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Atendimento Domiciliar do Idoso

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O CUIDADO DOMICILIAR 
DO IDOSO
Profa. Fabiana A. Silva da Cruz
Fisioterapeuta
Mestre em Gerontologia
OUTUBRO / 2009
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A REABILITAÇÃO
É o conjunto de ações de diagnóstico, recuperação ou adaptação de funções Biopsicossociais que são influenciadas pelas caracterísiticas pessoais de cada paciente, a cultura e o ambiente onde esse está inserido.
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 Reabilitação é um processo criativo e dinâmico que necessita de uma equipe de profissionais trabalhando em conjunto com o paciente e sua família. Os membros da equipe representam uma variedade de disciplinas, e cada profissional de saúde contribui de alguma forma. 
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Participantes da Equipe Ideal de Reabilitação
Paciente, seus familiares e cuidadores
Assistente Social
Dentista
Educador Físico
Enfermeiro
Engenheiro de Reabilitação
Fisioterapeuta
Fonoaudiólogo
Médico
Psicólogo
Protético
Nutricionista
Terapeuta Ocupacional
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A família do paciente é 
incorporada à equipe.
 A família é reconhecida como um sistema dinâmico. Apenas pela incorporação da família no processo de reabilitação pode o sistema familiar adaptar-se à modificação de um dos seus membros. 
 A família proporciona um apoio contínuo, participa na solução dos problemas, e aprende a fornecer cuidados contínuos necessários.
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O paciente é o elemento-chave da equipe de reabilitação
É o foco do esforço da equipe e aquele que determina os resultados finais do processo.
participa no estabelecimento das metas, no aprendizado de como funcionar utilizando capacidades residuais, e no ajuste de viver com incapacidades. 
Ele é ajudado a atingir independência, auto-respeito, e uma qualidade aceitável de vida.
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“Ter capacidade para construir uma ponte entre a constatação da gravidade da doença e a esperança dos familiares, entre a brutalidade dos limites impostos pela doença e a misteriosa dignidade do enfermo, entre a objetividade da medicina e a subjetividade da fé, entre a força do destino e a habilidade humana de lidar com ele, entre uma reação simplesmente passional e um comportamento humanamente maduro e integrador.”
Recomendações de Frei Cláudio para uma equipe de saúde:
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 Reabilitação do Idoso
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 A assistência vem sofrendo mudanças nas últimas décadas em especial no Brasil, devido as alterações demográficas e o aumento da demanda esta prática assistencial começou a ser realizada por profissionais que demonstram interesse ao atendimento domiciliário.
 Nessa abordagem compreende-se o idoso como uma pessoa única, inserida num contexto social e familiar que interage continuamente e que esta relacionada a esta modalidade assistencial.
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 Cresce o numero de idosos, cresce a necessidade de incremento de serviços para assisti-los adequadamente. Estudos realizados nos EUA demonstram que 74% dos indivíduos atendidos pelas agências de home care preferem este tipo de atendimento e que a recuperação junto à família é mais eficaz.
 Inúmeras são as razões para comprovarmos esta teoria:
• Diminuição de custos;
• Liberação de leitos hospitalares
• Apoio da família no processo de reabilitação
• Promoção do bem estar do idoso
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Dados SUS, 1996 mostrou que a população idosa em 1996 representou 7,3% das autorizações de internação. Consumindo 22,9% dos recursos gastos à saúde. 
O índice de custo hospitalar(habitante/ano) foi de R$14,54 - 0 a 14 anos
 R$59,40 >= 60 anos
O tempo de permanência hospitalar:
 5.3 dias –0 a 14 anos 
 7 dias >= 60 anos
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 população idosa  gastos com saúde.
Porém grandes gastos não garantem um trabalho voltado para a melhoria da qualidade de vida do idoso.
A falta de uma avaliação geriátrica 
 correta está diretamente ligada 
 ao retorno, a internação hospitalar
 e maior uso de serviços de saúde.
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 Países que já lidam com o envelhecimento populacional têm demonstrado que:
Promoção da Saúde e Profilaxia Primária e Secundária de doenças são as alternativas que apresentam o melhor custo benefício para que alcance a compressão da morbidade. 
