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Momento de vulnerabilidade a riscos biológicos, ambientais, socioeconômicos e culturais Cerca de 25% dos óbitos infantis se concentram na primeira semana de vida No brasil: 6,7% dos nascimentos são prematuros Registro de nascimento: fetos nascido com pelo menos 500g, 20-22 semanas e 25cm de comprimento Nascido vivo: expulsão ou retirada do produto de concepção do corpo da gestante independentemente da idade gestacional que apresente qualquer sinal de vida Óbito fetal: morte de um produto da conceção do corpo da gestante. Ausência de qualquer sinal de vida Idade gestacional: duração calculada a partir da DUM (regra de Naegelle) ou data pelo USG quando a DUM é desconhecida ou através dos exames após o nascimento Sinais de vida: respiração, batimento cardíaco, pulsação do cordão umbilical, movimentos efetivos. Estando ou não cortado o cordão umbilical e estando ou não desprendida a placenta RN com peso normal 2500-3999g RN com baixo peso ao nascer <2500g RN com muito baixo peso ao nascer <1500g RN com extremo baixo peso ao nascer <1000g RN de tamanho excessivamente grande ≥4000g RN pré termo extremo Nascido <30 semanas RN muito prematuro 30-33 semanas e 6 dias RN pré-termo tardio 34-36 semanas e 6 dias RN prematuro ou pré-termo Menos de 37 semanas completas (até 36 semanas e 6 dias de gestação) RN a termo 37-41 semanas e 6 dias RN pós termo ≥42 semanas Idade pós-natal: período desse o nascimento até o momento em que se encontra o RN Idade corrigida: utilizada para avaliações de crescimento e desenvolvimento – subtrair da idade pós-natal o tempo que faltava para completar 40 semanas de IG ao nascimento Exemplo: criança possui 3 semanas de idade pós-natal e nasceu com 39 semanas de IG. A idade corrigida será de 1 semana Adequado para a idade gestacional (AIG) Entre os percentis 10-90 Pequeno para a idade gestacional (PIG) Abaixo do percentil 10 Grande para a idade gestacional (GIG) Acima do percentil 90 Embrionário Implantação-8ª semana Fetal 9ªsemana-nascimento Neonatal Nascimento-28ºdia Precoce: 0-7º dia de vida Tardio: 8º-28º dia de vida Perinatal 22ª semana de gestação até o 7º dia de vida extrauterina Primeira infância (lactentes) 29 dias – 2 anos incompletos Segunda infância (pré- escolares) 2 anos até 6 anos incompletos Escolar 6 anos até 12 anos incompletos Adolescência OMS: 10-19 anos ECA: 12-18 anos Leva em consideração a anatomia, fisiologia e desenvolvimento da criança e também dados da história da mãe Duas etapas: 1. Sala de parto 2. Dentro de 12h após o nascimento Envolve inspeção, palpação, percussão e ausculta Objetivo: determinar a vitalidade do RN, detectar precocemente malformações congênitas, traumas obstétricos e distúrbios cardiorrespiratórios. Inicia-se mesmo antes do nascimento através da anamnese detalhada da mãe Realizado durante o 1º e 5º minutos de vida, preferencialmente no 5º minuto Utiliza como critério de avaliação a frequência cardíaca, respiração, tônus muscular, integridade reflexa e cor da pele Deve ser superior a 7. Caso não seja, reavaliar de 5 em 5 minutos até que seja 0 1 2 Frequência cardíaca Ausente < 100 > 100 Respiração Ausente Fraca e irregular (esforço) Forte e regular Tônus muscular Flácido Alguma flexão Movimentos ativos Integridade reflexa Sem resposta Caretas Choro forte Cor da pele Pálido ou completamente cianótico Róseo com extremidades pálidas Totalmente róseo Neste momento é avaliado também: esforço respiratório, presença de lesões indicativas de trauma obstétrico, presença de defeitos externos que necessitem de reparo imediato, orifícios, placenta e cordão umbilical Ela é realizada apenas uma vez e não precisa ser feita no momento do nascimento, só é vista e avaliada após os primeiros passos após o nascimento 1. Dados antropométricos: geralmente verificados na primeira hora de nascimento mas costumam ser realizadas novas medidas para verificar variações 2. Idade gestacional: geralmente mensurada após 12hs de vida O principal método é o de Capurro e o de New Ballard, sendo o primeiro mais fácil e o segundo com maior acurácia Idade gestacional (em dias) = 204 + soma dos pontos Dividindo o resultado por 7 temos o número de semanas Idade gestacional (em dias) = 200 + soma dos pontos Mais usado para prematuros É a termo? Está respirando ou chorando? Está com tônus? Se sim, não há necessidade de qualquer manobra de reanimação Existem muitos benefícios em clampear