PROSEL MONITORIA 2021.2 Anna Catharina Garcia 01 Ato administrativo X Ato da administração O ato da administração é aquele tomado em função atípica pelos poderes, como um juiz que da férias ao servidor. Já o ato administrativo é aquele tomado pela administração publica, normalmente pelo gestor, guiado pelo interesse publico. É o ato administrativo quem assume o lugar de epicentro do estudo do direito administrativo. CONCEITO | 5 ELEMENTOS HELY LOPES DE MEIRELES: “uma manifestação unilateral de vontade da Administração Pública que, agindo nessa qualidade, adquire, resguarda, transfira e modifique, extinga e declare direitos. ” MARIA SYLVIA DI PIETRO: “Declaração do estado ou de quem o represente, que produz efeitos jurídicos imediatos com observância da lei, sob regime jurídico de direito público e sujeita a controle pelo Poder Judiciário. ” O AGENTE E SUA COMPETÊNCIA ATO PRATICADO POR AGENTE INCOMPETENTE É NULO, mas é possível que o ato invalido confira efeitos jurídicos, através da convalidação, mesmo ele sendo invalido, pode ser convalidado uma vez que um agente competente assim professe, OBSERVE QUE convalidar não torna o ato valido, ele é apenas aproveitando sendo permitido a capacidade de produzir efeitos jurídicos. O ato é produzido por alguém, a adm publica é abstrata, quem realiza são as pessoas investidas de competência para a pratica do ato. O ato é produzido por um agente competente, não basta apenas um sujeito autorizado para tomar atos, e sim, o agente também com competência para realizar aquele ato, originada da legalidade. O OBJETO É aquilo que o ato tem a capacidade de geral como consequência pratica real. Por O que se busca é o efeito concreto gerado pelo ato, o que o ato modifica dentro das relações concretizadas pela sociedade. NÃO PODE TER ATO SEM OBJETO, logo, o objeto é deveras o PRESSUPOSTO DE EXISTENCIA, pois, todo ato tem que gerar um efeito concreto que é justamente o objeto. É o conteúdo/matéria do ato. Por meio dele, a administração manifesta a sua vontade ou trata sobre situações preexistentes. Consiste, em outras linhas, na alteração que esse elemento causa no universo jurídico, que é imediato. A FORMA LEI 9784/99 | Art. 22. Os atos do processo administrativo não dependem de forma determinada senão quando a lei expressamente a exigir. § 1o Os atos do processo devem ser produzidos por escrito, em vernáculo, com a data e o local de sua realização e a assinatura da autoridade responsável. É exigido a forma escrita para evitar atos orais, a forma escrito é a prova pre constituída para que uma vez um direito desrespeitado, se garanta o mandado de segurança. Em se tratando da forma como elemento do ato administrativo, é o meio pelo qual o ato se apresenta. Em geral, é escrito. Ele não busca sempre a forma, como traz o princípio da instrumentalidade das formas, pois mesmo que ele tenha sido editado de forma incorreta, se alcançar o objetivo para o qual foi criado, ele será válido. MOTIVO E FINALIDADE A finalidade do ato administrativo é aquilo que ele procura quando é editado, o que pretende alcançar, para afirmar a busca pelo interesse público, mas além disso, sempre há uma finalidade prevista na lei. Tal elemento é sempre vinculado, e passível de controle pelo Judiciário). Qualquer falta de atendimento à finalidade configura vício insanável, sendo obrigatória a anulação do ato, sem poder ser convalidado. O motivo NÃO É motivação. O motivo é o porque que o ato nasce, seu propósito. Já a motivação, é a exposição do motivo, sua explicitação e fundamentação. Com base nisso, foi criada a teoria dos motivos determinantes (CAUSA) que sustenta, em suma, que a validade dos atos administrativos sempre se ligará aos motivos indicados como seu fundamento. Desenvolvida na França, busca os reais motivos que se levou a pratica dos atos, dentro da motivação, se ele esta ou não esta presente. Se busca no ato porque o gestor publico, por exemplo, comprou o material acima do valor de mercado, O REAL MOTIVO FOI: Comprar o melhor pra adm publica ou para beneficiar alguém? Cabe ao tribunal de contas fazer essa fiscalização. O motivo vai criar o nexo de causalidade, controlado se o ato se sustenta ou não. OBS: NEM TODA A DOUTRINA ENTENDE A "CAUSA" COMO ELEMENTO. TEORIA DOS MOTIVOSTEORIA DOS MOTIVOS DETERMINANTESDETERMINANTES