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FUNDAMENTOS DE ECONOMIA
PROFº CARLOS ALBERTO VERONESE SERRÃO
AULA 3: ECONOMIA E DIREITO
CAP.3 = PAG. 29 ATÉ 35
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 3.1 Introdução
Conceitos da teoria econômica são relacionados ou dependentes do quadro de normas jurídicas do país;
Novas questões econômicas atuam para modificar o arcabouço jurídico.
 O aumento do papel regulador do governo na economia, atualmente, visa garantir a defesa da concorrência e os direitos dos consumidores.
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 3.2 O Direito e a teoria dos mercados (microeconomia): defesa do consumidor e da concorrência
foco econômico: comportamento dos produtores e consumidores.
 foco jurídico: agentes das relações de consumo.
1.	Consumidor = Código de Defesa do Consumidor
	(Lei 8.078/90)
2.	Fornecedor/Empresa = Direito Comercial >>Código Comercial (Lei 556/1850) e Código Civil (Lei 10.406/2002)
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estudo do estabelecimento comercial e do empresário
análise econômica: o papel do empresário na organização dos fatores de produção;
Jurídica: Direito Empresarial: pessoa jurídica x pessoa física.
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O princípio da mão invisível
Cada indivíduo, ao atuar na busca apenas de seu bem-estar particular, realiza o que é mais conveniente pra o conjunto da sociedade;
Em mercados competitivos, não concentrados em poucas empresas dominantes, o sistema de preços permite que se extraia a máxima quantidade de bens e serviços úteis do conjunto de recursos disponíveis na sociedade, conduzindo a economia a uma eficiente alocação dos recursos.
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 imperfeições do mercado
EXTERNALIDADES: (economias externas) : a produção ou o consumo de um bem acarreta efeitos positivos ou negativos sobre outros indivíduos ou empresas (Leis Antipoluição, etc..);
INFORMAÇÃO IMPERFEITAS: (falhas de informação):os agentes econômicos não têm informação completa (assimetria de informações), Exigências de data de validade, composição, etc...;
PODER DE MONOPÓLIO: Produtor(es) aumenta unilateralmente os preços, ou reduz a quantidade ofertada, diminui a qualidade ou variedade de produtos ou serviços, com finalidade de aumentar os lucros (leis de defesa da concorrência). 
	
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surgimento: NOS EUA, 
do controle de monopólios/oligopólios
1ºlei Sherman contra trusts, 1890;
2º Clayton Act, 1914(quais condutas seriam ilícitas);
3º lei Celler-Kefauver, 1950(proibição fusões se reduzissem a concorrência);
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no Brasil...
Anos 60, legislação em defesa da concorrência, pouco eficaz, opção pelos controles de preços;
Constituição Federal de 1988(arts: 173 e 174); 
Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência (SBDC) (Lei 8884/94), ógãos encarregados da defesa: 
			SDE + SEAE + CADE
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Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência (Lei 8884/94)
SDE : Secretaria de Direito Econômico, do Ministério da Justiça: monitoramento e acompanhamento das práticas de mercado;
SEAE: Secretaria de Acompanhamento Econômico, do Ministério da Fazenda :encarregada de acompanhar os preços da economia, subsidiar decisões em matéria de reajustes e revisões de tarifas públicas, bem como apreciar atos de concentração entre empresas e reprimir condutas anticoncorrenciais. 
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Conselho Administrativo de Defesa Econômica – CADE
É um órgão judicante, com jurisdição em todo o território nacional, criado pela Lei 4.137/62 e transformado em Autarquia vinculada ao Ministério da Justiça pela Lei 8.884 de 11 de junho de 1994;
 Ele tem a finalidade de orientar, fiscalizar, prevenir e apurar abusos de poder econômico, exercendo papel tutelador da prevenção e da repressão a tais abusos. 
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ATUAÇÕES DOS ÓRGÃOS:
controle das estruturas de mercado: diz respeito aos atos que resultem em qualquer forma de concentração econômica, seja por fusões ou por incorporações de empresas, pela constituição de sociedade para exercer o controle de empresas, ou grupos de empresas;
 controle de condutas: consiste na apuração de práticas anticoncorrencias de empresas que detêm poder de mercado.
 ação governamental: coibição e repressão dos abusos no mercado.
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 3.3 Arcabouço jurídico das políticas macroeconômicas
políticas monetária, de crédito, cambial e de comércio exterior são de competência da União: Art 48 da CRFB/88
política fiscal é de competência da União, Estados e Municípios: Arts 145 a 162 da CRFB/88
DESTAQUE ESPECIAL :papel da despesa do governo: aumento da demanda agregada.
