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ok clin equi 25.04.11

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Clínica Médica de Eqüinos
Rio, 25/04/2011
Alexandra Woods
Principais afecções dermatológicas dos eqüinos
A freqüência que desenvolvem nos cavalos é bem menor se formos fazer uma comparação na clinica de pequenos animais, e isso pode ser devido a alguns fatores como o processo de humanização, os animais de companhia convive estreitamente com as pessoas, se submetendo a um esquema de vida bem peculiar o que muitas vezes vai favorecer o desenvolvimento dessas alterações dermatológicas nos cães e nos gatos. Já os eqüinos e os animais de grande porte de uma forma geral ele não tem essa convivência intima. 
As alterações dermatológicas não são tão freqüentes mas elas ocorrem. E também ao mesmo tempo essa falta de humanização, esse distanciamento entre o homem e o cavalo, porque o cavalo não é considerado um animal pet, pode favorecer a não ocorrência dessas afecções, mas ela pode também por outro lado favorecer um desenvolvimento de um agravamento ate que o proprietário se torne incomodado ou perceba que tem uma afecção se desenvolvendo ali. 
	No cavalo em especial existem algumas particularidades, principalmente quando agente for falar em reparação de feridas, no processo cicatricial.
1º tópico: 
Dermatofilose
	O eqüino pode ser acometido pelo Dermatofilos congolenses. 
	A dermatofilose é uma bactéria, que ela incide principalmente em animais jovens, animais imunossuprimidos e animais que normalmente estão expostos a condições extremas como, por exemplo, expostos a chuvas há longos períodos. Então animais no pasto, animais jovens, animais imunossuprimidos que ficam no pasto por longos períodos principalmente naquelas épocas do ano que a pluviosidade é mais intensa, eles normalmente são acometidos.
Como agente observa isso: por áreas de alopecia, principalmente na região do dorso. Nessas áreas de alopecia (que são áreas sem pelo) se iniciam com pequenos pontos que vão se destacando, inclusive se vc puxar um desses tufos, ele vai vir junto, uma parte, fica uma lesão tipo úmida. 
É uma alteração que é relativamente freqüente, principalmente em animais criados a campo ou animais que tem esquema de manejo inadequado.
Por outro lado, é uma alteração que é fácil de ser tratada, basta vc corrigir esse esquema de manejo, se for possível em animais com aspecto mais grave da doença, vc retira ele da chuva, pode fazer tratamento tópico local com solução de povidine ou uma solução de clorexidine, muitos colocam vaselina na região afetada, pra impermeabilizar.
O que é mais efetivo pra tratar a doença é a penicilina.
Tratamento da dermatofilose
Então o tratamento da dermatofilose é com penicilina, alem do tratamento tópico com povidine ou clorexidine, agente vai utilizar também o tratamento com antibiótico, que nesse caso é a penicilina. 
2ª afecção 
Não tem nada a ver com microrganismo, são os sarcoptes.
Sarcoide equine
	Podem se apresentar sob diversas formas. Temos o sarcoide oculto, temos o sarcoide fibroblasto, sarcoide verrucoso, sarcoide misto.
Dentre esses todos, o fibroblasto é o mais agressivo, porque ele tem uma tendência a ulcerar e aumentar, então ele tem uma importância clinica maior. Ele tem uma capacidade de ulcerar e alcançar uma extensão maior no corpo do animal, e por conta disso ele vai causando um dano maior. 
	
Alem disso os sarcoides de uma forma geral tem uma grande característica a recidiva. É comum que mesmo após a incisão cirúrgica dele, que tenham recidivas, eles retornam, no mesmo local ou em outros locais. 
Isso é um fator que dificulta o tratamento.
Existem alguns locais onde o aparecimento dos sarcóides se dá com uma maior freqüência, principalmente na região peri orbital (em volta do olho), na região peitoral e na região do abdômen. Podem acontecer em outras regiões, mas essas são as regiões mais acometidas.
Apesar de ocorrerem esse processo de recidiva após o tratamento, existem algumas terapias que tentam minimizar essa ocorrência. Algumas delas seriam: 
- Braquioterapia: quando vc por baixo da lesão vc implanta fios de lídimo (que são fios radioativos). O lídimo é um isótopo radioativo, quando vc implanta esse lídimo em baixo da lesão ele vai soltando pequenas doses de radioatividade localizadas e acabam matando a célula daquele local, então o índice de recidiva com esse tratamento é baixo.
