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Resumo - Eletrofisiologia cardíaca

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Srta. Mariana Lopes 
 
 
FISIOLOGIA 
CARDÍACA 
 
 
 
 
❖ Sistema de geração e condução 
elétrica do coração 
 
• No coração há a presença de um sistema 
especializado (sistema de geração e condução 
elétrica do coração), capaz de gerar um 
potencial de ação de forma espontânea, sem a 
necessidade de estimulação externa. 
- Formado por um conjunto de células especializadas 
que são caracterizadas por possuírem uma baixa 
quantidade de miofibrilas (contração) e possuem a 
propriedade de auto-ritimicidade. 
- Células autorrítmicas: possuem potencial de 
membrana instável que faz com que em ciclos se atinja 
potenciais de ação de forma espontânea 
• Esse sistema é formado por (ordem de 
despolarização): nodo sinoatrial (AS), vias 
internodais, nodo atrioventricular (AV), 
Feixe de His, sistema de Purkinje. 
- O ritmo cardíaco é modulado pelo sistema nervoso 
autônomo (SNA), com uma inervação dupla: 
simpática e parassimpática 
• As células que fazem parte desse sistema são 
chamadas de células marcapasso. 
- Possuem a propriedade de auto-ritmicidade 
- Geram potencial de ação sem estímulo neural 
- A auto-ritmicidade está diretamente ligada ao seu 
potencial de repouso instável. 
- O potencial de ação se espalha pelas células 
miocárdicas contráteis. 
- São responsáveis por gerar o ritmo dos potenciais 
de ação do coração e conduzir para as células 
miocárdicas contráteis 
 
 
 
 
 
• Nodo sinoatrial: responsável por gerar o 
ritmo de potencial de ação e a frequência cardíaca 
(frequência de contração do coração) – 
Marcapasso cardíaco 
- O nodo sinoatrial é o marcapasso mestre que dita o 
ritmo de despolarização do coração 
- Localizado na parede do átrio direito; próximo a 
abertura da veia cava 
- Frequência de disparo = 70 – 80 disparos/min 
- Os disparos são regulados pela inervação autonômica 
(simpático e parassimpático) 
 
• Marcapassos latentes: Nodo 
atrioventricular (40-60), Feixe de His (40) 
e Fibras de Purkinje (15-20) - enquanto o 
nodo sinoatrial está funcionando, esses 
marcapassos se encontram suprimidos 
- Se houver alguma lesão no nodo sinoatrial, os 
marcapassos latentes passam a funcionar 
 
• Marcapassos ectópicos (latentes) são ativados 
quando há alguma destruição ao nodo sinoatrial. 
- Isso faz com que haja uma interferência (queda) ao 
débito cardíaco. 
 
 
 
 
 
Eletrofisiologia Cardíaca 
 
 
 Srta. Mariana Lopes 
 
 
FISIOLOGIA 
CARDÍACA 
 
 
CONDUÇÃO DA ATIVIDADE ELÉTRICA 
- Quando o ritmo de despolarização é gerado, as 
células marcapassos conduz a alteração elétrica 
para os átrios através dos feixes internodais, até 
chegar ao nodo atrioventricular 
 
Obs.: entre os átrios e ventrículos há a presença 
dos septos atrioventriculares que irá isolar a 
condução elétrica, fazendo com que não haja a 
passagem direta do estímulo 
 
- O nodo atrioventricular por sua vez conduz a 
alteração elétrica para os ventrículos: passa pelo 
feixe de His (septo interventricular) e conduz até o 
ápice do coração 
- Ao chegar no ápice, essa alteração é distribuída até 
a base do coração (de baixo para cima) pelo sistema 
de Purkinje (formado pelas vias acessórias) → Essa 
direção é importante, pois com a contração dos 
ventrículos que será gerada, o sangue será ejetado 
para as artérias, ou seja, no sentido de baixo para 
cima. 
 
