em relação à vagina e cérvix: - Estro: influencia de estrógeno produzido pelo folículo. - Como vai estar a cérvix dessa fêmea que está no estro: relaxada e aberta. Vc consegue ver se ela está aberta. - A vagina: presença de muco (lubrificada), e nesse exame o que vc vai ver é hiperemia. Ela tem edema também, mas o edema não vai ser tão fácil de verificar na vaginoscopia. - Diestro: - Cérvix vai estar fechada e contraída. - Vagina: ressecada (sem muco) e hipocorada. (pálida e seca, porque a influencia de progesterona deixa ela muito pálida e muito seca) - Anestro: - Cérvix: Flácida e ressecada - Vagina: normocorada, sem muco Não se esquecer de correlacionar isso, com o que vc palpou no ovário. Quem está mandando é o ovário, então se tem o CL no ovário direito, por exemplo, não pode ter hiperemia de vagina, é um processo inflamatório. Sempre correlacionar os achados ovarianos, eles é que estão comandando as mudanças no trato reprodutor. Vimos toda a parte de exame ginecológico, e as vezes agente faz o exame e ele não é conclusivo, como assim: agente precisa de uma ajuda pra poder fechar o diagnostico e principalmente pra poder lecionar um pouco o tratamento desse animal. Então podemos lançar mão dos exames complementares: Exames complementares - US - Histeroscopia - Cultura - Citologia uterina - Biópsia endometrial A USG é um exame complementar, embora vc pode inserir dentro de um exame ginecológico, mas é um exame complementar. Assim como a histeroscopia que é a utilização do endoscópio pelo útero. Esses 2 exames estamos vendo na aula de diagnostico por imagem. Não vamos falar disso aqui. Cultura, Citologia uterina e Biópsia endometrial. Cultura - Agente pode fazer cultura de qualquer porção do trato reprodutor. - O que agente faz com maior freqüência: Cultura de fossa clitoriana e de útero. - Se vc faz muita cultura de útero, em quem vc pode fazer: vc pode fazer em vaca a em égua, que são as espécies que permitem o acesso ao útero. Vc pode fazer cultura de todo o trato reprodutor, vagina, cérvix, fossa clitoriana, útero, mas o que mais agente faz é fossa clitoriana e útero, no caso do útero vc só pode fazer na vaca e na égua. Como é a coleta do material, como vc vai coletar esse material: - Vc pode coletar o material com o swab. - Se for fossa clitoriana é com swab, vc vai pegar o swab, passar na fossa clitoriana e pronto. - No útero vc pode ter algumas mudanças em relação às coletas. Uma das possibilidades pra coleta é o swab. Essa parte do swab aberto tenho que falar pra vcs, mas é mais pra constar porque é quase impossível de fazer. - Swab aberto - Swab fechado (protegido) Swab aberto: Vc vai passar o espéculo na fêmea, vc vai com o swab mirando sem encostar em nada, quando vc chegar na cérvix vc tem que ser bizarro atravessar a cérvix e chegar ao útero. Ninguém mais faz isso. Swab fechado: Hj em dia agente usa o swab fechado (ou swab protegido): com lavado uterino. Como funciona isso: - Égua: Existe um swab descartável (de plástico descartável), que tem um tamanho de um braço (de comprimento), é um tubo, dentro é como se fosse um canudo, dentro desse canudo passa o swab bem comprido que tem o algodão na ponta. Vc vai colocar a égua num tronco de contensão e higienizá-la muito bem (porque é cultura, então não pode ter contaminação cruzada). Vc vai colocar uma luva de palpação estéril, vc compra e ela vem embalado um a um. Se não tiver vc pode colocar uma luva de palpação comum e colocar uma luva cirúrgica (estéril) por cima. O que vc vai fazer: Coloco o swab na palma da mão e tampo a parte da frente dele (coloco a mão na frente dele para que não haja contaminação), num ângulo de 45º graus, tenho que ter um ângulo de 45º por causa do meato urinário. Ângulo de 45º e introduzo na vagina, passando do meato urinário eu posso colocar na horizontal e levo até o fundo de saco vaginal. Chegou no fundo de saco vaginal, vai localizar a cérvix. Introduzo o dedo na cérvix, passo por baixo do dedo o swab. Se eu atravessei a cérvix, estou no útero. Uma