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 Aproximadamente 80% de todas as doenças do coração, dos AVCs e dos diabetes tipo 2 poderiam ser evitados e mais de 40% dos cânceres poderiam ser prevenidos.
 
 (OMS, 2005)
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Assistência Domiciliar
 A assistência domiciliar vem demonstrando ser a nova fronteira aos serviços de saúde. Embora exista desde tempos muitos remotos, este tipo de atenção à saúde vem sendo muito enfocado, em especial nas ultimas duas décadas, no Brasil.
 (CAMARANO, 2002)
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 O cuidado domiciliar engloba e perpassa
 3 modalidades de atenção: 
 visita domiciliar, assistência domiciliar
 e internação domiciliar. 
 Em cada uma dessas modalidades visualizam-se características fundamentais que devem ser garantidas: a integralidade, a intersubjetividade e o cuidado centrado no usuário e na família.
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 Os fatores mais importantes para o crescimento da assistência domiciliar são: 
 
as mudanças demográficas e epidemiológicas, 
a diminuição dos custos, e 
o aumento da demanda.
 (DUARTE e DIOGO, 2005)
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 A transição demográfica demonstra um envelhecimento populacional cada vez mais acentuado. 
 A esta transição toma-se outra, que é a do perfil epidemiológico, quando passam a predominar as doenças crônico-degenerativas mais presentes entre os idosos. 
 A assistência domiciliária vem atender a esta demanda. 
 Isso pode ser verificado analisando-se o perfil etário da maioria dos programas voltados a este tipo de assistência, em que se observa que os idosos representam a vasta maioria dos pacientes atendidos.
 (BRITTO, 2004).
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 Com a melhoria das condições sócias econômicas e tecnológicas, ocorreu um aumento significativo da expectativa de vida do ser humano, com isso a mudança no perfil epidemiológico, no qual as doenças crônico-degenerativas passam a ser responsáveis pelo aumento na dependência das atividades básicas de vida diária.
 (MENDES, 2001).
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OS CUSTOS...
 Os custos relacionados ao sistema de saúde são sempre questões preocupantes para os envolvidos com a área. 
 Estudos internacionais têm demonstram que as intervenções na assistência domiciliária equivalem a um terço do custo das intervenções realizadas em ambiente hospitalar.
 (BRITO, 2004)
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Desenvolvimento Tecnológico
 Avanços tecnológicos têm permitido um aumento significativo do número de pacientes que sobrevivem a múltiplos traumas e complicações. Muitos destes pacientes só conseguem manterem-se vivos graças ao uso de aparatos tecnológicos avançado. O desenvolvimento tecnológico também permite a simplificação dos equipamentos, tornando-se cada vez mais portáveis e de fazer manipulação, o que aumenta a possibilidade de o paciente continuar seu tratamento ou ser mantido em seu domicílio.
 (RESTA e BUDO, 2004)
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Aumento da demanda
Além do aumento de indicações para atendimento
domiciliário, especificadas anteriormente, muitos
são os clientes ou familiares que preferem este
tipo de atendimento a outros que requeiram algum
tipo de Institucionalização.
 (RESTA e BUDO, 2004)
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Cabe contextualizar o cuidado domiciliar como estratégia de reversão do modelo assistencial em saúde e as demandas e necessidades advindas dessa estratégia na formação dos profissionais de saúde.
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A consolidação do Sistema Único de Saúde apresenta-se no contexto da atenção à saúde no Brasil como uma realidade em construção. 
Nesse movimento, buscam-se alternativas na configuração de práticas sanitárias que superem o modelo assistencial centrado na doença e nos cuidados prestados no ambiente hospitalar para avançar na configuração de saberes e fazeres que tenham como enfoque a identificação e a análise do problemas e necessidades de saúde contemporâneas e que sejam centrados no usuário e nas características fundamentais do cuidado em saúde. 
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Em conseqüência, observa-se a emergência e a ampliação
de espaços de atenção não-tradicionais: Estratégia de Saúde da Família, Assistência Domiciliar nas diversas modalidades, casa de cuidados paliativos, dentre outros. Esses espaços representam esforços na reconstrução de um modelo de atenção o que exige, na sua gênese, repensar o processo de trabalho e a organização das tecnologias nesses novos espaços. 
