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Resumo realizado por Yasmin Duarte (@yasduarte.md) Robbins p. 114 APOPTOSE E ACÚMULOS INTRACELULARES ✓ É uma via de morte celular induzida por um programa de suicídio que ativam enzimas que degradam seu próprio DNA ✓ As células apoptóticas se quebram em fragmentos, chamados corpos apoptóticos que contêm porções do citoplasma e núcleo ✓ A membrana plasmática permanece intacta, mas sua estrutura é alterada de tal forma que seus fragmentos ficam “saborosos” aos fagócitos ✓ A célula e seu conteúdo são rapidamente devorados para evitar uma resposta inflamatória no meio CAUSAS DA APOPTOSE Eliminar células indesejáveis, velhas ou potencialmente prejudiciais. No entanto, também pode ser um evento patológico SITUAÇÕES FISIOLÓGICAS Destruição programada de células durante a embriogênese Involução de tecido hormônios-dependentes sob privação do hormônio. Exemplo: células endometriais na menstruação Perda celular em populações celulares proliferativos. Exemplo: linfócitos imaturos na medula e timo Eliminação de linfócitos autorreativos potencialmente nocivos Morte de células normais que já tenham cumprido sua atividade funcional SITUAÇÕES PATOLÓGICAS Dano ao DNA: radiação, medicamentos antineoplásicos citotóxicos e hipóxia podem lesar o DNA diretamente ou através de produção de radicais livres Acúmulo de proteínas mal dobradas: mutações levam a proteínas mal dobradas que culminam em um estado de estresse do RE Morte celular em infecções: ocorre principalmente em virais, onde a apoptose é induzida pelo vírus ou pela resposta imune do hospedeiro. Em relação a essa resposta, tem-se a indução por linfócitos T citotóxicos que buscam eliminar os reservatórios de infecção. O mesmo mecanismo é realizado em tumores e na rejeição celular de transplantes ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS RETRAÇÃO CELULAR: célula menor em tamanho, citoplasma denso e organelas compactadas CONDENSAÇÃO DA CROMATINA: característica mais marcante. Cromatina se agrega perifericamente. O núcleo se rompe, produzindo dois ou mais fragmentos FORMAÇÃO DE BOLHAS CITOPLASMÁTICAS E CORPOS APOPTÓTICOS: primeiro as bolhas superficiais extensas e depois os corpos apoptóticos envoltos por membrana FAGOCITOSE: os corpos apoptóticos são ingeridos por fagócitos e degradados por suas enzimas lisossômicas. As membranas plasmáticas permanecem intactas até os últimos estágios, quando se tornam permeáveis aos solutos normalmente retidos AS células apoptóticas aparecem como massas ovais ou redondas, de citoplasma intensamente eosinófilo MECANISMOS DA APOPTOSE Resulta da ativação de enzimas chamadas caspases (proteases de cisteína) Essas caspases existem como pró-enzimas inativas ou zimogênio e devem sofrer clivagem enzimática A presença de caspases ativas constitui um marcador de células Pode ser dividido em duas fases: fase de iniciação e fase de execução VIA INTRÍNSECA (MITOCONDRIAL) É o principal mecanismo de apoptose Retração Condensação da cromatina Bolhas e corpos apoptóticos Fagocitose Some a membrana Resumo realizado por Yasmin Duarte (@yasduarte.md) Robbins p. 114 APOPTOSE E ACÚMULOS INTRACELULARES Ocorre pelo aumento da permeabilidade da membrana mitocondrial externa e a consequente libertação de moléculas indutoras de morte Em especial o citocromo c e outras proteínas pró- apoptóticas quando liberado para o citoplasma, iniciam o programa de suicídio da apoptose A liberação dessas proteínas é controlada pela família BCL2 de proteínas Os membros da família BCL podem ser divididos em 3 grupos com base na sua função Antiapoptótico: BCL2, BCL-XL e MCL1. São proteínas que vivem na MME, bem como no citosol e nas membranas do RE. Por manter a MME, elas impedem a saída do citocromo c e de outras proteínas Pró-apoptótico: BAX e BAK. Após sua ativação, elas aumentam