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diagnóstico é feito através da história, exame físico ou dosagem das atividades séricas e eritrocitárias. O manejo é sempre estabilização da hemodinâmica do paciente, tratar bradicardia e convulsões caso necessário e descontaminar o paciente caso seja indicado. O antidoto indicado é a atropina, que compete pela acetilcolina nos receptores muscarínicos e reverte seus efeitos. Após o atendimento notificar o caso aos órgãos responsáveis. Paraquat- herbicida, a intoxicação em contato com a pele causa uma lesão local mas não possui uma absorção sistêmica, não é absorvido pela via respiratória (pulmão) e a ingesta oral tem alta letalidade (10-20 ml em adultos e 4-5ml em crianças). O paraquat gera um estado redox, é uma espécie reativa ao O2, que causa o consumo de NADPH, gerando redução da defesa ao estresse oxidativo e produção de radicais livres, gerando a disfunção mitocondrial e consequente necrose e apoptose. Os herbicidas são agrotóxicos não seletivos, conhecidos comercialmente como gramaxineos Ana Freitas Ana Freitas O diagnóstico pode ser através da clínica sugestiva ou teste diagnóstico pela urina. Diquat é mais potente que o paraquat Essa substancia fica em estado REDOX, é uma espécie reativa ao O2, o causa um maior consumo de NADPH, redução da defesa ao estresse oxidativo, produz radicais livres e causa disfunção mitocondrial, necrose e apoptose, logo, o paraquat causa uma resposta inflamatória intensa em múltiplos órgãos como pulmão, coração, fígado e rins, mas não atravessa a barreira hematoencefálica. Piretrina e piretroides- inseticida doméstico, possui baixa toxicidade a mamíferos. As piretrinas são produtos naturais, usados por mais tempo pelo homem e de alta instabilidade à luz. Por conta dessa instabilidade as piretrinas são transformadas em piretróides, que são produtos sintéticos com alta atividade inseticida, usada na agricultura, veterinária e domissanitário. Organoclorados: foi muito utilizado, até como arma biológica, atualmente é proibida e os pietroides são substitutos desses compostos. Possuem elevada lipossolubilidade e alta persistência no ambiente, o que gera uma bioacumulação na cadeia alimenta r. O mecanismo de ação dos piretroides e do organoclorado atuam nos canais de sódio, mantendo esses canais abertos por mais tempo que o necessário, gerando uma despolarização continua e estimulando a fibra continuamente em um potencial excitatório, causando uma hiperexcitabilidade nervosa. Os piretróides do tipo II inibem especificamente receptores do neurotransmissor GABA, impedindo a entrada do íon Cl- para o interior do neurônio, resultando numa repolarização parcial. Já a cipermetrina, permetrina e deltametrina causam inibição da enzima Ca2+ATPase e da calmodulina, resultando em níveis de Ca2+ intracelular, com consequente liberação de neurotransmissores na fenda sináptica. Sendo assim, os piretroides e organoclorados alteram as propriedades eletrofisiológicas da membrana dos neurônios e das enzimas relacionadas, modificando a cinética do fluxo dos íons Na+ e K+. Após o atendimento notificar o caso aos órgãos responsáveis. Rodenticidas antagonistas da vitamina K – inibem competitivamente as enzimas: vitamina K redutase e vitamina K epóxido redutase. Atuam diretamente nos vasos sanguíneos causando fragilidade capilar, além de causar alteração nos fatores da cascata de coagulação II, VII, IX, X (protrombínicos e dependentes da vitamina K) e redução da proteína C e S. Podem causar hematoma, sangramento, hematúria e epistaxe. O manejo é feito através da descontaminação, administração de vitamina K e plasma fresco ou gelado, caso necessário. *O rodenticida de uso legal no país são os rodenticidas de ação anticoagulante, causam manifestações hemorrágicas. Chumbinho: mais usado em tentativas de suicídio. Os sinais e sintomas clínicos começam a aparecer de forma muito rápida, inclusive pode evoluir para morte Ana Freitas Ana Freitas dentro de algumas horas, o aldicard possui uma toxicidade muito elevada e o quadro clínico é caracterizado por manifestações muscarínicas e nicotínicas, além de apresentar acometimento do SNC. O chumbinho é um anticolinesterásico, inicialmente predomina as manifestações muscarínicas, seguidas de manifestações de acometimento do SNC e então, das manifestações nicotínicas, além de sintomas gastrointestinais (mais precoces). A evolução para o óbito, ocorre normalmente pela insuficiência respiratória (colapso cardiorrespiratório = broncoespasmo, broncoconstricção e hipotensão), consequente da broncoconstricção, hipersecreção pulmonar, paralisia da musculatura respiratória e ação a nível de centro respiratório. As manifestações mais raras são a neuropatia periférica tardia (dores musculares, fraqueza muscular progressiva e diminuição dos reflexos tendinoso) e a síndrome intermediária (paralisia da musculatura proximal dos membros da musculatura flexora do pescoço e da muscula respiratória). No chumbinho vai aparecer convulsão, tremores musculares, delírios, miose, sialorreia, vômitos e sudorese. a acetilcolinesterase é responsável pela finalização da transmissão dos impulsos nervosos nas sinapses colinérgicas pela hidrólise do neurotransmissor acetilcolina (AchE), além disso a acetilcolinesterase está presente no sistema nervoso central e periférico. A AchE (chamada de colinesterase eritrocitária) é a colinesterase verdadeira, sintetizada no tecido nervoso e encontrada na junção neuromuscular e glóbulos vermelhos. Já a butirilcolinesterase (colinesterase plasmática) é a colinesterase falsa, sintetizada no fígado e encontrada em tecidos do pâncreas, mucosa intestinal, substância branca (SNC) e plasma. Em casos de intoxicação exógena por cabarmato ou organofosforado, a colinesterase plasmática é inibida, então a colinesterase plasmática pode indicar o diagnóstico. A oxima é amplamente aceita como antidoto para o tratamento por organofosforado, mas no caso do chumbinho não é utilizada. As oximas são reativadoras de colinesterase, a oxima ocupa o sítio aniônico da enzima, logo o sítio precisa estar livre, faz ponte de hidrogênio com o fosfato do organofosfarado, fazendo que o fosforado se torne uma molécula inerte que é liberada pela urina.