Obs.: Os átrios são contraídos antes dos 
ventrículos. Isso ocorre, primeiramente, devido a 
presença dos septos fibrosos que isola os átrios e 
ventrículos. Outro fator que contribui para isso é 
a velocidade de condução (do potencial de ação) 
do nodo atrioventricular que é inferior ao nodo 
SA ( 1 m/s) e aos feixes (2-4 m/s). Isso faz com 
que haja um pequeno atraso na condução dos 
potenciais de ação para os feixes de His e 
Purkinje, fazendo com que os átrios se 
contraiam primeiro. → Importância: 
enchimento ventricular antes da sístole 
 
 
POTENCIAL DE AÇÃO DO NODO 
SINOATRIAL 
O potencial de ação (PA) se baseia em um potencial 
de membrana instável/oscilante, que é o potencial 
marcapasso. 
O potencial de repouso dessas células marcapasso 
está em aproximadamente -60 mV 
Espontaneamente, quando se atinge a repolarização 
(em -60 mV) dessas células marcapassos, há a 
abertura de canais de Na+ (canais If – f = funny – 
relacionado ao potencial marcapasso). A abertura 
desses canais permite o influxo de Na+ (também de 
potássio, mas a resultante é sódio). 
Com a abertura desses canais as células vão ficando 
mais negativas. A alteração dessa polaridade faz com 
que haja a abertura de alguns canais de Ca+, 
fazendo com que haja também o influxo Ca+. Com 
isso há o fechamento dos canais de Na+. 
O limiar é alcançado fazendo com que haja o 
rápido influxo de cálcio e ocasionando a 
despolarização (aprox. +10 mV) 
Após isso há a abertura dos canais de K+ 
ocasionando o efluxo (saída) de potássio levando ao 
retorno do potencial de membrana para o 
repouso (repolarização), uma vez que ele possui 
carga positiva e a sua saída irá deixar a membrana 
mais negativa. 
Com a repolarização, o ciclo se repete. Logo, os 
potenciais marcapassos (nodo sinoatrial) 
ocorrem ciclicamente ditando o ritmo intrínseco 
de despolarização do coração que está por volta 
de 60-80 bpm, modulado pelo sistema nervoso 
autônomo simpático e parassimpático, 
produzindo o efeito de aumento ou diminuição 
da frequência cardíaca. 
 
 
 
 
 
 
 Srta. Mariana Lopes 
 
 
FISIOLOGIA 
CARDÍACA 
 
• EFEITO SIMPÁTICO 
O sistema nervoso simpático (SNS) utiliza os 
neurotransmissores noradrenalina (noraepinefrina) 
e epinefrina que atuam nos receptores B1 dos 
nodos. 
Quando atuam nos receptores B1, aumentam o influxo 
de cálcio e sódio (modulação dos canais If) → Influxo 
maior de cargas positivas e alcance mais rápido do 
limiar 
• Com isso, o processo de geração de potencial é 
antecipado e a frequência de disparo é 
aumentada, por exemplo 100 bpm. 
 
• Logo, a modulação simpática sobre o nodo 
atrioventricular irá aumentar a frequência cardíaca. 
EXEMPLO: Situações de estresse 
 
• EFEITO PARASSIMPÁTICO 
O sistema nervoso parassimpático tem como 
neurotransmissores a acetilcolina e também inerva 
o nodo sinoatrial através dos receptores 
muscarínicos do tipo M2. 
Com essa ligação, a acetilcolina aumenta 
(hiperpolarização) a atividade dos canais de potássio e 
reduz a atividade dos canais de cálcio (responsáveis 
pelo alcance do limiar). Isso faz com que haja a 
hiperpolarização da célula (devido o aumento da 
condutividade de potássio), fazendo com que ela fique 
mais distante do alcance do limiar. 
• Com isso, a despolarização ocorre de forma mais 
lenta em relação ao ritmo intrínseco do 
marcapasso do nodo sinoatrial, fazendo com que 
diminua a velocidade do processo de geração do 
potencial de ação, diminuindo também a 
frequência de disparo, por exemplo 50 bpm 
 
• Logo, a modulação parassimpática sobre o nodo 
atrioventricular reduz a frequência cardíaca. → 
Efeito cronotrópico negativo 
 
Frequência cardíaca = número de 
contrações/tempo = bpm → 
Reflexo da taxa de despolarização dos 
nodos, do sistema intrínseco de geração dos 
potenciais de ação modulado pelo sistema 
nervoso autônomo 
 
 
 
 
• IMPORTÂNCIA DO CANAIS LENTOS DE 
CA+ EXTRACELULAR: maior número de 
pontes cruzadas (acoplamento excitação-
contração) e maior força de contração 
 
• No potencial de ação das células cardíacas 
contráteis, o platô está relacionado à abertura 
dos canais lentos de cálcio. Assim como o 
aumento da força de contração dos miócitos 
está relacionado a abertura de maior quantidade 
desses mesmos canais 
 