- Criocirurgia: com nitrogênio. 
São formas que se tem de minimizar ocorrências da recidiva. Existem outras formas.
Sarcoide oculto:
É bem benigno, ele não tem nenhum tipo de alteração, geralmente ele permanece sem progredir. 
No fibroblasto que é mais agressivo que vc tem que retirar porque ele está progredindo, vc faz a criocirurgia ou a braquioterapia.
Nesse caso do oculto, é recomendado não fazer nada, porque ele só causa uma alteração de estética no animal que é bem discreta, então não vale a pena. Não vale a pena, é uma área que fica com uma pele mais crostosa que se vc tirar por biopsia, por exemplo, pode vir a demorar a cicatrizar (o professor citou um caso que demorou 1 ano para cicatrizar de um animal que ele retirou). 
Sarcoide fibroblasto
	Esse vc observa que ele ulcera, ele atinge grandes proporções, então isso realmente causa mal ao animal, ai vc vai ter que debelar. 
Um processo cirúrgico acaba dando possibilidade de recidiva, então vc vai acabar apelando pra criocirurgia ou pra braquioterapia.
Caso: égua apareceu com nódulos na região Peri orbital grandes, estava difícil de operar, foi feito uma homeopatia, e no inicio da terapia houve uma regressão grande no tamanho, então é uma situação que agente pode auxiliar no tratamento.
Sarcoide:
A apresentação é comum na região Peri orbital, na base da orelha, pescoço.
	Membros: não é muito comum, mas pode encontrar. Isso pode te confundir com outras doenças. 
Micose subcutânea
	As micoses subcutâneas ou as micoses profundas, a mais comum em cavalo seria a Pitiose, que é causada pelo Ptium sp. 
A apresentação do ptium, temos sempre uma associação com áreas alagadiças, que normalmente é onde o fungo habita com maior freqüência.
Então por exemplo, regiões que existe essa condição climática e geográfica como o pantanal mato-grossense, em que vc vai ter áreas alagadiças por longos períodos, agente observa muito, a ocorrência da ptiose tanto nos membros, que são as partes que ficam em contato com a água ou na região ventral do abdômen, que são os locais que ocorrem com maior freqüência a ocorrência da ptiose.
	Isso não impede de vc diagnosticar casos de ptiose em áreas que não tenham essa característica, já se isolou pitium em regiões arenosas, mas a freqüência é maior nessas áreas alagadiças.
Tratamento	
A ptiose é muito difícil de ser tratado, o tratamento é normalmente com cetoconazol ou anfotericina. Antigamente era com anfotericina, só que a anfotericina tem efeitos colaterais graves. Hoje a terapia instituída é o cetoconazol.
Normalmente essas feridas vão aparecendo em regiões diversas do corpo. Às vezes vc trata uma ferida e aparece outra espontaneamente, pois não há necessidade às vezes de ter uma ferida pré existente pra ela acontecer, ela aparece espontaneamente.
Campers são característicos da pitiose, são pequenos grampos em forma de coral que é característico da pitiose. É um achado na pitiose. Os campers são a formação do fungo. Às vezes acontece de aparecer com mais freqüência em determinadas épocas do ano, o animal não tem nada ai às vezes começa a aparecer.
É um tratamento que não é muito gratificante, nada impede que as lesões retornem em locais diferentes. Mas é um problema clássico em cavalo, tem tido com freqüência relativamente alta, principalmente em certas regiões.
É importante vc ter consciência dela pra vc fazer diagnóstico diferencial com uma outra afecção dermatológica que é comum, que é a habronemose.
Tanto a pitiose como a habronemose tem uma apresentação clinica muito semelhante, são lesões no corpo do animal. 
Na habronemose as lesões não tem tanta especificidade por essas regiões dos membros, pode ser nos membros, mas também pode ser na face e de qualquer outro local. 
Na habronemose normalmentevai haver um histórico de uma lesão previa, que o animal se acidentou, fez um corte, uma contusão, por que agente sabe que a habronemose é ocasionada pela larva da habronema, que vem de uma mosca, que o ciclo dele é: mosca pousa no lábio do animal, o animal ingere a larva que vai ate o estomago que é onde vai fazer o ciclo. É o ciclo errátil, pois ao invés de pousar na boca do animal e depositar a larva, ela pousa na ferida e deposita a larva na ferida, e a larva ali fica profunda e vai ocasionar um estimulo antigênico do animal. O estimulo antigênico que essa larva está provocando no animal, vai causar uma proliferação de tecido de granulação, de forma exacerbada, e é isso que caracteriza a habronemose, tecido de granulação em excesso.
