Buscar

Matéria

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIDADE I – Ponto de Vista Normativo e Ponto de Vista Sociológico
	Observação: O direito Moderno possui três características principais: a positividade, a juridicidade (a gênese do direito é o próprio) e a contingência (o direito não é bom ou mal em si), não devendo nenhuma vertente do direito (sociológico, filosófico, juspositivismo,...) ignorar tais princípios.
1. O Ponto de Partida da Sociologia Jurídica 
A) Verdade e Método
	O direito natural apresenta uma variante em seu conceito e embasamento de acordo com a época, dividindo-se basicamente em três momentos: Antiguidade (Natureza Física), Idade Média (Deus) e Iluminismo/Protestantismo (desenvolvimento do pensamento do “indivíduo” e da razão), sendo que neste último, há a idealização do pensamento jusnaturalista moderno, em que o homem é compreendido como um ser único e indivisível. 
	Na sociedade Greco-romana imperava uma organização por sistema “Centro periférico”, em que existe o cidadão, porém o mesmo é escolhido; não há igualdade. Já com a prevalência da razão, o homem passa a se enxergar como um indivíduo, sendo, portanto, um titular de deveres – o primeiro deles, o de obedecer –, enquanto um único indivíduo, o soberano, é o titular dos direitos. Na atualidade este pensamento mudou, em que o homem, todo e qualquer indivíduo, passa a ser entendido como um sujeito de direitos.
	A idéia de igualdade surgiu na idade média, porém não como a conhecemos. ‘A igualdade prevalece entre os iguais’. Um nobre é tão igual quanto um outro nobre. Ou seja, a igualdade prevalece dentro dos estamentos existentes na sociedade, porém não é existente entre os diferentes estamentos.
B) Positivismo Filosófico e Positivismo Jurídico: Os vários ‘positivismos’ do direito
	O direito positivo existe desde a antiguidade, em que o direito natural se sobrepõe ao direito posto, o direito da polis (positivo). Com o passar do tempo, o direito positivo passa a agregar novos valores e significados, passando a se sobrepor ao direito natural. Por isso, considera-se que seja mutacional. Ele é criado a partir da razão humana, tendo como característica, para a maioria das vertentes, a sua amoralidade.
	Para que haja o direito positivo, deve-se conhecer positivamente a sociedade, a natureza e o homem, dentre outros. E o que é conhecer positivamente? É conhecer afastado de qualquer preceito, de qualquer ideologia, de maneira neutra e objetiva – Positivismo sociológico.
	O positivismo jurídico julga que o direito deve ser positivado numa constituição, em que segundo a Teoria Pura do Direito (Kelsen), tal constituição não deve possuir nenhum item que contenha moral, e que o direito deve ser hierarquizado (Constituição>Lei>Decreto>...)
2. O Positivismo Jurídico e seus limites sociológicos
	Há dois paradigmas que norteiam o modelo jurídico-positivista: a) Paradigma Dominante; b)Paradigma Emergente. Estudaremos apenas o primeiro deles.
A) Paradigma Dominante
- Em um primeiro momento – séc. XVI- XVIII
	Este relaciona a sociedade com a natureza, sendo caracterizado como naturalista. Suas características principais são a sua objetividade, a neutralidade e a mediatez (de forma imediata) do modelo.
- Em um segundo momento – séc. XIX (quando se inicia o pensamento de ciências sociais) 
	Há um desligamento da idéia de sociedade = natureza, em que se busca um método próprio de pesquisa. Tem início com o trabalho de Weber: “fazer ciência social é conhecer e compreender a sociedade”, a partir do qual nasce o método compreensivo
B) Kelsen
	Para o autor, o direito não se relaciona com a natureza, e a sociedade se divide em duas partes.
* Uma parte da sociedade como sendo natureza (ciência social causal)
* Uma outra parte da sociedade como sendo um um ordenamento social normativo (as normas, o direito, que integram e formam a sociedade – Ciência Social Normativa) > o direito não é natural, ele é criado pelo homem, para integrar e regrar a sociedade.
Observação
O Positivismo Jurídico (Direito = Direito Positivo) é diferente de Positivismo Científico (Paradigma da ciência no séc. XIX)
	No entanto, por quê estudá-lo, já que a sociologia jurídica é contra Kelsen? Kelsen pretende tornar o direito em uma ciência, dando uma característica de especialidade – Teoria Pura do Direito. Para isso, utilizando o paradigma dominante, o autor cria uma ciência própria do direito.