o cordão após 3 minutos ou após o fim da pulsação. O principal benefício é a prevenção de anemia no primeiro ano Contato pele a pele também é indicado pois além de acalmar o bebê, coloniza o intestino da microbiota da mãe, o que gera muitas vantagens Laqueadura do cordão umbilical: verificar no coto umbilical 2 veias e 1 artéria Prevenção de oftalmia gonocócica com método de Credê: nitrato de prata a 1% no fundo do saco lacrimal. Outras opções: eritromicina colírio, tetraciclina e iodopovidona. Realiza mesmo no parto cesárea Prevenção do sangramento por deficiência de vitamina K: é um fator na cascata produzido pelas bactérias da microbiota intestinal (como o bebê nasce sem ela, é realizado) Detecção de incompatibilidade sanguínea materno- fetal Quando o bebê nasce, ele fica ao lado da mãe Critérios: 1. Mães livres de condições que impossibilitem ou contraindiquem o contato com os RN 2. Mais de 2kg 3. Mais de 35 semanas 4. APGAR >6 no 5º minuto Encorajar aleitamento materno sob livre demanda Não dar ao RN alimentos, bebidas, chupeta, mamadeira Evitar amamentação cruzada Visitas diárias mas sempre junto com a mãe Boas práticas: acolhimento e comunicação Deve ser feito nas primeiras 24 horas de vida e após 6 meses Direcionamento de luz ao olho da criança em uma distância de 20 cm Normal: reflexão em tom vermelho (semelhante ao de fotografias com flash) Alterado: quando tiver cor opaca, branca ou amarelada Realizar sempre de forma a atingir os dois olhos, principalmente para indicar algum grau de estrabismo Doenças que podem ser detectadas: retinopatia da prematuridade, catarata congênita, glaucoma, retinoblastoma, infecções, trauma no parto e cegueira Feito, prioritariamente durante o primeiro mês de vida Feito por fonoaudiólogos e ocorre por meio de um pequeno fone colocado na parte externa do ouvido do bebe e mostram como o ouvido reage aos sons Se responder aos estímulos, está ok Se não responder, deverá ser acompanhado para outros exames (potencial evocado auditivo do tronco encefálico – BERA) Feito com sangue coletado do calcanhar do bebe e visa identificação de doenças graves como: Fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, doença falciforme, fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita e deficiência de biotinidase Realizado após as primeiras 48hs de vida antes da alta hospitalar ou na primeira semana. A preferencia é que seja realizado no 5º dia de vida Realizado por meio do oxímetro instalado nos primeiros dias de vida no pulso ou pé do RN. Feito entre 24-48 Permite identificar precocemente alguma doença cardíaca Se positivo, realizar ECO para confirmação Fazer no membro superior direito e em algum membro inferior. Se a diferença por muito alta, maior ou igual a 3%, está alterado. Também não pode ser menor que 95% de saturação Antes de tudo: higienizar as mãos Via de regra o exame físico deve ser realizado no sentido crânio-caudal e do externo para o interno Aproveitar as oportunidades: ausculta e palpação são facilitadas quando o RN está dormindo O que faz o bebê chorar: deixa por último Temperatura Frequência respiratória: normalmente é entre 30-60 Frequência cardíaca: entre 110-160bpm (em pré- termo >160) Pressão arterial: métodos invasivos ou não invasivos Pré termo extremo: fina e gelatinosa A termo: lisa, brilhante e úmida Pós termo ou insuficiência placentária: seca, enrugada, apergaminhada (mais grossa) e com descamação acentuada (mãos e pés) Hipotireoidismo congênito: seca e áspera Normal: mais rosada (mais hemoglobina) Filhos de pais negros podem apresentar pele mais clara. Porém, olhar mais mamilo e genitália, pois quanto mais pigmentados, mais indicam que a pele ficará mais escura no futuro Pletora: Policitemia e hipertermia Palidez acentuada: anemia, vasoconstrição periférica, choque Cianose: central e extremidades 1 e 2: fenômeno de alerquin -> metade do corpo uma cor e metade de outra (benigno) 3: cianose Presente em 40% dos RN Localização: base do nariz, queixo e fronte Causa: distensão e obstrução de glândulas sebáceas devido a ação do estrógeno materno Desaparece em poucas semanas Pelos finos que costumam recobrir a região dos ombros e escápula Mais comum em RN pré-termo Desaparece em alguns dias Material gorduroso e esbranquiçado coma função de proteção da pele e isolamento térmico Deve ser retirado somente após 24 horas do nascimento. Recomendar a não retirar Máculas azul-acinzentadas Pode surgir em qualquer