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NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 1 ASSEPSIA: - Método que impede, especialmente através de meios físicos e químicos, a entrada de microrganismos patogênicos no corpo humano - Método físico e químico para prevenção do desenvolvimento de infecções mediante a destruição dos agentes infecciosos - Impedimento da penetração de microrganismos em local que não os contenha, um local estéril - Consiste na tentativa de eliminação de qualquer fonte potencial de infecção - Não há a possibilidade de se chegar à assepsia total na prática cirúrgica, mas deve-se aproximar- se ao máximo desse estado ideal - Na sala cirúrgica, a assepsia está representada pelo: Uso da vestimenta estéril pelos membros da equipe cirúrgica, como avental e luvas assépticos Delimitação do campo operatório por coberturas estéreis Uso de instrumentos cirúrgicos submetidos ao processo de esterilização ANTI-SEPSIA: - Conjunto de procedimentos e práticas destinados a impedir a colonização por microrganismos patogênicos ou que visam à destruição desses microrganismos, por determinado período de tempo, em especial mediante o uso de agentes químicos - A eliminação total de microrganismos não é necessária e muitas vezes nem possível - Praticamos a anti-sepsia quando utilizamos agentes anti-sépticos para eliminação da maioria dos microrganismos que habitam em mãos, antebraços e cotovelos da equipe cirúrgica, mediante a um processo químico e mecânico conhecido como escovação cirúrgica - Também se refere à anti-sepsia o preparo da área a ser operada, com o emprego de substâncias anti-sépticas - A anti-sepsia não pode ser descrita como sinônimo de desinfeção - Quando estamos realizando a anti-sepsia do campo operatório, almejamos atingir o estado mais próximo possível de assepsia ANTISSÉPTICOS: - São as substâncias providas de ação letal ou inibitória da reprodução de microrganismos - São destinados à aplicação em pele e mucosas visando à redução do índice de colonização microbiana e de infecção do campo operatório - Devem dispor de algumas propriedades essenciais: Ação bactericida destruição dos microrganismos patogênicos Ação bacteriostática inibição da proliferação de microrganismos Persistência de ação durante várias horas Ausência de causticidade Baixo índice de reações de hipersensibilidade Baixo custo NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 2 - Não existe um antisséptico ideal que reúna todas essas condições de forma absoluta - Os antissépticos mais comuns para preparo da pele na vigência de uma operação são: Iodóforos Compostos alcoólicos Clorexidina IODO (ÁLCOOL IODADO A 0,5% OU 1%) - Composto mais conhecido - Age pela sua facilidade em penetrar na parede celular dos microrganismos, inibindo sua síntese vital, oxidando e substituindo o conteúdo microbiano por iodo livre - Seu uso foi limitado devido sua baixa potência e por ocasionar queimaduras, irritação de pele e mucosas - Apresenta função bactericida, virucida, micobactericida e fungicida, mas só começa a ter alguma ação sobre esporos bacterianos após longo tempo de exposição IODÓFOROS (BETADINE, DON-DYNE, LABORIODINE, MARCODINE, RIODEINE) - São combinações estáveis de iodo ou triodeto adicionadas a um veículo carreador de alto peso molecular - Esses veículos são polímetros neutros, como polivinilpirrolidona, polieterglicol, polivinilálcool, álcool poliacrílico, poliamidas, polioxialcalinos e polissacarídeos - Atuam carreando moléculas de iodo que são liberadas gradativamente em baixas concentrações, mantendo o efeito germicida próximo do iodo, mas reduzindo sua toxicidade - Precisam de cerca de 2 minutos de contato para a liberação do iodo livre, atingindo nível antisséptico adequado, exibindo efeito residual de 2-6h - A presença de matéria orgânica inibe rapidamente a sua liberação - São encontrados em formulações degermante, alcoólica e aquosa, em concentração de 10% com 1% de iodo livre - Antissépticos mais usados entre nós HEXACLOROFENO (FISOHEX, SOAPEX) - Possui atividade bacteriostática marcante e lenta, exigindo tempo considerável para destruição dos microrganismos, especialmente os gram-negativos, além de ter pouco efeito sob esporos - Sua ação é pouco duradoura, necessitando de uso repetido para manter sua ação antisséptica - Seu uso pode ocasionar neurotoxicidade, por absorção transcutânea - Possui efeito reduzido na presença de sangue ou exsudato - Encontra-se praticamente fora de uso CLOREXIDINA (GLUCONATO DE CLOREXIDINA) - Pertence ao grupo das biguanidas - Age por destruição da membrana celular e precipitação dos componentes internos da célula microbiana - Apresenta largo espectro contra bactérias gram- positivas, boa atividade contra gram-negativas, fungos e vírus, porém pequena ação contra micobactérias - Suas principais características são: Atua mesmo na presença de sangue ou exsudatos Apresenta atividade por até 6-8h, determinada por sua alta afinidade com a pele Pode ser inativada, na dependência do Ph Tem baixa toxicidade e irritabilidade, sendo segura para o uso em RN Dispõe de importante efeito cumulativo Constitui uma excelente alternativa para paciente com intolerância a iodo NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 3 - Não deve ser usada no globo ocular ou para instilação em ouvido médio, pela possibilidade de lesão na córnea e ototoxicidade - É mais eficaz do que os iodóforos ÁLCOOL - Age por desnaturação das proteínas - Tem boa ação bactericida e micobactericida. Também possui ação contra os principais fungos e vírus, incluindo vírus sincicial respiratório, vírus da hepatite B e HIV - É um dos mais seguros e efetivos - Pode ser utilizado na forma de álcool isopropílico ou etílico - Concentrações entre 60-90% são adequadas, mas 70% é mais indicado por causar menor ressecamento da pele - Raramente é utilizado sozinho, mas com associação com a clorexidina ou iodopovidina - É altamente inflamável, devendo ser totalmente enxuto antes de procedimentos que usem bisturis elétricos ou laser - Desvantagens: Ausência de efeito residual Pequena inativação por matéria orgânica PARACLOROMATAXILENOL (PCMX) - Atua pela destruição da parede celular e inativação de enzimas - Boa ação contra bactérias gram-postivas, porém baixa atividade contra as gram-negativas, micobactérias, fungos e vírus - Não agride a pele - Propicia efeito residual por algumas horas - Tem sido usado em soluções degermantes para lavagem das mãos, em concentrações que variam de 0,5% a 4% TRICLOSAN - Faz parte do grupo de bifenóis sintéticos - É de ação lenta e possui boa ação contra bactérias gram-postivas e a maioria das gram- negativas (exceto Pseudomonas aeruginosa), baixa atividade fungicida e ações micobactericida e virucida ainda não bem documentadas
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