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1 Marcela Oliveira – Medicina 2020 Exame Físico do Coração NA ANAMNESE CARDIOVASCULAR DEVE SER QUESTIONADO AO PACIENTE SOBRE ATIVIDADE FÍSICA, TIPO DE DIETA, SONO, TRABALHO, TAGABISMO, ETILISMO, HISTÓRIA FAMILIAR DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES. OS SINAIS E SINTOMAS DE ALTERAÇÃO DO SISTEMA CARDÍACO SÃO: DOR TORÁCICA: LOCALIZAÇÃO, INTENSIDADE, DURAÇÃO, FATORES DESENCADEANTES, TIPOS DE DOR. DISPNÉIA; ORTOPNEIA, PALPITAÇÃO, CANSAÇO, CIANOSE, SINCOPE, EDEMA, TOSSE, PALIDEZ, ESTASE DE JUGULAR, ALTERAÇÕES DE PA E P. REALIZAM-SE A INSPEÇÃO E A PALPAÇÃO SIMULTANEAMENTE PORQUE OS ACHADOS SEMIÓTICOS TORNAM-SE MAIS SIGNIFICATIVOS QUANDO ANALISADOS EM CONJUNTO. 1. ABAULAMENTOS: A PESQUISA DE ABAULAMENTOS NA REGIÃO PRÉ-CORDIAL (ÁREA DO TÓRAX ANTERIOR) DEVE SER FEITO COM O EXAMINADO EM PÉ, AO LADO DIREITO DO PACIENTE E FRONTAL, O EXAMINADOR FICANDO JUNTO AOS PÉS DO PACIENTE. 2. ICTUS CORDIS NO ICTUS CORDIS É INVESTIGADO A LOCALIZAÇÃO, EXTENSÃO, INTENSIDADE, MOBILIDADE, RITMO E FREQUÊNCIA. A LOCALIZAÇÃO SITUA-SE NO CRUZAMENTO DA LINHA HEMICLAVICULAR ESQUERDA COM O 4º OU 5º ESPAÇO INTECOSTAL. CASO NÃO CONSIGA LOCALIZAR, COLOQUE O PACIENTE EM DECUBITO LATERAL ESQUERDO. EM RELAÇÃO A EXTENSÃO DO ICTUS, PROCURA DETERMINAR QUANTAS POLPAS DIGITAIS SÃO NECESSÁRIAS PARA COBRIR-LO, ISSO CORRESPONDE NORMALMENTE A 2 OU 3 CM. NA ANÁLISE DA MOBILIDADE, COLOCA-SE O PACIENTE EM DECÚBITO LATERAL ESQUERDO E DIREITO. NORMALMENTE ELE DESLOCA-SE DE 1 A 2 CM. A INTENSIDADE É ANALISADA REPOUSANDO A PALMA DA MÃO SOBRE A REGIÃO DOS BATIMENTOS. 2 Marcela Oliveira – Medicina 2020 EM RELAÇÃO AO RITMO E FREQUÊNCIA SÃO MELHORES AVALIADOS NA AUSCULTA. NO ENTANTO, O RITMO DE GALOPE PODE SER RECONHECIDO COM FACILIDADE PELA PALPAÇÃO DO PRECÓRDIO; 3. PULSAÇÕES EPIGÁSTRICAS SÃO A TRANSMISSÃO DAS PULSAÇÕES DA AORTA À PAREDE ABDOMINAL. AS PULSAÇÕES SÃO MAIS VISÍVEIS AO NÍVEL DA REGIÃO SUBXIFÓIDE. 4. AVALIAÇÃO JUGULAR E CARÓTIDA 5. FRÊMITOS CARDIOVASCULARES É A DESIGNAÇÃO APLICADA À SENSAÇÃO TÁTIL DETERMINADA POR VIBRAÇÕES PRODUZIDAS NO CORAÇÃO OU NOS VASOS. LOCALIZAÇÃO: USAM-SE COMO REFERÊNCIA AS ÁREAS DE AUSCULTA SITUAÇÃO DO CICLO CARDÍACO: COINCIDÊNCIA OU NÃO COM O PULSO CAROTÍDEO. INTENSIDADE: AVALIADO EM ATÉ (++++) OS FRÊMITOS CORRESPONDEM AOS SOPROS. A POSIÇÃO HABITUAL É O PACIENTE EM DECÚBITO DORSAL, COM O MÉDICO AO SEU LADO DIREITO. TAMBÉM, O PACIENTE PODE ESTAR SENTADO LIGEIRAMENTE INCLINADO PARA FRENTE. E UMA TERCEIRA POSIÇÃO É AQUELA NO QUAL O PACIENTE FICA EM DECÚBITO LATERAL-ESQUERDO COM A MÃO ESQUERDA SOBRE A CABEÇA. A CAMPÂNULA É COLOCADA DIRETAMENTE SOBRE A PELE NUA. 1. FOCOS DE AUSCULTA FOCO MITRAL: 5º EIC CORRESPONDE AO ICTUS CORDIS; FOCO PULMONAR: 2º EIC ESQUERDO PRÓXIMO AO ESTERNO. FOCO AÓRTICO: 2º EIC DIREITO PRÓXIMO AO ESTERNO. FOCO AÓRTICO ACESSÓRIO: 3º EIC ESQUERDO JUNTO AO ESTERNO. FOCO TRICÚSPIDE: 4º OU 5º EIC ESQUERDA, NA BASE DO APÊNDICE XIFOIDE. 