parte do corpo, mais acomete mais dorso, região glútea e lombossacra Regridem nos primeiros 4 anos Deve-se mencionar “mancha de nascença” e não “mongólica” Alteração no processo dos melanócitos Lesão eritematosa máculo-papular, pondendo se apresentar como vesícula, esparsas ou confluentes Causa desconhecida e aparece nos primeiros dias, tendo regressão espontânea Acalmar e falar que é normal Faz DD com impetigo Melanose que não tem hiperemia associada Infecção piogênica, mais comumente causada por S. aureus Iniciam-se como lesões eritematosas puntiformes, que em um ou dois dias evoluem para vesículas e a seguir se pustulisam É mais comum em crianças que RN Quando a bolha se rompe, ocorre formação de crostas Manchas de cor salmão, mais presentes na região da nuca, pálpebra superior e fronte Desaparecem com a digitopressão (o sangue está dentro do vaso) As da face costumam desaparecer em alguns meses e as da nuca persistem por mais tempo Sem importância clinica Formas vasculares mais extensas e elevadas, podendo ter significado patológico Necessita de avaliação médica Problemas: estético e sangramento O tratamento pode ser feito com colírio de timolol ou protanolol via oral Nos tratamentos mais graves, tratar com laser Comum em RNs, geralmente devido a trauma no parto Quando localizada na face: máscara equimótica Conhecida como “tiriça” Cor amarelada da pele devido a impregnação de bilirrubina Ocorre em aproximadamenteo 60% dos RNs entre as 48-120 horas Melhor avaliar sob luz natural Deve-se descrever segundo a intensidade e distribuição (zonas de Kramer) Pode ser fisiológica ou patológica Geralmente patológica quando inicia-se nas primeiras 24 horas de vida ou quando muito intensa Icterícia neonatal: relacionada com bilirrubina indireta Progressão da icterícia é cefalo-caudal. Quanto mais grave, mais caudal Tratamento: fototerapia com LED ou luz fluorescente (azul – processo físico que degrada bilirrubina na pele). Necessidade de tratamento pois como nos primeiros dias a BHE está aberta, a bilirrubina indireta pode adentrar ao SNC e impregnar nos núcleos da base – encefalopatia bilirrubínica Atenção para colestase: icterícia, urina escura e fezes brancas. Ela ocorre por bilirrubina direta São comuns assimetrias, principalmente em partos normais Observar cavalgamentos ou craniosinestose (fechamento precoce das suturas – restrição do crescimento cerebral, podendo dar hipertensão intracraniana. Realizar craniotomia) Medição, tensão, abaulamentos (meningite) e depressões (depressão) Bossa serossanguínea: edema de partes moles durante o parto normal. Não respeita o limite ósseo Céfalo-hematoma: rompimento de vasos subperiostal secundário ao traumatismo do parto, consistência de conteúdo líquido e restringe-se ao limite do osso, geralmente parietal. Respeita os limites do osso (geralmente parietal). Aumenta o risco de icterícia (degradação da hemoglobina) Conduta expectante Deve passar a fita pela glabela e proeminência occipital e anotados nos gráficos juntamente com as medidas do peso e estatura A assimetria pode acontecer quando o bebê dorme só de um lado Tratamento: simetria Mal formações Fáceis típica de alguma síndrome Desconforto respiratório Postura: simétrica ou assimétrica Atividade: movimentação de membros Choro: timbre e intensidade Epicanto: olho de chinês; macroglossia, glossoptose, baixa implantação de orelha (linha reta em relação a orelha) Boca meio aberta Pode ocorrer hemorragias subconjuntivais e de esclera e também hiperemia conjuntival devido a irritação causada pelo nitrato de prata A córnea com mais de 1 cm pode sugerir glaucoma congênito Estrabismo transitório é normal, bem como nistagmo horizontal (contudo, o nistagmo é um achado de alerta) Obstrução canal lacrimal: dacrioestenose (é muito comum – canal lacrimal não drena. Não tem olhos vermelhos e por isso diferencia da conjuntivite) Avaliar forma, consistência, implantação e presença de conduto auditivo externo Baixa implantação das orelhas pode estar relacionado a anormalidades cromossômicas ou defeitos renais Testar reflexo cócleo-palpebral No neonato, não há salivação ativa e a língua é relativamente larga Saliva espessa: desidratação Sialorreia: associada a atresia de esôfago Pérolas de Epstein: pequenas formações esbranquiçadas junto a rafe mediana no palato Fenda labial ou palatina (olhar palato!!) Gengiva: cistos de retenção, dentes supranumerários Língua: tamanho e mobilidade (é