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Entendendo ethernet
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pp. 335-346, dezembro 1999. [OPENNMS] Página oficial do projeto OpenNMS. Em: http://www.opennms.org/ Algumas palavras sobre ferramentas de gerência 14 ED. CAMPUS — MELHORES PRÁTICAS PARA GERÊNCIA DE REDES DE COMPUTADORES — 0700 – CAPÍTULO 15 — 3ª PROVA A P Ê N D I C E 3 3 Introdução ao SNMP 3.1 Introdução e histórico Até o início da década de 1980, redes de computadores eram baseadas em arquite- turas e protocolos patenteados, a exemplo de System Network Architecture (SNA) da IBM e DECNET da Digital Equipment Corporation. Já no final da década de 1980, redes interconectadas baseadas na arquitetura e protocolos TCP/IP estavam em franca ascensão. Porém, do ponto de vista da gerência de tais redes, a situação ainda favorecia arquiteturas proprietárias, devido à inexistência de soluções de gerência de redes TCP/IP. O termo “gerência” engloba as seguintes atividades típicas: � Gerência de configuração: inclui saber quais elementos fazem parte da rede, quais são suas relações uns com os outros, que parâmetros de configuração cada um deve assumir etc. � Gerência de falhas: diz respeito à detecção de eventos anormais, o diagnósti- co de problemas que levaram a esses eventos, acompanhamento e solução dos problemas. � Gerência de desempenho: responsável pela monitoração de indicadores de desempenho, solução de problemas de desempenho, planejamento de capa- cidade etc. � Gerência de segurança: responsável pela proteção dos recursos disponíveis na rede. � Gerência de contabilidade: responsável pela contabilização e verificação de limites da utilização de recursos da rede, com a divisão de contas feita por usuários ou grupos de usuários. Neste livro, nosso foco se mantém nos primeiro três aspectos de gerência. ED. CAMPUS — MELHORES PRÁTICAS PARA GERÊNCIA DE REDES DE COMPUTADORES — 0700 – CAPÍTULO 16 — 1ª PROVA Introdução ao SNMP O crescimento de redes TCP/IP ao longo da década de 1980 aumentou conside- ravelmente as dificuldades de gerência. A demora no aparecimento de soluções abertas baseadas no modelo OSI fez com que um grupo de engenheiros decidisse elaborar uma solução temporária baseada num novo protocolo: Simple Network Management Protocol (SNMP).1 A simplicidade do SNMP facilitou sua inclusão em equipamentos de intercone- xão. No final da década de 1990, a solução SNMP já era tão difundida que se estabe- lecera como padrão de gerência de redes de computadores. Hoje, praticamente to- dos os equipamentos de interconexão dão suporte a SNMP, bem como muitos ou- tros dispositivos (nobreaks, modems etc.), e sistemas de software (servidores Web, sistemas de bancos de dados etc.). Neste capítulo, discutimos a arquitetura do mundo SNMP e detalhamos o pro- tocolo SNMP, além da parte mais importante para o gerente de rede: a informação de gerência, presente na forma de Management Information Bases (MIBs). 3.2 Arquitetura do mundo SNMP Qualquer solução de gerência, seja ela baseada no SNMP ou não, exibe uma arqui- tetura básica comum. Esta arquitetura tem quatro componentes: � Vários elementos gerenciados; � Uma ou mais estações de gerência; � Informação de gerência; � Um protocolo de gerência. Passamos a discutir cada componente no resto do presente capítulo. 3.2.1 Elementos gerenciados Os elementos gerenciados constituem os componentes da rede que precisam ope- rar adequadamente para que a rede ofereça os serviços para os quais foi projetada. Exemplos de elementos gerenciados incluem: � Hardware: equipamentos de interconexão, enlaces de comunicação, hospe- deiros, nobreaks, modems, impressoras etc. � Software: sistemas operacionais, servidores de bancos de dados, servidores Web, servidores de mail etc. Introdução ao SNMP 16 ED. CAMPUS — MELHORES PRÁTICAS PARA GERÊNCIA DE REDES DE COMPUTADORES — 0700 – CAPÍTULO 16 — 1ª PROVA 1 Formalmente, o mundo SNMP chama-se “Internet-Standard Network Management Framework”. Se- guindo uma tendência mundial, preferimos usar o termo mais simples “mundo SNMP”. Elementos gerenciados devem possuir um software especial para permitir que sejam gerenciados remotamente. Esse software chama-se “agente”. 