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Reverter o modelo assistencial implica buscar uma assistência integral, equânime e que garanta a qualidade de vida e autonomia dos sujeitos no processo. 
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Por outro lado, o cuidado domiciliar pode ser apenas um reforço do modelo médico hegemônico, com predomínio de uma medicina tecnológica que estimule a produção de atos e procedimentos onde os sujeitos são meros consumidores. 
Nessa concepção, o domicílio se torna apenas mais um espaço, sem nenhum impacto na mudança do modelo assistencial. 
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REFLEXÃO
	Nesta perspectiva, os cuidados domiciliares trazem implicações para o ensino e para o serviço na reorganização das práticas de saúde e de ensino que permitam a reflexão e ação sobre essa estratégia. 
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Mudança de paradigma na atenção à saúde 
 uma modalidade de assistência que privilegia a promoção e prevenção da saúde e a humanização da atenção.
Cuidado 
Domiciliar
I Mostra de Produção de Saúde da Família de Minas Gerais
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VANTAGENS DA ASSISTÊNCIA DOMICILIÁRIA (BRUNNER & SUDDARTH, 2002).
Evitar internações e suas conseqüências.
Diminuir o tempo de internação.
Manter o paciente em seu hábitat e no convívio com os seus.
Dividir a responsabilidade dos cuidados do paciente com a família.
Suprir a dificuldade de locomoção do paciente.
Acompanhar doenças crônicas, controlando suas descompensações.
Acompanhar a evolução natural das doenças.
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Controlar a evolução das doenças.
Controlar o paciente por intermédio de uma equipe interdisciplinar.
Otimizar leitos e recursos hospitalares.
Minimizar o estresse e o desgaste familiar.
A assistência domiciliária melhora a qualidade de vida do paciente e de seus familiares, pois, durante uma internação hospitalar, há alterações da rotina de vida do paciente e de quem o cerca. 
A redução do risco de infecção hospitalar é um assunto muito abordado. 
(BRUNNER & SUDDARTH, 2002).
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LEIS, RESOLUÇÕES E PORTARIAS QUE ABORDAM O TEMA ASSISTÊNCIA DOMICILIAR 
 ( BRASIL, 2003)
Resolução 270/2002 do Conselho Federal de Enfermagem (COFEM).
 Aprova a regulação de empresas que prestam serviços de enfermagem domiciliária _ Home Care.
Lei 9.656, de 03 de junho de 1998. Medida provisória 2.177-44, de 24 de agosto de 2001. Dispõem sobre os planos e seguros providos de
 assistência à saúde.
Lei 8.080, de 19 de setembro de 1990 .Dispõem sobre as condições de
 promoção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos
 serviços correspondentes e dá outras providências.
Lei 10.424, de 15 de abril de 2002. Acrescenta capítulos e artigos à lei
 8.080, de 19 de setembro de 1990, que dispõe sobre as condições para a
 promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento de serviços correspondentes e dá outras providência,
 regulamentando a assistência domiciliaria no Sistema Único de Saúde.
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Art. 1º- A Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, passa a vigorar acrescida do seguinte Capítulo VI e do art. 19-I:
CAPÍTULO VI -
DO SUBSISTEMA DE ATENDIMENTO E INTERNAÇÃO DOMICILIAR
Art. 19-I. São estabelecidos, no âmbito do Sistema Único de Saúde, o atendimento domiciliar e a internação domiciliar.
§ 1o Na modalidade de assistência de atendimento e internação domiciliares incluem-se, principalmente, os procedimentos médicos, de enfermagem, fisioterapêuticos, psicológicos e de assistência social, entre outros necessários ao cuidado integral dos pacientes em seu domicílio.
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§ 2º- O atendimento e a internação domiciliares serão realizados por equipes multidisciplinares que atuarão nos níveis da medicina preventiva, terapêutica e reabilitadora.
§ 3º- O atendimento e a internação domiciliares só poderão ser realizados por indicação médica, com expressa concordância do paciente e de sua família.“
Art. 2o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 15 de abril de 2002
 
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AS DIFERENTES ETAPAS DO SERVIÇO NA ASSISTÊNCIA DOMICILIÁRIA
A assistência domiciliária é sempre um serviço individual e pode ser dividido em etapas: 
 Avaliação, execução e desligamento e alta. 