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processo de globalização
Processo de globalização: integração econômica global sobre bases econômicas e jurídicas;
No Brasil: abertura comercial, a partir dos anos 1990; privatizações e fim dos controles de preços; 
Muitas transações realizadas dentro do aparelho estatal passam a ser realizadas por meio dos mecanismos de mercado;
Necessidade de criar órgãos especiais de regulação, surgem as: AGÊNCIAS REGULADORAS
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PRINCIPAIS AGÊNCIAS REGULADORAS:
ANAEEL
ANATEL
ANP
ANS
SUSEP
ANAC
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 3.4 O Estado promovendo o bem-estar da sociedade
Ação do Estado: voltada para o bem-estar da população.
John Locke: direitos naturais sob controle do governo parlamentar, cuja finalidade seria promover e ampliar direitos do homem à vida, à liberdade e à prosperidade.
(1632 — 1704) foi um filósofo inglês e ideólogo do liberalismo, sendo considerado o principal representante do empirismo britânico e um dos principais teóricos do contrato social. 
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Artigo 170 da Constiuição de 1988:
“A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios:
I. soberania nacional;
II. propriedade privada;
III. função social da propriedade;
IV. livre concorrência;
V. defesa do consumidor;
VI. defesa do meio ambiente;
VII. redução das desigualdades regionais e sociais;
VIII. busca do pleno emprego;
IX. tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País.
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Parágrafo único
É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente da autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei”.
Há ligação entre Economia e Direito também na análise:
dos princípios gerais da atividade econômica; 
dá política urbana, agrícola e fundiária;
do Sistema Financeiro Nacional;
das políticas monetária, de crédito, cambial e de comércio exterior;
Os governos também criam normas jurídicas que protejam o meio ambiente, 
As normas jurídicas buscam regularizar as atividades econômicas buscando tornar os mercados mais eficientes e melhor qualidade de vida para a população como um todo.
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Da intervenção do Estado na Economia
Intervenção Direta: Artº 173 CRFB/88
	“Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração da atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessários aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivos, conforme definidos em lei.”
Intervenção Indireta: Artº 174 CRFB/88
	“Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo esse determinante para o setor público e indicativo para o setor privado.”
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AS NORMAS JURÍDICAS BUSCAM:
REGULAR AS ATIVIDADES ECONÔMICAS NO SENTIDO DE TORNAR OS MERCADOS MAIS EFICIENTES (FUNÇÃO ALOCATIVA) E BUSCAR MELHOR QUALIDADE DE VIDA PARA A POPULAÇÃO COMO UM TODO (FUNÇÃO DISTRIBUTIVA)
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A ECONOMIA:
O objetivo da legislação sob a ótica da economia seria o de fomentar o máximo de eficiência;
Boas leis ajudam a sociedade a economizar custos de transação e a ser mais eficiente; 
A economia também pode ajudar o direito a ser mais eficiente, ou seja , a aplicação da lei pode ser vista como um empreendimento econômico em que o benefício é mais justiça; 
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TCU critica falta de autonomia de agência reguladora 
DE BRASÍLIA 27/08/2011 - 12h00 | da Folha.com 
As agências reguladoras
da área de infraestrutura sofrem com falta de autonomia, não têm processos claros de avaliação e seus dirigentes são escolhidos por critérios "demasiadamente" subjetivos, informa reportagem de Dimmi Amora para a Folha. A íntegra da reportagem está disponível para assinantes do jornal e do UOL (empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha). A avaliação é do TCU (Tribunal de Contas da União), após quase dois anos de estudos sobre as sete agências reguladoras do país: ANP (petróleo), Anatel (telecomunicações), Aneel (energia), ANA (águas), ANTT (transporte terrestre), Antaq (transporte aquaviário) e Anac (aviação). Segundo o órgão de controle, está previsto em lei que as agências devem ter autonomia financeira. Na prática, isso não acontece. Elas são submetidas ao orçamento dos ministérios a que estão vinculadas e sofrem com bloqueios orçamentários que impedem até o uso de recursos que elas arrecadam de consumidores para fiscalizar empresas reguladas. Em 2004, as agências gastaram R$ 733 milhões. Esse valor quase dobrou, para R$ 1,4 bilhão, em 2009. Mas a quantia contingenciada (que não pode ser gasta) saltou de R$ 2,5 bilhões para R$ 7,5 bilhões (o triplo). Em documento conjunto enviado ao TCU, as agências informam que concordam com "a conclusão central da análise", mas ressaltam que têm autonomia relativa, já que têm que cumprir regras do serviço público. 
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PERGUNTA-SE:
a)Com base no texto, pode-se afirmar que o Estado, através das agências reguladoras está tornando os mercados de infraestrutura no país, mais eficientes? Fundamente a resposta;
b)Qual o tipo de intervenção na atividade econômica, que é desempenhada pelas Agências Reguladoras?
c) Quais os príncípios estabelecidos no Art.170 da CF/88, que caracacterizam a economia brasileira, como um sistema econômico misto predominantemente capitalista?

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