a permeabilidade da MME, eles formam um canal na MME, permitindo a liberação do citocromo c Sensores: BAD, BIM, BID, Puma e Noxa. Sensores de estresse celular e de danos (apenas-BH3) Os fatores de crescimento estimulam a produção de proteínas antiapoptóticas Quando há lesão ou proteínas mal dobrada, os sensores são ativados pelas somente-BH3 e ativam a BAX e BAK, que formam oligômeros que se inserem na MM, permitindo que proteínas da MMI saiam para o citoplasma As proteínas somente-BH3 também se ligam a BCL2 e BCL-XL, bloqueando sua função. Ao mesmo tempo, a síntese desses antiapoptóticos diminui A liberação para o citoplasma de várias proteínas mitocondriais podem ativar a cascata de caspases Uma vez liberado no citosol, o citocromo c liga-se a uma proteína chamada APAF-1 (fator ativador de apoptose-1) e forma o apoptossomo . Esse complexo é capaz de se ligar à caspase-9 que cliva uma caspase-9 adjacente e assim se autoamplifica. A ativação de outras pró- caspases medeiam a fase de execução da apoptose Outras proteínas como Smac/Diablo entram no citoplasma, onde se ligam a proteínas que funcionam como inibidores fisiológicos da apoptose, neutralizando-as. São chamados de IAPs e sua função é bloquear a ativação das caspases Assim, a neutralização dos IAPS permite o início de uma cascata de caspases (forma do organismos de reverter a apoptose, mesmo após o disparo) VIA EXTRÍNSECA Iniciada por receptor de morte Também chamada de Via Fas Esses receptores são membros da família do receptor TNF que contêm um domínio chamado de domínio de morte, pois é essencial para a entrega de sinais apoptóticos Os mais conhecidos são: TNF tipo 1 e Fas (CD95) O ligante de Fas é o Fas ligante (FasL) que é expresso em células T que reconhecem antígenos próprios e alguns linfócitos T citotóxicos Quando o FasL se liga ao Fas, três ou mais moléculas de Fas se unem e seus domínios de morte formam um sítio de ligação para uma proteína quetambém contem um domínio de morte, a FADD Esta, por sua vez, liga-se a uma forma inativa de caspase-8, ativando-a. Sua ativação cliva outras caspase-8, tornando-as ativas Essa via pode ser inibida por uma proteína denominada FLIP, a qual se liga à pró-caspase-8, mas não pode clivar nem ativa-la porque lhe falta um domínio de protease A ativação combinada de ambas as vias desfere um golpe fatal nas células Resumo realizado por Yasmin Duarte (@yasduarte.md) Robbins p. 114 APOPTOSE E ACÚMULOS INTRACELULARES FASE DE EXECUÇÃO As duas vias convergem para uma cascata de ativação de caspases que medeiam a fase final da apoptose A via mitocondrial conduz à ativação da caspase iniciadora-9 e a via do receptor de morte às caspases iniciadoras-8 e 10 As caspases executoras como as caspases-3 e 6 clivam um inibidor de uma DNase citoplasmática, tornando-a ativa. Esta enzima induz a clivagem do DNA As caspases degradam os componentes estruturais da matriz nuclear, promovendo a fragmentação do núcleo REMOÇÃO DE CÉLULAS MORTAS A formação de corpos apoptóticos quebra as células em fragmentos diminutos que são comestíveis aos fagócitos Em células saudáveis, a fosfatidilserina está presente no folheto interno da membrana plasmática, mas nas células apoptóticas, ele se move para fora e é expresso na camada externa, onde é reconhecido por macrófagos As células que estão morrendo secretam fatores solúveis que recrutam os fagócitos Alguns corpos apoptóticos são revestidos por trombospondina, uma glicoproteína que é reconhecida pelos fagócitos e os próprios macrófagos podem produzir proteínas que se ligam às células apoptóticas Corpos apoptóticos também podem se revestir com anticorpos naturais e proteínas no sistema complemento, principalmente C1q Inflamação ausente! CORRELAÇÕESCLÍNICAS PRIVAÇÃO DE FATOR DE CRESCIMENTO A apoptose é iniciada pela via intrínseca (mitocondrial) e é atribuível