vc pode fazer em vaca a em égua, que são as espécies que permitem o acesso ao útero.
Vc pode fazer cultura de todo o trato reprodutor, vagina, cérvix, fossa clitoriana, útero, mas o que mais agente faz é fossa clitoriana e útero, no caso do útero vc só pode fazer na vaca e na égua.
Como é a coleta do material, como vc vai coletar esse material:
- Vc pode coletar o material com o swab.
- Se for fossa clitoriana é com swab, vc vai pegar o swab, passar na fossa clitoriana e pronto.
- No útero vc pode ter algumas mudanças em relação às coletas. Uma das possibilidades pra coleta é o swab. Essa parte do swab aberto tenho que falar pra vcs, mas é mais pra constar porque é quase impossível de fazer.
- Swab aberto
- Swab fechado (protegido)
Swab aberto: Vc vai passar o espéculo na fêmea, vc vai com o swab mirando sem encostar em nada, quando vc chegar na cérvix vc tem que ser bizarro atravessar a cérvix e chegar ao útero. Ninguém mais faz isso.
Swab fechado: Hj em dia agente usa o swab fechado (ou swab protegido): com lavado uterino.
Como funciona isso: 
- Égua: 
Existe um swab descartável (de plástico descartável), que tem um tamanho de um braço (de comprimento), é um tubo, dentro é como se fosse um canudo, dentro desse canudo passa o swab bem comprido que tem o algodão na ponta.
Vc vai colocar a égua num tronco de contensão e higienizá-la muito bem (porque é cultura, então não pode ter contaminação cruzada). Vc vai colocar uma luva de palpação estéril, vc compra e ela vem embalado um a um.
Se não tiver vc pode colocar uma luva de palpação comum e colocar uma luva cirúrgica (estéril) por cima.
O que vc vai fazer: Coloco o swab na palma da mão e tampo a parte da frente dele (coloco a mão na frente dele para que não haja contaminação), num ângulo de 45º graus, tenho que ter um ângulo de 45º por causa do meato urinário. Ângulo de 45º e introduzo na vagina, passando do meato urinário eu posso colocar na horizontal e levo até o fundo de saco vaginal. Chegou no fundo de saco vaginal, vai localizar a cérvix. Introduzo o dedo na cérvix, passo por baixo do dedo o swab. Se eu atravessei a cérvix, estou no útero. Uma vez vc colocado o swab no útero, vc vai expor o swab (que estava protegido) vc vai empurrar esse swab pra fora, vai dar uma rodada nele pra ele entrar em contato com a mucosa, e mais uma vez proteger ele, recolher ele. Ai vc tira. Essa é a coleta.
Esse swab é pratico porque tem um picote (pontilhado) que quando vc acaba de coletar vc quebra e vc fica com o swab no tamanho pronto pra ser enviado ao laboratório, vc tampa e envia.
Não pode ser usado em vaca, porque ele não é firme, então vc não consegue atravessar os anéis da cérvix da vaca. 
Uma outra possibilidade é usar um suporte pra swab. O suporte o pessoal de Botucatu comercializa. É um canudo de aço inox, de metal, por dentro dele tem um suporte também de aço inox, vc vai pegar um swab comum e encaixar no suporte. A coleta é igual, mesma coisa. 
O incoveniente é esterilizar (porque é difícil de encontrar uma autoclave que caiba, porque ele é fino mas ele é comprido, então não é em todo lugar que vc consegue). É isso que vc consegue usar na vaca, porque é de metal, então vc consegue atravessar a cérvix da vaca. 
Como vai fazer na vaca essa coleta com swab:
Na vaca agente usa a palpação retal pra ajudar na inseminação, e é o que agente vai fazer aqui.
Vamos levar o swab protegido até o fundo da vagina (protegido pra não entrar contaminação), chegou lá, vc vai tirar a mão, levar a mão pelo reto, segurar a cérvix, e ai eu vou manipulando a cérvix de forma a passar esse tubo inox, e quando eu tiver no útero, eu exponho o swab, giro e recolho o material. 