mais larga a princípio) Mandíbula: micrognatia Palpar o esternocleidomastoide pois o bebê pode nascer com torcicolo congênito Bebê com síndrome de Down tem pele redundante Sd de Turner tem pescoço alado Verificar assimetria, anormalidade, mamilos extranuméricos, mamilos invertidos, aumento da distância entre os mamilos e tórax em escudo (podem sugerir Sd de Turner) Apêndice xifoide é frequentemente saliente Pode ocorrer hipertrofia de glândulas mamárias bilateralmente devido ao estímulo estrogênico materno (em meninos e meninas – pode sair até leite). Não fazer a expressão para evitar mastite Realizado no RN calmo Respiração é costoabdominal São comuns variações na frequência, podendo ocorrer pausas de até 5 segundos – respiração periódica Frequência respiratória: 40-60 ipm (contar em 1 minuto) Presença de tiragens é anormal e deve ser investigada Batimento de asa de nariz e retração intercostal indicam doença pulmonar Localização correta para excluir dextrocardia Pode haver sopros benignos transitórios por ducto arterial em fechamento Pulso: 90-180bpm (em repouso – em atividade). O normal é de 120-140bpm Pulsos devem ser palpados nos 4 membros Inspeção: semigloboso Globoso, distendido com visualização de ondas peristálticas: obstrução Escavado: hérnia diafragmática Diástese dos músculos retos abdominais é frequente e sem significado clínico Coto umbilical: Queda em torno do 6º ao 15º dia de vida Presença de 2 artérias e 1 veia Avaliar sinais de infecção Onfalocele: conhecidas no ultrassom (coberta por membrana) Gastroquise (não é coberta) Essas alterações devem ser tratadas com cirurgia e ATB Eliminação do mecônio: nas primeiras 24-36 horas Avaliar visceromegalias: fígado palpávelaté 3,5 cm do RCD pode ocorrer em lactentes até 5 meses e não é considerado hepatomegalia Pênis normal mede de 2-3 cm Presença de fimose fisiológica Hipospadia: orifício de saída da uretra na face ventral do pênis Epispádia: orifício de saída na face dorsal Distopia gonadal: testículo retrátil, retido e não palpável Criptorquidia bilateral: suspeitar de genitália ambígua Hidrocele é comum e geralmente reabsorvida nos primeiros meses Geralmente pode acontecer saída de secreção meio amarelada Realizar inspeção Não se recomenda de rotina a passagem de sonda para verificar permeabilidade Deve-se avaliar o tônus e o trofismo Normal: hipertonia em flexão de membros Em decúbito dorsal: flexão de MMSS, semiflexão de MMII, mãos cerradas e cabeça lateralizada Procura por deformidades Mãos: polidactilia (dedo extranumerário), sindactilia (dedos unidos). Observar pregas palmares Agenesias ósseas: rádio, fêmur, tíbia... Lesões em plexo braquial: o membro fica paralisado e em rotação interna Pensamos em lesão central quando, como na foto, é bilateral Lesão de plexo braquial ou clavícula pois é unilateral. Nesse caso, terá Moro assimétrico (apenas do lado não afetado) Observar fratura de clavícula especialmente por conta do parto normal Prega única é característica de síndrome de Down Importante fazer uma busca ativa através da manobra de Ortolani e Barlow pois o bebê não sente dor Quando existe instabilidade coxo-femural a manobra faz com que a cabeça do fêmur se encaixe no fundo do acetábulo; esse deslocamento é percebido nas mãos como um click (Ortolani positivo) Cabeça do fêmur já está luxada inicialmente, e pela abdução passiva, ela retorna para a posição correta, dentro do acetábulo. É possível sentir a cabeça do fêmur se encaixando de volta (estalido ou clique) Movimento passivo de abdução do fêmur para ver se ocorre deslocamento, que representa o desencaixe da cabeça do fêmur no acetábulo. Evidencia luxação Quando não tratado, pode levar a graves limitações na deambulação futura. Ocorre encurtamento de um membro Cabeça do fêmur fica saindo do acetábulo. Com o suspensório (órtese), as estruturas ficam normais e depois desenvolve-se tudo bem. Geralmente fica de 6-9 meses Congênito: não volta para a posição normal Posicional: dá pra voltar para a posição normal Exame da coluna: espinha bífida e meningocele Ao nascer, o RN costuma ficar cerca de 1-2 horas desperto para posteriormente adormecer profundamente por várias horas (sono reparador) SUCÇÃO VORACIDADE OU DE PROCURA PREENSÃO PALMOPLANTAR MARCHA CUTÂNEO PLANTAR: postura em extensão MORO: AVALIAR SIMETRIA MAGNUS-DE-KLEJN (ESGRIMISTA): postura tônica CERVICAL ASSIMÉTRICA OLHOS DE BONECA
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