	Kelsen pretendia isolar, separar os ‘dados do mundo’, e com isso tornar o direito independente, deixando de relacionar-se coma sociologia, a política, a filosofia, dentre outros campos. Para realizar tal façanha ele utiliza o pensamento do Círculo de Viena (“fazer ciência é traduzir numa linguagem rigorosa, os dados do mundo”, pois quanto maior for o rigor da linguagem, maior a veracidade da ciência, mais rápido a verdade é encontrada), possuindo um grande rigor e objetividade.
	O rigor de Kelsen passa a caracterizar a sua Teoria Pura do Direito, considerado como um neopositivismo, tendo como características – características estas que também se aplicam ao paradigma dominante – a descrição (explicação), a verdade (que seria a linguagem rigorosa) e o objeto como um aspecto isolado da realidade a ser estudada.
3. Teoria Pura do Direito
A) Cap. 1 – “Direito e Natureza”
	Tal capítulo transforma o direito em algo mais simples de ser compreendido, em que torna-se necessário determinar as diferenças entre a ciência do direito e as outras ciências que também utilizam o direito (sociologia, política,...), conseguindo assim uma maior especificação do objeto (o aspecto do mundo a ser estudado isoladamente, no caso, o direito) Kelsen também determina que o direito encontra-se no campo do Dever Ser (Se A é, B deve ser), tendo como a representatividade maior na sanção, ignorando a idéia do Ser (Se a, B é), que trataria da natureza. O seu objetivo em tal capítulo é descrever o direito positivo, pouco se importando em prescrever o direito (determinar como o direito de ser) – ele pretende estudar a ciência do direito, e não a política do direito, que determinaria a aplicação do mesmo.
	O autor também afirma ser possível diferenciar a moral, a religião, as normas de conduta e o direito, pelo tipo de sanção imposta. Por exemplo, a sanção moral é apenas social, havendo apenas reprovação moral, não existindo um aparato organizado de repreensão, diferentemente da sanção jurídica, que é imanete (terrena, ‘faz parte dessa realidade’) e socialmente organizada, possuindo um aparato repreensor, o Estado. 
B) Teoria Geral do Estado (Kelsen)
	O Estado é formado por três vertente: o povo (que confere a validade pessoal de uma ordem jurídica), o território (que confere a validade espacial de uma ordem jurídica) e a soberania (o poder máximo, não havendo poder maior que o Estado, significando a autodeterminação do mesmo, de produzir o direito e se submeter ao próprio, estando as duas vertentes anteriores submetidas a tal poder)
	No entanto Kelsen ignora tal composição, substituindo a idéia de soberania, um aspecto político, pela idéia da Norma Fundamental, um aspecto puramente jurídico, a sua pretensão. Porém, ao realizar tal substituição, nasce um paradoxo: a norma fundamental, que valida a constituição, é de caráter jurídico porque assim Kelsen determina, porém não possui caráter positivo, sendo embasada nas ciências sociais, enquanto esta é uma teoria positivista do direito.
	-- Limites Sociológicos à Teoria Pura do Direito
	Há três limites que revelam as ‘falhas’ da teoria de Kelsen: a) Norma Fundamental (o paradoxo acima visto); b) O problema da eficácia; c) A interpretação jurídica
b) Kelsen não diferencia vigência de validade�, porém acaba diferenciando ambos de eficácia. A eficácia é um aspecto social, em que se verifica se determinada lei, artigo e afins, estão sendo cumpridas na sociedade, se elas produzem efeito positivo. Sendo um aspecto social, não deveria servir para comprovar a validade de tal lei, artigo ou afim, já que a TDP quer livrar o direito de aspectos que não sejam de caráter jurídico, e segundo Kelsen, um mínimo deeficácia é condição necessária de validade do direito. Um aspecto social sendo necessário, um pressuposto, do aspecto jurídico.
c) Kelsen tem uma percepção diferente daquela vigente a respeito da interpretação, remanescente do séc. XIX (Kelsen possuiu uma visão avançada). Sendo a interpretação uma operação mental, portanto, do hemisfério do ‘Ser’ (pensar, refletir é uma ação natural do homem); a ciência do direito deveria estudar apenas o ‘Dever Ser’. Dessa maneira, a ciência do direito poderia penas descrever o quadro de interpretação (DAS BILD), não definindo como deve ser feita a interpretação jurídica.
4. Durkheim
	Como se constitui o fato social chamado direito? O autor busca encontar a gênese do direito na sociedade e preocupa-se com os efeitos de tal direito na própria sociedade. “O direito é a expressão da diversidade da sociedade” – quanto maior a diversidade da sociedade, maior é a complexidade do direito de tal sociedade.