A apresentação clinica tanto da pitiose quanto da habronemose em algumas vezes vai se confundir se vc só olhar, por isso que é aconselhável vc fazer uma biopsia dessas lesões, pra vc poder fazer o diagnostico diferencial, pois muitas vezes só a apresentação clinica não é favorável para o diagnostico. 
Existem relatos de infecções mistas, tanto da habronemose quanto da pitiose. Mas um é causado por um fungo e a outra por um parasito gástrico (larva do habronema).
Tratamento da habronemose
Na habronemose, o tratamento consiste em 2 etapas:
	Uma é o tratamento sistêmico e a outra é o tratamento tópico, que agente pode inclusive inserir no tratamento da pitiose. 
Sistêmico:
Vamos utilizar um parasiticida, um vermífugo. O que é mais indicado aqui é a invermectina. Então sistemicamente o tratamento da habronemose o que agente pode fazer: fazer uso da invermectina (sob a forma de pasta), invermectina pasta via oral, vc faz 1 aplicação a cada 10 dias, no total de 4 aplicações. Esse é o tratamento sistêmico para habronemose.
Paralelamente a isso vc vai tentar fazer o tratamento do tecido de granulação exuberante, que é característico nessa afecção.
	Tópico:
Esse controle do tecido de granulação exuberante, agente faz normalmente com algumas substancias: 
- Sulfato de cobre
- Cloreto de zinco
- Albucrezil (que é o nome do produto comercial, que vende em farmácia humana)
- Corticóide 
Só que o corticóide, no tecido de granulação simples, o professor não gosta de usar na habronemose, porque acaba que vc pode diminuir o eixo sanguíneo. Mas ele tem aplicação também, pode usar. 
Isso é o tratamento tópico para tecido de granulação exuberante, então vc alem de vc matar a larva com a invermectina, vc vai tentar restringir o crescimento do tecido de granulação exuberante.
Pode acontecer de mesmo com a larva do habronema morta naquela região onde se proliferou o tecido de granulação, pode acontecer que mesmo com a larva morta, ela promova um estimulo antigênico que perpetue esse crescimento, por isso vc vai ter que combater com esse tratamento local.
Papilomatose viral
	Doença viral muito comum em eqüinos e em outras espécies. 
Temos a apresentação fetal que já não é tão mais comum que é a papilomatose.
	É muito comum principalmente em animais jovens, que ainda não tem como sistema imune competente, formado. Então animais imunocomprometidos, animais jovens que ainda não tem o sistema imune formado, são mais suscetíveis a serem acometidos pela papilomatose viral eqüina. 
	É uma doença que tem uma rápida disseminação pelo rebanho, mas é uma doença benigna, de curso limitante. Ou seja, vc vai observar que vai aparecer um potro com esses papilomas, rapidamente outros potros também vão apresentar papilomas, principalmente na região da boca e do focinho. Por que: são animais que tem hábitos de cheirar uns aos outros, com isso provoca essa disseminação.
	Vc vai ter um plantel, e os potros de 1 ano até 2 anos, geralmente 1,5 anos vão ser acometidos, nem muito jovens, são potros de 1 ano a 1,5 anos. 
Do mesmo jeito que vem também desaparece, só que o proprietário fica incomodado porque são vários animais que são afetados, as vezes um papiloma daquele causa uma alteração e fica sangrando, ai o cara chama o veterinário para tratar, mas não existe tratamento efetivo, vc pode fazer tanto tratamento profilático com vacina ou então recolher um papiloma vírus e mandar para o laboratório e mandar fazer uma vacina especifica que serve também como forma de tratamento e profilaxia, mas não é tão usual e perfeito.
O que agente sabe é que realmente depois de um tempo há remissão dos papilomas e o animal continua o curso de vida dele normal.