3 Marcela Oliveira – Medicina 2020 2. BULHAS CARDÍACAS PRIMEIRA BULHA (B1) REFERE-SE AO FECHAMENTO DAS VÁLVULAS ATRIOVENTRICULARES (MITRAL E TRICÚSPIDE) COINCIDE COM O ICTUS CORDIS E COM O PULSO CAROTÍDEO. SEU TIMBRE É GRAVE E SEU TEMPO DE DURAÇÃO É MAIOR. É REPRESENTADO PELA EXPRESSÃO TUM EM CONDIÇÕES NORMAIS, APRESENTA MAIOR INTENSIDADE NO FOCO MITRAL (ÁPICE); CORRESPONDE AO INÍCIO DA SÍSTOLE; SEGUNDA BULHA (B2): REFERE-SE AO FECHAMENTO DAS VÁLVULAS SEMILUNARES (AÓRTICA E PULMONAR); POSSUI UMA MAIOR INTENSIDADE NOS FOCOS AÓRTICO E PULMONAR (BASE); SEU TIMBRE É MAIS AGUDO E SOA DE FORMA MAIS SECA, SENDO REPRESENTADO PELA EXPRESSÃO TÁ; CORRESPONDE AO FINAL DA SÍSTOLE E INICIO DA DIÁSTOLE; DESDOBRAMENTOS QUANDO O FECHAMENTO DAS VÁLVULAS NÃO COINCIDE, PERCEBEM-SE DE MODO NÍTIDO DOIS COMPONENTES. QUANDO ESSE DESDOBRAMENTO OCORRE NA B1, ESCUTA-SE O TLUM. ESSE DESDOBRAMENTO PODE OCORRER EM PESSOAS NORMAIS. QUANDO ESSE DESDOBRAMENTO OCORRE NA B2, ESCUTA-SE O TLÁ. PODENDO SER INSPIRATÓRIO OU FISIOLÓGICO. NO DESDOBRAMENTO INSPIRATÓRIO, O QUE OCORRE É QUE DURANTE A INSPIRAÇÃO, PELO FATO DE A PRESSÃO INTRATORÁCICA DIMINUIR, GERA UM GRANDE RETORNO VENOSO E AUMENTA O FLUXO DE SANGUE PELAS CÂMARAS DIREITAS COM CONSEQUENTE AUMENTO DA EJEÇÃO, ATRASANDO O FECHAMENTO DA VALVA PULMONAR. É MAIS COMUM EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES E MAIS AUDÍVEL NO FOCO PULMONAR. 4 Marcela Oliveira – Medicina 2020 TERCEIRA BULHA (B3) É UM RUÍDO PROTODIASTÓLICO (INÍCIO DA DIÁSTOLE – APÓS B2) QUE SE ORIGINA DAS VIBRAÇÕES PRODUZIDAS NA PAREDE VENTRICULAR DEVIDO AO ENCHIMENTO RÁPIDO. PODE SER FISIOLÓGICO EM ALGUMAS CRIANÇAS E ADULTOS JOVENS; É UM SOM DE BAIXA FREQUÊNCIA, POR ISSO É MELHOR AUDÍVEL COM A CAMPÂNULA NO FOCO MITRAL EM DECÚBITO LATERAL ESQUERDO; É REPRESENTADO PELO TU (TUM TU TU) QUARTA BULHA (B4) É UM SOM TELEDIASTÓLICO (FINAL DA DIÁSTOLE) OU PRÉ-SISTÓLICO; ORIGINADA PELA RÁPIDA DESACELERAÇÃO DO FLUXO SANGUÍNEO NA CONTRAÇÃO ATRIAL. É COMO SE HOUVESSE UM CHOQUE ENTRE O SANGUE “ESTÁTICO” DO VE COM O “DINÂMICO” PROVENIENTE DO AE. REPRESENTADO PELO TU, PODE SER CONFUNDIDO COM O DESDOBRAMENTO (TURUM TU); CLASSIFICAÇÃO: B1 B2 B1 SISTÓLE DIÁSTOLE Proto/Meso/Telo Proto/Meso/Telo 5 Marcela Oliveira – Medicina 2020 1- RITMO: REGULAR OU IRREGULAR; 2- FC: RÍTMICAS OU ARRÍTMICAS 3- BULHAS (B1 E B2) – FONESE – INTENSIDADE (NORMOFONÉTICA/HIPOFONÉTICA/HIPERFONÉTICA) 4- B3 E B4 BNRNF EM 2T 6 Marcela Oliveira – Medicina 2020 1. VERIFICAR SEGURANÇA DO LOCAL 2. VERIFICAR SE A VÍTIMA RESPONDE AO CHAMADO? SIM: MONITORAR ATÉ CHEGADA DE AJUDA NÃO: RECONHECIMENTO IMEDIATO DO PCR; 3. ACIONAMENTO DO SERVIÇO MÉDICO DE EMERGÊNCIA. 