	Nas sociedades menos complexas, as pessoas possuem grande similaridade, fortalecendo o elo entre os indivíduos, existindo, assim, a solidariedade mecânica, sendo, então difíceis os conflitos, as disputas. Prevalece, portanto, o direito penal, com o intuito de punir aquele que ‘quebra’ com a solidariedade mecânica, a ‘paz’ gerada pela mesma, punir aquele que gera horror nos indivíduos que constituem tal sociedade.
	Já nas sociedades mais complexas, os indivíduos desempenham diferentes funções na sociedade, com cada uma dessas funções se relacionando e sendo indispensáveis para o bom funcionamento da vida social. Prevaleceria, em parte, o direito civil, para punir aquele que quebrasse , rompesse com a sociedade funcional. Esta seria um solidariedade orgânica. 
5. Abordagens Clássicas
	Trata-se a norma jurídica com uma abstração tal que se isola o direito dos fatores sociais, da própria sociedade. Se A é, B deve ser (sanção).
	A Teoria Pura do Direito não possui uma visão critica do direito, apenas uma perspectiva descritiva, enquanto isso, a sociologia estuda a causa e a gênese do direito, além de seus efeitos na sociedade. A sociologia jurídica nasce das ‘cinzas do jusnaturalismo’, da derrocada do jusnaturalismo. Há um pressuposto, na sociologia, de que o direito já existia na natureza moral.
Savigny: “a ciência do direito é criada por uma base histórica e um outra filosófica
Durkheim: “eu quero conhecer as bases sociais e não-naturais do contrato social�”
A) Luhmann
	A abordagem clássica também isola a sociedade do direito, esquecendo a normatividade deste, buscando estudar mais aquela. São duas as abordagens: uma tradição jusnaturalista (séc. XVIII – abordagem concreta – i) e ii) e uma tradição sociológica (séc. XIX/ XX – abordagem abstrata – iii) e iv)
i) concepção da sociedade, do Estado e do direito pelo contrato social; há uma condição necessária de tal contrato para que o homem possa se unir, formando a sociedade.
ii) todo e qualquer ordenamento jurídico é concretizado pelo direito natural.
iii) Durkheim- tentativa de estudar as bases sociais do contrato social; busca estudar a sociedade como um organismo.
iv) direito como algo variável, contingente.
Há também características comuns entre ambas as abordagens: a separação entre a sociedade e o direito; e as relações variáveis intercambiais entre o direito e a sociedade.
UNIDADE II – Direito e Modernidade (Max Weber 1864-1920)
1. Max Weber: Direito e Racionalidade
A) Ponto de Vista Sociológico X Ponto de Vista Normativo
(Tendências antiformalistas da Sociologia do Direito X Tendências formalistas)
ANTIFORMALISTAS
i) Kantorowicz (1872-1940) – Escola do Direito Livre
O direito deve ser livre da opinião dos membros da sociedade, das sentenças dos juristas e da ciências jurídica, sendo que a lei não possui lacunas, possibilitando encontrar na mesma a ‘boa resposta’
ii) Ehrlich (1862-1926) – Direito Vivo
O direito possui a sua gênese na vida social, na sua pratica feita pela sociedade, e não na pena do legislador. “O centro de gravidade de criação do direito não está na legislação, nem na ciência do direito nem na jurisprudência, mas na própria sociedade”. A verdadeira ciência do direito é a sociologia do direito. O autor afirma a existência de um pluralismo jurídico: um direito estatal e um direito vivo (aquele que traduz de fato a vida em sociedade, regulando-a), que seria o verdadeiro direito.
E o que permitiria afirmar a existência e a validade do direito não-estatal? Esse é um problema que fica em aberto pela sociologia, pois é uma problemática de caráter do campo teórico, e a sociologia estuda o campo da pratica. O direito não-estatal é um fato.
OBS: Teoria Tridimensional do Direito
NORMA - Teoria Geral do Direito
VALOR - Filosofia do Direito
FATO - Sociologia do Direito 
B) Weber
	Há uma tentativa de conciliar o ponto de vista sociológico com o ponto de vista normativo. “O ponto de vista normativo é igualmente valido ao ponto de vista sociológico” – não há desprezo ao ponto de vista normativo, porém há uma redução da abordagem normativa à consideração da formação lingüística que se apresenta como norma jurídica. O ponto de vista sociológico considera o direito em seu entrelaçamento genético com ação social, refletindo sobre o sentido subjetivo da ação social e a orientação de fato, deixando de agir em relação ao direito.