O que vc pode fazer enquanto não há remissão desses papilomas é fazer terapias alternativas de valor até duvidoso, como a autolanoterapia, que teoricamente estimula o sistema imune do animal ocasionando uma resposta mais rápida. Existem também os imunoestimulantes, baypamoon que era um imunoestimulante que se vendia que tinha uma indicação pra esses casos ai, aumentava a resposta imune do animal e mais rapidamente os potros se viam livres do papiloma, mas não tem mais no mercado.
(foto)
Quando vc tem uma ferida, vc vai ter que ter reparação dessa ferida, essa reparação é o preenchimento daquele tecido que vc perdeu, por tecido conjuntivo.
O tecido conjuntivo inclusive vai aproximando os bordos da ferida, vai preenchendo aquela área, só que no cavalo há tendência a essa proliferação de tecido conjuntivo de forma desordenada e aumentando de forma indefinida. E enquanto esse tecido de granulação, essa carne esponjosa não tiver na altura da pele, se estiver ultrapassada vc não vai ter cicatrização, ou seja, vc não vai ter o recobrimento daquela ferida por pele. Isso é uma das dificuldades que vc tem na reparação cicatricial no cavalo. Apesar de rapidamente granula, um buraco que ele tinha por uma pancada, vai ser reparado, o problema vai ser que aquilo vai continuar crescendo, e se vc não modular aquilo vc não consegue fechar a ferida. 
	Existem algumas situações que fossemos intervir só clinicamente, com medicamentos, no caso o sulfato de cobre ou algo assim, pra diminuir, agente até conseguiria, reduzir gradativamente, só que demoraria muito mais. Então dependendo da situação quando vc observa aquele crescimento vc pode fazer a retirada cirúrgica pra abreviar o tempo de recuperação. 
Em algumas outras situações vc não tem outra opção, o queimadinho, por exemplo, ele desenvolveu tecido de granulação só por fora, porque ele cicatrizou tudo, mas cresceu um fibroma por debaixo da pele e ai depois ulcerou. Mas vamos supor que tudo aquilo fosse tecido de granulação exuberante, porque acontecem lesões com essa magnitude. Ou seja, por tratamento errôneo ou o próprio tratamento que vai aumentando. Mas vamos supor que o queimadinho tivesse só tecido de granulação e não fibroma, não tem como vc diminuir aquilo só com sulfato de cobre, vc vai ter que ter uma rescisão cirúrgica pra diminuir bem e ai sim vc vai combater o crescimento com outro tipo de tratamento, ai vc vai ver se vai crescer, se vai granular.
E existem alguns fatores que estão associados a essa granulação, como por exemplo, a própria habronemose, a larva do habronema é um estimulo antigênico muito forte. Porque sempre granula quando tem habronemose? Porque a larva dentro fica desencadeando um estimulo pro organismo, e ai a granulação é maior. Se vc tem uma infecção bacteriana, é um estimulo também pra granular , ou seja, vc pode ter uma ferida com tecido de granulação exuberante e não ter habronemose, basta que vc tenha condições que favoreçam essa granulação, como imunidade, infecção, fatores de higiene, habronemose, etc.
Habronemose ocular
Outra apresentação da habronemose é a habronemose ocular, que é comum. Pode ser subcutânea e pode ser também na região orbital, pegando ali na comissura. É comum, porque normalmente ali na comissura do olho do cavalo vc tem às vezes secreção as vezes por uma lesão no canal naso lacrimal e acumula secreção ali, e ai a mosca vai pousar ali, com isso a larva se instala e vai causar uma reação que é a habronemose ocular.
Miíase
	A habronemose é uma miíase também. 
Mas isso é outra afecção comum também. O cavalo teve um hematoma peniano, quando ele tem um hematoma ou umafratura ele não consegue recolher mais o pênis, e ai causa uma parafimose e ai o cavalo vai ficar andando, no mato ou na cerca, e a glande dele acaba fazendo algum tipo de escoriação, faz uma ferida, a mosca pousa ali e faz uma miiase, é uma situação. 
Agora existem drogas como a acepromazina que podem acontecer outras doenças de origem nervosa que causam exposição permanente do pênis. A solução aqui seria a amputação do pênis.
Carcinoma epidermoide
	O carcinoma epidermoide é muito comum em animais com áreas despigmentadas, principalmente região do fucinho, porque incide radiação solar, e isso causa o carcinoma epidermoide. Mas também é muito comum em cavalos senis, e cavalos castrados. 
