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3 VENTILAÇÃO MECÂNICA INVASIVA BÁSICA-convertido

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VENTILAÇÃO MECÂNICA INVASIVA BÁSICA
1. CONCEITO
Suporte ventilatório antifisiológico que consiste na manutenção da oxigenação;
É considerada VMI quando o indivíduo se encontra conectado a um tubo orotraqueal ou a uma cânula de traqueostomia.
2. OBJETIVO
· Manutenção da troca gasosa por meio da correção da hipóxia e da acidose respiratória;
A incapacidade de respirar será tanto na inspiração quanto na expiração. Se a inspiração está comprometida conseqüentemente a expiração também estará (força resultante), o que causará o acúmulo de CO² e este quando concentrado no sangue, traz prejuízos como a acidose e intoxicação cerebral.
· Alívio no trabalho respiratório;
O músculo diafragmático com uso excessivo pode fadigar. Para que esse músculo relaxe (descanse), o indivíduo é submetido à VMI, a mesma cessa o esforço respiratório.
· Reverter e prevenir a fadiga da musculatura respiratória;
Quando um indivíduo apresenta uma alta FR, dispnéia e desconforto respiratório são alguns dos sinais de fadiga muscular, para que a mesma seja evitada o paciente é intubado.
· Diminuição do consumo de O²;
Há doenças que aumentam o consumo de O² no organismo, como por exemplo, a SEPSE.
· Aplicação de terapias específicas;
Cirurgias; Cardioversão.
· Assegurar oferta apropriada de O² aos órgãos vitais;
Devido ao coma induzido, as atividades musculares são bloqueadas, com o uso da VMI o O² é ofertado para todo o corpo.
· Adequada remoção de CO²;
Se o paciente apresentar uma acidose respiratória, com a VMI o fisioterapeuta pode aumentar a FR para maior eliminação CO².
· Minimizar toxidade de O²;
A manutenção prolongada de O² pode trazer prejuízos, logo, na VMI é preferível aumentar a PEEP e diminuir a FiO² quando possível.
· Garantir recrutamento alveolar;
Com a VMI é possível recrutar mais alvéolos, através da PEEP.
3. INDICAÇÕES IRPA;
SDRA/SARA;
IRA secundária; Insuficiência cardíaca; Pneumonia;
SEPSE;
Asma;
Exacerbação do DPOC; Parada cardíaca; Doenças pulmonares;
Doenças neuromusculares; Profilático.
4. CONDIÇÕES CLÍNICAS PARA VMI Dificuldade respiratória intensa;
FR elevada; Hipoxemia;
Instabilidade cardiovascular aguda; Comprometimento do estado mental; Flacidez da musculatura respiratória; Falha na indicação da VNI; Arritmias;
Acidose;
Hipercapnia grave;
Secreção abundante e viscosa; Alterações metabólicas.
5. TUBO OROTRAQUEAL
· Linha radiopaca;
Serve para facilitar a visualização do tubo na radiografia;
· Tamanhos;
Há vários tamanhos (3-9), a escolha deste irá depender de alguns fatores;
Maior diâmetro: Dificuldade para ser introduzido na VA, mas possui como vantagens a menor resistência na passagem do ar e menor trabalho respiratório no desmame.
Menor diâmetro: Facilidade para ser introduzido na VA, mas possui como desvantagens a maior resistência na passagem do ar e maior trabalho respiratório no desmame.
· Conector;
Parte do tubo que se conecta ao respirador;
· CUFF;
Na parte externa do indivíduo se encontra o balonete externo, que quando insuflado, insufla também o CUFF que está localizada na parte interna (traquéia);
O objetivo do CUFF é estabilizar o tubo na traquéia;
Para que o CUFF seja insuflado na quantidade correta, usa-se um aparelho chamado Cafômetro, porém o mesmo não é disponibilizado em todos os hospitais;
CUIDADO: Na ausência de um Cafômetro, cuidado para que o CUFF não seja insuflado em excesso, pois pode comprimir os capilares da traquéia, levando a uma isquemia e consequentemente a uma inflamação local, o que irá impossibilitar uma extubação. Em casos mais graves, pode causar necrose na região, sendo necessária uma cirurgia para substituição da traquéia por uma endocánula.
· Extubação
Antes de se realizar a extubação é necessário fazer alguns testes:
· Teste de Respiração Espontânea (TRE)
Teste Positivo Para Desmame: O paciente respira praticamente sozinho, suportando por 30 minutos no Grau de Suporte Minuto do ventilador podendo evoluir para uma extubação.
Teste Negativo Para Desmame: Em menos de 30 minutos no Grau de Suporte Minuto no ventilador o paciente começa a apresentar desconforto respiratório e descompensa. Falha no desmame.
CUIDADO: O teste de TRE pode dar positivo, e logo após a extubação o paciente começa a descompensar, isso pode ser devido à inflamação na traquéia causada pela insuflação excessiva do CUFF. A intubação deverá ser realizada novamente, porém com mais dificuldade devido ao edema na traquéia.
· Teste de Permeabilidade
É um teste obrigatório realizado quando se desconfia de edema de glote ou na traquéia.
Teste Positivo Para Extubação: Com uma seringa seco todo o balonete externo, consequentemente seca-se o balonete interno. Em seguida com o BVM ventilo o indivíduo, caso a traquéia esteja livre, o pulmão não enche muito, pois o ar escapa pelas laterais. O paciente
“bufa”. NÃO HÁ EDEMA!
Teste Negativo Para Extubação: Com uma seringa seco todo o balonete externo, consequentemente seca-se o balonete interno. Em seguida com o BVM ventilo o indivíduo, devido à traquéia “fechada” não há escape de ar, o mesmo fica preso. O indivíduo não “bufa”. HÁ EDEMA! Começar imediatamente o uso de corticóide intravenoso.
· Posicionamento
O tubo possui uma régua com o objetivo de facilitar e quantificar sua entrada;
A medida vai variar de um indivíduo para o outro, o objetivo é introduzir o tubo 2cm acima da Carina para ventilar os dois pulmões igualmente;
Ao intubar o indivíduo deve realizar o teste com o BVM, para observar se há insuflação simétrica dos dois pulmões; Ausculta Pulmonar, para verificar se há MV+ em ambos os pulmões e Radiografia, para verificar se o posicionamento está correto. Com tudo ok, amarra o fixador externo, coloca o indivíduo no ventilador já programado e verifica se a pressão do CUFF está adequada com o Cafômetro.
CUIDADO COM A ENTUBAÇÃO SELETIVA! A intubação seletiva é quando o tubo ele vai apenas para um pulmão, ou seja, ventila apenas um. Normalmente o mais comum é se direcionar para o pulmão direito. Caso isso aconteça, seque o CUFF e exteriorize um pouco o tubo, até ventilar igualmente os dois pulmões. Após intubação fazer sempre a AVALIAÇÃO!
CUIDADO PARA NÃO DIRECIONAR O TUBO PARA O ESTÔMAGO! Isso será
detectado na avaliação, o ideal é que se ausculte abaixo do processo xifóide e observe se o indivíduo apresenta distenção abdominal e dispinéia. Em casos em que o tubo vá para o estômago e haja a distenção devido ao fluxo de ar, o tubo é retirado e é aplicada uma sonda para eliminar o ar acumulado.

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