vez vc colocado o swab no útero, vc vai expor o swab (que estava protegido) vc vai empurrar esse swab pra fora, vai dar uma rodada nele pra ele entrar em contato com a mucosa, e mais uma vez proteger ele, recolher ele. Ai vc tira. Essa é a coleta. Esse swab é pratico porque tem um picote (pontilhado) que quando vc acaba de coletar vc quebra e vc fica com o swab no tamanho pronto pra ser enviado ao laboratório, vc tampa e envia. Não pode ser usado em vaca, porque ele não é firme, então vc não consegue atravessar os anéis da cérvix da vaca. Uma outra possibilidade é usar um suporte pra swab. O suporte o pessoal de Botucatu comercializa. É um canudo de aço inox, de metal, por dentro dele tem um suporte também de aço inox, vc vai pegar um swab comum e encaixar no suporte. A coleta é igual, mesma coisa. O incoveniente é esterilizar (porque é difícil de encontrar uma autoclave que caiba, porque ele é fino mas ele é comprido, então não é em todo lugar que vc consegue). É isso que vc consegue usar na vaca, porque é de metal, então vc consegue atravessar a cérvix da vaca. Como vai fazer na vaca essa coleta com swab: Na vaca agente usa a palpação retal pra ajudar na inseminação, e é o que agente vai fazer aqui. Vamos levar o swab protegido até o fundo da vagina (protegido pra não entrar contaminação), chegou lá, vc vai tirar a mão, levar a mão pelo reto, segurar a cérvix, e ai eu vou manipulando a cérvix de forma a passar esse tubo inox, e quando eu tiver no útero, eu exponho o swab, giro e recolho o material. A diferença é que na vaca vc vai precisar fazer palpação retal, e na égua é tudo pela vagina (transvaginal). Outra maneira é com a camisinha sanitária. É um plástico, como se fosse uma camisinha, vc bota a camisinha no swab instrumental, por fora do tubo, que ai não tem problema de vc encostar, pois vai protegido com o plástico e quando vc encaixar na cérvix vc puxa o plástico, ai a parte que entra em contato com o útero é a parte que não contaminou com nada (parte da frente). Vc pode usar essa camisinha tanto pra vaca quanto pra égua (na égua tem que proteger com a mão e a camisa sanitária, que é uma proteção a mais e é barato). Com lavado uterino: vc vai ter que usar uma sonda pro lavado uterino. Sonda pra lavado uterino normalmente é uma sonda siliconada (protegida ou com a camisinha sanitária ou pela sua mão na frente), como se fosse um traqueotubo só que mais comprido. Vc vai ter uma sonda de silicone que tem um balão na ponta (balão ou CUF). Vc vai colocar essa sonda da mesma maneira que colocar isso é o mesmo procedimento tanto na égua quanto pra vaca. Quando essa sonda chegar lá no útero, quando a sonda atravessar a cérvix, vc vai encher o balão, quando vc enche o balão vc impede o refluxo (trava a cérvix). Agora vou lavar o útero com soro fisiológico, vc vai usar mais ou menos 200ml pra lavar o útero. Ai vc joga o soro lá pra dentro (150-200ml de soro) e depois vc abaixa a sonda, e por gravidade o liquido volta, vc pode coletar na mesma caixa de soro que é estéril. (podemos comprar o soro menor que ai quando voltar o lavado do útero volta nesse frasco, ai vc veda e envia ao laboratório) - Sempre que vc vai fazer uma cultura, a melhor coisa que vc faz é ligar pro laboratório, comunicar o procedimento que vc vai fazer e perguntar quais são as recomendações deles. - uma dica: deixar pra coletar o material pra cultura quando vc tiver pra ir embora da fazenda, pra ficar uma amostra fresca. Vc vai mandar para o laboratório. O nosso maior objetivo é o antibiograma. O mais importante do que saber quem é o agente, é saber como tratar, porque principalmente que agente tem o habito de tratar sem esperar antibiograma. E existe uma alteração chamada: endometrite fúngica que é causado pelo medico veterinário, porque ele usa antibiótico de maneira indiscriminada, a cândida fica feliz da vida, e ela é um porre, a endometrite fúngica é a mais complicada que tem. Dá recidiva direto, então vc trata, ai parece que o animal está bom, baixa a imunidade,