Esses animais senis e castrados sofrem um manejo adequado, com a higienização periódica da bolsa (região do prepúcio, parte interna do prepúcio), o tratador tem que periodicamente levar o animal numa mangueira, calcar uma luva expor o pênis do animal e lavar, porque isso acumula uma quantidade muito grande de “esméguima” (é tipo uma substancia oleosa e sebácea que se acumula ali) e isso causa uma irritação pro animal, e a irritação continua vai dar origem a esse carcinoma epidermóide. Além disso, também, esse excesso de “esmégma” pode atrair a presença de mosca causando miíase. Então às vezes vc vai perceber que o cavalo está normal lá, mas apresenta o prepúcio edemaciado em região ventral com edema. Ai vc vai inspecionar e às vezes é miíase ou alguma lesão já por carcinoma epidermoide. Se for o caso de carcinoma epidermoide vc não tem outra alternativa se não vc fazer a amputação do pênis alem da altura que estão as lesões, mas ainda assim a tendência é de vc ter recidiva, isso é uma complicação que pode acontecer. Mas essa cirurgia é uma opção.
Dermatofitose 
	É uma doença por fungos dermatófilos, que são: tricophytum, microsporum e epidermofitum (que não tem importância na veterinária)
	Tem vários tipos de microsporum de acordo com a espécie que tem mais especificidade, mas nada impede também que o microsporum canis venha a infectar o cavalo. E a importância maior é por criar uma zoonose, por ex: gato pode passar pro cavalo que passa pro cavaleiro. 
	
	São alterações que normalmente no cavalo não tem um curso prolongado, muitas das vezes vc melhorando o trato essas infecções tem uma remissão quase que espontânea, senão o tratamento é muito simples, basta fazer o tratamento tópico, se restringe apenas ao tratamento tópico, diferente dos animais de pequeno porte que muitas vezes tem que fazer um tratamento sistêmico e o cavalo não, basta vc fazer o uso de solução iodado, ou seja, glicerina com iodo, xampus de cetoconazol, ou até aquele celson louro, celson azul servem pra vc combater essas dermatofitoses, soulbam (sabonete de tiabendazol), etc. 
É um tratamento fácil, não precisa estar utilizando o tratamento sistêmico. 
	
	Na dermatofitose vamos ter lesões na região da cabeça e pescoço, as vezes também na pata interna do membro, mas o que é mais comum é na cabeça, no pescoço e na crina. Nem sempre vc vai flagrar essas lesões circulares, porque as lesões vão se emendando e depois vc não vai ter essa forma bem definida. 
	
Uma característica da dermatofitose que normalmente ela não é pruriginosa, ao contrário da sarna que é. Só que agente observa que a freqüência de dermatofitose no cavalo é muito maior do que a de sarna, a sarna no cavalo de uma forma geral é mais difícil de ver. Mas vc percebe que a sarna é pruriginosa e a dermatofitose geralmente não é. O leigo tem uma tendência ao observar o cavalo com alopecia e dizer que é sarna, mas isso normalmente não é.
O ideal no caso, quando vc se depara com um animal que vc tem duvida se é dermatofitose ou se é sarna vc vai fazer um raspado com um imprint. Vc vai no cavalo, faz o raspado com uma lamina estéril, pode ser um raspado superficial, escarifica, não precisa sair sangue, pega uma fita durex e faz um imprint, coloca numa lamina e observa no microscópio e ai vc vai perceber a presença de sarna ou não. O fungo vc não consegue flagrar com esse exame, mas ai vc vai fazer um diagnostico por exclusão, se vc fez um raspado ali e não deu sarna, vc sabe que é dermatofito. 
Pra fazer a coloração vc pode fazer esse procedimento: coleta o material, escarifica sem sangue superficialmente, vai fazer uma clarificação daquele material que vc coletou (com hidróxido de sódio ou hidróxido de potássio a 10 ou 20%) e ai quando vc fez essa clarificação vc pega uma amostra, coloca na lamina, recobre com a laminula e coloca no microscópio, que ai vc vai ter a oportunidade de observar as estruturas fúngicas, e isso vai te dar o diagnostico positivo pra fungo. Nem sempre mesmo sendo dermatofitose vc vai ter um diagnostico positivo, dá muito falso negativo. Ai o mais indicado pra fungo seria vc pegar outra parte dessa amostra, semear na cultura e depois que tiver crescimento, coleta a estrutura fungica pra ver se tem dermatofito, mas ai demora muito tempo, acaba que ninguém faz. 