à diminuição de síntese de BCL2 e BCL-XL e ativação de BIM DANO AO DNA Radiação ou agente quimioterápicos Envolve o gene supressor de tumor TP53 A proteína p53 acumula-se quando o DNA é lesado e interrompe o ciclo celular Contudo, se o dano for muito grande para ser reparado com sucesso, a p53 desencadeia a apoptose Quando o TP53 sofre mutação ou está ausente, as células não sofrem apoptose mediada por p53 e sovrevivem P53 funciona como interruptor de “vida ou morte” PROTEÍNAS MAL DOBRADAS As chaperonas no RE controlam o dobramento correto de proteínas. Quando elas estão mal dobradas, elas desencadeiam respostas que são chamadas resposta à proteína não dobrada. Essa resposta ativa as vias de sinalização que aumentam a produção de chaperonas, acentua a degradação proteossômica de proteínas anormais e lentifica a tradução de proteínas A célula ativa as caspases e induz a apoptose. Esse processo é conhecido como estresse do RE A privação de glicose e oxigênio e estímulos como o calor resultam nessas proteínas APOPTOSE INDUZIDA PELA FAMÍLIA DE RECEPTORES DO TNF Eliminação de linfócitos que reconhecem autoantigênicos e mutações que afetam o Fas ou o FasL APOPTOSE MEDIADA POR LINFÓCITOS T CITOTÓXICOS Quando ativados, os CTLs secretam perforina, uma molécula que forma um poro transmembrana que promove a passagem de grânulos do CTL contendo serina-proteases chamadas de granzimas Essas granzimas clivam proteínas em resíduos de aspartato e assim atiam caspases Assim, matam células-alvo, induzindo diretamente a fase efetora da apoptose DISTÚRBIOS ASSOCIADOS À APOPTOSE DESREGULADA Distúrbio associados à apoptose defeituosa e aumento da sobrevida celular: uma taxa baixa de apoptose permite a sobrevida de células anormais. Como discutido, as células que contem mutações no gente TP53 são suscetíveis a mutações cumulativas. A apoptose impediria que isso ocorresse Distúrbios associados ao aumento da apoptose e à morte celular excessiva: perda de células que incluem (1) doenças neurodegenerativas, gerando proteínas mal dobradas e (2) lesão Resumo realizado por Yasmin Duarte (@yasduarte.md) Robbins p. 114 APOPTOSE E ACÚMULOS INTRACELULARES isquêmica, como infarto do miocárdio e (3) morte de células infectadas por vírus ANOTAÇÕES ADICIONAIS Acontece célula a célula (diferente da necrose, que acontece em tecidos) Geralmente tem um quadro inflamatório associado. A resposta inflamatória desencadeia uma apoptose, e não o contrário Dependendo do tipo de agente, as vias intrínseca e extrínseca se unem Vírus e neoplasias: vias extrínsecas Dano ao DNA, dano mitocondrial: via intrínseca Importância da BCL-2 Outras proteínas que extravasam além do citocromo c: Smac, AIF, OMI, End. O tumor que tem BCL-2 alto (visto em exames) é evasivo de apoptose IAP funciona até a fase de execução. Depois disso, as caspases atuam A FLIP é importante: HIV é capaz de sintetizá-la e evitar que ocorra apoptose em suas células Liquen plano: apoptose em camada basal com infiltrado inflamatório rico em linfócitos Lúpus: quadro de inflamação com transformação fibrinoide Célula retraída, eosinófila, com um halo em volta O disparo para cada célula é individual, por isso só existe na intrínseca Apoptose Necrose Ocorrência Células individuais Áreas teciduais Adesão intercelular Perda precoce Perda tardia Organelas citoplasmáticas Tumefação discreta Tumefação precoce e intensa Liberação de enzimas Ausente Presente Cromatina Compactação junto à membrana Grumos grosseiros e de limites imprecisos Fagocitose por células vizinhas Presente Ausente Inflamação Não é estimulada Estímulo intenso Formação de cicatrizes Inexistente Possível Fragmentação do DNA Internucleossômi ca Aleatória Resumo realizado por Yasmin Duarte (@yasduarte.md) Robbins p. 114 APOPTOSE E ACÚMULOS INTRACELULARES
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