A diferença é que na vaca vc vai precisar fazer palpação retal, e na égua é tudo pela vagina (transvaginal).
Outra maneira é com a camisinha sanitária. É um plástico, como se fosse uma camisinha, vc bota a camisinha no swab instrumental, por fora do tubo, que ai não tem problema de vc encostar, pois vai protegido com o plástico e quando vc encaixar na cérvix vc puxa o plástico, ai a parte que entra em contato com o útero é a parte que não contaminou com nada (parte da frente). Vc pode usar essa camisinha tanto pra vaca quanto pra égua (na égua tem que proteger com a mão e a camisa sanitária, que é uma proteção a mais e é barato).
	Com lavado uterino: vc vai ter que usar uma sonda pro lavado uterino. Sonda pra lavado uterino normalmente é uma sonda siliconada (protegida ou com a camisinha sanitária ou pela sua mão na frente), como se fosse um traqueotubo só que mais comprido. Vc vai ter uma sonda de silicone que tem um balão na ponta (balão ou CUF). Vc vai colocar essa sonda da mesma maneira que colocar isso é o mesmo procedimento tanto na égua quanto pra vaca.
Quando essa sonda chegar lá no útero, quando a sonda atravessar a cérvix, vc vai encher o balão, quando vc enche o balão vc impede o refluxo (trava a cérvix). Agora vou lavar o útero com soro fisiológico, vc vai usar mais ou menos 200ml pra lavar o útero. Ai vc joga o soro lá pra dentro (150-200ml de soro) e depois vc abaixa a sonda, e por gravidade o liquido volta, vc pode coletar na mesma caixa de soro que é estéril. (podemos comprar o soro menor que ai quando voltar o lavado do útero volta nesse frasco, ai vc veda e envia ao laboratório)
- Sempre que vc vai fazer uma cultura, a melhor coisa que vc faz é ligar pro laboratório, comunicar o procedimento que vc vai fazer e perguntar quais são as recomendações deles.
- uma dica: deixar pra coletar o material pra cultura quando vc tiver pra ir embora da fazenda, pra ficar uma amostra fresca.
Vc vai mandar para o laboratório.
O nosso maior objetivo é o antibiograma. O mais importante do que saber quem é o agente, é saber como tratar, porque principalmente que agente tem o habito de tratar sem esperar antibiograma. E existe uma alteração chamada: endometrite fúngica que é causado pelo medico veterinário, porque ele usa antibiótico de maneira indiscriminada, a cândida fica feliz da vida, e ela é um porre, a endometrite fúngica é a mais complicada que tem. Dá recidiva direto, então vc trata, ai parece que o animal está bom, baixa a imunidade,tem recidiva de novo, etc. 
2 coisas que eu recomendo: Não tratar com antibiograma. 
		 Toda cultura de útero, vc solicitar também pra fungo, não solicita só pra bactéria, porque a maior parte das infecções são mistas. Então pedir cultura tanto pra bactéria quanto pra fungo.
Citologia uterina
Citologia uterina, porque um procedimento convencional em cadela é a citologia vaginal. A citologia vaginal tem objetivo de avaliar a fase do ciclo estral. Na verdade vc pode fazer em qualquer espécie, vc faz muito no cão porque nele vc não tem muito acesso. 
O nosso objetivo aqui não é avaliar a fase do ciclo, afinal, quando eu falo em citologia uterina eu tenho acesso ao útero eu já palpei e já sei a fase do ciclo estral que aquela fêmea se encontra. 
Então o objetivo da citologia uterina é um diagnostico rápido, fácil e barato de endometrite, ajuda agente a direcionar. 
É um exame pratico, porque vc tendo um microscópio vc faz até na fazenda, vc leva o microscópio, leva um corante, cora na hora, coloca no microscópio e vê.
Como faz pra coletar o material:
Swab: a mesma história do swab. A diferença é que uma vez que vc terminou de coletar, vc vai pegar o seu swab, rolar na lamina 2 a 3 fileiras, e quando terminou, vc vai corar a sua lamina. 