Então se eu fiz um raspado e vi que não é sarna, eu vou tratar como fungo.
Animal de “rua”: Às vezes um animal que só de vc colocar numa baia, dando alimentação direita, fazer a higienização, ele vai melhorar. 
Se fosse sarna, usaria um vermífugo a base de morfivectina, porque a invermectina pra cavalo não age tão bem, mas a morfivectina sim, chamado equest, que combate inclusive carrapato, e se combate carrapato pode combater a sarna também, e alem disso vc poderia fazer um banho acaricida como “megobom”, mas nunca com o amitraz, triatox (que causa hipomotilidade, cursa com impactação, não pode ser usado em cavalo). 
Pra tratar uma lesão no cavalo demora uns 6 meses, porque tratar uma ferida no cavalo não é algo tão simples assim, durante o processo de cicatrização, o animal vai e morde, vc tem que manter ele no cabresto, não pode ter acesso a ferida, ou colocar um rosário que é um colar tipo o elizabetano só que é com vários cabos, que evita que o animal tenha acesso ao local lesionado. 
Na região do carpo, no joelho do animal vc tem uma grande de ferida, qual seria o procedimento: tem que limpar e dependendo da situação vc pode aproximar os bordos da lesão ou até suturar os bordos da lesão completamente, vai depender do tempo que vc tem a ferida ali. Dependendo da distancia vc não tem como aproximar os bordos da lesão, isso vai cicatrizar. 
O que agente tem que ter em mente: algumas substâncias que são amplamente utilizadas no tratamento de feridas, ela muitas das vezes prejudica a epitelialização, a recuperação, num primeiro momento vc poderia até utilizar povidine, água oxigenada, até pra fazer a higienização e até debridar porque pode ter muito tecido morto ai, quando vc debrida vc retira o tecido morto dali. Vc vai perceber que tem uma área lesionada, com perda de tecido. O que vc quer inicialmente: estimular a granulação, a granulação é um tecido conjuntivo que vai ser a massa de cimento que vai fechar aquele furo, isso no cavalo vc consegue fácil, basta vc higienizar e existem diversas pomadas cicatrizantes, ex. mitrofurazona, mitrofurazona com açúcar, sulfadiazeno de prata, serfuracin, bandvet, as pomadas de uma forma geral, estimulam a granulação. E nesse processo inicial que vc quer “tapar o buraco” vc pode fazer, o ungüento não é muito bom, porque pra retirar no próximo curativo não é muito bom ele fica aderido contaminando a ferida, o ungüento não é bom colocar em cima da ferida, sempre em volta. Nesse caso especificamente, depois de ter feito uma tricotomia ao redor da ferida, depois de ter feito tudo isso vc iria fazer uma bandagem, porque essa ferida por mais que vc ponha ungüento, vai ter mosca, vai incomodar o animal, vai acabar colocando a boca ali, então se vc fizer uma bandagem vc vai proteger muito mais a ferida. 
	Então num momento inicial, lavou com soro fisiológico, um povidine, uma água oxigenada num momento inicial, depois vai fazer a tricotomia e tal, depois quando vc perceber que já houve a granulação, a ferida está na altura do bordo da ferida, vc vai diminuir ou tentarnão estimular esse crescimento, essa granulação, e ai vc vai diminuir a quantidade de creme ou pomada, ou então até muitas vezes alternar com uma simples lavagem com soro fisiológico e uma solução anti-séptica. E se vc observar que essa granulação está crescendo vc pode tentar frear ela com uso de corticóide ou com uso de sulfato de cobre. Quanto mais bem manejada for essa ferida, vc vai ter menos granulação exuberante. 
	O sulfato de cobre é só no momento, depois de 3, 4, 5 dias depois quando vc perceber que a granulação que cresceu foi suficiente pra “tapar o buraco” e ela está com uma tendência a extrapolar pro nível do bordo da ferida. 
Vc vai tendo o preenchimento da ferida com tecido de granulação, ele vai fechando o buraco, chegando à altura da pele, onde vc não quer mais o tecido de granulação. Então se vc perceber que ele continua crescendo, vc vai ter que visualizar, vc vai utilizar nessa região uma substancia que module, que limite, que iniba o crescimento de tecido de granulação exuberante, e ai pode ser:
Corticóide, cloreto de zinco, sulfato de cobre, abocrezil. 