 
CHEGADA DO 
PA
CANAIS 
LENTOS DE 
Ca+
LIBERAÇÃO DO Ca+ 
DO RETÍCULO 
SARCOPLASMÁTICO 
Ca+ se ligaà 
troponina
CONTRAÇÃO 
MUSCULAR
 
 
 Srta. Mariana Lopes 
 
 
FISIOLOGIA 
CARDÍACA 
 
 
 
• MÚSCULO CÁRDIACO: CONTRAÇÃO 
GRADUADA 
As fibras musculares executam contrações graduadas. 
A força gerada pelo músculo é proporcional ao 
número de pontes cruzadas ativas (determinada pela 
quantidade de cálcio ligado à troponina) 
A tensão gerada é diretamente proporcional ao 
comprimento inicial da fibra muscular (depende do 
volume de sangue na câmara cardíaca) 
 
❖ ELETROCARDIOGRAMA - ECG 
O eletrocardiograma permite detectar as 
propriedades elétricas do coração. 
• Determinação de diferenças de potencial muito 
pequenas sobre a superfície do corpo que 
refletem a atividade elétrica do coração. 
 
• É um exame não invasivo medido a partir de 
eletrodos na superfície do tórax 
• As derivações do ECG (12 derivações) fornecem 
vistas elétricas do coração, dando informações 
sobre diferentes regiões 
 
• O ECG fornece ondas (despolarizações e 
despolarizações), intervalos e segmentos. 
• As informações dadas pelos ECG são referentes a 
frequência cardíaca, ritmo, velocidade de 
condução. . . 
 
• LEITURA DO ELETROCARDIOGRAMA 
- Onda P: despolarização dos átrios – alteração 
eletrofisiológica que precede a contração atrial 
- Complexo QRS: despolarização do ventrículo – 
antecede a sístole/contração ventricular 
- Onda T: repolarização ventricular – 
relaxamento/diástole ventricular 
- Intervalo PR: corresponde o início da 
despolarização (contração) atrial e o início da 
contração ventricular; nele se inclui a condução do PA 
gerado no nodo sinoatrial pelo nodo atrioventricular 
- Onda R 
- Determinar a Frequência Cardíaca: através da 
duração do intervalo R – R, entre uma onda R e outra 
onda R; duração do ciclo cardíaco que permite calcular 
a frequência cardíaca. 
- Determinar se o ritmo é regular ou irregular: através 
dos intervalos regulares ou presença de arritmia 
(batimentos extras) 
- Analisar se as ondas estão normais e se estão 
presentes de forma reconhecível 
- Analisar se cada onda P é seguida por uma onda 
QRS; se o comprimento do segmento PR é 
constante ou se há bloqueios. 
- Com o ECG é possível analisar arritmias cardíacas 
(varia de disfunções benignas a fatais); alterações na 
geração e condução elétrica do coração; bloqueio 
AV parcial (impulsos transmitidos parcialmente aos 
ventrículos); bloqueios e batimentos ausentes; 
contração ventricular prematura 
Logo, o ECG é um exame informativo sobre 
patologias cardíacas 
 
 
❖ FIBRILAÇÃO 
 
• Corresponde há uma alteração onde as células 
do miocárdio se contraem de forma 
desorganizada. 
• Essa alteração ocorre no sistema de geração e 
condução elétrica do coração 
- Fibrilação atrial: condição comum, muitas vezes 
assintomáticas e associadas a consequências graves 
como AVC (embolia) → Há a geração de trombos 
que podem se deslocar pelo sistema circulatório 
 
 
 Srta. Mariana Lopes 
 
 
FISIOLOGIA 
CARDÍACA 
- Fibrilação ventricular: ameaça à vida imediata; 
os ventrículos não podem bombear sangue 
adequadamente para suprir o encéfalo 
- O uso do desfibrilador consiste na aplicabilidade 
de uma corrente para gerar uma despolarização que 
dispara um potencial de ação em todas as células 
simultaneamente, coordenando-as novamente 
- No bloqueio cardíaco completo, a condução de 
sinais de átrio para ventrículos é bloqueada. Os sinais 
do nodo sinoatrial não chegam ao ventrículo, cujas 
células auto excitáveis disparam a 35/min (lentas para 
manter o fluxo adequado)

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