2. Weber X Jurisprudência Sociológica
	Segundo Weber, o ponto de vista normativo é válido, porém se reduz a uma formação lingüística. Ele tenta alcançar uma metodologia própria para a sociologia, quebrando com a visão de que esta deve se espelhar no naturalismo. A constituição possuiria um conceito de materialidade, pois ela não seria um pressuposto, com diria Kelsen, mas seria na realidade empiricamente válida. “Direito é o complexo de motivos efetivos determinantes da ação humana real”.
	Ehrlich – Direito Estatal
 – Direito Não Estatal / Direito Vivo – Ex: A Alemanha teve codificação civil tardia, e os camponeses ou não sabiam do código civil ou não o aceitavam, sendo assim, ainda vigorava o direito tradicional, consuetudinário, que corresponde ao Direito Vivo.
3. Direito como ordenamento normativo
	O direito é um ordenamento válido mediante a previsão de uma possibilidade de coerção (física ou psíquica), com o sentido de obter observância ou punição de infração, exercida por um aparato estatal disposto a tal.
 - Direito Estatal- é aquele cuja garantia de coerção é oferecida por uma comunidade política
- Direito Não-Estatal- é aquele cujas características e garantias são determinadas em virtude do poder do qual se retira a garantia do exercício da coerção
A) Ação Social
	Segundo Weber, a gênese social provém da ação social, sendo importante destacar sua subjetividade. É a ação que orienta a expectativa dos outros indivíduos – o agir de um individuo é, então, orientado por fins, constituindo ordenamentos (resultado de fato, da ação social orientada por fins). Aquilo que constitui a expectativa social se torna em uma norma de conduta (“eu me comporto de tal maneira porque espero que os outros se comportem igualmente”)
B) Condições de validade empírica do ordenamento
	Ela é empiricamente comprovada, ou seja, tal validade não é formal. Constitui-se pelo elemento subjetivo (é aquele que em virtude do qual se estruturam expectativas recíprocas de comportamento – é a expectativa que um indivíduo tem de si e da própria sociedade) e um elemento objetivo (é aquele que resulta do cálculo das possibilidades que as expectativas se estruturem de uma forma e não de outra – ex: eu passeio com o meu cachorro e deixo ele fazer cocô na rua; há duas possibilidades de comportamento, recolher o cocô ou deixá-lo na rua; o elemento objetivo é o nº de escolhas possíveis e a adoção de uma dessas possibilidades – o elemento objetivo é a escolha de fato de uma possibilidade), sendo que o elemento objetivo decorre do elemento subjetivo.
	Por ser uma validade empírica, há diferentes graus de validade. A pluralidade jurídica é reconhecida, em que aquele quepossui o maior consenso, o maior grau de validade é o ordenamento que se apóia no Estado.
C) Consenso
	A possibilidade objetiva de que os sujeitos a uma norma imposta, a considerem como sendo uma norma válida, independente dos motivos pelos quais a considerem válida. Como se produz esse consenso? Considerando que não é um acordo racional entre o individuo e a sociedade, o consenso deriva dos participantes aceitarem a norma devido a uma relação de poder vinculante (ex: o Estado possui um poder superior, por isso aquilo que ele produz deve ser considerado como válido, gerando o consenso entre a população). Cria-se, então, um paradoxo: no momento em que se consente, se obedece, cria-se validade ao poder vinculante, sendo que este deriva do próprio consenso.
D) Costume, convenção, direito
Costume- usos; são hábitos muitas vezes ligados à tradição, porém não são exigíveis
Convenção- costume reiterado no tempo que, portanto, podem ser exigíveis, porém sem possuir coercibilidade
Direito- é aquilo que é exigível e vai apresentar um aparato de coercibilidade
4. Weber X Kelsen: a identidade do direito do Estado
	Ambos aproximam a idéia de direito e Estado.
Kelsen: o Estado é um ordenamento jurídico, em que devem ser enxergados exclusivamente os aspectos jurídicos. O Estado seria composto por Território, Povo e Norma Fundamental (em contraposição à soberania, dogma que deve ser combatido).
� Validade- determinada lei, artigo é válida, está de acordo com a constituição, e pode vir a ter efeito.
Vigência- a lei, artigo, já está em vigor, já pode ser aplicada e produzir efeito
� Conceito jusnaturalista para explicar a origem da sociedade e do Estado. É o pacto que sela a passagem do estado de natureza (homem como detentor de direitos naturais) para o estado civil, de sociedade.

Outros materiais

Outros materiais