Vc vai tentar manter essa ferida nessa altura. E ai ela vai se fechando. 
Hipersensibilidade a curicóides 
	É a hipersensibilidade a mosquitos, cavalo pode ter sensibilidade a mosquito. Ele pode ter uma reação dermatológica à picada de mosquito. (é mosquito e não abelha ou maribondo ou vespa que fazem outro tipo de reação, é uma reação alérgica, reação escariforme, o animal pode até morrer).
	
	Pode desenvolver áreas de alopecia, áreas de paquidermia, que são muito comuns, perto da crina, na região da cauda, na base da cauda do cavalo, e ai o leigo diz que é sarna, fungo, mas não é. Ela é refrataria pra qualquer tipo de tratamento, se vc tratar pra fungo ou pra sarna ela não dá resultado. 
Tratamento 
O tratamento é impedir que o animal tenha contato com mosquito. 
Dermatofilose 
Vc puxa um tufo de pelo, que sai e em baixo fica uma lesão úmida. 
Dermatofitose
Vc nunca vai ter esse aspecto. 
Sarna
	Geralmente se dá perto da região dos arreios, justamente porque vc compartilha de um animal pra outro, e aquela região fica uma escarificação que pode passar a sarna. 
	Isso também está na fisiopatologia da doença da dermatofitose, é muito comum inclusive uma situação do jockey, que em determinada época do ano chegam potros do sul pro jockey, são animais jovens que não estão com o sistema imune completamente formado, eles vão pra um novo esquema de treinamento, ficam em baias, piquetes, confinados, receber outro tipo de alimentação, fazer corridas, isso gera um estresse muito grande no animal. Nas coxeiras eles vão acabar compartilhando a casqueadeira, as mantas, e isso faz com que grande numero de animais sejam afetados simultaneamente pela dermatofitose. 
Placa aural 
	A placa aural tem origem desconhecida. Acha que é viral 
	É bem característica porque não tem como se enganar, ela sempre acontece no pavilhão auditivo do cavalo, com aspecto branco um pouco elevado. 
	Não causa nenhum tipo de malefício ao animal, a não ser uma depreciação estética. 
	Raramente ela evolui muito. 
	Lesões brancas no conduto auditivo.
	Se tiver evoluindo muito vc queima com podofilina. Só que a potofilina queima e gera um desconforto ao animal. Depois que vc queima, o cavalo acaba ficando refratário quando vc vai passar a mão nele, ou até pra colocar o cabresto nele ele não gosta, porque acha que vc vai colocar a mão na cabeça dele pra queimar a orelha dele com podofilina. 
	No RJ não se encontra muito, mas em SP encontra-se mais casos.
Melanoma
Neoplasia clássica no cavalo
	Ocorre principalmente em nos cavalos tordilhos.
	Caracteristicamente vai acometer cavalos da pelagem tordilha (animais que tem pelos brancos e pretos, mas a pele é muito escura), diferente do carcinoma epidermóide que tem uma tendência em acometer animais que tem regiões despigmentadas. O melanoma não, ele vai acometer regiões bem pigmentadas. Por isso cavalos tordilhos são os principais acometidos ai. 
	Base da cauda, região perianal, região do prepúcio e também a região parotídea. Essas são as principais regiões acometidas.
	Apesar de na maioria das espécies o melanoma ser um tumor muito maligno, é comum em eqüinos ele ter uma forma menos agressiva, então vc percebe que animais permanecem ilótidos por um período de tempo e não causa nenhuma complicação. 
	É comum ter animais com essa lesão por muito tempo sem complicação maior. Alguns até tem varias lesões e de forma mecânica obstrui alguma função do cavalo.
Mormo
	Dificilmente vc vai ver. É a apresentação cutânea 
	O mormo é uma zoonose, é uma doença.
	“Delle amalle”
	Pode ser em via respiratória ou cutânea também e é uma doença de notificação obrigatória. Mas atualmente, esporadicamente ela aparece. Mas é raro. 
	Faz exame laboratorial pra diagnosticar. 
	O ministério da agricultura requer pra transporte de animais um exame negativo pra mormo.
	Tratamento até tem, mas geralmente é a eutanásia.
Esporotricose 
	“Esporotrix ___chemi__”
	Lesões de pele 
	Aparece mais na região do pescoço do cavalo

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