(PAPALÉO NETTO, 2007)
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Etapas de Avaliação
Essa etapa tem a finalidade de identificar a elegibilidade do paciente para esse tipo de assistência e o plano de tratamento a ser realizado.
Como critério de elegibilidade pode-se citar: dependência técnica, estabilidade do quadro clínico, residência com condições adequadas à prestação do serviço, a presença de um profissional da saúde e ausência de risco.
Os critérios de elegibilidade devem ser ponderados conforme cada caso.
(DIOGO e DUARTE, 2002)
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Pacientes Elegíveis
 Pacientes agudos: casos de duração previsível, com condições de permanência no domicílio: infecções, pós-operatórios, queimaduras em fase aguda, casos ortopédicos, fase aguda de doenças crônicas.
 Pacientes Crônicos: portadores de diabetes mellitus, neoplasias, seqüelas neurológicas, síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA), seqüelas ortopédicas, hipertensão arterial sistêmica (HAS), cardiopatias, demência, pneumopatias etc.
 Pacientes com necessidade de cuidados especiais: senilidade, pós-operatório e recuperação de trauma.
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 O doente, uma das formas integrantes, deve ser esclarecido e educado sobre sua situação. A família, além de informação, deve receber treinamento adequado ao tratamento da doença e orientação quanto à sua postura frente ao paciente. A doença deve ser controlada e tratada rigorosamente. Com esses fatores sob controle, é possível manter o equilíbrio efetivo, evitando internações repetidas.
 (DIOGO e DUARTE, 2002)
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Etapa da Execução
Essa fase, que é a continuidade da internação hospitalar, é a da execução do plano de atendimento proposto na etapa anterior, enfatizando-se a resolução do problema identificado na avaliação e outros que possam aparecer no decorrer do atendimento. 
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O profissional deve estar ciente que o paciente domiciliar é muito frágil, com grau variado de dependência e alto nível de intercorrências, estando sempre muito alerta para qualquer mudança no estado geral, e se necessário interceder.
(BRITTO, 2004)
È importante fazer o paciente perceber que ele é o maior responsável pelo seu sucesso e que o profissional é o coadjuvante na sua recuperação e restabelecimento de suas atividades.
 (MENDES, 2001)
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 Deixar bem claro, desde o inicio, que o atendimento domiciliar tem começo, meio e fim. 
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Elementos Norteadores do Processo de Reabilitação
1. Coleta de dados: testes, observação, exames, etc.
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Elementos Norteadores do Processo de Reabilitação
2. Julgamento Clínico: processo dinâmico de discussão do caso com no mínimo o médico responsável pelo caso
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Elementos Norteadores do Processo de Reabilitação
3. Construção do Diagnóstico: determinação das relações de causa e efeito entre as disfunções biopsicossociais encontradas, definição da hierarquia: elaboração do racional.
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Elementos Norteadores do Processo de Reabilitação
4. Prognóstico: determinação do nível a ser alcançado em cada uma das disfunções que serão alvo de intervenção, e previsão do prazo para alcançar tal nível.
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Elementos Norteadores do Processo de Reabilitação
5. Intervenção: utilização de métodos e técnicas específicas via os diferentes profissionais que estarão responsáveis para o alcance das metas pré-definidas. Interação concreta entre os profissionais, paciente, cuidadores e familiares.
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Elementos Norteadores do Processo de Reabilitação
6. Resultados: Demonstração quantitativa e qualitativa dos resultados. Reinserção social.
Satisfação do cliente, prevenção primária e secundária.
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PERFIL DA EQUIPE
Resolutividade
Experiência
Prudência/calma
Sensibilidade e Razoabilidade
Capacidade de controle
Capacidade clinica
Conhecimento/experiência específica
Capacidade de utilização de equipamentos
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Fator Crucial para o Sucesso:
Comunhão de objetivos e compromisso máximo para alcançá-lo no menor tempo possível.
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CENTRO MAIS VIDA
ATENÇÃO INTEGRAL Á SAUDE DO IDOSO
Governo Estadual de Minas Gerais
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A VIDA PODE TER MAIS POSSIBILIDADES QUE LIMITES ...
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