4. CHECAR RESPIRAÇÃO E PULSO (10S) RESPIRAÇÃO NORMAL COM PULSO: MONITORAR ATÉ CHEGAR AJUDA SEM RESPIRAÇÃO E SEM PULSO: INICIAR RCP (RETIRANDO A BLUSA) COM CICLOS DE 30 COMPRESSÕES PARA 2 VENTILAÇÕES E CONFERIR O PULSO. SÃO DE 100 A 120 COMPRESSÕES POR MINUTO OBS: A ABERTURA DA VIA AÉREA SE DÁ PELA ELEVAÇÃO DA MANDÍBULA OU MENTO; 5. CHEGADA DO DESFRIBILADOR (DEA) – VERIFICAR SE ESTÁ CHOCAVEL OU NÃO. COLOCAM-SE AS PÁS NO LADO SUPERIOR DIREITO E INFERIOR DO LADO ESQUERDO; 6. PACIENTE COM PULSO, COLOCA-SE NA POSIÇÃO LATERAL ESQUERDA COM AS PERNAS SEMIFLETIDAS; São sons derivados de vibrações prolongadas, decorrentes de alguns mecanismos: Aumento do fluxo de sangue, com consequente diminuição da viscosidade. (dentro do coração ou no vaso) Passagem de sangue por uma valva estreitada (estenose) ou dilatada. Dentre esses mecanismos, a velocidade sanguínea tem característica sinérgica com todos os outros mecanismos, por isso pode ser solicitado ao paciente que se realize algum exercício físico para aumentar a FC com o intuito de aumentar a intensidade do sopro. Quando a válvula não consegue abrir bem, vamos ter uma válvula estenosada. Já quando a válvula se abre bem, mas não se fecha de maneira adequada, vamos ter uma insuficiência de válvula. CARACTERISTICAS SEMIOLOGICAS DO SOPRO 1) Situação do Ciclo Cardíaco (está entre B1 E B2 ou entre B2 e B1) Sopro sistólico: está entre B1 e B2. Sopro diastólico: está entre B2 e B1 7 Marcela Oliveira – Medicina 2020 2) Localização (avaliar em qual foco é mais intenso o som) 3) Irradiação (deve auscultar todo o precordio e a carótida também) 4) Intensidade 5) Timbre e Tonalidade 6) Modificação com a fase da respiração, com a posição do paciente e com o exercício físico. No momento da sístole ventricular, vamos ter uma contração dos ventrículos direito e esquerdo. Nesse momento, as válvulas atrioventriculares estão “teoricamente” fechadas e as válvulas semilunares tem que abrir. Podemos ter um sopro nessa fase por: não fechamento das válvulas atrioventriculares ou abertura inadequada das válvulas semilunares. Os 4 grandes sopros sistólicossão: a) Insuficiência mitral ou tricúspide b) Estenose aórtica ou pulmonar Podemos ainda classificar em sopro sistólico de Ejeção e Regurgitação. a) Sopro sistólico de ejeção: é quando temos um problema nas vias de saída do sangue para a grande e pequena circulação, ou seja, causado por uma estenose aórtica ou pulmonar. Pode ser chamado de sopro de diamante, pela sua característica crescente- decrescente. Iniciam praticamente após B1 e termina antes de B2 (mesosistólico). b) Sopro sistólico de Regurgitação: quando as válvulas atrioventriculares não se fecham adequadamente, o sangue regurgita para dentro dos átrios. Vai ser causado por uma Insuficiência Mitral ou Tricúspide, ou ainda pela CIV. São holossistólicos e possuem intensidade semelhante do inicio ao fim. No momento da diástole ventricular, as válvulas atrioventriculares devem abrir para o enchimento, e as semilunares devem fechar. 