3.2.2 Estações de gerência As estações de gerência são hospedeiros munidos de software necessário para ge- renciar a rede. Para facilitar a vida dos especialistas em gerência, as estações de ge- rência são normalmente centralizadas; aliás, é muito freqüente que haja uma única estação de gerência. Só se recorre a várias estações de gerência quando a escala da rede impede que seja gerenciada por uma única estação. Usaremos a expressão “es- tação de gerência” no singular. O software presente na estação de gerência que conversa diretamente com os agentes nos elementos gerenciados é chamado de “gerente”. A Estação de gerência pode obter informação de gerência presente nos elemen- tos gerenciados através de uma sondagem2 regular dos agentes ou até mesmo rece- bendo informação enviada diretamente pelos agentes; a estação também pode alte- rar o estado de elementos gerenciados remotos. Adicionalmente, a estação de ge- rência possui uma interface com o usuário especialmente projetada para facilitar a gerência da rede. 3.2.3 Informação de gerência As conversas entre gerente e agentes envolvem informação de gerência. Essa infor- mação define os dados que podem ser referenciados em conversas gerente-agentes. Exemplos incluem: informação de erro de transmissão e recepção em enlaces de co- municação, status de um enlace de comunicação, temperatura de um roteador, ten- são de entrada de um equipamento nobreak etc. 3.2.4 Protocolo de gerência O gerente e os agentes trocam informação de gerência usando um protocolo de gerência. O protocolo inclui operações de monitoramento (leitura de informação de gerência) e operações de controle (alteração de informação de gerência presen- te no elemento gerenciado). Um exemplo de operação de monitoramento ocorre quando o gerente pergunta a um roteador: “Qual é a quantidade de erros ocorren- do no fluxo de entrada na interface número 17?” Um exemplo de uma operação de controle ocorre quando o gerente diz ao roteador: “Desligue sua interface nú- mero 17.” 17 Melhores Práticas para Gerência de Redes de Computadores ED. CAMPUS — MELHORES PRÁTICAS PARA GERÊNCIA DE REDES DE COMPUTADORES — 0700 – CAPÍTULO 16 — 1ª PROVA 2 A palavra sondagem é freqüentemente empregada no inglês (poll) no mundo da gerência. Efetuar son- dagens de elementos gerenciados chama-se polling, em inglês. 3.2.5 Plataformas de gerência Um Sistema de Gerência de Redes é normalmente composto por uma plataforma de gerência e aplicações construídas sobre esta. Elas oferecem funções e serviços bási- cos de gerência que são comuns a muitas aplicações de gerência. Leia mais sobre plataformas de gerência no Apêndice 2. 3.2.6 O mundo SNMP O mundo SNMP está organizado conforme a arquitetura explicada anteriormente. Porém, difere de soluções alternativas devido ao chamado “axioma fundamental”: o impacto de adicionar gerência de rede aos elementos gerenciados deve ser míni- mo, refletindo um menor denominador comum . O resultado é que a solução básica de gerência e o protocolo SNMP são muito simples. A complexidade está nas pou- cas estações de gerência e não nos milhares de elementos gerenciados. A simplici- dade dos agentes SNMP foi fundamental na enorme difusão dessa solução ao longo dos anos 1990. O mundo SNMP (ou, mais formalmente, “Internet-Standard Network Manage- ment Framework”) está baseado em três documentos: � Structure of Management Information (SMI). Definido pela RFC 1155, a SMI define essencialmente, a forma pela qual a informação gerenciada é defi- nida. � Management Information Base (MIB) principal. Definida na RFC 1156, a MIB principal do mundo SNMP (chamada MIB-2) define as variáveis de ge- rência que todo elemento gerenciado deve ter, independentemente de sua função