Uma alternativa é coletar o material utilizando ao invés de usar o swab, usar a escova ginecológica, é como se fosse uma escova de lavar mamadeira de criança. A coleta é idêntica ao swab, vai encaixar no suporte, atravessar a cérvix, rolar lá dentro, puxar pra proteger a escova e pronto. A diferença pro suporte pro swab é a quantidade de material coletado. A quantidade de material que vc coleta com a escova é maior, a sua lamina fica bem mais rica em células. 
Outra forma de coleta: lavado. É idêntico a forma que agente falou, não muda nada na forma de coleta, só tem um porem: vc vai retirar aquele líquido, o que vc vai fazer: vc tem que centrifugar. Então o lavado é um material riquíssimo, (melhor em quantidade de material pra fazer citologia), mas em compensação: perde a característica pratica do exame, porque vc tem que carregar uma centrífuga, não sendo pratico. A coleta por lavado, como vc tem essa dificuldade, agente faz para experimento (serie de mestrado, estudos, etc. ai tenho mais material pra observar).
(não precisa decorar) E ai vc vai corar a sua lamina, o método que vc vai usar é o que mais se adaptar a sua realidade, como por exemplo, panótipo é muito usado (diff quick) que é o método rápido. Agente pode usar qualquer método que se adapte a nossa realidade e que seja prático.
Tem o método modificado do colar que demora 40 minutos pra fazer a coloração, a lamina fica linda, mas não é pratico. Então esse método agente trabalha quando estamos fazendo um experimento (MGG, azul de metileno, etc.).
O que eu espero encontrar na minha lamina de citologia: células. Diferentes tipos celulares.
Por exemplo, eu posso encontrar células epiteliais, não é o meu objetivo porque as células epiteliais só vão me dizer se a égua esta cíclica ou não (porque eu já fiz a palpação retal, então eu já sei). Mas esse exame vai me dar células epiteliais e eu vou saber se essa fêmea está ciclando ou não. 
A célula que agente mais procura é a presença de neutrófilos. Se agente está fazendo um diagnostico rápido pra endometrite, o processo inflamatório/infeccioso vem muitos neutrófilos. Só não pode esquecer que vc tem a defesa normal no útero, então por exemplo: fêmea no cio tem as defesas aumentadas, pode ter um pouco mais de neutrófilo, pra isso existe uma graduação (ex. 10 neutrófilos por campo é uma endometrite, se tiver 2 neutrófilos não tem problema, etc.) mas na maioria das vezes quando vc tem endometrite, vc olha a lamina e está lotada de neutrófilos. 
Agente pode encontrar ainda outros leucócitos como macrófagos, linfócitos, eosinófilos.
A célula que agente encontra ajuda agente a definir ate o que está causando.
Ex. se eu encontro muito eosinófilo eu sei que está acontecendo uma irritação, o eosinófilo está muito presente quando tem irritação, como pneumovagina, urovagina. Essas alterações que podem irritar a mucosa podem levar ao aparecimento de eosinófilo.
Agente pode encontrar também hemácia, que é muito comum no pós-parto, que é normal, fisiológico. 
Mas a hemácia também pode ser encontrada na endometrite grave.
Outra coisa que podemos encontrar: cristais de carbonato de cálcio, isso indica refluxo de urina.
Se vc fez um swab e encontra cristal na sua lamina, é porque tem presença de urina no útero. Tem urovagina com refluxo de urina no útero. 
Vc pode encontrar o agente, a bactéria, a levedura, o fungo, (é claro que vc não consegue identificar, vc vai ver ex. bastonetes) e ai vc vai direcionar o seu tratamento.
Ex. tem neutrófilo, estou encontrando bastonete, é um processo infeccioso, uma bactéria, vou fazer uma cultura com antibiograma. 
É um exame que te direciona, te leva pra fechar o diagnostico, pra te ajudar no tratamento principalmente.

Outros materiais