8 Marcela Oliveira – Medicina 2020 Podemos ter um sopro nessa fase pelo não fechamento das semilunares ou as atrioventriculares não se abriram de maneira adequadas. Os 4 principais sopros diastólicos são: a) Insuficiência aórtica e pulmonar: Decorrem do não fechamento eficaz dessas valvas, permitindo a regurgitação durante a diástole. inicia após a 2ª bulha (protodiastólico). São de alta frequência, decrescendo, tonalidade aguda. b) Estenose mitral e tricúspide: ocupa a parte média da diástole – com baixa frequência e tonalidade grave. É um sopro mesodiastólico, pois é justamente o equivalente a fase de enchimento ventricular rápido, tem característica decrescente e crescente em focos apicais. Esse sopro está frequente nos pacientes com Febre Reumática (E.Mitral). Podemos ainda ter um Sopro Sistodiastólico ou Contínuo, caracterizado por ser audível em toda sístole e diástole, sem interrupções, mascarando a 1ª e 2ª bulha. Sua parte sistólica é a mais intensa, ganhando a famosa expressão de “sopro em maquinaria”. É comum em crianças com PCA. 9 Marcela Oliveira – Medicina 2020 Você pode auscultar o sopro em vários pontos, e isso não quer dizer que todas as válvulas estão com problemas. Mas deve localizar a área em que é mais audível. São os locais onde também são audíveis. Por isso devemos deslocar o estetoscópio em varias direções, para região cervical e região de axila. Obs: O sopro da estenose aórtica tem uma característica de se irradiar para os vasos do pescoço (carótida) Obs: O sopro da insuficiência mitral se propaga para a axila Sistema de Cruzes (até 6 +) Classificação de Levine em graus (grau I a VI) Obs: Um importante parâmetro é a presença de frêmito (presente – acima de grau IV) O sopro pode ser suave, rude, musical, piante, aspirativo. 1. FASE DE RESPIRAÇÃO Um bom exemplo dessa relação é quando tem duvidas se a origem de um sopro advém de uma insuficiência mitral ou tricúspide. Para auxiliar nesse diagnostico, usa-se a Manobra de Riviero- Carvalho, no qual o paciente fica em decúbito dorsal, enquanto o examinador aproxima o 10 Marcela Oliveira – Medicina 2020 receptor junto à área tricúspide. Solicita-se ao paciente que inspire profundamente, pois essa manobra aumenta o retorno venoso para o coração direito, e em casos de defeito valvar tricúspide, o sopro será intensificado. Caso o sopro tenha sua intensidade diminuída, chamamos de manobra de Rivero-Carvallo negativa, ou seja, o sopro é de origem mitral. 2. POSIÇÃO DO PACIENTE Nos sopros da base do coração é valido solicitar que o paciente fique sentando com o tórax levemente inclinado para frente (Ex: Insuficiência aórtica fica mais nítida com o paciente sentado). Já a estenose mitral é mais audível em decúbito lateral esquerdo. 3. EXERCÍCIO FÍSICO O aumento da velocidade sanguínea consequentemente aumenta o volume dos sopros. Ex: Na estenose mitral é possível tornas mais forte um ruflar com o exercício físico. CLASSIFICAÇÃO COM BASE NAS CAUSAS DO SOPRO 1. SOPRO ORGÂNICO E FUNCIONAL Sopros orgânicos são aqueles determinados por modificações estruturais no coração, como estenose, insuficiência, CIV, PCA. O sopro funcional acontece sem ocorrer lesões no coração, como por exemplo, modificações do fluxo sanguíneo. 2. SOPROS INOCENTES São sopros que ocorrem na ausência de anormalidades estruturais cardíacas. São sistólicos, de baixa intensidade (grau +,++), suaves, sem irradiação, mais audível na área pulmonar e não são acompanhados de alterações das bulhas, sendo mais frequentes nas crianças. Essas manobras têm como objetivo aumentar ou diminuir o sopro. 1. RIVERO-CARVALHO: pedir o paciente para fazer uma inspiração profunda e segurar. Nesse momento, vamos ter um aumento do sangue venoso, ou seja, aumento do sangue chegando ao lado direito. Com isso, todos os sopros decorrentes de válvulas do lado direito vão aumentar (ET, IT, EP, IP). Utilizado principalmente para diferenciar Tricúspide de Mitral. 2. AGACHAMENTO: quando pedimos ao paciente para agachar, ele comprime as panturrilhas e consequentemente isso aumenta o retorno venoso, aumentando os sons do lado direito (EA e diminui o Prolapso da Válvula Mitral). 11 Marcela Oliveira – Medicina 2020 3. MANOBRA DE HANDGRIP: pedir para o paciente fechar a mão e apertar, isso vai aumentar à resistência vascular periférica, aumentando a pós- carga, ou seja, a força que o coração encontra contra a ejeção do sangue para a aorta. Se esse paciente tiver uma IA ou IM o sopro vai aumentar. 4. MANOBRA DE VALSALVA: pedir para o paciente fazer força soprando contra a mão. Isso vai diminuir o retorno venoso, ou seja, a quantidade de sangue que chega ao coração. Essa manobra diminui todos os sopros de válvulas, com apenas uma exceção que é na Cardiopatia Hipertrófica, no qual o som fica mais intenso. 12 Marcela Oliveira – Medicina 2020 Resumo dos sopros SISTÓLICOS (coincide com o pulso) Mesossistólico (crescendo e decrescendo/diamante). Ex: estenose aórtica Telessistólico (começa no final da sístole e termina em B2) Holossistólico (panssistólico) Ex: insuficiência mitral DIASTÓLICO (sempre patológico) Protodiastólico (decrescente). Ex: Insuficiência Aórtica Mesodiastólicos (começa um pouco depois de B2) Telediastólico (pré-sistólico em crescimento). Ex: Estenose mitral 13 Marcela Oliveira – Medicina 2020 IRRADIAÇÃO DOS SOPROS Axila: Insuficiência Mitral Pescoço/vasos da base: Estenose aórtica Meso e foco aórtico acessório: Insuficiência aórtica Estenose mitral: não irradia (ictus) RUÍDO DA PERICARDITE CONSTRITIVA: origina-se na distensão do pericárdio endurecido, isso pode ser por uma infecção ou doenças autoimunes. Ocorre no período diastólico. É audível quando há comprometimento da região apical e da face anterior do coração. ATRITO PERICÁRDICO: Originado pelo roçar de folhetos pericárdicos que perderam suas características normais. Não coincide com nenhuma fase do ciclo, não se propaga, variam de intensidade, qualidade e ruído variáveis e são mutáveis. RUMOR VENOSO: é um ruído continuo (sistodiastólico), de tonalidade grave, que se ouve na base do pescoço e porção superior do tórax. O local de máxima intensidade é acima da clavícula direita. Origina-se no turbilhonamento do sangue no ponto em que a jugular interna encontra-se com o tronco braquiencefálico. Deve ser diferenciado do sopro da persistência do canal arterial
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